quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Ganeymede II (ZX81 MIA)


Além dos lançamentos oficiais para o ZX81 que Steven Brown tem partilhado connosco, também nos enviou uma pasta com mais de 170 pequenos programas para o ZX81 e que ainda não estão preservados (leram bem, mais de 170!!!!). A maioria deverão ser type-ins, mas pelo meio temos alguns programas mais complexos.

Vamos partilhar individualmente os mais interessantes, os restantes serão mais tarde partilhados em bloco. Assim, o primeiro é Ganeymedes II, um  jogo que curiosamente também existe para o ZX Spectrum.

Poderão aqui descarregar este interessante jogo.

O museu LOAD ZX está de parabéns!


Já se passaram quatro anos desde que o Museu LOAD ZX abriu as suas portas no espaço actual. Para assinalar esta data especial, vamos celebrar com um grande evento online, em linha com o que foi feito no ano passado. Assim, no dia 27 de outubro, pelas 20h45, estaremos online para um evento de balanço das diversas atividades e projectos que o Museu desenvolveu ao longo do último ano.

Além da presença de toda a nossa equipa do Museu, contaremos com vários convidados especiais ao longo da sessão, que será dividida em duas partes: uma em português e outra em inglês (que deverá começar pouco depois das 22h00).

Sem revelar demasiado, alertamos já para algo que dificilmente poderíamos ter sonhado. A sessão "Achieving the Impossible: The Lost ZX Network" é imperdível! Acreditem, não vão mesmo querer perder este momento...

SuperCalc 2 (FDD)


O programa seguinte, que estava nas disquetes do Luís Bandeira (Timex) e foi preservado pelo João Encarnado, tem uma folha de cálculo, SuperCalc 2, e que ainda não estava disponível para o sistema de discos FDD.

Poderão aqui descarregar o seu conteúdo. Requer o uso do CPM.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Frank N Stein and Dr. Acula: 40th Anniversary Collection


A Midnight Brew, a prestigiada editora criada por Allan Turvey, que além de nos dar a oportunidade de ter versões físicas de alguns dos grandes jogos dos últimos anos, no tempos livres ainda nos oferece grandes jogos feitos por si, apresentou a nova joia da sua colecção: Frank N Stein and Dr. Acula: 40th Anniversary Collection.

A apresentação oficial foi feita através de um vídeo do YouTube, que podem aqui ver. Nesses 20 minutos, Allan descobre um pouco dos segredos por trás dessa edição. Sem desvendar muito o véu, ficamos a saber que neste lançamento duplo vamos ter três jogos. Não só Dr. Acula, cuja review muito favorável deixámos em tempos (ver aqui), mas também Frank N Stein Re-booted, a versão de 2011 de Frank N Stein, e Frank N Stein 84 (Debugged). 

Mas como também é importante agradar-se aos puristas, a versão original de Frank N Stein, com bugs corrigidos, irá fazer parte deste lançamento. Aliás, as próprias cassetes terão uma capa reversível, com a nova versão de um lado, e a versão original ou como teria sido em 1984 (no caso de Dr. Acula, graças a Mark Harrinson), no reverso. Assim, é possível termos à mostra a capa que nos agrade mais.

Outras novidades deste lançamento e que estão incluídos no pacote, são os esboços originais dos gráficos e cenários, tal como Colin Stewart os concebeu em 1984, os anúncios a estes jogos e que surgiram na época nas páginas da Crash, e ainda uma competição, recriando a da Crash de há 40 anos e permitindo ganhar esta colecção, bem como postais com a arte original do saudoso Oliver Frey. 

Mas os próprios jogos terão novidades. Assim, o ficheiro digital será enviado para todos os compradores da colecção. Estas novas versões incluem mais de uma dúzia de excelentes temas em AY (grande trabalho de Lee Bee), chegando ao pormenor de ter pequenos extras, como acertar alguns timings do jogo para estarem de acordo com a música. 

Mas, acima de tudo, é uma oportunidade para voltarmos a carregar estes excelentes jogos. A versão original de Frank N Stein jogámos muito na época. Dr. Acula jogámos intensamente este ano (até o terminarmos no modo "hard"). Vamos agora pegar em Frank N Stein Re-booted, o que vai ser uma novidade para nós.

