sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Geografia de Portugal (MIA)


Geografia de Portugal, também conhecido como Portugeo, é mais um jogo preservado por Planeta Sinclair e que vinha no imenso lote emprestado por Vasco Gonçalves, que tão gentilmente nos emprestou as suas cassetes.

O jogo, criado por Pedro Brito e Cunha em 1984 (o autor de Brum Brum), coloca ao utilizador uma série de questões sobre geografia portuguesa, tal e qual um Trivial Pursuit português.

Mas o mais interessante são as opções que Geografia de Portugal permite. Assim, podem participar até seis jogadores em simultâneo e definir-se o nível de dificuldade das questões.

Quem quiser espreitar mais esta pérola, basta aqui vir descarregar. Incluí duas capas diferentes, pois tivemos acesso a duas cassetes deste jogo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Preview: Angry Bloaters!


Quem não se recorda de Eric and the Floaters, mítico jogo que apareceu para o Spectrum em 1984? Foi isso que Lampros Potamianos se propôs a (re)fazer, após ter terminado de forma brilhante Nextoid (a segunda versão incluí níveis criados por André Leão, vosso anfitrião - se ainda não foram descarregar o jogo, não sabem o que perdem) e ainda antes de lançar The Hollow Earth Hypothesis, que a avaliar pelos vídeos já divulgados, vai ser mais um sucesso.

Assim, em Angry Bloaters!, cuja demo já tivemos oportunidade de experimentar, o que desde logo salta à vista é a enorme, mas enorme mesmo, jogabilidade, e o vício tremendo que provoca. Apenas para terem a noção, propusemo-nos a fazer dois ou três jogos antes de começarmos a escrever esta preview. Ao final de hora e meia continuávamos de volta da demo e sem vontade alguma de a deixar. Tínhamos sempre a desculpa: vamos lá experimentar só mais uma vez...


Em relação ao jogo que inspirou Angry Bloaters!, este tem logicamente algumas novidades. Ao nível dos gráficos nota-se logo uma grande evolução. E atenção que estes ainda estão a ser melhorados, prevendo-se algumas mudanças antes de sair a versão final.

Outras novidades incluem uma série de bónus como tesouros que dão pontos extra, duplicação do raio de acção da bomba, sapatos que aumentam a velocidade do nosso personagem, bombas de plasma, etc.. Mas o programador também adicionou imensas maldades. Experimentem, por exemplo, rebentar a porta de saída e vejam o que acontece. Ou a atingir o nível 4, com as diabólicas bombas automáticas, e sentir na pele um arrepio de cada vez que há uma deflagração.

Vão ser assim cinquenta níveis muito intensos que terão oportunidade de experimentar muito em breve. E agora com licença, que temos que ir rebentar mais uns balões...

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Blasteroids


Nome: Blasteroids
Editora: Image Works
Autor: Teque Software Development
Ano de lançamento: 1989
Género: Shoot'em'up
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128K
Número de jogadores: 1

O nome não permite enganos, Blasteroids é uma conversão do popular jogo de arcada de 1979, Asteroids, e que muitos clones originou para o Spectrum. E este será porventura o melhor de todos, tendo sido lançado em 1989.

Para quem não conhece o original, aqui fica a história: controlamos uma pequena nave que se viu encalhada numa zona do espaço pejada de asteróides (e também algumas naves inimigas). Temos que destruir todos os pedaços de rochas para limparmos cada setor, e avançarmos para o seguinte. Os blocos maiores, quando atingidos por um tiro, dividem-se em dois, dificultando a nossa missão. E à medida que vamos avançando de setor para setor, vamos encontrando mais asteróides para limpar, começando também a aparecer naves inimigas que nos perseguem e tentam desgastar o nosso escudo de energia.

Desde logo Blasteroids apresenta muitas novidades relativamente ao original. Assim, é-nos permitido escolher inicialmente o nível em que queremos começar: fácil, médio, difícil ou dificílimo. Cada um dos níveis (ou galáxias, como preferirem) tem vários setores (9 ou 16) para serem limpos, e só depois de os limparmos todos, temos a possibilidade de defrontar Mukor, o Guardião dessa galáxia. Claro que só vencemos o jogo se conseguirmos limpar todos os setores das quatro galáxias.


