quinta-feira, 30 de junho de 2016

Wanderers - Chained in the Dark


Nome: Wanderers - Chained in the Dark
Editora: Bum Fun Software
Autor: Sam Style
Ano de lançamento: 2014 (re-release em 2016)
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

Wanderers foi um jogo que surgiu no final de 2014 e que desde logo criou um culto à sua volta. E não era para menos, pois estamos perante uma aventura RPG brilhante, com puzzles bastante aliciantes, e que tem o condão de nos agarrar ao ecrã horas e horas a fio.

A Bum Fun Software, editora recentemente criada, tem vindo a aproveitar esta nova leva de programadores muito talentosos, para lançar jogos com uma qualidade muito acima da média, como são os casos de Castlevania, The Dark e agora este jogo. E consta que nos próximos dias haverá mais boas novidades. E desde já refira-se que compensa investir nesta edição que tivemos acesso, pois em relação ao jogo original possuí novas funcionalidades (a opção de interagir, por exemplo), e bastantes melhoramentos ao nível dos diálogos, tornando o desenrolar da aventura mais lógico.


A nossa aventura começa no meio da floresta, praticamente desarmados (apenas com algum equipamento básico), e sem ter a mínima ideia do que fazer. O primeiro passo é começar a explorar os cenários (fazer um mapa vai ser muito útil) e todos os recantos, pois às vezes têm tesouros à espreita, mas, acima de tudo interagir com os diversos personagens que vão aparecendo ao longo da aventura. É que estas personagens vão-nos dando dicas sobre o que devemos fazer. Normalmente pedem algo em troca, para então nos oferecer um objecto que virá a ser útil mais à frente. E repararão que depois de cumprirmos certas tarefas, os cenários apresentam algumas novidades.

Os puzzles, embora que difíceis e a exigirem apurado pensamento lateral, são lógicos. Por vezes temos que ir resgatar alguns dos personagens, que estão aprisionados por algumas criaturas que temos que eliminar, sendo aqui muito importante o equipamento e as poções mágicas que temos connosco. Não podemos esperar matar um demónio com uma simples espada e uma armadura que parecem papel, não é?


Não iremos aqui revelar os segredos de Wanderers, pois a resolução dos puzzles é uma boa parte da graça do jogo. O único ponto fraco do mesmo é o facto de nunca morremos. Quando cometemos algum erro e somos eliminado por algum inimigo, o jogo recomeça no ecrã anterior. Por um lado evita termos que voltar a passar por tudo até ai chegarmos (e o jogo é muito longo), mas por outro tira algum sentido de realidade.

Os gráficos são excelentes, assim como o som, sendo este um jogo que todos os amantes de aventuras não poderão deixar passar. Para quem quiser adquirir a versão limitada, em caixa grande, o preço é de £ 7.99, já a versão normal custa £ 6.99 e pode ser adquirida aqui.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Wanderers - Chained in the Dark com edição física


E tal como anunciado, a Bum Fun Software acaba de lançar mais um jogo, desta vez um Role Playing Game para 128 K datado de 2015. Ainda não tivemos oportunidade de o jogar, mas fica prometido a sua análise para breve.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Metal Man Reloaded


Nome: Metal Man Reloaded
Editora: NA
Autor: Oleg Origin & Stella Aragonskaya
Ano de lançamento: 2013
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Metal Man Reloaded é a versão melhorada de um jogo de 1997 (Metal Man). E que portento que é, à semelhança de The Dark, do mesmo autor, e que foi analisado há uns dias. Aliás, ao contrário da grande maioria dos jogos mais recentes que não têm uma edição física, Metal Man Reloaded teve direito a ser lançado em cassete (com alguns extras), tal a sua qualidade. Teve ainda direito a uma edição especial recentemente, aquando da campanha de crowdfunding para o livro Sinclair ZX Spectrum - A Visual Compendium, também já aqui analisado.

Estamos então perante um puro jogo de acção, no género de Green Beret, Cobra, Robocop ou Dan Dare, só para referir os mais famosos. E tem tudo o que estes jogos tinham e ainda mais. Assim, o jogo desenrola-se em 5 níveis, cada um com um cenário diferente e tarefas diferentes.