Para poderem ter acesso a esta edição de luxo, e ao mesmo tempo contribuírem para mais lançamentos destes aparecerem, basta virem aqui à página da Midnight Brew. É um lançamento muito exclusivo (100 a 200 unidades), portanto é pegar ou largar...

Micro Snake

The Death Squad regressa com um novo trabalho, mas desta vez um pouco diferente daquilo a que estamos habituados. 

A começar, é inteiramente escrito em BASIC e corre em apenas 16K. A velocidade é baixa, o que até convém a um clone de Tron / Snake, dando-nos mais tempo para pensar no caminho que vamos fazer. Longe está assim o ambiente frenético que é habitual esta equipa meter nos seus trabalhos.

Também não tem ecrã de carregamento, mas é preciso não esquecer que estamos perante uma pequena brincadeira que irá entrar na Crap Games Competition.

Convém também ter em conta as instruções. Assim, o objectivo é fazer a máxima pontuação, para isso deslocando a linha e comendo os quadrados cuja côr estão assinalados na barra em baixo. E mesmo sendo apenas uma pequena brincadeira, é de facto divertido.

Poderão aqui descarregar este jogo, é gratuito mas os criadores aceitam uma pequena doação.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Space Thunder DX


Space Thunder foi um jogo desenvolvido em 2021 por Isaias Diaz. E se bem se recordam, mesmo os shoot'em'ups não serem a nossa praia, gostámos particularmente deste (ver review aqui).

O autor lançou agora a nova versão, com alguns melhoramentos, a correcção de bugs, e algumas funcionalidades que não tinha conseguido resolver ou colocar na altura, quer por falta de tempo, quer por falta de conhecimentos técnicos. 

Vale a pena assim virem aqui descarregar esta nova versão, nunca é tarde para dar uns tiros nos alienígenas. É gratuito, mas agradece-se uma pequena doação ao seu autor, como forma de o recompensar por este agradável trabalho.

Monitor and Disassembler (ZX81 MIA)


Steven Brown, elemento integrante do (dream) Team Zeddy, presenteou-nos com mais uma pérola para o ZX81. E apesar de não ser um jogo, vem de uma prestigiada editora, a Cystal Computing. Os programadores agradecem.

Podem aqui descarregar Monitor and Disassembler, ficamos com o catálogo da Crystal um pouco mais completo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Listagem de programas da Santoli


Alguém já se questionou que programas tinha a J.A.Santos / Santoli para venda? Pois encontrámos uma lista com mais de 200 nomes...

Poderão aqui descarregar a listagem.

Máquina (type-in)


O Carlos Fernandes teve um trabalhão doido com este programa da Mini Micro's número 11, mas conseguiu digitá-lo, permitindo termos mais um type-in completo. O programa apresenta um desenho de uma máquina fotográfica e permite depois gravá-lo para cassete.

Poderão aqui descarregar este programa criado pelo Carlos Castelo.

domingo, 13 de outubro de 2024

Miner Problems (MIA)


Depois de Moons of Migos, ainda em 1984, Terry Lloyd desenvolveu um segundo jogo, mais uma vez com forte inspiração de Manic Miner, mas indo beber a mecânica do seu primeiro jogo, e trazendo também à memória Frank N Stein (recentemente Colin Stewart lançou Dr. Acula, quem sabe não venhamos também a ter uma sequela de Miner Problems).

A jogabilidade é agora melhor, até porque a velocidade de movimentação do nosso personagem é mais lenta, facilitando-nos a vida. Mas não muito, pois mais uma vez temos obstáculos fixos, mas também as famigeradas setas, que substituem os raios laser do anterior jogo, e que nos matam se tivermos a infelicidade de estar na mesma plataforma e não conseguirmos saltar a tempo para nos desviarmos. De qualquer forma, o jogo é mais fácil e temos a possibilidade de inicialmente escolher o nível em que queremos jogar.

Poderão vir aqui descarregar Miner Problems e dar uma pequena contribuição ao seu autor. O génio já se começava alia a vislumbrar...

Moons of Migos (MIA)


Terry Lloyd dispensa grandes apresentações. Senão vejamos alguns dos jogos do seu brilhante portfolio: Auf Wiedersehen Monty, Future Knight, Jack the Nipper II, Krakout, Rick Dangerous, Rick Dangerous 2, Trailblazer... Satisfeitos? Deverão estar, pois esta lista incluí alguns dos jogos mais acarinhados pela comunidade.