Outra das novidades de Blasteroids está no tipo de nave que podemos controlar. Durante o jogo poderemos ir mudando de nave, tendo três tipos diferentes à escolha:
  • Speeder - muito pequena e rápida
  • Fighter - a melhor armada
  • Warrior - com as melhores defesas
Faz parte da estratégia de jogo irmos mudando de nave conforme as circunstâncias, pois ai vai residir uma boa parte do nosso sucesso, em especial nos níveis mais exigentes.

Poderemos também ir obtendo alguns add-ons (escudos, poder de fogo, velocidade, etc.), que nos são deixados quando destruirmos as naves inimigas ou Mukor, ou quando destruímos os asteróides vermelhos. Estes libertam cristais de energia que, depois de apanhados, ajudam a restabelecer o nosso escudo de energia.


Blasteroids é sem dúvida uma grande evolução de Asteroids. A nível gráfico consegue trazer uma lufada de ar fresco a um género de jogos que parecia já não ter nada a oferecer, a jogabilidade é muito boa, e os pequenos pormenores, tornam-se em pormaiores, e contribuí para uma experiência deveras positiva, tornando-se obrigatório para todos os shooters, mas também os que não são apreciadores do género irão ficar satisfeitos.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Softalk II (nova versão) (MIA)


Softalk foi uma série de programas utilitários que punham o Spectrum a "falar". E agora, nas cassetes do Vasco Gonçalves, encontrámos uma versão que difere ligeiramente daquela lançada pela CP Software em 1982. Esta agora preservada é de 1983 e parece em tudo semelhante à da CP Software. Talvez seja alguma cópia pirata entretanto alterada, ou então uma versão posteriormente lançada, fica a dúvida.

Poderão aqui obter esta nova versão, que não se encontrava preservada em lado algum.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Preview: Perico Delgado


E já está na calha mais uma reedição da Team Siglo XXI. Assim, Perico Delgado, clássico de 1989 da Topo Soft e que dá vida a um dos mais famosos ciclistas espanhóis sairá brevemente, tendo já preparado um novo ecrã de carregamento.

Também já não será necessário esperar muito, mas só poderão descarregá-lo após os lançamentos de Lorna e R.A.M. (no próximo mês). Fiquem atentos a este canal, irá de certeza ter o destaque merecido...

domingo, 26 de agosto de 2018

Catálogo Astor


O logótipo do índio, mais de trinta anos depois, continua a despertar uma grande paixão nas pessoas. A mítica marca da Astor Software, a mais famosa software house portuguesa, continua a ser motivo de conversas entre todos os aficcionados do Spectrum. E já ultrapassou inclusive as fronteiras do nosso país, que digam os russos, que também vão divulgando os seus programas.

Quando começámos a preservar os jogos da Astor apenas havia disponíveis dois ou três títulos. Neste momento já temos mais de duas dezenas, e mais alguns vêm a caminho. Para que os nossos leitores tenham presente aquilo que ainda não está recuperado, anexamos uma lista (pode aqui ser obtida). Assim, se aí por casa tiverem algum destes programas, está na nossa lista de prioridades a sua preservação.

E desde já agradecemos a todos aqueles que têm vindo a contribuir, durante os próximos meses continuaremos a sua divulgação.

sábado, 25 de agosto de 2018

The Spectrum Show: episode 76


Já está no ar o novo episódio de The Spectrum Show, que aparece com a precisão de um relógio suíço no final de cada mês. Inclui as rubricas habituais, as notícias de Janeiro de 1989, reviews e muito mais. Imperdível, como sempre...

Entradas no ZX-DEV-MIA-Remakes


A competição ZX-DEV-MIA-Remakes ainda não vai sequer a meio, longe disso, mas já existe uma entrada, aqui analisada recentemente, e várias intenções, que a concretizarem-se, irão seguramente trazer algo de novo para o panorama do Spectrum.

Temos assim em primeiro lugar o jogo completo que já deu entrada no concurso, Max Pickles Part I: the Haunted Castle. Poderão ver aqui a review que fizemos há alguns dias.

Também já falámos de Manic Pietro (aqui), remake de Manic Miner, clássico indispensável a qualquer coleccionador do Spectrum que se preze.

Rafavico está a desenvolver um remake de Explorer XXXI de 1988 (Dro Soft). Já existe inclusive uma demo disponível, no entanto não a conseguimos obter. Apesar de termos feito o log in na página da competição, e o nosso user ser mostrado, assume-nos sempre como convidado e não nos disponibiliza o ficheiro. À atenção de quem gere a página, pois poderá estar a haver algum bug que impeça as pessoas de acederem por inteiro aos conteúdos.