O primeiro nível tem lugar num edifício abandonado. Temos que procurar as várias partes de um chip, colocar o vírus no computador e dar com a porta de saída do edifício. Isto ao longo de várias plataformas às quais temos acesso por intermédio de elevadores. Pelo meio temos ainda que encontrar um veículo voador que nos leva a um corredor onde se encontra uma das partes do chip.


O segundo nível passa-se numa lixeira, o terceiro em dois edifícios, o quarto numa fábrica e, finalmente, o último nível num arranha céus onde finalmente vamos encontrar o Padrinho da Máfia, Frank Slayer, a quem temos que matar, numa sequência final brilhante. Tudo isso com muitas plataformas, inimigos e algumas surpresas pelo meio.

Os gráficos estão ao nível do restante jogo, isto é, excelentes. Com muita cor, bem definidos, sem qualquer problema de atributos, e apesar do seu tamanho o movimento é gracioso, contribuindo para um dos melhores jogos do género do Spectrum. Vale assim a pena carregar os longos 12 minutos do jogo (utiliza na totalidade a memória do 128 K, se for em 48 K terá que ser através de multiload), ou, para quem não tem paciência para esperar pelo carregamento, pode utilizar um dos muitos emuladores disponíveis no mercado.

domingo, 26 de junho de 2016

The Dark com edição física


Ainda há pouco mais de duas semanas falamos deste novo jogo de Oleg Origin, e já apareceu uma edição física do mesmo editado pela Bum Fun Software, de quem também já aqui falámos. O jogo sairá a 5 de Julho a £6.99. Entretanto saiu uma edição limitada de 10 unidades, mas já se encontra esgotada.

Fiquei atentos a esta editora pois nos próximos tempos irão surgir mais novidades, alguma que até poderá ter muito a ver com o panorama tuga nacional.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Demo: Pietro Bros.


O remake de Mario Bros., renomeado de Pietro Bros., continua a ser trabalhado, prevendo-se a sua conclusão para breve. Neste momento já se encontra disponível um demo, que podem aqui vir buscar.

Pelo que vimos, embora ainda esteja numa fase muito embrionária, é mais uma jogo de plataformas criado com a aplicação Nirvana, muito semelhante a outros lançados por um famoso programador homebrew italiano. A jogabilidade parece ser razoável, e permite 2 jogadores em simultâneo, o que é uma óbvia vantagem em relação a outros programas similares, mas. para já, ainda não tem aquele toque de classe que o leve a tornar-se um sucesso.


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Where Time Stood Still


Nome: Where Time Stood Still
Editora: Ocean
Autor: Denton Designs
Ano de lançamento: 1988
Género: Aventura
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Where Time Stood Still, ou The Great Escape parte 2? Realizado pela mesma equipa responsável pela obra-prima que foi The Great Escape, surgiu um jogo com um conceito muito semelhante, embora este tivesse umas particularidades inovadoras. A começar pelo facto de podermos assumir a pele de qualquer um dos quatro personagens que tomam parte nesta aventura, Jarret, Clive, Gloria  e Dirk, cada qual com características e temperamentos próprios, e cada qual com um diferente papel no jogo. É possível acabá-lo (e pode-se chegar ao fim de várias formas), deixando morrer um ou outro personagem, mas não é de todo conveniente.

A história desta aventura é bastante interessante: o nosso avião despenhou-se num planalto nos Himalaias, num local onde o tempo parou (daí o título do jogo), e temos agora que arranjar forma de escapar. Para isso temos que chegar ao outro lado da montanha. O problema é que este planalto encerra muitos perigos, desde dinossauros (quando o jogo começa somos logo sobrevoados por um pterodáctilo), até canibais, ansiosos por nos colocarem dentro do panelão de água a ferver. Além disso, convém não esquecer que existem necessidades básicas que temos que satisfazer, como sejam, dormir, comer e beber água.


O grau de dificuldade é muito grande, ainda maior que em The Great Escape. Mas o jogo é tão absorvente, que dificilmente o conseguimos largar. Mesmo depois de conseguirmos chegar ao seu final (os pokes poderão dar uma ajuda), voltamos a carregá-lo, desta vez para tentar terminar de uma forma diferente.