Mas ainda antes de se tornar mega conhecido, no já distante ano de 1984, Terry Lloyd aventurou-se a fazer um pequeno jogo, inspirado em Manic Miner e Jet Set Willy. Inclusive, tentou que a Alligata Software, a Code Masters ou a Mastertronic o comercializassem, mas sem sucesso. Com isto, o jogo ficou esquecido e perdeu-se para o quase sempre. Mas eis que Terry Lloyd encontra um .z80 do seu jogo, partilhando-o com Planeta Sinclair e com o nosso amigo e contributor Steven Brown. Infelizmente, sendo um z80, perdeu-se parte do material, nomeadamente o ecrã de carregamento e as instruções, que provavelmente fariam parte de um bloco à parte. Quanto ao primeiro, não é possível recuperar-se, mas as segundas conseguimos encontrá-las no código. 

Eis então as instruções, escritas pelo seu futuro colega Simon Phipps. Aconselha-se a lê-las, pois desvenda alguns dos segredos do jogo:

Okay! Life wasn't easy for our Norbert, but then is it for anyone? Although, given his lifestyle, it really wasn't surprising that he perhaps found it a little more difficult to get on with than most people find... The only slight problem was that Norbert wasn't exactly living more like existing if that’s even the right word. In short, Norbert was what most common organic life forms in the galaxy would call robot, automaton, android (plastic pal who's fun to be with), rust bucket or simply-pain in the neck... The megatrix XII 4th generation protocol operative (m4-gpo) is the proper terminology!

 Norbert was having problems. It wasn't so bad being a robot, it was just having to cope with one simple problem, the fact that although Norbert had been created to solve many 'ordinary' problems, his brain power was so sophisticated that conversation with organic lifeforms was made as enlivening as that, which goes on between a single celled amoeba and a milliard on gargantubrain, which is pretty dull. 

It simply gave Norbert a headache thinking down to such a level, and so, one July morning in the middle of winter, he left his operating post on Yuggrugg 9 for better things... 

 Getting off Yuggrugg was no real problem, just a bit of extreme violence and Norbert was on his way. His first and last stopping point in this universe was on Froogon 7, a little outpost on the western spiral arm of the galaxy. Norbert was soon in trouble, though and his surroundings were rapidly altered after an argument with a mutanoid cfeperculatron, over a stuffed aardvark and 3 used teabags.

Blasted by a multi-universal transmutron beam, Norbert found himself in the strange and weird don't matter universe on a planet called Migon. Norbert turned round on his treads to view the magnificent squalor that was full of hideous hanging branches bricks, conveyor belts and robots left behind, by a strange godlike figure given the sacred name of Eugellama.

 The robots in the cave began to fire powerful beams of energy across the platforms on which Norbert stood, in a deadly but predictable pattern, and he decided to run and use the handy don't matter transporters (which simply transported things, after all, it don't matter where to!)

 There were two levers in the cavern along with (25) scrungite crystals, collecting (50) would allow Norbert to the next cave. The levers change conveyor direction and release (25) more crystals on collection of the first lot. 

There's also a strange lloydian device, known as a quirgatronic mono-directional destabilisation field rectification beam, in short, a rather sinister invisible field that zaps anything standing on it and places it on a remote platform in the cavern. To get back down well, you'll have to find that out for yourself.(snigger!) 


Aquilo que ressalta imediatamente em Moons of Migos, tendo em conta que estamos perante um jogo desenvolvido em 1984, são os gráficos, muito interessantes. Os cenários são claramente inspirados em Manic Miner, mas a mecânica do jogo é bastante diferente. É verdade que o objectivo é recolher os objectos, o que de resto ressalta das instruções que deixámos acima. Mas os inimigos não se movimentam, sendo o principal problema as colisões com as paredes, uma vez que os controlos são muito sensíveis (demasiados, até, sendo a única lacuna desse jogo).

Mas também existe um outro perigo mortal à espreita: os lasers que periodicamente lançam um raio que destrói Norbert, se este tem a infelicidade de ser apanhado por esse. Felizmente que são disparados em padrões regulares, pelo que ao fim de algum tempo sabemos exactamente para que plataformas nos devemos deslocar. 

