domingo, 31 de dezembro de 2017

A Capital: os 10 mais de 86 (aventura e estratégia)


E depois de ontem termos deixado a primeira das revistas de A Capital com os melhores jogos de acção de 1986, disponibilizamos agora os melhores de aventura e estratégia.

A revista pode aqui ser descarregada.

sábado, 30 de dezembro de 2017

ZX Spectrum Diagnostics v0.36


Mais de seis meses depois da versão 0.35, Brendan Alford faz um upgrade a essa versão contendo os seguintes melhoramentos:

New features:
  • ROMCheck utility, generates ROM checksums for machines with unknown ROM code
  • New ROM sets: Derby 4.02, TK90x/TK95
  • If ROM is not recognised and the user doesn't make a machine selection, after 20 seconds the diagnostics assume 48K mode.
  • Beeps to indicate test start are accompanied by cycling through all colours in the Border.
  • ZX Printer/Timex 2040/Alphacom 32 support - a hard copy of the screen can be obtained from the memory browser, and from a failed RAM test by pressing the H key (if a printer is not connected a warning tone will sound).
Enhancements:
  • Space saving: string compression using tokenisation
Bugfixes:
  • Fix broken 48K multiplexer test that treated any addressing failure in any upper memory IC as a failure of the IC25 and IC26 chips
Poderão vir aqui descarregar a nova versão, sendo este software fundamental para todos aqueles que ainda mexem com os computadores.

A Capital: os 10 mais de 86 (acção)


Final de ano é sempre de balanço, fazendo normalmente as revistas uma lista com os itens mais representativos ou com maior qualidade, quer sejam discos, livros ou jogos. E o jornal A Capital, que durante alguns anos teve uma secção dedicada ao Spectrum, não se alheou dessa tradição e publicou em Dezembro de 1986 duas revistas com os melhores jogos do ano de acção e aventura e estratégia.

Esta revista é bastante procurada pelos coleccionadores e até hoje ainda não havia sido disponibilizada digitalmente. Colmatamos agora essa lacuna, oferecendo aos nossos leitores a possibilidade de a descarregarem e verem quais foram os melhores jogos desse ano para esse jornal.

Podem descarregar a revista aqui.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Horace and the Robots


Nome: Horace and the Robots
Editora: Reptilia Design
Autor: Steve Snake
Ano de lançamento: 2017
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

O que é que acontece quando juntamos Horace com Berzerk? Horace and the Robots é a resposta...

Esta é a nova proposta para um jogo com a personagem de Horace, à semelhança do que aconteceu no Natal do ano passado (Merry Christmas From Horace). Só que desta vez estamos perante um jogo completamente diferente. Em vez do habitual jogo de plataformas ou de arcada a que estamos habituados com esta personagem, surge um clone de Berzerk, e bastante razoável por sinal.

E para um clone de Berzerk não se podia pedir mais. O que aqui conta não são os gráficos (básicos), nem os cenários (espartanos). O que aqui conta é a rapidez de acção e a IA dos oponentes. Além da fidelidade ao original, e aqui, Horace and the Robots ganha aos pontos a muitas propostas que foram surgindo ao longo dos anos. É que está exactamente como o original de 1980, nem sequer lhe faltando o inimigo saltitão que nos persegue ao final de algum tempo e que nem nos dá tempo para respirar.


Além disso o jogo tem uma nuance engraçada. Se o correrem no 48 K com o Currah Speech activado, irão ter vozes digitalizadas durante o jogo. Um verdadeiro mimo, portanto, a fazer lembrar os primeiros tempos do Spectrum.

Apenas temos pena que com tantas propostas que sairam nos últimos dias, este Horace acabe por passar despercebido no meio do resto do material. É que os shooters vão adorar. Quanto aos restantes, vale a pena dar uma espreitadela, não irão ficar desiludidos. Preparem-se é que os vossos teclados não vão ficar nas melhores condições, dado o ritmo frenético que vos vai ser imposto..

Podem aqui descarregar gratuitamente Horace and the Robots.

 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Jilly´s Farm Volume 1... SokoBAArn


Nome: Jilly´'s Farm Volume 1... SokoBAArn
Editora: NA
Autor: Bob's Stuff
Ano de lançamento: 2017
Género: Puzzle
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Depois de BoxeS, chega-nos um jogo com um conceito muito semelhante. Mas agora, em vez de assumirmos a pele de um candidato a carregador de caixas, somos uma amorosa ovelha que tem que colocar os fardos de palha no local indicado, para que possam depois ser armazenados. Inspira-se no popular jogo Sokoban, como já perceberam (além disso basta olhar para o ecrã de carregamento, pois diz logo tudo).

