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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Trine Michelson's Hot Parts


Nome: Trine Michelson's Hot Parts
Editora: NA
Autor: Fahnn
Ano de lançamento: 2019
Género: Estratégia
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Com o ressurgimento do interesse no Spectrum, novos géneros de jogos voltam a ser lançados. Ainda há relativamente pouco tempo Jason Taylor trouxe-nos Motte and Bailey, e eis que aparece novo jogo de estratégia / gestão, mas este com contornos um pouco diferentes, se é que se pode dizer isso. É que a missão em Trine Michelson's Hot Parts é sermos bem-sucedidos na indústria porno.

Com uma temática destas, não admira que o jogo tenha passado praticamente despercebido junto da comunidade. As páginas mais conhecidas não se arriscam a divulgar o jogo, por forma a não ofenderem as almas mais sensíveis (isto é puritanas). Mas como por aqui achamos pouca piada a puritanos, daremos todo o destaque que o jogo mereçe. Aliás, o público nacional gosta é destas temáticas e não é por acaso que Paradise Café é o post mais visionado de sempre de Planeta Sinclair.

Mas voltando ao jogo, a ideia é então sermos bem-sucedidos na indústria porno e isso passa por produzir filmes que sejam depois também bem-sucedidos em termos de vendas. Sim, tal como na industria porno real, também é o dinheiro que aqui fala mais alto.


Assim que carregamos Trine Michelson's Hot Parts, podemos optar por ver os créditos tal como se de um filme se tratasse. Segue-se um menu inicial, que vai definir todas as acções que vamos tomando ao longo do jogo. E podemos mesmo seguir a ordem ai existente. Assim, começamos por escolher as actrizes (porque não actores, também?), com nomes baseados em caracteres reais. Claro que as mais reputadas são mais caras, mas também dão garantia de maiores audiências.

Segue-se as temáticas, e estas vão desde as mais soft, como a simples beijoquice, até às mais bizarras. Nota máxima para o programador e para a sua fértil imaginação, que consegue fazer com que qualquer um fique com um misto de vergonha e de prazer só de imaginar naquilo que para lá colocou. Depois podemos escolher os objectos e as personagens que vão encarnar no filme. Foi assim com enorme satisfação que começámos logo por escolher um filme com robôs sexuais (alguma conotação com a Vega +?) e anões. Nem vamos referir as muitas opções que por lá estão, será uma boa surpresa para quem tiver a coragem de carregar o jogo (deixem-se de puritanismos, nem que seja para umas boas risadas vale a pena experimentá-lo).


Depois de todas as opções seleccionadas (até opção para batota existe), avançamos então para a filmagem e promoção do filme, sendo-nos dado um budget para isso. Terminado o filme, é colocado no mercado para escrutínio dos críticos. Se as reviews forem favoráveis (como no caso acima), podemos contar com muitas visualizações e muito dinheiro em caixa, que nos vai permitir rodar o próximo filme de forma mais ambiciosa.

Em termos de mecânica de jogo, e mesmo sendo em Basic (o programador fez um bom trabalho, não se notando qualquer lentidão após selecção das opções), faz lembrar Software Star (Addictive Games, 1985), ou até The Biz (Virgin Games, 1984). Apenas contém texto, mas também ninguém esperaria certamente ter cenas do filme aqui escarrapachadas, não é?

A maior lacuna do jogo é mesmo tornar-se monótono ao final de algum tempo, tal como acontece com a maioria dos jogos do género. Depois de corremos as opções quatro ou cinco vezes, pouco incentivo temos para continuar. Mas isto é uma especificidade deste género de jogos, não um defeito de programação. De qualquer forma poderão aqui descarregá-lo em toda a sua glória, estamos seguros que vos irá conceder alguns momentos de puro deleite.

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