A forma de se deslocar entre plataformas é através dos transportadores azuis. Permite-nos descer ou subir imediatamente, por vezes, se não nos lembramos do padrão dos raios laser, indo directos à boca do lobo. Mas as plataformas encerram também outro tipo de obstáculos, nomeadamente os tapetes rolante que se deslocam apenas num sentido. Há que saber fazer inverter a sua direcção. Mais complexo será encontrar a forma de chegar até aos pontos inacessíveis do ecrã. Só com muita persistência os iremos encontrar, mas parte do divertimento deste jogo consiste nisso mesmo, explorar tudo, mesmo aquilo que pareça menos óbvio. E não se esqueçam, depois de recolhermos os 25 objectos do ecrã, teremos que voltar a recolher mais 25, antes de nos deslocarmos a certo ponto que permite passar o nível. Qual o ponto? Terão que descobrir por vós.

Por fim, um agradecimento ao Rafael Lanita, grande aventureiro ("not"), que nos assinalou o jogo, e a Terry Lloyd, que nos permitiu partilhá-lo com a comunidade. Podem vir aqui descarregar esta pérola, o jogo é gratuito, mas uma pequena doação ao seu autor é inteiramente justa. Veremos quem será o primeiro a descobrir o número de níveis de Moons of Mingo...

CM: Os Jogos no Computador - 190

O ZX Spectrum continua ausente na edição de 7 de Março de 1993 de "Os Jogos no Computador", mas há outros motivos de interesse para quem aprecia retrogaming. A digitalização de Mário Moreira pode ser obtida neste link.

JND: Micromania - 120

A imparcialidade editorial nas plataformas abordadas foi o tema da Micromania de 29 de Março de 1992. Uma nota pessoal a que não resisto contar: as dicas (Alt-x e "Ken sent me") para o Leisure Suit Larry foram providenciais!!!

A digitalização de Miguel Brandão está disponível neste link.

sábado, 12 de outubro de 2024

Power of Yaddith


José Manuel Gris andava muito silencioso, pelo menos no que toca ao Zx Spectrum. Mas acabou de lançar Power of Yaddith, e é pró menino e prá menina... Quer isso dizer que o jogo tem duas variantes, King of Yaddith e Queen of Yaddith. E embora o objectivo seja o mesmo em ambas as variantes, a mecânica é um pouco diferente.

A história é engraçada e anda à volta do Deus Anicethoth, também conhecido como o bug vermelho com tentáculos. Depois temos dois personagens, John Styx e Tura Lee, fiéis e corajosos lacaios, portanto, candidatos a tomar posse do trono de Vaddith. Está assim explicado porque existem duas variantes, pois ou assumimos o papel de John, ou o de Tura.

Cada variante tem 14 níveis e em cada um temos que recolher todas as cápsulas mágicas que aparecem no ecrã. Depois de recolher todas num determinado tempo limite, surge a porta de saída que leva ao nível seguinte.

Apesar dos muitos inimigos que tentam impedir John e Tura de terem sucesso, Anicethoth é um Deus generoso e concede muitas ajudas, absolutamente necessárias para se conseguir chegar ao fim.

O jogo tem três níveis de dificuldade: normal, difícil e Phantis. Curioso este último, pois remete para um famoso jogo Espanhol que, ao contrário do que era habitual nos trabalhos de nuestros hermanos, era fácil. Já sabem assim com o que podem contar neste nível de dificuldade...

Podem vir aqui descarregar o(s) jogo(s) e dar uma pequena contribuição a José Manuel, que bem a merece.

Instruções para Reuniões


Enquanto vamos preparando umas surpresas do Professor Noémio Ramos para partilhar com a comunidade (as preservações do material estão a dar luta, são cassetes muito antigas, com muito ruído, e ainda por cima para o ZX81), deixamos as instruções para o programa Reuniões (ver aqui). Vinha num enorme lote que o Professor ofereceu ao Museu LOAD ZX, e que para já ainda está comigo (aguarda por uma ida minha a Cantanhede).

Vão acompanhando as notícias do Professor Noémio Ramos, podemos garantir que valem a pena e que acrescentam mais dados à história da programação nacional... 

