Nome: Armored
Editora: NA
Autor: Volatil
Ano de lançamento: 2021
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
São raros os jogos desenvolvidos com o AGDX Mini, ou com sprites minúsculos, que nos conseguem cativar. Claro que existem excepções, como Road Trippin', mas regra geral são mais para o fraco. E Armored cai neste categoria, pese embora se reconheça o esforço do programador em contemplar alguns elementos que o diferenciem dos muitos jogos que vão aparecendo ultimamente à conta de motores como o AGD ou La Churrera.
Mas comecemos por enquadrar o jogador na história. Assim, um estranho exército robótico invadiu os nossos domínios. A sua força advém de duas bases, uma localizada numa base urbana, o primeiro nível, a segunda no ártico (correspondendo ao segundo nível, acessível através de uma password). Cabe a nós, um comando experiente, ao volante de um tanque de última geração, eliminar a ameaça. Para isso temos que em cada um dos níveis resgatar 10 soldados, para, no confronto final, batermo-nos em duelo com o big boss (embora não seja assim tão "big").
Mas os soldados estão presos e para se conseguir abrir a porta do local onde se encontram encarcerados é necessário termos na nossa posse o cartão da mesma cor da porta. Existem quatro diferentes cores, pelo que é fundamental memorizarmos o local onde se encontram os cartões e os prisioneiros. Com 20 ecrãs (por nível), seguramente não será tarefa impossível.
Se na teoria a ideia parece ser boa, na prática falha redondamente, principalmente devido aos cenários altamente confusos, aos quais se junta o diminuto tamanho dos sprites. É tudo demasiado pequeno, colorido e rápido para se tornar minimamente confortável. O programador pretendeu colocar elementos de estratégia no jogo (por exemplo, os diversos tipos de armamento), mas na prática limitamo-nos a desviar das dezenas de disparos dos inimigos, tentando recolher os cartões e encontrar os prisioneiros. Assim, de estratégia pouco tem, será mais um exercício puro de reflexos, tendo que se contar com alguma sorte à mistura. E nem sequer se aconselha dedo leve no gatilho, pois assim que se reentra num ecrã, os inimigos voltam imediatamente a aparecer, sendo a munição limitada A melhor estratégia é mesmo estar em movimento contínuo, ziguezagueando e contornando os obstáculos e inimigos.
Assim, Armored apenas irá ser do agrado daqueles que gostam de disparar contra tudo o que se mexe. Mesmo a música, talvez o elemento que consegue superar a mediania, não é o suficiente para captar a atenção dos jogadores por mais do que uns momentos. Parece-nos pois, que foi dado um passo atrás relativamente a Bullet Storm, um shoot'em'up que conseguia concretizar na prática as boas ideias de Volatil. Assim, o nosso conselho é: vejam o jogo antes de o comprar (podem experimentar a primeira parte gratuitamente).
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