Os gráficos, em 3D, são espantosos, do melhor que já se viu no Spectrum. Muito semelhantes a The Great Escape, monocromáticos, pois não há milagres com tão pouca memória, mas conseguem ser ainda melhores, o que nos parecia como improvável de acontecer. E com um terreno de jogo bastante maior.

As tarefas a serem realizadas são bastante lógicas, não obstante necessitamos de algum pensamento lateral e muita perícia com os dedos, pois existem situações em que temos que ser rápidos no gatilho.


É então difícil encontrar um ponto fraco neste jogo e não foi por acaso que todas as revistas da época lhe deram pontuação máxima e o elegeram como um dos jogos do ano.

Deixamos ainda uma nota final para o facto de não valer a pena correrem o jogo num 48 K, pois este foi um dos primeiros a serem concebidos apenas para o irmão maior do Spectrum (128 K). E os programadores bem esticaram essa memória até ao seu limite.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Double Bubble


Nome: Double Bubble
Editora: Ultrasoft / Sintech
Autor: Miguetelo
Ano de lançamento: 2016
Género: Acção
Teclas: Não Redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

Das mãos de Miguetelo saiu um daqueles jogos que nos levam a arrancar todos os cabelos, tal o grau de dificuldade. E quem diria que este é o seu primeiro jogo. Mesmo que tendo sido criado através da aplicação Arcade Game Designer, facilitando um pouco a tarefa, o trabalho é bastante meritório.

O objectivo de Double Bubble é muito simples. Assumimos o controlo de uma bolha e temos que ir resgatar uma segunda bolha, guiando-a através de um caminho cheio de obstáculos e inimigos. À partida, parecia que iríamos estar perante um jogo fácil de concluir, bastando alguma destreza nos dedos para chegar ao fim. Desenganem-se, não só é necessário muita destreza e um timing perfeito para conseguirmos conduzir as duas bolhas sem tocar em nenhum obstáculo (não esquecendo que a segunda bolha desloca-se a uma velocidade mais baixa que a nossa), mas também temos um tempo limite muito curto para terminar o circuito, não obstante podermos apanhar pelo caminho alguns relógios que nos concedem mais alguns segundos.


Este é daqueles jogos que têm o condão de nos enfurecer, mas que, por outro lado, tem o toque de nos levar sempre a fazer mais uma tentativa para ultrapassar aquele obstáculo que teimamos em tocar. Os gráficos são agradáveis, assim como o som, o sistema de colisão perfeito, e para primeiro trabalho diremos que o programador passou com distinção, ficando nós a aguardar agora com expectativa o próximo jogo.

sábado, 18 de junho de 2016

Quadrax


Nome: Quadrax
Editora: Ultrasoft / Sintech
Autor: David Durcak, Marian Ferko
Ano de lançamento: 1994
Género: Puzzle
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 2 (por turnos)

Depois do Spectrum ter dado cartas nos anos 80 e no início dos 90, o mercado dos jogos dos 8 bits voltou-se para os países do Leste. Muitos dos jogos apenas estavam disponíveis para os clones, como o Pentagon, e exigiam muito mais memória, não podendo ser carregados nos computadores de 48 K ou até 128 K. Não é o caso deste Quadrax, que pode ser lido nos computadores do Ocidente.

A principal dificuldade de Quadrax não é o jogo em si, mas a falta de tradução. De facto, a menos que conheçam checo, andarão logo à nora no menu inicial. Fica aqui a dica para quem quiser ultrapassar esta fase e experimentar o jogo, pois vale mesmo a pena:
1 - Iniciar
2 - Password (para os diferentes níveis)
3 - Número de jogadores
4 - Controles do jogador 1
5 - Controles do jogador 2

Se entrarem nos controles dos jogadores, a primeira opção é a do Kempston, a segunda permite definir as teclas e a terceira voltar ao menu inicial. E já agora:
Aktivacia = activar
Dole = descer
Hore = subir
Doprava = direita
Dolava = esquerda
Prepinac = alternar jogador

O break permite reiniciar o nível, muito útil quando ficamos bloqueados em algum local.


O jogo em si, embora possuindo gráficos muito simples, é extremamente aliciante, exigindo muita estratégia para conseguirmos chegar ao fim dos níveis. E também alguma sensibilidade nos dedos, pois um descuido, e lá damos nós um empurrão a mais numa pedra, ficando o caminho bloqueado.