Podem vir aqui descarregar o programa, agora completo com instruções.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Novos lançamentos Play on Retro


A Play on Retro é uma editora Espanhola pela qual temos muito carinho, pelo menos tanto quanto aquele que metem nos seus lançamentos. Temos aqui em casa algumas das suas edições e o mínimo que podemos dizer é que são sempre um produto fantástico. Logicamente são edições muito limitadas, possivelmente a serem no futuro muito valorizadas pelos coleccionadores (não é o nosso objectivo quando adquirimos estas edições), mas além disso são sempre jogos de excelência, por vezes lançados em suporte físico fora do normal (Aliens Neoplasma ou a colectânea Power Up são exemplos disso).

Pois agora, e até dia 20 de Outubro, está disponível um novo conjunto de cinco cassetes, que podem ser adquiridas isoladamente ou em grupo (nós adquirimos o lote inteiro). As embalagens são tipo clam shell, o que desde logo é uma novidade, as cassetes são impressas em ambos os lados, tendo versões bilingue da maior parte dos jogos (ES e EN). E pelo que já vimos, com muita informação sobre cada um deles, nomeadamente nos manuais com oito páginas que fazem parte de cada cassete.

Quanto aos jogos, confiram aqui:

Estamos a falar de jogos de topo, portanto, todos galardoados no GOTY, e as cassetes não se coíbem de mostrar isso mesmo (é para nós um orgulho ver que os nossos galardões são depois colocados nas versões físicas e nas páginas dos criadores dos jogos).

Como podem adquirir? Para isso basta virem aqui fazer a pré-reserva, poderão estar seguros que estão a ajudar uma pequena editora que lança edições muito exclusivas, mas nas quais colocam imenso amor e trabalho.

Last Battle


Nome: Last Battle
Editora: Hackers Squad
Autor: NA
Ano de lançamento: 1997
Género: Estratégia
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston Mouse
Memória: 128 K (TRD)
Número de jogadores: 1
Descarga: Aqui

Há uns tempos, um leitor de Planeta Sinclair desafiava-nos a fazermos a análise a jogos do período mais obscuro do ZX Spectrum, isto é, aquele que mediou o final da vida comercial, em 1993, até ao ressurgimento (mais ou menos 2015). E é curioso, pois andávamos precisamente, aos poucos, a ver os jogos desse período, já que desconhecemos a maior parte do que foi feito nesses anos, excepção para o que é nacional. Optámos então por pegar em jogos um pouco diferentes daquilo que era mais habitual aparecer nessa altura (plataformas ou aventuras de arcada), pelo que a escolha para uma review recaiu em Last Battle.

Este jogo, com claras semelhanças com Dune, que tem uma brilhante versão para o ZX Spectrum, e também na linha de Civilization, a obra-prima de Sid Meier, não chega a atingir o brilhantismo desses, embora nem por isso seja desprovido de interesse. Algumas lacunas fazem com que se torne um pouco monótono (é demasiado parado), o que é uma pena, pois teria tudo para se tornar um clássico.

Comecemos então pelos pontos menos positivos. Em primeiro lugar, falta-lhe a dinâmica de Dune. É verdade que em Last Battle estamos perante um jogo por turnos, enquanto que Dune decorre em tempo real. E isso faz uma grande diferença em termos da dinâmica imprimida ao jogo, até porque o ZX Spectrum tem óbvias limitações quando comparado com os PCs, e jogos por turnos que tão bem funcionam nos computadores com maior memória (o já referido Civilization, mas também a saga X-COM), e que oferecem outro tipo de atractivos, a começar pelo grafismo, já no ZX Spectrum tem que se valer doutro tipo de armas, nomeadamente de uma forte componente estratégica e que define projectos vencedores com Vulcan, Battlefield Germany, Johnny Reb II, entre outros. E Last Battle fica muito atrás dos jogos referidos nessa vertente, não obstante os vários níveis de dificuldade, que vão desde o inofensivo, até ao impossível. 

Outro ponto que carecia de melhoramentos, e está também relacionado com a dinâmica que falámos, é o período que medeia o iniciarmos a construção da nossa máquina de guerra, nomeadamente meter as cidades a produzir unidades, e entrarmos em batalhas a sério com o adversário. Podem contar com três a quatro horas até isso acontecer e muita gente não terá paciência para um tão longo período "morno".