Bob´'s Stuff, que é como quem diz Bob Smith, já não é novo nestas andanças, tendo sido responsável por dois excelentes jogos no passado, W * H * B e X = Y = Z. Mas com este novo jogo superou tudo o que de bom havia feito até agora. Mas já lá vamos, comecemos pela história desta divertida quinta.

Assim, o fazendeiro Jack aposentou-se, deixando a fazenda de família para a sua filha Jilly. Esta quer manter todo o gado da quinta, isto é, porcos, ovelhas e patos, mas tem ainda que fazer a colheita do feno. Lembra-se então de que como as ovelhas são animais bastante inteligentes, uma delas talvez a possa ajudar. Além disso as ovelhas gostam de ter tudo devidamente arrumado no seu lugar e ajeitam-se a empurrar as coisas, pelo que será o parceiro ideal para a tarefa.


Ao longo dos trinta níveis de SokoBAArn terão desafios muito interessantes, aumentando o seu grau de dificuldade à medida que os vão completando. E não necessitam de os terminar de enfiada, pois de cada vez que completam um nível, é-vos dado um código que permite continuarem sem terem que voltar ao início.

 Mas não satisfeito, Bob Smith adicionou ainda um editor de níveis. Ou seja, quando completarem o jogo, e irão fazê-lo mais tarde ou mais cedo, pois SokoBAArn é simplesmente viciante, poderão criar os vossos próprios níveis e fazer os vossos amigos usarem as suas células cinzentas, como já dizia Poirot.


Como é fácil de ver, este é um jogo que nos entrou no goto. Extremamente cativante, apresentando desafios aliciantes, gráficos e cenários muito imaginativos, e uma jogabilidade espantosa, fazem deste uma aventura a ir descarregar já e a ansiarmos pelo volume 2. Ainda por cima é gratuito, portanto não há desculpa para não o fazerem.

Podem fazê-lo aqui e se gostarem, podem fazer uma pequena doação ao autor, que bem merece.

Topo Mix Game


Nome: Topo Mix Game
Editora: Team SigloXXI
Autor: Alfonso Fernandez Borro
Ano de lançamento: 2017
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

E depois da bem-sucedida experiência que foi ajudar Alfonso Fernández Borro, aka Borrocop, a traduzir Em Busca do Mortadela para português, e que posteriormente saiu em cassete (inédito em mais de trinta anos em Portugal), eis que voltamos a repetir a experiência, agora com um jogo que tem um duplo significado para o seu autor. É que a sua filha faz hoje trinta anos, e é também o aniversário da Topo Soft, que comemoraria em 2017 o seu trigésimo ano de vida. Daí que Topo Mix Game surja em clima de dupla celebração. Além disso, a versão portuguesa é também a primeira a sair a nível mundial, sendo este mais um motivo que nos enche de orgulho.

A melhor forma que Borrocop encontrou para homenagear então esta célebre casa de software espanhola foi pegar nos heróis (e também vilões) dos seus jogos, e torná-los estrelas nesta nova aventura. Não é assim de estranhar que apareçam por aqui muitas figuras conhecidas dos anos 80, pelo menos para aqueles que estavam dentro da cena espanhola do Spectrum (e em Portugal eram muitos). A história do jogo reflecte isso mesmo e na própria capa podemos ver alguns desses heróis.

O jogo Desperado, de 1987, é desde logo aquele que tem um impacto maior na história, uma vez que o xerife (agora renomeado Bill MacColl - justa homenagem a Gullermo Coll, responsável pelas vendas das edições físicas de Mortadela e, no futuro, deste jogo - Eduardo Libardón foi o responsável pelo lançamento dos jogos), será o nosso maior inimigo, desempenhando o papel do vilão. O design do xerife é da autoria de Julio Martín Erro (que amavelmente deu autorização para o usar no ecrã de carregamento e capa).

A Silent Shadow, de 1988, foi-se buscar a torre, passando esta a ser um inimigo, mais uma vez tendo a autorização dos seus autores para ser incluído em Topo Mix Game.


Neste lote pode-se ainda adicionar três outros jogos em que Borrocop participou: Zona 0 (1991), Mad Mix 2 (1990) e Viaje al Centro de la Tierra (1989). Deste último foram incluídas as tartarugas, que é o link entre a aventura original e a versão posterior expandida de 2008.