Temos também que jogar em equipa (se não tivermos um parceiro, assumimos o jogador 2), pois só assim conseguiremos resolver os puzzles, desimpedindo o caminho e activando plataformas para chegar com os dois jogadores à saída. Não tendo o jogo um tempo limite, a nossa tarefa é um pouco facilitada. Mas não muito, pois são 50 níveis, com um nível crescente de dificuldade.


Este é daqueles jogos que nos dão um prazer enorme. Embora complexo, os desafio estão bem montados e têm aquele toque de "vamos lá tentar mais uma vez".

Em baixo o último nível, que é brincadeira de crianças comparativamente com os anteriores. Mas até lá chegarem são muitas e muitas horas de reflexão e frustração.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Effugit



Nome: Effugit
Editora: NA
Autor: J.B.
Ano de lançamento: 2013
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

Effugit é um surpreendente e interessante jogo espanhol, lançado nos anos mais recentes, que mistura plataformas com estratégia. Além disso, ao longo do jogo vamos encontrando inúmeras referências a clássicos do Spectrum (Jepac, Jest Set Willy, Pacman, Knight Lore, Space Invaders, Horace, Dan Dare, entre outros).

A nossa missão é ao longo de vários screens recheados de plataformas e inimigos, que nos matam assim que nos tocam, ir obtendo chaves que nos permitem abrir portas, única forma de ir avançando ao longo do caminho e escapar do castelo onde estamos encerrados. A novidade é que não controlamos uma personagem, mas sim duas. Em dois mundos paralelos, as acções de uma personagem reflectem-se na outra. Para conseguirmos passar certos obstáculos, terá que ser o nosso sócia, no outro Universo, a obter a chave, e vice versa. Ou seja, não é apenas questão de timing e dedo certeiro, há também que pensar muito bem as nossas acções por forma a não ficarmos bloqueados em algum lado. Não nos podemos esquecer que temos que jogar em equipa se queremos chegar ao fim dos níveis.



E por falar em fim de nível, em cada um temos, para cada personagem, um modo diferente de escapar, dando assim algum colorido ao jogo. Naves espaciais (do Jetpac, por exemplo), ovnis, comboios, helicópteros, navios, todos os meios servem para passar de nível.

Os gráficos e o som poderiam ser melhores, mas o conteúdo é mais que suficiente para nos entreter durante umas boas horas, até porque o jogo é bastante comprido (sete longos níveis). Apenas a escolha das teclas poderia ser um pouco mais feliz, já que não são redefiníveis.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Astronomer


Nome: Astronomer
Editora: CP Software
Autor: Pi Software
Ano de lançamento: 1984
Género: Utilitário
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: NA
Número de jogadores: 1

Astronomer é um curioso programa de astronomia, que apesar de ter sido feito de forma quase amadora, consegue envolver-nos imediatamente. Isto apesar de ter saído quase nos primórdios do Spectrum, e, como tal, com opções muito básicas (um ano depois teve uma sequela).

Dentro das opções que estão num menu inicial, de uma simplicidade extrema, temos a possibilidade de calcular a posição de todos os planetas (incluindo uma boa parte dos satélites) e do Sol, para os períodos que quisermos.


O programa desenha também o mapa do céu, para a localização que pretendemos. Esta será porventura a opção que agradará a mais utilizadores, sendo até interessante olhar para o céu estrelado e comparar com os resultados do computador. Tem no entanto um inconveniente: é moroso, havendo um tempo de espera longo até o mapa estar todo desenhado.

Mas o programa tem outras opções igualmente interessantes, nomeadamente um atlas das estrelas, calcular a hora a que o sol nasce e se põe, em qualquer lugar e data do nosso planeta, assim como simular o próprio movimento dos planetas do Sistema Solar, mais uma vez numa data definida por nós.


Estamos assim perante um utilitário bastante interessante, imperdível para todos os aficionados da astronomia.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

The Recreated Sinclair ZX Spectrum


Péssimas notícias para quem adquiriu o Recreated ZX Spectrum: as app's do iTunes e do Google Play deixaram de estar disponíveis. Quer isto dizer que quem já adquiriu este teclado deixa de poder aceder às actualizações, e quem estava a pensar compra-lo, deixa também de poder activá-lo.