Deadzone é um verdadeiro MIA. Este jogo, que se saiba, nunca chegou a ser lançado, apesar de anunciado pela Alternative Software. Quem está agora a desenvolvê-lo é um colectivo, a PCNONOGames. Temos bastante curiosidade em ver o que vai daqui sair. Para já apenas existe um loading screen disponível.


A entrada seguinte é de grande risco, isto porque Last Ninja 2 é considerado por muitos como um dos grandes jogos do Spectrum. Para quem se conseguir habituar aos comandos e às teclas pré-definidas, entenda-se, que deixou (infelizmente) muita gente de fora e que não conseguiram assim explorar todas as potencialidades deste jogo. Patmorita propõe-se então a desenvolver Last Ninja (jogo nunca antes lançado, por motivos que detalharemos numa próxima ocasião), e a correr bem será um sério candidato a vencer a competição.


Temos depois Droid Buster, que vai ser desenvolvido pelo nosso bem conhecido Ariel Endaraues e do qual também já aqui falámos.

Finalmente, e embora ainda não tenha dado entrada, Toki, do qual também já aqui falámos, será mais um sério candidato a vencer a competição, não só pelo título escolhido, mas também pelo próprio background do programador, Radastan.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Ataque (MIA)


Penetrator, de 1983, foi um dos primeiros grandes êxitos do Spectrum. Quando vamos ao fundo do baú buscar as nossas memórias mais antigas desta plataforma, este é seguramente um dos jogos que aparece. Não é assim de estranhar que a Timex Portugal o tenha elegido para ser um dos primeiros programas com direito a tradução.

Além da tradução, houve outras pequenas mudanças. A principal, o ecrã de carregamento, que de forma bastante amadora substituiu a palavra "Penetrator" por "Ataque", tendo ainda introduzido um menu inicial extra.


No entanto a essência do jogo manteve-se, querendo isso dizer que apesar de Penetrator / Ataque ser um dos primeiros shoot'em'ups a aparecer para o Spectrum, continua a ser um dos melhores. E depois, a possibilidade de construção de novos cenários foi totalmente inovadora para a época.

poderão agora descarregar aqui Ataque, cortesia de Jose Manuel de El Trastero del Spectrum.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

A História da Timex Portugal


O sucesso de The Untold Story of Timex Portugal foi tal e foram tantos os pedidos ao Pedro Loureiro para fazer uma versão em português, que ele não teve remédio senão aceder à nossa vontade. Está assim agora disponível a versão nacional deste mini-documentário brilhante, a quem desde já agradecemos, assim como por também nos ter mencionado no próprio vídeo.

Ficamos agora à espera de novos episódios, quem sabe incorporando algumas das sugestões que lhe fomos apresentando. Até lá, deliciem-se com A História da Timex Portugal.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Thieves School


Nome: Thieves School
Editora: World XXI Soft
Autor: Ariel Ruiz, Factor 6
Ano de lançamento: 2008 / 2018
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1


Tomem atenção a este nome: World XXI Soft. Esta software house tem vindo a lançar grandes jogos, que infelizmente têm vindo a passar despercebidos. Tal como em Carlos Michelis, Thieves School é um jogo já com dez anos, mas que beneficiou muito recentemente de uma expansão, juntando sessenta novos cenários aos trinta originais.

E também neste jogo todos os pormenores foram tomados em consideração, com uma introdução muito cuidada, fazendo um enquadramento perfeito na história, quase que dispensando as instruções (que também existem), assim como alguns aspectos inovadores, que tornam este lançamento um verdadeiro luxo.


Vamos então entrar na famosa escola de ladrões. Aqui vamos aprender tudo o que há a saber sobre a bonita arte do roubo, por forma a conseguirmos um canudo nesta disciplina, quem sabe abrindo portas (ou cofres) para uma valorosa profissão. Foi este o desafio que Mist e Courage assumiram, dois jovens estudantes, ela muito boa tecnicamente, mas pouco dada a conversas, ele a espalhar charme por todo o lado, mas mais dado a cabular. Tendo estes dois elementos falhado o exame de graduação, foi-lhes dada uma nova oportunidade. E aqui entram vocês...