Por fim, e para terminar os pontos menos bons, o interface de controlo poderia ser mais optimizado. É certo que tem opções que aceleram e facilitam a vida ao jogador, como a possibilidade de avançar os turnos quando não existem acções de relevo que mereçam a nossa atenção, a possibilidade de saltar para a próxima cidade ou unidade rapidamente, ou definir locais distantes para enviar as unidades (opção "course"). Mas no cômputo geral, sente-se que falta ali qualquer coisa e que perdemos demasiado tempo a olhar para aquilo que as unidades e cidades estão a fazer (por exemplo, para se ver o que uma cidade está a produzir, tem que se entrar na mesma), em vez de andarmos em batalhas.

Face a estas críticas / lacunas, poderiam pensar que não gostámos do jogo. Nada disso, gostámos, tanto que passámos dois dias de volta do jogo e mesmo assim, pese embora avanços consideráveis num nível de dificuldade intermédio, ainda estamos longe de derrotar o inimigo. 

Tudo começa então numa simples cidade, a qual alberga duas unidades. A cidade pode desde logo começar a produzir outras unidades, quer de guerra, quer de exploração, que podem ser terrestres ou navais. São seis os planetas pré-definidos (existe um editor lançado pela mesma altura que permite construir os mundos à nossa medida), sendo que a nossa base encontra-se num continente, que pode ou não ter cidades inimigas, e que tendo, devem desde logo ser conquistadas (não é difícil). Mas o grosso do inimigo encontra-se noutra ilha / continente e para a atingirmos, teremos então que construir navios de transporte que permitam depois deslocar as unidades para a sua proximidade. É fundamental encontrar-se um equilíbrio entre tropas atacantes, defensivas, nomeadamente navais, e robôs de reparação de unidades (devemos tê-los junto às nossas tropas, doutra forma pode-nos faltar poder de fogo).

Os mapas são gerados aleatoriamente, estando as cidades previamente definidas. Sente-se a falta de uma unidade que permita construir novas cidades, pelo que é fundamental tomarmos as bases inimigas o quanto antes, pois são essas que vão depois custear o nosso esforço de guerra. Atenção também que nem todas as cidades produzem o mesmo. Algumas produzem apenas unidades menos nobres, pelo que temos tendência a deixá-las sem produção alguma, para não se perder tempo com elas. Não esperem também produzir unidades navais em cidades que não estejam adjacente ao mar, pelo que é também estratégico desde logo conseguirmo-nos apoderar dessas bases, única forma de controlar os oceanos e também fazer chegar aos outros continentes as nossas unidades.


Last Battle tem ainda outras opções, algumas quase obrigatórias. Podemos assim ver um mapa global do planeta, assinalando os locais por onde já passámos (à boa maneira de Civilization, o mapa vai sendo desvendado à medida que as nossas unidades passam), ou ver os reports que são fornecidos após cada turno com o desenrolar da batalha. Mas também tem algumas menos habituais, como a mudança do modo de controlo direccional, o tipo de scroll, o tipo de detalhe da batalha, etc.. Existe assim muito para entreter qualquer general que se preze.

Graficamente fica aquém de Dune. Bem sabemos que este não é o elemento primordial a ter em consideração neste género de jogos, e embora cumpra com a missão, talvez se pudesse aprimorar um pouco mais as unidades e o próprio terreno de jogos. De qualquer forma, não é por aqui que Last Battle perde a batalha.

Last Battle é então um jogo indicado para os wargamers e amantes de jogos de estratégia. Aqueles que estão mais virados para jogos de arcada, rapidamente irão ficar entediados devido à extrema morosidade da acção. Mas também é bem conhecido da comunidade o gosto que temos por este tipo de jogos, pelo que tem a nossa aprovação e aconselhamos todos aqueles que se vão iniciar neste género, a darem uma espreitadela. Poderão ficar surpreendidos e ficarem fãs do género...

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Learn to Read e LOGO (FDD)


Temos hoje mais uma disquete do Luís Bandeira, da Timex, recuperada pelo João Encarnado. Inclui os programas Learn to Read 1 e LOGO.

