Nome: SpecQuest
Editora: NA
Autor: Geoff Neil
Ano de lançamento: 2021
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 128 K (Spectrum +3)
Número de jogadores: 1
Desconhecíamos esta faceta de Geoff Neil na programação, pois estávamos mais habituados a vê-lo como convidado do programa The Spectrum Show. Mas assim de repente lança dois jogos, uma para o Spectrum +3, outro para o Spectrum Next. Será o primeiro, SpecQuest que vamos analisar, uma vez que por falta de tempo, há bastante que deixámos de fazer reviews (e até de jogar) os lançamentos para o Spectrum Next.
SpecQuest é um híbrido, começando à boa maneira de The Lords of Midnight. Aliás, o próprio autor diz que esta primeira parte foi inspirada nesse jogo. Esta é apenas um aquecimento, servindo para dar a conhecer os desafios que vamos ter em mãos e abrindo as portas para a segunda parte, esta passada nos subterrâneos. É aqui que a verdadeira acção se passa, à boa maneira de The bard's Tale, o segundo jogo que inspira SpecQuest, nas palavras do seu autor.
A acompanhar o jogo vem um documento com oito páginas, contando não só a sua história, mas também contendo informação imprescindível para se conseguir avançar em SpecQuest. Deixamos já uma nota: apesar de SpecQuest parecer ter uma grande complexidade, depois de se apreender os seus conceitos base, rapidamente se consegue avançar. No entanto, não dispensa a leitura do tal documento. É nele que, por exemplo, ficamos a saber as capacidades de cada uma das quatro personagens que entram na aventura.
Ao entramos nos subterrâneos, vamos acompanhados de dois guerreiros, um deles com mestria na espada, ou outro no arco e flecha, mas também de um curandeiro, muito conveniente para curar as feridas dos restantes personagens. É que, tal como se esperava, estão infestados (é este o termo exacto) de bichezas e outros inimigos incómodos. Sempre que nos deparamos com estes, temos várias hipóteses: fugirmos, defendermo-nos ou irmos ao ataque. E aqui podemos ir de duas formas, através do ataque directo com as armas que temos à disposição, ou utilizar algo semelhante a feitiços (tech). É nesta parte que as instruções são fundamentais, pois consoante os "tech points" que temos, poderemos invocar diferentes tipos de feitiços e estes encontram-se listados no documento. Claro que estes não são ilimitados (na barra lateral à direita conseguimos ver o que ainda temos disponível), pelo que convém usar com parcimónia.
Os inimigos (podem ser mais que um em simultâneo), após o nosso ataque, e se tiverem sobrevivido, entram na sua fase de ataque. Normalmente são arrasadores e têm capacidade para, pelo menos enquanto não estamos suficientemente fortalecidos, a eliminarem de imediato um dos nossos personagens. Tendo em conta que os subterrâneos constituem um enorme labirinto, que além dos inimigos ainda tem outro tipo de armadilhas, à medida que vamos sendo atacados e vemos o nosso pequeno exército diminuir, as hipóteses de conseguirmos de lá sair vivos diminuem consideravelmente.
A aventura tem contornos semelhantes a Transylvanian Castle 2: The Eye of Velnor, incluindo na sua vertente estratégica. No entanto, ao contrário dessa, ainda estamos muito longe de a terminar. De facto, os subterrâneos são muito extensos, e esse é apenas um dos desafios que temos em mãos. Parece-nos que o nível de dificuldade poderá não estar suficientemente ajustado, levando a que nas primeiras tentativas rapidamente sejamos dizimados. Só quando começarmos a conseguir conciliar o melhor de cada um dos personagens, assim como as armas que têm à disposição, é que começamos a progredir. Isto para dizer que se gastamos logo os feitiços à nossa disposição, também não iremos avançar muito.
SpecQuest é então uma aventura difícil, mas absorvente. Não é aconselhada aos iniciados, e é necessário algum estudo e experiência para se começar a tirar o melhor partido dela. Exige assim que a ela se dedique algum tempo, e sabemos que nem todos terão disponibilidade para isso. Por outro lado, é um prazer ver jogos diferentes a aparecer para o Spectrum, e nem que fosse apenas por isso, iríamos congratular o seu autor. Fazemos assim a nossa avaliação daquilo que o jogo nos pareceu numa primeira impressão, tendo a consciência que para fazer uma avaliação mais definitiva, vamos precisar de muito mais tempo de "estudo". De notar ainda que encontrámos alguns bugs, por vezes fazendo o jogo "crashar".
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