Depois da belíssima introdução (ocupa o lado A da cassete), que parcialmente reproduzimos acima, vão dar a um menu que vos permite várias opções, e que constituem efectivamente uma mais-valia. Assim, têm a possibilidade de fazer a tour toda ou treinarem apenas alguns quadros, podem seleccionar o tipo de exame que vão fazer (modo roubo ou modo infiltração), e, entre outras opções, podem seleccionar um ou dois jogadores, que poderão cooperar ou competirem um com o outro simultâneamente, duplicando o prazer. Além disso, Mist e Courage têm características diferentes, mudando completamente o estilo de jogo, consoante a personagem com que joguem.


Seleccionadas as opções da nossa preferência, avançam então para o exame. Aqui, ao longo dos trinta quadros (ou sessenta, se optarem pela expansão), terão que roubar tudo o que seja de valor e que é facilmente identificável. Mas claro que a tarefa é tudo menos simples, pois para complicar a tarefa e tornar o exame realmente proveitoso, terão que eliminar todos os guardas (não podem deixar testemunhas), isto se tiverem seleccionado o modo de roubo, pois o modo de infiltração implica não poderem eliminar os inimigos, dificultando ainda mais a tarefa.

A mecânica de jogo faz-nos lembrar Bubble Bobble e outros títulos míticos do Spectrum, pois têm a possibilidade de eliminar os inimigos acertando-lhes com bolas que vão apanhando ao longo dos cenários. De cada vez que atiram a bola, se esta acertar num inimigo, este fica atordoado. Poderão atirar quantas tiverem em vosso poder (máximo de quatro), mas terão depois que as recolher, se quiserem ter mais munições. E aqui reside o principal ponto de frustração do jogo, no bom sentido, diga-se. É que de cada vez que iniciam um nível, começam sem qualquer bola, ficando completamente indefesos perante os inimigos.


A primeira tarefa é então procurar as bolas, para poderem começar a despachar os guardas, sejam eles cães, ratos, polícias, múmias, terroristas, robôs, e até o Hitler, entre outros seres malévolos, que se vos tocam, deixam-vos atordoados e roubam um pouco de energia, medido na barra lateral. Consoante o tipo de guarda, será necessário serem atingidos mais ou menos vezes, sendo que quando são finalmente eliminados, normalmente deixam um bónus (energia extra, imunidade, etc.).

A páginas tantas, o ecrã encontra-se tão povoado com inimigos e a velocidade é tanta (mesmo estes deslocando-se aleatoriamente), que só por milagre conseguem escapar sem serem abalroados. E como se não fosse pouco, no final de cada uma das temáticas (já lá iremos), têm um "boss" devidamente guardado por um exército de seres, que se vão regenerando até eliminarem o chefe.

Ao longo dos trinta níveis da verão original vão passar por temáticas tão diversas como um banco, um túmulo egípcio, uma catedral, um bunker nazi e até o Pentágono. Se os primeiros níveis são relativamente fáceis de ultrapassar, a partir dos décimo segundo o grau de dificuldade aumenta substancialmente, tornando-se diabolicamente difícil nos três níveis do Pentágono. Aqui só mesmo os mais audazes e talentosos irão conseguir passar...


Os gráficos e a música são espantosos, ao nível do que Ariel nos habituou com Carlos Michelis. Se houvesse exame para estes factores, o programador seria aprovado com distinção.

Apesar de Thieves School ser tremendamente difícil, a jogabilidade é boa e tem aquele toque de "vamos lá experimentar mais uma vez". Depois, as opções e modos de jogo são tantas, que há aqui garantia de divertimento para muitas semanas, sendo o valor pedido pelo jogo irrisório, tendo em conta tudo aquilo que é oferecido.

Quem quiser experimentar o jogo também pode descarregar a demo aqui, temos a certeza que não vão ficar desiludidos. E agora ala fazer mais um jogo, quem sabe estes ensinamentos não vão ser úteis na vida real...

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Golpe (MIA)


E foi mesmo um golpe. Um verdadeiro golpe de sorte, este, que nos levou a encontrar mais um MIA numa das cassetes emprestadas pelo Vasco Gonçalves.

Para não variar desconhecem-se praticamente todos os pormenores deste jogo. Qual o seu autor, ano, se é um type-in de alguma revista (o jogo é inteiramente em Basic), etc.. Talvez seja este o caso, pois aparece a referência "Diaz" em vários ecrãs, levando a pensar numa adaptação de um qualquer jogo espanhol. Mas apesar da sua simplicidade, Golpe é um exercício de estratégia bastante engraçado, fazendo lembrar alguns outros do início dos anos 80.

