Nome: Hostages
Editora: Infogrames
Autor: Philippe Agripnidis, Zydro, Fustor, Joe McAlby
Ano de lançamento: 1990
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui
Numa altura em que o ZX Spectrum iniciava o seu declínio comercial face à poderosa concorrência dos 16 bits, a companhia francesa Infogrames publicou – através de uma co-autoria entre a citada companhia com a equipa espanhola New Frontier – um dos melhores videojogos para as várias plataformas presentes na altura – era o ano de 1990. E entre as quais, somos brindados com uma magnífica conversão para o ZX Spectrum desse notável projecto sobre o terrorismo que foi “Hostages”. Um ano depois, a companhia publicava dois potentes e cirúrgicos exercícios de perícia e destreza que foram “ The Light Corridor “ e “ WellTris “.
Após o carregamento do jogo, o jogador testemunha a abrir as “hostes” com um excelente menu animado, com uma bem delineada e precisa intro animada em simultâneo com uma passagem de texto sobre o argumento do jogo... e melhor: não só agradecemos a felicidade de disfrutarmos de um excelente - e ainda hoje original! – jogo, como temos a alegria de desfrutar de uma animação no final do jogo após a libertação dos reféns. Algo raro no historial do ZX Spectrum: podermos disfrutar num jogo de elevada qualidade, e simultaneamente assistirmos a boas animações na introdução e final da missão.
Tudo nesse belo jogo apresenta-se com um equilíbrio integral técnico pouco vulgar no historial do ZX Spectrum, abrilhantado com um nível de entretenimento sempre elevado e duradouro – embora considerando ser um jogo específico de um entretenimento linear e híbrido entre os formatos de arcade com aventura... e com alguns padrões dos jogos de perícia – o que era já apanágio dos jogos publicados pela companhia francesa.
A termos de apontar pontos menos positivos – embora sempre relativo – talvez se possa entender que o jogo seja algo repetitivo, assim como de curta duração. Depende naturalmente dos pontos de vista... e de gostos do jogador. Apesar disso, o resultado global é deslumbrante, com uma performance técnica de assombro e originalidade – aliás, à luz dos dias de hoje, ainda podemos “ver” essa cruzada imparável contra o terrorismo como um programa original e pouco imitado.
Ao iniciarmos o jogo, temos a possibilidade de escolher um gradação militar, ao passo que somos informados de forma sublime com um mapa e a explicação textual da missão que temos de cumprir. Durante as duas fases do jogo, temos à nossa frente fantásticos pormenores subtis técnicos, bem detalhados dentro de um forte realismo – note-se as recriações das acções em terreno e combate de forças de elite, assim como os pormenores de execuções num estilo de agentes “sniper” – notável !.
Que grande trabalho que os programadores espanhóis da equipa New Frontier realizaram. Nenhum jogador veterano do ZX Spectrum pode deixar de mergulhar nessa fantástica incursão, que permitiu dar um grande fôlego – e um sopro de dignidade técnica - ao Spectrum nos seus últimos anos comerciais.
Esta análise foi escrita pelo Paulo Silva (LeniFischer), membro do grupo ZX Spectrum Directo da Arrecadação, tendo-nos sido concedida autorização para a sua publicação em Planeta Sinclair.
Há uma outra fase (entre as duas principais) na versão da DSK
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