segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Reviews da Micromania (JN)


O ano passado, mais ou menos por esta altura, oferecemos algumas prendas à comunidade. As reviews do suplemento Som & Imagem (DN), Pokes & Dica (A Capital) e do CM, juntamente com duas revistas que A Capital lançou em Dezembro de 1986 e que há bastante tempo a comunidade as solicitava: Os 10 Mais de Acção e Os 10 Mais de Aventura e Estratégia.

Já este ano iniciámos uma rubrica regular (todas as Sextas-feiras), com o suplemento Pokes & Dicas de A Capital, incluindo não só as reviews, mas também muito outro material que fazia parte dessa revista.

E agora o Daniel Martinho lembrou-nos que em tempos alguém já tinha partilhado quase trezentas páginas com o suplemento Micromania, do JN. Certamente que o pessoal do Norte estará bem recordado, já que no Sul A Capital era Rei, enquanto que no resto do país (excepto Lisboa e Norte) mandava o DN. E é este material que hoje relembramos e que colocamos à disposição da comunidade. Maioritariamente tem o Spectrum como tema, embora também se encontre nesse suplemento outras plataformas.

Podem aqui vir buscar este material. Está um pouco desorganizado, mas se alguém tiver jeito (e paciência) para o corte e costura, podem criar uma ficha por jogo. Fechamos assim o ano com boas leituras, se bem que provavelmente apenas em 2019 iremos começar a ler todos estes artigos.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Planeta Sinclair no canal de Arnau Jess!

Eis que acabamos de saber que o nosso trabalho de preservação foi tema de conversa numa "live" do canal de retro-gaming de Arnau Jess! Ainda não assistimos à totalidade do vídeo pelo que, para já, deixaremos o link abaixo para os nossos leitores também o assistirem! Muito em breve faremos a "review"!


Músculos (MIA)


Músculos foi mais um dos programas que entrou na competição que o MicroSe7e levou a cabo e que teve o sucesso que bem se conhece. Desta feita, António P. Loureiro conseguiu uma menção honrosa com Músculos, programa agora preservado (a cassete foi-nos emprestada pelo Pedro Pimenta, também nosso colaborador em Planeta Sinclair).

Este é mais um programa educacional, muito virado para os estudantes do secundário, e como o próprio título indica, visa dar umas "lições" sobre os músculos do corpo humano, dividido-as em 3 secções: cabeça, tronco e membros.

Depois de terem a lição bem estudada, podem então avançar para a avaliação de conhecimentos, fazendo os exames propostos pelo autor.

Músculos encontra-se agora devidamente preservado, podendo vir aqui ser descarregado.

sábado, 29 de dezembro de 2018

Jaime Grilo na Retro Gamer Magazine

Soubemos hoje que Jaime Grilo, o prolífico programador português que já tantas vezes foi mencionado neste blogue, teve direito a uma análise na reputada revista britânica Retro Gamer. Na verdade, foi apenas o seu recém-lançado jogo Astronaut Labyrinth a merecer destaque na secção Homebrew, mas acaba por ser um marco importante o facto de vermos um programador português reconhecido numa revista internacional, ainda mais com o prestígio que a revista Retro Gamer tem para a comunidade retro.

Partilhamos então em baixo o artigo que saiu na revista (cedido pelo próprio Jaime), e caso tenham interesse em ver o resto da revista, podem encomendar online ou tentar encomendar através de uma papelaria que faça importação de revistas estrangeiras.


Rodman


Nome: Rodman
Editora: The Future Was 8 Bit
Autor: Mick "Misfit" Keranen
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Em primeiro lugar deixamos já um aviso à navegação: estamos a basear a nossa review na demo fornecida pela editora. Embora contendo apenas dois dos nove ecrãs que estão incluídos na versão final que está a ser comercializada, acreditamos que a mesma reflecte aquilo que será o jogo "inteiro", em termos de jogabilidade, gráficos e som. Perdoem-nos assim por alguma falha decorrente desta situação.