Zona 0 contribui com alguns elementos decorativos, que aparecem em níveis avançados do jogo, fazendo-se apenas algumas modificações. Mas também em termos de sprites, encontramos as cybermotos, que, ao contrário de Dimitrov, cresceram aqui em tamanho, tendo estas como objectivo impedir os movimentos do nosso herói. Há ainda um terceiro sprite que nos persegue e alguns cantos do cenário, que também pertencem a Zona 0, mas que no fundo são uma piscadela a um dos jogos favoritos de Borrocop (e também de Planeta Sinclair, diga-se): Highway Encounter.

Finalmente, Mad Mix 2 contribui com as rolhas dos tinteiros, com "Draco", que também aqui repete o papel de inimigo, com os rolos e plataformas direccionais, e com as "vidas extras" que voam. De referir que todos estes sprites e gráficos derivam dos projectados por Roberto Potenciano - ACE -.

Quanto ao protagonista, Yuri Dimitrov, este diminuiu o seu tamanho em alguns pixeis e a visão lateral tornou-se agora isométrica, tentando-se, no entanto, assemelhar o mesmo ao original.


Dentro dos gráficos projectados por Borrocop aquando do seu trabalho na Topo Soft, estes sofreram também ligeiras modificações, e que à primeira vista poderão parecer imperceptíveis, mas que os diferencia dos sprites originais nesses jogos.

Por fim, e apenas para completar o enquadramento de Topo Mix Game, diremos que existem ainda reminiscências de alguns dos melhores jogos da Ultimate, nomeadamente Knight Lore, a quem foram emprestados os espetos (com ligeiras modificações), enquanto que de Alien 8 "roubou-se" o design das portas dos quartos.

Passando à história de Topo Mix Game, diz-nos esta esta que o caos reina actualmente na Topo Soft, tudo porque aquele que antes era um herói, o xerife MacColl, tomou o gosto do poder e vai daí, marimbou-se para a democracia e subjugou os restantes personagens desta editora. Mas esses não ficaram pelos ajustes, juntaram-se e convocaram o soldado Yuri Dimitrov, de R.A.M., para limpar o sebo ao xerife. Como já perceberam, assumimos o papel do soldado e temos que entrar no refúgio de MacColl, que no entanto está infestado de inimigos e armadilhas (não estavam à espera que a missão fosse fácil, ou estavam?).


Em termos de mecânica de jogo é muito parecido com Em Busca do Mortadela, tendo sido também criado com o 3D Game Maker (com as fragilidades que tão bem se lhe conhecem). Aliás, este é mesmo o único defeito que apontamos a Topo Mix Game, a sua parecença com o já referido Mortadela.

Mas a intenção de Borrocop foi mesmo a de fazer um jogo similar a esse, existindo, no entanto, algumas diferenças importantes, tanto no design, como na estrutura do jogo. Em Mortadela não havia um labirinto na verdadeira acepção da palavra, muito embora o programa 3D Game Maker levasse a entender isso. Em Topo Mix Game isso já não acontece e terão necessariamente que começar por fazer um mapa, pois existem salas muito semelhantes, mesmo o seu número sendo inferior ao de Mortadela. Temos aqui cento e sessenta salas, nenhuma delas sem saída, o que nos permite chegar ao final do jogo por múltiplos caminhos. Sem contar que alguns dos obstáculos a ultrapassar vão também exigir muita perícia e dedo rápido no gatilho, dificultando ainda mais a nossa tarefa.

De Mortadela, a sequência de destruição do herói e dos inimigos foi retomada, mas foram construídos novos sprites para este jogo. Mas, por outro lado, graficamente as semelhanças já diminuem consideravelmente. Excluindo o facto de estarmos perante uma aventura isométrica, e ainda por cima com as próprias limitações do motor onde foi criada, Topo Mix Game prova que aquilo que Borrocop faz mesmo de melhor são os cenários e gráficos que cria para cada um dos seus jogos, que mesmo inevitavelmente sendo monocromáticos, são absolutamente deliciosos. Os sprites são muito nítidos, com a figura do soldado a sobrepor-se aos restantes. Nota máxima neste aspecto, portanto.


A ideia subjacente a Topo Mix Game foi então a de Borrocop fazer um tributo aos seus companheiros do Topo Soft, sendo-lhes este dedicado (assim como à própria filha do autor).

Borrocop confidenciou-nos também que gostaria que R.A.M. 2 - Space Mission (jogo a sair em 2018) fosse o verdadeiro tributo, mas como não depende só dele, tomou a decisão de fazer um jogo que honrasse o trigésimo aniversário do Topo Soft.