Poderão aqui descarregar o conteúdo da disquete.

FMR: 2024-25 Edition


Já se tornou habitual termos actualizações ao icónico Football Manager, jogo desenvolvido por K.J Toms em 1982 e ainda hoje um dos melhores do género. Isto porque G. Anderson, desde 2011 que tem vindo a melhorar o jogo, não só actualizando o nome de jogadores, equipas, etc., mas contemplando imensas novas opções (são tantas que só mesmo vendo), superando clássicos como Football Director ou The Double (atenção que é necessário ter 128K de memória).

É então possível jogar-se no campeonato nacional e assumir o papel de Ruben Amorim, por exemplo, e levar o Sporting Clube de Portugal ao bi (uma inevitabilidade). Quem conhece o original, facilmente entra no esquema. Os restantes, também, pois apesar das dezenas de opções que agora se encontram à disposição do treinador, é tudo muito intuitivo.

Podem aqui vir descarregar a versão 2024-2025 de Football Manager Revisited, merece inteiramente que se dê uma espreitadela. E um agradecimento à página ZX Spectrum, foi graças a eles que descobrimos a nova versão.

Room 310: the Awakening


Dareint até nos deixa sem fôlego, tal a quantidade de novas aventuras (e novas versões) que lança todos os anos. No passado fomos vendo algumas das suas aventuras com bastante atenção (por exemplo, a Tempestade, que até foi traduzida para Português - ver aqui), e estão excepcionalmente bem escritas. Quanto a Room 310, o jogo foi desenvolvido em 2022, na altura apenas em Castelhano e com o nome Habitación 310: El Despertar, tendo chegado a ser premiado no GOTY desse ano, e que até deu origem a uma sequela. Pois, para quem não entende a língua de Cervantes, pode agora deliciar-se com a versão em Inglês do primeiro episódio. 

A história é um pouco diferente dos outros jogos de Daniel Revenga (Dareint), no entanto, não dispensa a forte aura de mistério que caracteriza todas as suas aventuras. Somos então colocados no papel de Sandra Garland que, tal e qual uma Miss Marple, tem que desvendar o mistério do desaparecimento da sua querida amiga Ariatna e os segredos obscuros que rodeiam a residência de estudantes Nuevo Amanecer. Podem assim contar com muitos quebra-cabeças para resolver e muita exploração dos cenários, só assim será possível desvendar todos os obscuros segredos. E tudo com um feeling muito 80's...

O jogo é gratuito, mas pode-se (e deve-se) fazer um donativo ao seu autor, por tudo aquilo que tem feito pela comunidade. Para isso basta aqui virem.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Bolsa (MIA)


Vamos jogar à Bolsa? É isto que a J.A.Santos / Santoli propõe em mais um programa que foi preservado do enorme lote de cassetes que o tio do João Diogo Ramos cedeu ao Museu LOAD ZX.

Poderão aqui descarregar Bolsa.

Superpermutations


O Zé Oliveira continua a brincar com a matemática. Aliás, não é por acaso que o seu percurso na informática até tenha começado na sua juventude, quando ganhou um prémio nesta área.

Desta vez apresenta-nos Superpermutations, uma pequena curiosidade que revela alguns segredos das permutações.

Poderão aqui experimentá-lo online e aqui descarregá-lo.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Teste Geográfico (MIA)


Do Osvaldo Picoito, via Pedro Pimenta, chega um pequeno jogo onde temos que demonstrar os nossos conhecimentos ao nível de Geografia.

Poderão aqui descarregar o programa e não façam como nós, utilizem letras maiúsculas.

Scorpirus (ZX81 MIA)


Pensavam que o ZX81 não podia ter jogos rápidos? Pois então não conhecem Scorpirus. O que não é de admirar, pois o jogo ainda não estava preservado na Spectrum Computing.

Este é mais um jogo da Ere Informatique preservado pelo Team Zeddy, isto é, Steven Brown, Luís Rato e Thomas Heckmann, acompanhados de Mark Westmoreland, podendo aqui ser descarregado. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Análise de Frequência (type-in)


Na Mini Micro's número 11 saiu mais um programa de um dos seus colaboradores habituais: Arlindo Correia. Este pequeno utilitário mede a frequência de letras num texto.

Poderão aqui descarregar o programa.