São várias as razões que nos levaram a não adquirir esta cassete (na realidade são três cassetes). por um lado não podemos adquirir tudo aquilo que gostaríamos de ter, pois Planeta Sinclair é um projecto sem qualquer fonte de receitas, que por vezes exige grande esforço em termos financeiros por parte dos seus colaboradores para adquirirem material para disponibilizar pela comunidade (em especial os muitos MIA's que vamos obtendo). Por outro, e por muito que seja uma ideia inovadora, apresentar um jogo em três cassetes, contendo além da versão do Spectrum, outras sete (Amstrad CPC, Atari 8bit, Commodore VIC20,C16,C64, MSX e Oric), mas aumentando o seu preço para uns proibitivos £24.99 + portes, está longe de nos seduzir, por muito bom que o jogo seja.


Quanto ao jogo, estamos aqui perante um clone de Pac-man, apresentando algumas novidades que iremos dar conta. O objectivo é também evidente, o nosso herói, convenientemente chamado de Rodman, deve comer todas as pílulas de cor púrpura, evitando ser apanhado pelos vários inimigos que vagueiam aleatoriamente pelo cenário. Estes têm nomes bastante curiosos e sugestivos (Naughtly Nic, Dirty Tim, Desperate Dave, Spurious Pete, Teflon Timmy), embora ninguém saiba a sua origem.

Em alguns pontos do labirinto encontram-se também pílulas amarelas, residindo aqui a primeira novidade do jogo. Estas não são mais que bombas, que quando apanhadas e depositadas em algum ponto do cenário, deflagram ao final de alguns segundos e varrem tudo à volta: inimigos, outras pílulas e nós, se tivermos a infelicidade de estarmos no seu caminho.


Outra das novidades de Rodman tem a ver com os próprios níveis do jogo. Já referimos que são nove, os ecrãs, ao longo de três níveis. Quer isso dizer que cada um deles possui três cenários diferentes, podendo ser transpostos através das setas amarelas que se encontram nas paredes do labirinto. Logicamente que apenas passamos para o nível seguinte quando já não restam pílulas para serem comidas.

Cada um desses três níveis (jardim, casa e cave) têm também cenários distintos, embora, como seria de se esperar, e dado que estamos perante um clone de Pac-Man, não existam grandes primores gráficos. Muito longe de um Mad Mix Game ou de um Mad Mix 2. No entanto, são perfeitamente funcionais e adequados a um jogo com estas características.


Dois aspectos que gostámos bastante: em primeiro a jogabilidade. É de facto bastante boa, a acção é fluída, estando o nível de dificuldade perfeitamente adequado, sendo difícil q.b., mas não frustrante, tendo o condão de agradar a todo o tipo de jogadores, muito embora por vezes tenhamos algumas dificuldades em entrar à primeira nos corredores.

Em segundo lugar, o som, mesmo que sendo minimalista, é também bastante interessante, e não nos distrai da nossa missão com melodias supérfluas. O que aqui interessa é pensamento rápido (e reflexos, também), e qualquer música, por melhor que seja, iria distrair-nos.

Diríamos que se o jogo tivesse um preço "normal", nem que isso implicasse apenas ter uma cassete para o Spectrum (o que é que nos interessam as outras plataformas?), Rodman teria uma classificação bastante mais elevada. No entanto, nestas condições, e tendo em conta que o rácio custo / benefício é bastante baixo, isso reflectiu-se obviamente na nossa avaliação.

De qualquer forma, não perdem nada em experimentar a demo, e se gostarem mesmo do jogo, poderão sempre vir aqui adquirir.

Easter Egg em Black Mirror: Bandersnatch


Já todos devem ter conhecimento que existe um filme baseado no jogo que foi um dos principais causadores da queda de um gigante, a Imagine Software. Ainda não tivemos oportunidade de ver Black Mirror: Bandersnatch, pela que a sua análise fica para outra núpcias.