Golpe, após a entrada em cena de um tanque de guerra (muito apropriado ao tema), inicia-se com um menu onde aparecem treze opções que nos permitem definir a direcção política e militar que queremos seguir, sabendo que esta vai depois influenciar todo o desenrolar da história. O objectivo será efectuarmos um golpe de estado bem-sucedido, recolhendo apoios e recursos nos diversos quadrantes (um pouco como Dictator).

Por vezes aparecem algumas mensagens bem-humoradas, mas a maior parte das vezes as mensagens são mesmo para dizerem que levámos (mais uma vez) na ripa. Mas isso só nos motiva a continuar e a tentar tirar o ditador do poder.

Poderão aqui vir descarregar mais esta pérola, agora preservada.

domingo, 19 de agosto de 2018

The Untold Story of Timex Portugal


Pedro Loureiro lançou há momentos o novo episódio de It´s a Pixel Thing, dedicado inteiramente à Timex e à sua presença em Portugal, bem como as suas relações com a Sinclair Research. São cerca de quinze minutos com a apresentação de factos, vídeos e fotos de arquivo, fundamentais para se perceber a história associada a esta marca, bem como o impacto que teve no nosso país.

Algumas das fotos também já tínhamos apresentado há alguns tempos, mas que ganham agora nova "cor" com o enquadramento feito pelo Pedro. Vale portanto a pena verem este pequeno documentário, não irão dar o tempo por perdido...

Max Pickles Part I: the Haunted Castle


Nome: Max Pickles Part I: the Haunted Castle
Editora: World XXI Soft
Autor: Ariel Ruiz, Archie Robbins
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Enquanto não lançamos a review de Thieves School, jogo de Ariel Ruiz de 2008 e que teve muito recentemente uma expansão, aproveitámos para experimentar a primeira parte de Max Pickles. Apesar do jogo ter sido escrito em 1990, foi agora alvo de melhoramentos, tendo sido finalmente lançado. E com uma história a condizer...

Assim, no final da década de 80 o mundo sofreu profundas mudanças sociais, económicas e políticas. Nada disso era relevante para Max Pickles, um punk com uma personalidade e aparência muito peculiares, mas com grandes ambições, incrível agilidade e um grande desejo de se livrar das ideias pré-concebidas da sociedade sobre os elementos da sua tribo.

Um dia chegou-lhe ao conhecimento a existência de um mapa secreto, detalhando a localização exacta de uma mina de diamantes abandonada. Este mapa está supostamente escondido no interior de um enorme castelo medieval onde ocorrem fenómenos estranhos, provavelmente relacionados com os fantasmas de antigos moradores. Max encontrou assim a oportunidade de fazer fortuna e obter respeito e aprovação social, provando que afinal o lema no future não se lhe aplica.


O objectivo do jogo é então ajudar Max Pickes a recuperar o mapa da mina de diamantes a partir do interior do próprio castelo assombrado e conseguir encontrar escapatória. Para isso conduzimos o personagem ao longo de doze ecrãs, repletos de plataformas, inimigos sobre os quais temos que saltar, e muitas alavancas para activar. O principal obstáculo? O tempo, pois de cada vez que tocamos num inimigo, rouba-nos um pouco de tempo, e este é limitado, bastante até. Medido por uma barra rosa horizontal, quando esse chega ao final, perdemos uma vida e temos que reiniciar o nível.

Ao nível do conceito de jogo, Max Pickes faz-nos lembrar um pouco Goonies, onde temos que ir desempenhando algumas tarefas, ou activando mecanismos que possibilitam o acesso a outras partes do cenário e eventualmente à porta de saída. Por outro lado, os cenários remetem para o imaginário de Pumpkin Poe, e possivelmente para All Hollows, quando este sair. Tudo muito macabro e fantasmagórico, como seria de prever.

Os desafios são interessantes e os cenários bem construídos, no entanto, parece-nos que a movimentação do nosso personagem necessita de alguma afinação. Por vezes parece que se encontra "presa", e mesmo quando salta, parece deslocar-se em frames, em vez de ter um movimento fluído, reduzindo assim um pouco a jogabilidade.


Para aqueles que persistirem e não relevarem este pormenor, vão encontrar um típico platformer, onde mais do que ser necessário um perfeito tempo e local de salto, importa estudar bem o cenário, nomeadamente a posição das alavancas, por forma a lá conseguir chegar no menor tempo possível e conseguir escapar para o nível seguinte.