A informação que está no site é a de que em breve irá ser feita uma comunicação oficial. Infelizmente é mais uma polémica a envolver a Elite Systems e só esperamos que o assunto se resolva brevemente, já que este tipo de situações só descredibiliza a cena retro, ainda mais quando se espera que ainda este mês seja lançado o crowdfunding para o ZX Spectrum Next.

sábado, 11 de junho de 2016

Kentucky Racing


Nome: Kentucky Racing
Editora: Alternative Software
Autor: Bizarre Developments
Ano de lançamento: 1991
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 2

A ideia subjacente a Kentucky Racing é no mínimo bizarra e faz jus aos seus autores. Participamos numa corrida de cavalos contra outros dois oponentes (um deles pode ser humano), Mas para movermos o cavalo teremos que lançar uma bola e acerta-la num dos buracos do tabuleiro, à semelhança de um jogo de tabuleiro que nos devemos recordar da nossa infância.

Mas aquilo que até poderia ser uma ideia engraçada, se bem que estranha, conforme já referimos, simplesmente não funciona. O jogo está tão mal implementado que movermos o nosso cavalo é apenas uma questão de sorte. E sendo que nada mais temos para fazer do que lançar a bola quase aleatoriamente, facilmente nos fartamos e abandonamos o jogo.


Nem o facto de ser um jogo da categoria budget desculpa a Alternative, que lançou aqui um verdadeiro flop. Tudo é mau neste jogo, gráficos, som, jogabilidade... Mais vale irmos a uma feira popular e ficarmos pelo jogo original.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Preview: Pietro Bros.


Os irmãos Pietro, seguramente familiares do Mario, vão ter direito a aparecerem também no universo do Spectrum muito em breve. Para já apenas foi disponibilizado o ecrã de carregamento e este que aqui deixamos. Pela amostra estaremos perante um jogo de plataformas criado através da aplicação Nirvana.

O autor, Gonzalez, procura agora um programador que o ajude com o som. Pela pequena amostra, o jogo promete diversão, à semelhança dos muito jogos criados com a aplicação referida.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

The Dark


Nome: The Dark
Editora: NA
Autor: Oleg Origin
Ano de lançamento: 1997 (re-release em 2016)
Género: Shoot'em'Up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Many years ago the army of dark forces has crossed the border of the Land of Winds. Most of the population have been killed, others have escaped to northern lands. Among them there was a girl named Jane. Soon she gave birth to a son, Alexander. Jane told him the sad story. And when he became an adult, he went to the native land to free his country. 

O texto acima, lido através duma voz sintetizada e acompanhado por quatro belíssimos screens, introduz-nos desde logo neste jogo. The Dark, nascido da cena homebrew russa em 1997, foi agora alvo de melhoramentos. Dizem quem jogou a primeira versão que o jogo não era nada de especial, mas pelos vistos os melhoramentos foram eficazes.


Como poderão ter percebido pelo texto introdutório e pela imagem acima, estamos perante um clone de Quake. Munidos inicialmente de um tridente (ao longo do caminho vamos apanhando outras armas e munições), temos que ir eliminando todos os inimigos que nos aparecem pela frente. O cenário, conforme o nível, vai mudando. Começamos num armazém, no segundo nível passamos por uma floresta, e nos restantes ainda não lá chegamos, mas não deverão ser muito diferentes dos dois primeiros.


O que mais espanta neste jogo é como é que em apenas 48K se conseguiu meter tanta informação. Assim, os gráficos são uma maravilha em 3D, o som é espantoso e a velocidade estonteante. Mal temos tempo para respirar e a atmosfera faz-nos lembrar um pouco Aliens, de que já aqui falámos há algum tempo. Andamos sempre com o coração nas mãos e de cada vez que ouvimos o barulho típico de um inimigo a aproximar-se e a adrenalina dispara.