Por outro lado, quem quiser também conhecer um pouco mais da história desta super-produção que nunca chegou a acontecer, na mais recente Crash tem um artigo de fundo bastante interessante e completo, que juntamente com The Spectrum Show, dá toda a informação que necessitam sobre o tema.

Mas o que poucos ainda sabem é que Black Mirror: Bandersnatch tem um easter egg pelo meio, o mini-jogo Nohzdyve, e que é possível de ser aqui descarregado. Assim, controlamos uma personagem que está em queda livre entre prédios, e tem como objectivo evitar as paredes e outros obstáculos que vão surgindo, ao mesmo tempo apanhando os olhos que vagueiam pelo cenário e concedem pontos. A ideia é mesmo essa, fazer o máximo de pontos possível, existindo apenas duas teclas, uma para a esquerda e outra para a direita, mas exigindo do jogador reacções super-rápidas.

Sem grandes alaridos, Nohzdyve é engraçado e diverte durante uns bons minutos...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Fillomania


Nome: Fillomania
Editora: NA
Autor: Dmitry Krapivin
Ano de lançamento: 2018
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 / 128 K / TR-DOS
Número de jogadores: 1

Dmitry Krapivin lança uma média de um programa por mês, a maior parte mini-jogos, alguns bastante originlais, como foi o caso de Quest. Mas a sua especialidade são os quebra-cabeças, sendo o mais recente baseado no puzzle japonês Fillomino.

O objectivo é muito simples, é-nos apresentado um tabuleiro com números por preencher. Alguns já estão colocados por defeito. Por exemplo, tendo um "8" no tabuleiro, sabemos que teremos colocar, numa posição adjacente, mais sete "8's". Se for um "3", teremos que colocar mais dois "3's". A ideia é que cada dígito tenha adjacente o mesmo número de vezes o seu valor. Estão a perceber a ideia, não é?


Depois de colocarmos todos os números, é revelada a imagem (como em cima, correspondente ao primeiro nível) e podemos então passar ao puzzle seguinte. São dezoito, alguns mais difíceis que outros, mas em geral todos solucionáveis de forma mais ou menos rápida.

O que não gostámos tanto foi das teclas escolhidas. Teclas direccionais, mais o "enter" para escolher o dígito e o local onde o vão colocar (no canto superior esquerdo conseguem ver o dígito seleccionado), e o "space" para eliminar o dígito colocado, não é muito funcional.

De qualquer forma, Fillomania é divertido, permitindo passar uns bons momentos a usar as células cinzentas. E sendo gratuito (pode aqui ser obtido), não há motivo para não o descarregarem.

Por fim, os nossos agradecimentos a Pixel Perfeito, que está sempre em cima do acontecimento.

A Capital: POKES & DICAS - 01 Agosto de 1986


Hoje disponibilizamos o suplemento do dia 01 de Agosto de 1986, da secção Pokes & Dicas, do jornal A Capital.

Destacamos as críticas aos jogos Ghost 'n Goblins e Cauldron II, bem como os mapas de Atic Atac e do Nodes of Yesod.


De notar o quão influente era o jornal na venda de jogos em Lisboa, que o TOP dos mais vendidos, a cada semana, resume-se essencialmente aos criticados em anteriores suplementos.

Podem descarregar o suplemento na nossa Dropbox.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Ecrãs de Samantha Fox


A pedido de alguns membros do grupo Spectrum for Everyone, disponibilizamo-vos um programa da autoria de Jorge Fonseca (que assinava como JF Soft), que permite ter acesso directo às imagens digitalizadas que eram mostradas em Samantha Fox Strip Poker.

Desta vez não é um MIA, pois já é possível encontrar este ficheiro preservado na página Internet Archive, mas tendo em conta que queremos divulgar e registar tudo o que foi criado ou modificado por terras lusas, não podíamos deixar de dar destaque a mais este programa.