Para mini-jogo, Max Pickles é divertido q.b.. A longevidade não é grande, até porque o jogo não é propriamente difícil, mas enquanto não escapamos do castelo assombrado, temos garantia de momentos divertidos. Depois de o terminarmos, há que saltar para Thieves School, que esse sim, vai fazer-nos perder muito mais tempo até chegarem ao seu final.

Max Pickles é gratuito e pode ser descarregado na página da World XXI Soft.

Thieves School com expansão


Depois de ter sido lançada a expansão para Carlos Michelis, é a vez de Thieves School (jogo de 2008) ter também direito a sessenta novos cenários. De facto a World XXI Soft está em grande, pois além desta expansão, que reinventa um jogo cuja review sairá em breve em Planeta Sinclair, disponibilizou ainda um outro jogo, do qual iremos falar muito brevemente. E tal como em carlos Michelis, necessitam de ter o jogo original para poderem carregar esta expansão, senão nada feito.

A versão digital do jogo custa 5 dólares (ou 3,5 euros), podendo ser aqui obtida, e em tempos chegou a estar à venda a edição física, no entanto já não se consegue encontrar. Mas mesmo a versão digital compensa, pois o jogo é excelente, se bem que ainda mais difícil que Carlos Michelis. De qualquer forma, poderão obter gratuitamente na página da software house uma versão demo com 18 níveis, que já vos dá uma boa ideia daquilo que podem esperar em Thieves School.

sábado, 18 de agosto de 2018

Magic


Nome: Magic
Editora: NA
Autor: Dmitry Krapivin
Género: Puzzle
Ano de lançamento: 2018
Teclas: Não redefiníveis
Joystick:  Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Dmitry Krapivin é impressionante. Depois de Spych e Slyther, Magic é o terceiro jogo a ser lançado em pouco mais de um mês. Mais um quebra-cabeças, pois claro, revelando muitas semelhanças com Speech, sendo também este inspirado em Sokoban.

Desta vez temos vinte níveis ao nosso dispor, e o mínimo que podemos dizer é que nos vai manter ocupados durante muito tempo. É que logo o primeiro nível revela um grau de exigência muito grande, sendo necessário usar (e bem) as nossas células cinzentas.

O objectivo é recolher todos os diamantes. Mas falar é fácil, pois as caixas estão dispostas de maneira a dificultar a nossa tarefa ao máximo, e só as podemos deslocar se estiverem isoladas. Passar o primeiro nível vai dar logo água pela barba, e muitas vezes a maneira menos lógica de empurrar as caixas parece ser aquela que traz melhores resultados, revelando a mente "maldosa" do programador. Há assim que testar todas as hipóteses, uma delas será a correcta.


Os gráficos são familiares para quem já conhece os jogos de Dmitry. Não são deslumbrantes, muito longe disso, mas cumprem o objectivo a que se propõem. O som também é minimalista. Mas o que é que isso interessa, quando o que temos são puzzles para serem resolvidos?

Gostámos mais de Magic do que Slyther, cuja análise fizemos ontem. Talvez pelo facto de ser um jogo mais pausado, a exigir apenas o uso da inteligência em detrimento de reflexos rápidos. Aconselhamos assim a experimentarem-no, pois consegue manter o interesse pelo menos até resolverem todas as charadas, podendo aqui ser descarregado.

Carlos Michelis




Nome: Carlos Michelis
Editora: World XXI Soft
Autor: Ariel Ruiz, Kulor, FrankT, Factor 6, Sergey Bulba, Shadow Maker, Mikhail Sudakov, Gennady Demidenko, Newart
Ano de lançamento: 2012 / 2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1


O lançamento da expansão para um dos cenários de Carlos Michelis foi a desculpa que precisávamos para explorar um jogo que já tem seis anos de vida, mas que há muito queríamos experimentar, sabendo-se de antemão que este é daqueles que exige muito tempo disponível da nossa parte. E nem estamos a referir-nos a terminar as três missões (quatro, se contarmos com a expansão), pois para isso vamos necessitar de muitos dias.

Este é também daqueles lançamentos que cuida de todos os pormenores, desde a embalagem (para quem queira adquirir a versão física, a disquete tem um custo de 300 rublos - versão russa), a introdução, do melhor que já se viu para o Spectrum, até ao jogo em si, como iremos ver. Mas comecemos com a história, reproduzida de forma brilhante na introdução.