Em resumo, este é mais um jogo que estica a capacidade do Spectrum até ao seu limite e apenas não leva nota máxima porque, para quem não é aficionado deste tipo de jogos como é o nosso caso, acaba por tornar-se um pouco monótono. Para os restantes será a oitava maravilha do Mundo.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Kong's Revenge


Nome: Kong's Revenge
Editora: Zigurat Software
Autor: Luis Angel Alda Rodriguez
Ano de lançamento: 1991
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 1

O King Kong teve quase tantas adaptações ao Spectrum, como ao cinema. E nuestros hermanos não podiam deixar de ter a sua, claro. Apareceu em 1991, pela mão da Zigurat, editora que ainda recentemente foi alvo de uma review por aqui.

Tal como acontecia em muitos jogos espanhóis de final dos anos 80, este dividia-se em duas partes, sendo que necessitávamos de terminar a primeira para se obter o código de acesso à segunda parte. E, regra geral, a segunda parte até costumava ter mais interesse que a primeira, o que não é o caso deste jogo. Mas já lá vamos.

Tal como na história do King Kong, temos que derrotar o terrível símio para conseguirmos resgatar a nossa amada. É o que se passa na primeira parte do jogo. Ao longo de 5 níveis, teremos que ir subindo as plataformas uma a uma, até atingirmos o topo e mandarmos cada um dos 5 lacaios do King Kong pelo edifício abaixo. Mas a tarefa tem uma série de obstáculos. Barris e bolas de beliche que deslizam pelas plataformas e que temos que evitar ou destruir, fogos que temos que ludibriar, pois eles perseguem-nos e geralmente estão em pontos onde teremos que ir para mudar as alavancas que activam certas plataformas, etc.. Rapidez de reflexos e timing exacto nos dedos é essencial se queremos terminar esta primeira parte.


A segunda parte do jogo é já bastante menos interessante. Depois de derrotados os 5 lacaios na primeira parte, agora teremos que defrontar o próprio King Kong no topo do Empire State Building. Aqui já não se trata de um vulgar jogo de plataformas, mas sim de tentarmos atingir com a nossa arma o símio, ao mesmo tempo evitando alguns dos obstáculos da primeira parte. Mas já não temos que ir subindo e descendo plataformas, pelo que a diversidade ainda é menor. No entanto, para os persistentes que conseguirem derrotar o King Kong, terão o prémio de consolação, isto é, a nossa amada. Com pouca ou nenhuma roupa, o que também já era habitual nos jogos espanhóis.


Os gráficos, embora bem definidos, são monocromáticos, levando muitas vezes a que as plataformas se confundam com o resto do cenário e que tenhamos uma queda fatal. Além de que no meio de tão pouca diversidade em termos de jogo, acabe por o tornar um pouco chato. Não sendo um mau jogo, também não estamos perante uma obra-prima.

sábado, 4 de junho de 2016

Saboteur


Nome: Saboteur
Editora: Durell Software
Autor: Clive Townsend
Ano de lançamento: 1985
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Saboteur é um dos jogos míticos do Spectrum. Alcançou um êxito tremendo quando foi lançado, potenciado depois pela sequela que manteve o nível de qualidade deste primeiro jogo da saga. E muito recentemente Clive Townsend lançou Saboteur 3, para já possível de ser jogado apenas online.

Neste primeiro jogo assumimos o papel de um ninja que tem que entrar num edifício de alta segurança que é um autêntico labirinto, com vários níveis ligados por estações de metro e pejado de inimigos (cães e guardas), roubar uma disquete, e procurar o helicóptero que possibilita a fuga. Para complicar a coisa, existem vários níveis de dificuldade, e se nos primeiros não teremos que ir a determinados terminais que permitem abrir certas portas, já nos níveis mais avançados teremos que os correr todos.


Assim, nas primeiras tentativas convém começarmos logo a desenhar um mapa, ou, pelo menos, memorizar os locais por onde passamos. É que existe um tempo limite para a nossa missão, que é mesmo o nosso principal inimigo, já que quando somos atingidos por um guarda ou mordidos por um cão, temos sempre possibilidade de parar num local seguro (livre de inimigos), para restaurar os níveis de energia. Só que isso custa-nos tempo, pelo que é fundamental encontramos o equilíbrio entre o factor energia e tempo.