O mesmo é bastante simples e dá-nos acesso a um menu em que podemos escolher uma, de duas opções:
  • Ver ecrãs - para ver as imagens pela ordem em que aparecem no jogo, bastando pressionar uma tecla para passar à imagem seguinte;
  • Seleccionar ecrãs - temos acesso a um menu que nos mostra as várias imagens, bastando escolher a letra correspondente de "A" a "F", para acederemos à mais desejada, como podem ver no screenshot que reproduzimos em baixo.
Fica então devidamente registado mais um programa erótico de produção nacional, área bastante explorada pelos nossos programadores, esperando satisfazer todos aqueles que nunca conseguiram chegar mais longe no jogo, mostrando o que estavam a perder.

Podem descarregá-lo aqui.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Crash Annual 2019 (issue 100)


E muito convenientemente chegou-nos na véspera de Natal a edição de 2019 da Crash. Depois do sucesso que foi a edição de 2018, também a edição de 2019 resultou de uma muito bem sucedida campanha de crowdfunding e a revista (mais o poster de Knight Lore, um calendário, e no nosso caso, por sermos early bird, a revista Fusion), aterrou em  nossa casa na altura perfeita. Permitiu-nos assim, ainda antes da consoada, dar uma espreitadela, antes de embarcarmos posteriormente numa leitura mais profunda.

Este lançamento de 2019 segue muito a linha do ano anterior, o que não é uma surpresa. Em projecto bem-sucedido não se deve mexer, diz a velha máxima. E não temos qualquer dúvida que quase todos os leitores irão adorar a revista (incluímo-nos nisso).

Parece-nos também que Chris Wilkins teve em conta o feedback dado pelos leitores relativamente à edição de 2018. Embora não tenha tantas reviews como no ano anterior, estas são agora maioritariamente do período de 2017 e 2018. Uma lacuna assinalamos, continua a não haver a review de The Sword of Ianna, e se no ano anterior ainda havia alguma desculpa, este ano já não.

Mas apesar dos jogos portugueses não terem lugar na revista, foi com muito agrado que vimos incluída uma página a falar da Topo Soft e de Borrocop (há uns meses tínhamos enviado umas "dicas" ao Chris Wilkins sobre os jogos deste nosso amigo espanhol).

Também nos parece que o sistema de pontuação dos jogos está agora mais coerente e afinado, depois de na edição do ano anterior termos notado algumas incoerências. O que lamentamos é que os jogos de estratégia não tenham lugar na revista, ao contrário da secção de aventura, que tem agora bastante mais conteúdo.

Gostámos também bastante de alguns artigos de fundo e entrevistas e destacamos aqueles sobre a Monument Microgames (com entrevista ao Gaz) e o making of de Oure, jogo a aparecer nos primeiros dias de 2019.

Por outro lado, parece-nos que o Next terá tido pouco destaque (aqui é uma questão de gosto pessoal, não tanto uma crítica), sendo que pelo menos poder-se-ia ter falado de alguns dos jogos que já apareceram para esta plataforma, nomeadamente Nextoid, que pelos vistos continua a ser esquecido pelas publicações do Spectrum.

De resto, contem com a qualidade habitual nos lançamentos do Chris, uma boa estrutura, muitas imagens, grafismo excelente, e imensos artigos interessantes sobre as novidades mais recentes (e não só) do nosso computador preferido. Portanto, imperdível para todos aqueles que seguem o ZX Spectrum (e são cada vez mais).

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Promoção 85 Natal (MIA)


E para dia de Natal, nada mais apropriado que disponibilizarmos uma compilação de Natal, devidamente preservada pelo Afonso Gageiro, que possui o original.

A compilação faz lembrar outras que apareceram no nosso país, como a do 10º aniversário da Triudus, ou a do Zig Zag, que mais tarde ou mais cedo iremos também disponibilizar. Contém seis jogos, Special Delivery (Natal, como é chamado nesta compilação), Hyper Sports, Match Day, Falcon Patrol II, Pole Position e Exploding Fist. Tudo bem piratinha, claro, mas com as habituais instruções que acompanhavam as cassetes da SEM.