Este é assim um jogo que vos aconselhamos fortemente a ir buscar, não só porque vos irá envolver completamente, em especial para quem gosta de aventuras isométricas, mas também pelo próprio enquadramento e história, podendo Topo Mix Game (versão portuguesa) ser descarregado gratuitamente em Planeta Sinclair (ir ao canto superior esquerdo da página). 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Cross


Continuam a aparecer as pequenas brincadeiras para animar o pessoal nesta altura festiva. Desta vez foi Matthew Logue a criar um programa que visa avaliar a nossa capacidade de reacção, pressionando a letra e número correspondente à posição da cruz que aparece no ecrã.

Poderão aqui descarregar o programa.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Abu Sinver Propagation com melhoramentos


Igor Errazking lançou uma nova versão de Abu Sinver Propagation incorporando alguns melhoramentos, desde logo a adição de vidas infinitas e que vai permitir a todos chegarem ao fim deste jogo criado com o motor 3D Game Maker.

Um outro dos melhoramentos que desde logo se saúda e que poderá abrir novos horizontes para os jogos criados com este motor, é a possibilidade de se redefinir as teclas, evitando-se assim as não muito funcionais teclas de cursor.

Quem quiser obter esta nova versão poderá aqui descarregar as versões .tap ou .trd.


Três novas aventuras de texto em espanhol

Saíram muito recentemente três aventuras de texto em espanhol. Devido às óbvias dificuldades linguísticas (uma coisa é perceber espanhol, outra coisa é escrever de forma correta), ainda não explorámos devidamente estes jogos (o nosso especialista em aventuras de texto irá fazê-lo mais à frente). De qualquer forma, não queríamos deixar passar o ano sem vos dar a conhecê-los e deixar as ligações para descarregarem (todos gratuitos).

The Dark Hospital

Aventura criada por Isaac Sánchez González (aka Huelvy), utilizando o motor PAWS. tem como principais características (fonte: El Mundo del Spectrum):
  • Quarenta e oito Locais, a maioria com gráficos
  • Mais de três mil e duzentas linhas de texto entre descrições, mensagens e conversas
  • Vocabulário composto por mais de quinhentas palavras
  • Mais de cinquenta objectos
  • Possibilidade de interacção com outros personagens
  • Cinco diferentes finais, dependendo das decisões tomadas e das acções realizadas, que determinarão a personalidade do protagonista
Parece-nos que estamos aqui perante um excelente jogo, e, quem sabe, poder vir a ser traduzido para inglês. Podem vir aqui descarregar.


El Ataque de los Terneros Cósmicos John Mocowell

Chegam-nos depois dois jogos que concorreram a Concurso Aventura 2017. Dos cinco jogos que entraram nesta competição, estes destinavam-se ao Spectrum.

O primeiro deles, El Ataque de los Terneros Cósmicos, é bastante básico, limitando-se a apresentar duas hipóteses de resposta que interferem no desenrolar da acção, apresentando mesmo algumas rotinas em Basic.

Já o segundo deles, embora também apresente as duas hipóteses de resposta, parece estar melhor conseguido ao nível dos gráficos apresentados e no humor dos diálogos.

Poderão vir aqui descarregar os jogos, ficando a promessa de no futuro fazermos uma review mais detalhada.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Advanced Cracker Simulator


Allan Turvey (aka Highriser), acabou de lançar uma pequena brincadeira de Natal, embora esteja prometida outra até final do ano.

Advanced Cracker Simulator é apenas para dois jogadores, visando testar os reflexos de cada um. Podem obter este pequeno programa aqui.

Top jogos mais vendidos Natal 1982

Há 35 anos atrás, o top de jogos mais vendidos nesta época Natalícia incluía curiosidades como um programa utilitário (masterfile) e uma boa mistura entre jogos de arcada, aventura e de estratégia (não podia faltar Football Manager, claro).

No top 3, dois jogos muito conhecidos, o labirinto de Escape e o shooter Timegate, este no lugar mais alto do pódio. Pelo meio um clone de Scramble relativamente desconhecido, Orbiter.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Dredd Over Eels


Nome: Dredd Over Eels
Editora: Monsterbytes Software
Autor: Malcom Kirk
Ano de lançamento: 2017
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Dredd Over Eels foi lançado mesmo antes do Natal, mas com as festividades habituais desta época, pouca gente ainda deve ter tido tempo para explorar devidamente esta aventura isométrica criada através do 3D Game Maker. Curioso que 2017 tenha sido um ano no qual este motor voltou a estar na moda, com quase uma dezena de jogos lançados, alguns de muito boa qualidade.