Ao longo das salas encontramos também algumas armas úteis e que nos permitem mais facilmente eliminar os nossos inimigos, poupando assim tempo precioso. Mas o melhor mesmo é carregarem o jogo, pois este é daqueles que viciam por completo e que não descansamos enquanto não o terminamos.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

World Soccer


Nome: European Champions
Editora: Zeppelin Games
Autor: Derek Brewster, David Taylor, Tink
Ano de lançamento: 1990
Género: Gestão desportiva
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

À semelhança de outros jogos de gestão desportiva, World Soccer coloca-nos na pele do treinador e director de um clube de futebol. Mas este jogo tem algumas particularidades que o distinguem da concorrência. Já lá iremos.

Em primeiro lugar, o jogo incluí todas as opções que são normais neste tipo de programas. Assim, podemos escolher a táctica para cada jogo,bem como os jogadores  titulares e substitutos. Estes possuem características como a idade, forma, velocidade e habilidade que nos permite avaliar quais os jogadores que mais convêm à equipa. Poderemos também ir ao mercado comprar ou vender jogadores e ter o aconselhamento do olheiro. Outras opções incluem ainda lesões, financiamento bancário, estatísticas várias, etc.. O usual, portanto.


O jogo conduz-se, como é habitual nos jogos mais tardios do Spectrum, através de um ícone (pena não permitir a opção do mouse).  Isto torna-o fluido, o que aliado à rapidez com que fazemos cada jogo (não existem longos tempo de espera entre opções), contribuí para torna-lo bastante atractivo.

As opções menos habituais estão então relacionadas com as equipas. Assim, em vez de participarmos num campeonato de um país (habitualmente o inglês), entramos num campeonato  (existem 3 divisões) com equipas internacionais, metade delas de segunda linha ou de países menos óbvios. No entanto, nenhuma equipa portuguesa está aqui representada, o que não é estranho, dado que com a pirataria que era prática habitual por cá, nenhuma editora teria interesse em tentar agradar aos portugueses.

Uma nota final ainda para o sistema de carregamento do jogo, bastante incomum. Apenas o símbolo da editora mostra as habituais listas de carregamento.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Every Child Can Code

Every Child Can Code é um projecto muito interessante que surgiu há sensivelmente um ano e que, embora esteja a demorar a ter o impulso que merece por parte do público e dos utilizadores, já lançou cá para fora algumas ideias bastante promissoras.

Originalmente este projecto tinha como objectivo ensinar aos estudantes a programação Basic. Para ajudar nesta tarefa lançou um site com conteúdos que visavam apoiar qualquer pessoa que se queira iniciar na programação.

Em primeiro lugar disponibilizou um conjunto de 10 lições. Cada uma delas ajuda-nos a entender um conjunto de 5 comandos do Spectrum, num total de 50. Estas lições são assim fundamentais para se começar a interiorizar as keywords do computador. E já agora, não devem também dispensar a leitura do manual do Spectrum ou do Timex Computer. Posteriormente será lançado um livro e um PDF (este gratuito), com as 10 lições, intitulado "Basic Coding for beginners".

Para quem já está dentro dos 50 comandos referidos, pode então avançar um nível e começar a desenhar e programar animações. Complementarmente será também ensinado a utilizar-se o utilitário "Arcade Game Designer" (também disponibilizado), e que permite desenvolver programas e jogos de uma forma bastante intuitiva. Vai ainda ser lançado o livro "Basic Coding for Animation and Games" que exemplifica o que aqui foi referido. Mas para quem não quiser despender dinheiro com a aquisição do livro, pode aceder gratuitamente aos tutorias aqui.

Estará então na altura de se avançar ainda mais um nível, e passamos então para o terceiro volume, "Basic Coding for the More Advanced Pupil". Tal como o nome indica, este livro destina-se aos utilizadores avançados e visa ensinar todos os restantes comandos que não tiveram lugar no volume 1 das 10 lições.

Mas a ferramenta mais útil é mesmo a disponibilização de um emulador que permite não só correr e gravar todos os programas do Spectrum, mas que incluí um trace debugger, que avisando dos erros que vamos cometendo, explica-nos a sua causa, permitindo ainda correr os programas linha a linha, ajudando a melhor entender a programação envolvida.


Finalmente, e para ajudar na divulgação deste projecto, foi criado um concurso no qual os estudantes podem mostrar os seus dotes de programação e lançar os seus próprios jogos.

Podem consultar aqui o site.