Desejamos então um Feliz Natal a todos os nossos leitores e aproveitem para vir aqui descarregar mais esta pérola, cortesia do Afonso Gageiro.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Preview: Aliens Neoplasma


Não satisfeito por estar a trabalhar em Power Blade, um dos jogos mais aguardados para 2019, o russo que assina pelo nome espanhol de Sanchez acabou de anunciar mais uma bomba, Aliens Neoplasma, que vai entrar na competição ZX-DEV-MIA-Remakes.

Para já ainda disponibilizou apenas um pequeno trailer promocional, mas muito prometedor. Esperem então pelo seu lançamento para final de Fevereiro...

Varina Demo


E a Woot! continua a dar frutos. Depois de nos ter dado jogos como SuperMoritz ou os Irmãos Feijoca, a demo da dupla Pedro Pimenta / R-Tape do Second Skin dos The Chameleons, disponibilizou também o primeiro nível de Varina.

Já todos devem ter ouvido falar do jogo criado pelos elementos deste blogue, mas poucos o devem ter jogado, em primeiro lugar porque apenas saiu como uma cover tape da revista Espectro, depois porque mesmo quem comprou a revista, foram poucos os que se atreveram a tirar o celofane e a experimentar os jogos exclusivos que esta continha.

Não têm agora desculpa para não experimentar o jogo. É apenas o primeiro nível, por sinal o mais fácil, mas que dá para sentir o gostinho de Varina, a virgem da Nazaré, que gostaria de deixar de o ser...

Descarreguem então a edição completa da Woot! aqui, e tentem ajudar a Varina a tirar a barriga de misérias e passar um Santo Natal...

domingo, 23 de dezembro de 2018

Survival ZX


Nome: Survival ZX
Editora: NA
Autor: Mr Rancio
Ano de lançamento: 2018
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Conheci os horrores da guerra, mas essa situação é demais para mim. Todas essas obras de ficção sobre o tema do "Apocalipse Zombie" não chegam sequer perto do que realmente está a acontecer. Perdi a minha família e amigos. Não tenho motivos para viver. Pensei no suicídio. A ideia passou-me pela cabeça diversas vezes. Se eu encontrasse uma arma... Um tiro na cabeça resolvia os meus problemas. Com alguma sorte não seria transformado num daqueles malditos monstros. Em dias como hoje, sinto-me vivo. Quero viver. Tenho que deixar este prédio. Já nada é seguro. 

(Do Diário de Joe, Maio de 2025)

É assim que começa a história de Survival ZX, baseado nos filmes dos Mortos-Vivos, fazendo também lembrar um jogo que apareceu há cerca de um ano (Zxombies), e que nem por isso nos encheu as medidas. E também este vai pelo mesmo caminho, se bem que reconheçamos o trabalho meritório do programador na criação de cenários gore e alguma diversidade na acção. Mas não o suficiente para que Survival ZX ultrapasse a mediania.


São também vários os problemas de Survival ZX. Em primeiro lugar um sistema de colisão no mínimo estranho, que faz com que se consiga atingir os mortos-vivos quando ainda estamos afastados deles. Estes também têm uma tendência para aparecer por cima de nós, quando mudamos de cenário,. roubando-nos imediatamente uma vida (qualquer toque com os inimigos é fatal). mas apesar de tudo o jogo é fácil, demasiado fácil...

A jogabilidade também não é a melhor, com alguma lentidão ao nível dos controlos, o que faz com que por vezes não consigamos sequer mudar de direcção para atingir os mortos-vivos. E apesar do jogo ter cinco níveis, nos quais temos que cumprir várias missões antes de poder escapar pela saída, é tudo demasiado fácil e imediato, fazendo com que se termine ZX Survival em menos de vinte minutos, mesmo contando com um mostro que aparece após o último nível e que temos que abater, logo após escaparmos do supermercado.


E mesmo os gráficos e cenários são um pouco insípidos, um pouco aquilo que se passava com Zxombies. A música será talvez o melhor do jogo, mas não o suficiente para que nos cative para fazer mais do que meia dúzia de tentativas para escapar dos zombies.