Ficam assim a saber que a filha do Presidente foi raptada por um mafioso (Alfredo Mafioli), que a encerrou numa fortaleza. Este ficou ressabiado por o Presidente ter rasgado um muito proveitoso contrato de armamento, e para o pressionar a reactivar o acordo, tirou-lhe a filha, inclusive torturando-a.

A fortaleza (variável, consoante o cenário), está muito bem guardada pelos lacaios de Mafioli, assim como por alguns robôs colocados em locais estratégicos. A única salvação é Carlos Michelis, que anos antes tinha sido um herói, salvando a Terra de perecer perante alienígenas e um holocausto nuclear. E como o típico herói que é, Carlos Michelis age sozinho, dispensando a ajuda de qualquer outra força de intervenção.

Depois de passarem a introdução (poderão ignorá-la carregando em "enter"), é-vos apresentado um menu, onde poderão escolher um de três cenários:
  1. Mansão de Mafioli
  2. Base Naval
  3. Base Aérea
Se optarem pela mansão, poderão então carregar a versão alternativa incluída na nova expansão, com cenários e objectivos diferentes, incluindo dois modos de terminar o jogo (modo combate e modo infiltração). A fazer lembrar o mítico Laser Squad, que também tinha vários cenários e uma expansão.



A mecânica do jogo é em tudo semelhante a Into the Eagle's Nest e ao mais recente The World War Simulator: Part II, embora com uma temática diferente. Têm assim que explorar todos os cantos da fortaleza e examinar as peças de mobiliário (por vezes rebentando-as), pois podem esconder itens valiosos. Mas o elemento estratégico também aqui toma lugar, pois terão que delinear muito bem o caminho que vão fazer, desde logo por o número de chaves e ferramentas que permitem abrir as portas serem em número limitado, mas também porque existe um tempo limite para cumprimento da missão e não se podem dar ao luxo de perder tempo a apreciar os cenários (por sinal bastante imaginativos).

Por vezes parece também que estão bloqueados em algum local. Terão então que pensar na forma de ultrapassar a situação. Será que uma banana de dinamite bem aplicada permite rebentar a parede, dando acesso a novas salas? E que tal uma "bazucada" valente, que rebenta qualquer parede incómoda e tudo o que esteja à volta, incluindo o próprio Carlos, se não estiver a uma distância segura? E será que as chaves e manuais das viaturas que encontramos pelo caminho terão alguma utilidade? São tudo questões laterais que vão ter que tomar em conta, se querem chegar ao fim de cada cenário.

Como se não fosse suficiente a fortaleza ser um autêntico labirinto, onde vão perder muitas horas a explorar antes sequer de começarem a aproximar-se do local onde a filha do Presidente se encontra encerrada, existem objectivos secundários a serem cumpridos. Pelo cumprimento de cada um, terão pontos extra:
  • Resgatar a filha do Presidente (objectivo principal): 100.000 pontos
  • Destruição da super-arma secreta de Mafioli: 70.000 pontos
  • Obter provas contra Mafioli: 40.000 pontos
  • Destruir os mísseis: 2.000 pontos cada 
  • Destruir robôs de defesa: 1.000 pontos cada
  • Matar guardas: 100 pontos cada
Caso consigam ultrapassar os 300.000 pontos, serão condecorados com a estrela de ouro, máximo galardão para quem conseguir trazer a filha do Presidente em segurança para o Ferrari (esta não deve muito à inteligência e tem tendência a deixar-se encurralar), destruir as armas e obter provas que coloquem Mafioli na cadeia. Doutra forma terão que se contentar com uma simples medalha, presumindo que não morrem no cumprimento do dever, claro.



Como poderão ver pelos muitos screenshots que fomos deixando, os gráficos são algo de fabuloso. Tremendamente coloridos, de cada vez que há uma explosão é um delírio de cores, sem ponta de colour clash, e uma melodia que para muitos é a melhor que alguma vez foi feita para o Spectrum. De facto, ao nível gráfico e som, Carlos Michelis leva nota máxima.

Por outro lado, embora o nível de dificuldade seja também muito elevado, não é de forma a tornar o jogo frustrante. Requerendo muita exploração, de cada vez que pegam no jogo conseguem avançar um pouco mais, tornando-o viciante.

Assim, o nosso conselho é que acelerem a obtê-lo, não se irão arrepender de forma alguma. E se não acreditam venham aqui experimentar a demo.