Nome: Aliens: Neoplasma
Editora: Sanchez Crew
Autor: Sanchez, ER, n1k-o
Ano de lançamento: 2019
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 128 K / TR-DOS
Número de jogadores: 1
A expectativa era grande para ver o que Sanchez tirava da cartola desta vez. Para quem não sabe, Sanchez é o alter ego de Alexander Udotov e costuma fazer acompanhar-se de uma equipa de excelência, ER (Evgeniy Rogulin ) e n1k-o (Oleg Nikitin). O seu portfolio fala por si, senão vejamos apenas os mais recentes, Castlevania, Mighty Final Fight, Survivisection e Vradark's Sphere, tendo ainda em carteira No Fate e Power Blade. Impressionante não é?
E de facto, olhando para Aliens: Neoplasma, vemos imediatamente que saiu mais um projecto vencedor, não sendo necessário passear-se pelos corredores de Nostromo por mais de cinco minutos para se perceber isso. Por falar em Nostromo, quando Sanchez lançou o trailer para este jogo, na véspera do último Natal, a nave tinha desde logo lugar de destaque (também terá na sequência final do jogo, mas para isso precisam de lá chegar). E já agora, Aliens tem dois finais diferentes, até aqui mostrando o detalhe dado pela equipa, confessa admirador de sci-fi e do cinema fantástico.
A história de Aliens é por demais conhecida, pelo que não vamos aqui fazer a sinopse, mas neste jogo assumimos o papel o papel da Tenente Ashley, que acorda desorientada no Deck 1 da nave. Não vê sinais da tripulação e a sua primeira tarefa é aceder ao computador de bordo (Achilles) para tentar perceber o que se está a passar. Mas as informações dadas por Achilles são um tanto ou quanto enigmáticas, e no mínimo contraditórias, levando Ashley a suspeitar que algo de muito errado se está a passar. Como está desarmada e com a energia em níveis mínimos depois de uma soneca de muitos anos, e antes mesmo de começar a combater a ameaça alienígena,deverá armar-se e recuperar a saúde. Para isso terá que aceder aos terminais (facilmente identificáveis) que se encontram ao longo da labiríntica nave.
Durante o percurso, Ashley repara também que as portas para novas salas estão fechadas. Para que as possa abrir, terá que entrar nos vários terminais que permitem desbloquear o acesso. Existe assim um percurso pré-definido a fazer-se, e que só por tentativa e erro se irá descobrir.
O armamento incluí uma metralhadora e granadas de mão. A primeira permite dar conta da maior parte dos inimigos, que são de dois tipos: os aliens pequenos, muito rápidos, e que normalmente aparecem pelas condutas da nave. São especialmente chatos, pois se conseguem chegar até Ashley, e se esta não se consegue libertar logo do monstro, atirando-o para longe e disparando de seguida, este suga-lhe a energia toda. E depois existe o alien maior, assustador e rapidamente identificável por quem conhece a série. Uma granada bem assente ou uma rajada de metralhadora é a forma de dar cabo dele. Não é necessário dizer o que acontece se este alcança Ashley…
Mas a própria nave apresenta alguns obstáculos pelo caminho. Plataformas que se têm que saltar, condutas nas quais temos que andar agachado, mas sobretudo as ventoinhas no chão que impedem o caminho. Poderão ser úteis para dar cabo dos aliens pequenos, mas em alguns pontos Ashley tem que descobrir como as ultrapassar. Não iremos aqui dizer o que necessitam de fazer para isso, terão que descobrir por vós, sendo este trabalho exploratório parte do prazer que vão retirar deste magnífico jogo.
Aliens tem imensos pontos fortes. O primeiro é o ambiente criado pela equipa programadora. Poderemos jogar com ou sem a melodia de n1k-o (as duas versões foram disponibilizadas por Sanchez), e embora esta seja excelente, diminui um pouco a tensão que se vive durante todo o jogo. Esta tensão, que era vivida durante todo o filme de Aliens, foi transposta na perfeição para aqui. A qualquer momento poderá surgir um monstro de uma conduta, e esta incerteza dispara a adrenalina para pontos máximos, requerendo a máxima concentração do jogador.
Os gráficos são também uma pequena maravilha, recriando na perfeição a labiríntica Nostromo. Por vezes a fazer lembrar Trantor: The Last Stormtrooper, mas enquanto esse jogo pecava (e muito) na jogabilidade, Aliens não tem qualquer lacuna a esse nível. A jogabilidade é do melhor que se viu, e apesar de alguns sprites serem enormes, a suavidade com que se movem no ecrã é uma coisa assombrosa, um verdadeiro deleite para os nossos sentidos.
O scroll é muito semelhante a Castlevania. Poderá haver quem não se sinta tão confortável com o sistema adoptado (não é o nosso caso), mas perante cenários magníficos, duvidamos que exista alguém que se queixe deste pormenor.

Assim, ou muito nos enganamos, ou estaremos aqui perante um jogo a ficar no top 3 da competição ZX-DEV-MIA-Remakes, se não mesmo o vencedor, e sem qualquer desprimor para os restantes concorrentes, pois apresentaram também produtos de grandessíssima qualidade. Aliás, na competição entrou a nata dos programadores, mostrando bem o prestígio e visibilidade que esta competição já angariou (Ivan, o seu criador, está de parabéns por tudo o que tem feito pela comunidade).
Perante tudo isto, não teríamos outra alternativa senão dar a nota máxima a este jogo. São muito poucos os casos em que o faremos (Los Amores de Brunilda, Castlevania e The Sword of Ianna são merecedores deste galardão, apenas para falar nos novos jogos), e neste caso é inteiramente merecido.
Jogaço!!
ResponderEliminarHardcore demais!!! Mas ainda assim um jogaço!!!
Pretendo ir mais longe quando eu puder jogar novamente.
O jogo tem 2 finais diferentes 😉
EliminarO que o torna mais interessante.:D
EliminarEsse fim de semana não consegui jogar nada (Allenders Simons é minha outra conta Google).
Mas na semana passada joguei um pouco de Redshift, RetroForce, Maze Death Rally-X e Aliens: Neoplasma.
Todos são muito bons! Assim como o Planeta Sinclair.
Parabéns André.
Obrigado Luiz 😉 sem dúvida, o nível dessa competição é altíssimo...
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