Apesar de tudo, aqueles que gostam de temas de horror poderão achar alguma piada a Survival ZX. Sempre poderão dar ao gatilho (depois de acharem a arma) e mandar alguns mortos-vivos para a terra dos seus antepassados. Os outros, mantenham-se ao largo, é mais saudável...

Survival ZX é gratuito, podendo aqui ser obtido.


 

Second Skin AY Demo (The Chameleons)


O Pedro Pimenta fez-nos uma surpresa: pegou na banda favorita deste vosso escriba, The Chameleons, seleccionou uma das música mais emblemáticas da banda, Second Skin (de 1983), e criou uma versão AY para o Spectrum. Depois Dave Hughes (aka R-Tape) trabalhou algumas das imagens criadas pelo guitarrista da banda, Reg Smithies, e transformou-as em bonitos ecrãs que acompanham a música na perfeição.

O resultado ficou espantoso e foi incluído na Woot! 2018. Aliás, esta edição da revista tem vários trabalhos desta equipa e sentimo-la um pouco como nossa, também. Além disso foi um prazer trabalhar com alguém tão talentoso como é o Dave, que teve um trabalho imenso para trazer mais esta prenda para a comunidade.

Já agora, quem quiser comparar a versão do Pedro com o original da banda, veja os dois vídeos. Dizemos já que vale a pena...

Planeta Sinclair e revista Espectro desejam as Boas Festas


O Pedro Pimenta e o Filipe Veiga, apesar da habitual azáfama da época, ainda tiveram tempo de dar uma prenda aos nossos leitores. Criaram então dois cartões de Natal, com música a condizer, desejando a todos os leitores do blogue e da revista um óptimo Natal.

E já que estamos em época festiva, até ao dia de Natal vamos ter mais algumas prendas para vos oferecer. Assim, entre uma filhós e uma prenda, tentem arranjar uns minutos para virem ao blogue, irão encontra material interessante.

Quem pretender os cartões de Natal, pode aqui vir buscar.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Fórmula 1 (MIA)


Álvaro Coelho, mais um dos nossos fiéis leitores, acedeu ao nosso apelo e emprestou-nos duas cassetes contendo programas para o TC 2068. O primeiro deles é hoje disponibilizado, sendo uma conversão de Road Racer, lançado pela Thorn EMI Video em 1983.

Sendo um programa dedicado ao Timex 2068, não corre nos emuladores normais. O jogo até carrega, mas depois os comandos não funcionam, pelo que terão que usar um emulador que suporte esse modo (EightyOne, por exemplo, gratuito e bastante funcional).

A capa é a normalmente utilizada pela Timex nas suas conversões de programas para a nossa língua, contendo o habitual fundo cinza. Não trazia o papel com as instruções, e neste caso, quer-nos parecer que o lançamento original até o deveria ter. Por isso, se ai por casa tiverem este jogo, por favor vejam se inclui instruções.

Entretanto poderão aqui descarregá-lo.

Emulador Retro Virtual Machine agora também para Windows e Linux.

O emulador Retro Virtual Machine tem sido uma excelente opção de emulação para o mundo do macOS, seja pelo seu interface bastante amigável, seja pela qualidade da emulação.

Pois bem, e como presente de Natal adiantado, foi lançada a versão 2.0 Beta 1, multi-plataforma, ou seja, está disponível também para o Windows como para o Linux, enriquecendo ainda mais o leque de opções para os fãs de emulação.

Retro Virtual Machine no macOS.

Além do interface amigável, no qual se inclui um leitor virtual de cassetes, o qual carrega ficheiros .TAP e .TZX como se fossem cassetes reais, o Retro Virtual Machine disponibiliza todos os modelos oficiais do ZX Spectrum. Mas não se fica pelo universo Sinclair e entra de cabeça no universo Amstrad com os modelos CPC, contemporâneos do ZX Spectrum.


Versão Linux com o leitor virtual de cassetes.

