segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Castle of Sorrow


Nome: Castle of Sorrow
Editora:NA
Autor: ZXMan48k
Ano de lançamento: 2018
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1

De Espanha chegou um novo jogo criado com o Arcade Games Designer, fazendo a estreia nestas lides ZXMan48k. E a atmosfera de Castle of Sorrow é bastante lúgubre (a condizer com o ecrã de carregamento), ou não assumíssemos nós a pele de Constantin, que tem que entrar num misterioso castelo e descobrir o segredo que este encerra, por forma a vingarmos a morte da sua amada.


Mas ainda antes de podermos desvendar o mistério do castelo, teremos que encontrar um pergaminho que nos permite começar a busca pelos cinco objectos que nos vão ajudar a cumprir com a missão. Os objectos vão ficando visíveis à medida que os vamos encontrando, e aqui reside talvez um dos maiores pontos fracos deste jogo. É que sendo criado através do AGD, e por limitações de memória, não é possível ter-se um grande número de ecrãs, o que implica termos que fazer o mesmo caminho inúmeras vezes, ultrapassando sempre os mesmos obstáculos. Ao final de algum tempo torna-se monótono e desmotiva-nos a continuar.

Não é um problema de programação ou de má implementação do jogo, antes, como se disse, uma limitação deste motor, o que implica que a variedade neste género de jogos sofra consideravelmente. Existem forma de se ultrapassar o problema, tal como Jaime Grilo conseguiu recentemente com a terceira aventura de Jane Jelly, aumentando o interesse ao proporcionar-lhe uma maior diversidade de situações (as idas à prisão, por exemplo).


Mas pelo facto de começarmos pela maior fragilidade deste jogo, não se pense que o que aqui vamos encontrar é mau. De forma alguma, pois os cenários criados são bastante interessantes, com uma atmosfera perfeita para a temática de Castle of Sorrow. As cores são fortes, dando mesmo a ideia que estamos no interior de um castelo com fraca iluminação. E o labirinto em que este se torna, sempre vai atenuando a monotonia, até porque existem passagens secretas que se abrem depois de encontrarmos certos objectos. O que é pena é que o som seja praticamente inexistente, pois iria contribuir ainda mais para o ambiente sinistro.

Castle of Sorrow contém ainda alguns bugs, sendo que um deles, propositado ou não, acaba por fazer diminuir a sua longevidade. É que ao contrário de muitos jogos do género, a colisão com os nossos inimigos faz diminuir a energia de Constatin, mas que pode ser reposta com comida que vai aparecendo em alguns ecrãs. Mas essa é infinita, quer isso dizer que se voltarmos a esse ecrã encontramos a mesma dádiva. Não sendo o jogo particularmente difícil, até porque rapidamente vamos apanhando as manhas dos nossos inimigos, tal o número de vezes que passamos por eles, com alguma perseverança rapidamente chegamos ao fim.


Um outro bug, este seguramente não propositado, tem a ver com o sistema de controlo, que faz com que depois de morrerem a opção do Kempston não seja assumida, não havendo outra hipótese senão utilizar as teclas.

De qualquer forma, Castle of Sorrow consegue manter o interesse e estamos convictos que o programador conseguirá fazer algumas melhorias de forma a corrigir alguns desses erros e, quem sabe (se ainda existir memória suficiente), introduzir alguma música, macabra de preferência. Mas para estreia não está nada mal.

Castle of Sorrow poderá aqui ser obtido gratuitamente.

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