sábado, 25 de outubro de 2025

Highway Encounter


Nome: Highway Encounter
Editora: Vortex Software
Autor: Costa Panayi
Ano de lançamento: 1985
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1
Memória:  48 K
Link para descarga: Aqui

Não é segredo para ninguém que colocamos Costa Panayi num grupo muito restrito de génios da cena do ZX Spectrum. Aliás, se dúvidas houvesse, basta ver que que considerámos Highway Encounter no top dos 50 melhores jogos para o ZX Spectrum (aqui).

Também quando Costa Panayi lançou este jogo, já gozava de uma sólida reputação, muito por força de três jogos que foram autênticos hits no ZX Spectrum: Android Two, Tornardo Low Level e Cyclone. Não é assim de estranhar que Highway Encounter tenha tido sucesso instantâneo, com a generalidade da critica e dos jogadores a tecerem rasgados elogios. Merecidamente, diga-se.

A história é muito simples. Assim, os alienígenas invadiram a Terra e estão perto de dominar o Planeta. Apenas nós, ao comando de um droide (o vorton), podemos travar o seu avanço. O objectivo é  conseguirmos levar o Lasertron, um sistema de armas muito avançado representado por uma pequena pirâmide, da zona 30, até à zona 0. Lá chegando, deve-se colocar o lasertron no local indicado para o efeito, sendo que este cumpre depois com a sua missão e destrói a nave-mãe dos alienígenas, numa sequência épica, digna de se ver.


Controlar o vorton exige algum treino e perícia, sendo o sistema direccional utilizado semelhante aos jogos da Ultimate, meas neste caso um pouco mais complexo, pois podemos apontá-lo em oito direcções (nos jogos isométricos da Ultimate, normalmente apenas existem quatro direcções). E bem vamos precisar de dominar a forma de controlo do droide, pois teremos que mudar de direcção muito rapidamente, sempre que nos encontramos com os muitos guardiões que patrulham o caminho até à nave-mãe. Estes movem-se de forma aleatória, para dificultar mais a nossa tarefa.

O elemento estratégico também tem alguma força, pois não nos podemos limitar a "correr" até à zona 0, varrendo os inimigos que se encontram no caminho. Isso é importante, aliás, fundamental, pois se nos esquecemos de eliminar algum inimigo, a probabilidade deste vir mais tarde "chatear-nos", ou mesmo ir ao encontro dos restantes quatro vortons (representam as vidas extra), eliminando-os, é grande. Estes vortons encontram-se engajados no lasertron, e sempre que este último se move, os vortons acompanham-o. Resta dizer que o lasertron vai avançando automaticamente sempre que o caminho se encontra desimpedido de obstáculos, sendo muitas vezes necessário travar-lhe o avanço, colocando algum objecto à sua frente (podemos movimentar os objectos, disparando contra eles). De notar que se já não existirem vectrons extra, então é necessário que nos coloquemos por trás do lasetron, para o poder fazer avançar. Parece complicado, mas é tudo muito simples (não dizemos fácil, obviamente).

A melhor estratégia parece ser assim ir avançando por zonas, por vezes três ou quatro blocos de cada vez, eliminar os inimigos que aparecem, colocar objectos à frente das minas que se encontram no terreno, e depois voltar atrás, para trazer o lasetron para zonas entretanto desimpedidas. Se os guardiões, com mais ou menos esforço vão sendo eliminados, conseguir impedir as minas de se movimentarem pelo meio do caminho, eliminado posteriormente os nossos vectrons, é bem mais difícil. Em particular numa das últimas zonas, na qual temos meia dúzia de minas a cruzar o caminho do lasetron, tendo que ser colocados vários obstáculos à sua frente, isto quando o tempo para se completar a missão já se encontra no seu limite.


Pois, além, das restantes dificuldades, também existe um tempo limite muito curto, obrigando-nos a perder o menos tempo possível com os obstáculos e muitas vezes levando-nos a ponderar se valerá a penas avançar muito com o vectron e deixar o lasetron para trás. É este tipo de decisões que vamos tendo que tomar ao longo do jogo.

O esmero colocado por Panayi em Highway Encounter é notável a todos os níveis. A jogabilidade não tem uma única falha, e depois tem pormenores deliciosos, como quando disparamos, vemos o tiro sair do ecrã, e ouvimos depois o sinal sonoro de qualquer coisa a ser eliminada. É verdade, embora apenas se consiga ver uma área (ecrã), a acção continua a decorrer nas restantes áreas em tempo real e é possível anteciparmos alguns perigos, disparando um pouco à toa e esperando assim que se consiga atingir algum inimigo que não esteja visível.

Graficamente, e tendo em conta  ano em que foi lançado, também é um espanto. As aventuras isométricas estava a aparecer na altura do lançamento de Highway Encounter, trazendo um novo género ao ZX Spectrum, mas mesmo assim este jogo conseguiu ser totalmente inovador e uma autêntica pedrada no charco. S

eguiu-se Alien Highway, mas essas história ficará para contar noutra altura (talvez mais cedo do que pensam)...

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