Mas as novidades não se ficam por aqui, esta nova versão emula drives de disquetes e uma panóplia de periféricos como DivMMC e Turbo Sound. A emulação do ecrã foi melhorada, com novos efeitos que procuram reproduzir a imagem tal como seria vista por uma televisão ou monitor. Além disso, a melhoria do som e o uso de gamepads foram contemplados nesta versão.

Versão macOS a correr CPC464.

Como se não bastasse, também tem-se a opção de emular o ZX Uno. E para completar o ramalhete, o emulador ainda disponibiliza uma seleção de jogos homebrew de alguns estúdios bem conhecidos como a Retroworks.

Versão Windows a emular o ZXUno e a correr Sword of Ianna.

E os developers também não foram esquecidos, com um poderoso debugger integrado no emulador -  ferramenta essencial para quem desenvolve homebrews!

Debugger integrado.

Embora o universo de emulação, especificamente em Windows, já se encontrar repleto de excelentes aplicações, arriscamos a afirmar que os fãs de ZX Spectrum só terão a ganhar com esta nova opção! O Retro Virtual Machine pode ser descarregado a partir do seu site oficial.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Octukitty (Ft. Octav1us Kitten)


Nome: Octukitty (Ft. Octav1us Kitten)
Editora: NA
Autor: Narwhal
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Narwhal já não dava sinal de vida há mais de um ano, desde que lançou Blimpgeddon. Na altura tínhamos gostado bastante do jogo, embora pecasse pelo elevado grau de dificuldade. Lançou agora Octukitty, jogo com parecenças com o primeiro, mas com o nível de dificuldade diminuído. Demais, até. Mas vamos primeiro à sua história.

A nossa heroína, Octav1us, acordou um dia na sua casa, mas esta estava inesperadamente vazia. Foi então de quarto de quarto em quarto à procura de Squidges (o polvo). Na casa não estava, pelo que foi à busca dele no jardim. No fundo do jardim, encontrou uma porta que estranhamente estava trancada por um cadeado, e que para ser aberta necessitava de seis chaves. Ao pegar no cadeado, Octav1us foi subitamente tele-transportada de volta ao quarto. Pensou então para si: "acho que vou ter que encontrar essas chaves".


Começa aqui mais um típico jogo de plataformas, onde saltando (ou nadando), temos que ir evitando os muitos inimigos que em movimentos regulares bloqueiam as passagens, procurando as chaves necessárias para abrir o cadeado. Existem outros obstáculos, como o fogo e minas que terão que ser evitados. Por vezes alguns pontos de passagem também se encontram fechados e é necessário activar uma alavanca para se conseguir passar para os cenários seguintes.

Para nos ajudar, e dado que não podemos disparar contra os inimigos ou obstáculos, podemos plantar um gato (daí o "kitty" do título?), que passado alguns segundos explode, sequência semelhante ao que acontecia com o pato em Blimpgeddon. Mas ao contrário deste, o objectivo não é eliminar os inimigos, mas sim colocar um ponto de apoio para se atingir plataformas mais elevadas.


O jogo faz-nos também lembrar alguns dos trabalhos de Andy Johns ou John Blythe, mas com um pouco menos de profundidade, isto é cenários. Apesar de ter uma boa jogabilidade, gráficos muito agradáveis e música a condizer, parece-nos curto, tanto que o terminámos logo nas primeiras tentativas e sem fazer grande esforço, mas isso porque o sistema de colisão, demasiado benevolente, também nos favorece. Assim, o ideal seria, ao nível da dificuldade, ter-se um meio-termo entre este jogo e Blimpgeddon. Ou isso, ou aumentar-se o número de cenários e inimigos a negociar, se bem que nos pareça que aqui entra a limitação ao nível da memória (o jogo foi criado com recurso ao Arcade Game Designer).

De qualquer forma, quem experimentar Octukitty não vai dar o tempo por perdido, em especial quem gosta deste tipo de jogos. Ainda mais sendo gratuito, podendo aqui ser obtido.

A Capital: POKES & DICAS - Julho de 1986


E como é Sexta-Feira, é dia de disponibilizar mais algumas semanas do magazine Poke & Dicas, desta vez referente a Julho de 1986. E este mês foi recheado de coisinhas boas, alguns jogos emblemáticos e até um muito interessante artigo do Luís Miguel Santos, do Cartaxo (andará ele por aqui?).


De realçar a análise de Elecciones Generales, um excelente jogo de estratégia espanhol, que apenas não teve o reconhecimento merecido em terras de Sua Majestade, por estar em castelhano. Mas em Portugal foi bastante jogado, até porque não havia a barreira linguística. Quem sabe não venha a dar origem a um remake.



Podem então depositar a moeda de 50$00 e vir aqui descarregar mais este mês à nossa dropbox.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Irmãos Feijoca


Nome: Irmãos Feijoca
Editora: NA
Autor: Dave Hughes
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: NA
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Dave Hughes continua imparável. Além de responsável pela revista WOOT!, que todos os anos anima a nossa época natalícia, ainda tem tempo para ir lançando divertidos platformers. Bean Brothers é mais um jogo do género, mas que contém duas particularidades que desde já queremos referir.


A primeira é que o jogo encontra-se traduzido para a nossa língua. Planeta Sinclair fez mais uma "perninha" e ajudou o programador nas traduções. De facto, o mercado português e brasileiro começa a revelar-se cada vez mais interessante, com uma dinâmica de fazer inveja a muitos países onde o Spectrum até esteve mais fortemente implantado, o que nos deixa muito feliz (e espantados, se queremos ser justos).

O segundo ponto que distingue este jogo de outros do género, é o facto de assumirmos a pele de dois personagens, que apenas unindo esforços conseguem resolver os puzzles. Em certos aspectos a fazer lembrar Head Over Heels (com as devidas diferenças, claro). Essas personagens são Baz e Boz, mais conhecidos como os Irmãos Feijoca.


Irmãos Feijoca tem vinte níveis, correspondendo a cada um deles uma sala com diferentes puzzles para resolver, por forma a conseguirmos chegar ao portal de saída que nos leva para o nível seguinte,

Mais do que a precisão no local e tempo de salto, que também é necessário, teremos que analisar com atenção cada sala, descobrir o que cada alavanca faz, e delinear muito bem o caminho a fazer. Embora não havendo um tempo limite para resolver cada nível, pontualmente teremos que actuar muito rápido. Isso porque por vezes começamos os níveis em pontos de passagem dos inimigos, e teremos que desviar não uma, mas duas personagens em simultâneo, pois basta um delas ser atingida para termos que recomeçar essa sala.


Outras armadilhas vão também aparecendo, como por exemplo o célebre piso que desaparece, à boa maneira de Manic Miner, o que implica mais uma vez reacção e reflexos rápidos, por forma a não ficarmos bloqueados em pontos sem saída, ou a cairmos em armadilhas. Duma forma ou doutra apenas temos um remédio: recomeçar o nível.

Criado com o Arcade Game Designer, que começa já a ser usado com muita mestria por David Hughes, Irmãos Feijoca apresenta uma boa jogabilidade, com um nível de dificuldade perfeitamente ajustado à destreza de um jogador de nível médio, tornando o jogo difícil, mas não impossível, frustrante, mas sem levar à desistência prematura, muito embora suspeitemos que a figura do lado irá aparecer com mais frequência do que a desejável.


Os gráficos estão bem imaginados e o som é tem uma excelente melodia, mas também não interessava para o caso, pois iremos estar tão embrenhados na resolução dos puzzles, que nem teremos disposição para grandes musicais.

Parece-nos assim que este é um dos melhores jogos que Dave Hughes lançou até agora, constituindo sem dúvida um excelente divertimento e que nos vai agarrar até os vinte níveis serem resolvidos.

Irmãos Feijoca poderá ser obtido, quer na versão inglesa, quer na "nossa" versão, na revista digital Woot! 2018.