E directamente das páginas de 2000 AD chega-nos então o líder mais famoso da Mega-City One, que vai lutar contra todas as entidades inter-dimensionais. Passa-se obviamente no futuro, num mundo onde reina o caos e a desordem. E o enredo da história diz-nos que o bandido Cockney Jimmy The Spug decidiu deixar o mundo do crime e abrir uma cadeia de restaurantes que forneçam "cozinha autêntica de Londres" para os cidadãos da Mega-City One. Infelizmente, a comida não é tão autêntica quanto a anunciada, pois Jimmy poupou uns cobres ao adquirir tecnologia ilegal que permite saltar dimensões e que, em vez de importar pescado das margens de Brit-Cit, está a obtê-lo directamente de universos paralelos. Mas esse pescado, na forma de enguias inter-dimensionais, é sensível e não ficou nada satisfeito por ir servir de repasto a outros. As enguias, assim como uma série de outras criaturas marinhas, lograram escapar e ultrapassaram os limites da cidade, causando o caos por onde quer que passem.

Nós, na pele do juiz Dredd, estamos encarregados de explorar a cidade e localizar The Eel King, antes de matá-lo. Pelo caminho vamos encontrar as enguias e outros seres que foram tele-transportados para a nossa dimensão. Alguns são inofensivos e até podem ser úteis, outros apenas neutros, embora possam ser perigosos devido à sua curiosidade, há ainda aqueles que bloqueiam o nosso caminho, e uma última classe, que nos atacam. Teremos ainda que estar atentos às novas máquinas do Departamento de Justiça, pois as enguias assumiram o controlo destas, tornando-se instáveis e violentas. Finalmente, o nosso juiz vai também encontrar alguns robôs, estes mais amigáveis e ​​que nos podem ajudar a alcançar outros locais.


Quem conhece os jogos criados com o motor 3D Game Maker sabe o que aqui vai encontrar. Um mundo isométrico, com muitos obstáculos e armadilhas para ultrapassar, e que remetem para aventuras criadas nos anos 80 como Knight Lore e Head Over Heels, dois dos jogos que influenciaram Dredd Over Eels.

Mas como nem tudo é positivo neste motor, os problemas habituais são aqui encontrados, isto é, salas com gráficos monocromáticos, diminuição da velocidade de acção quando no ecrã estão muitos objectos animados, um sistema de controlo que não é o mais funcional, e o facto de apenas termos uma única vida originando que um pequeno descuido acabe imediatamente com a nossa aventura. Este último problema foi ultrapassado recente por Borrocop, que conseguiu adicionar a opção de três vidas nas suas aventuras, e que aumenta a longevidade.


Apesar do mapa do jogo ser imenso, muitas salas estão vazias. Seria talvez preferível diminuir o número de salas, mantendo à mesma o labirinto. De qualquer forma, o que aqui se encontra é capaz de agradar a todos os fãs deste tipo de aventuras. Gráficos muito interessantes, cenários imaginativos e uma narrativa invulgar, fazem de Dredd Over Eels um jogo a experimentar e a abrir o apetite para mais um do género e que iremos ter ainda antes de final do ano.

Poderão vir aqui descarregar Dredd Over Eels, sendo inteiramente gratuito.

Preview: Topo Mix Game



Faltam apenas quatro dias para o lançamento exclusivo, via Planeta Sinclair, de Topo Mix Game. O seu criador, e que ainda recentemente nos trouxe o primeiro jogo para o Spectrum traduzido para português em muitos anos, Em Busca do Mortadela, traz-nos agora uma nova aventura que pretende ser uma celebração a todos os heróis esquecidos da Topo Software.

Para já disponibilizou um pequeno vídeo, mas que abre o véu relativamente ao que vão encontrar neste novo jogo.

The Spectrum Show: episode 68


Novo episódio de The Spectrum Show, de Paul Jenkinson, já disponível para acompanhar a ceia de Natal. Nós iremos aguardar pela ressaca do Natal para o visionar, mas podemos já adiantar que Crystal Kingdom Dizzy (the remake) faz parte deste número.

Boas Festas (MIA)


A equipa Planeta Sinclair aproveita esta data especial para desejar a todos os seus leitores um feliz natal, aproveitando também para partilhar convosco um MIA muito especial.

Da autoria de Henrique Oliveira e assinado por si e Maria Odete, é um cartão em formato digital que teria servido para o mesmo desejar um feliz natal a familiares e amigos de um modo original.


O programa é bastante simples, sendo constituído por uma pequena animação e uma versão para Spectrum da famosa música de natal Noite Feliz ou Silent Night.

Podem aqui descarregar esta curiosidade.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Aventura Interminável

Hoje apresento-vos algo em que trabalhei nestes últimos tempos, aquilo que poderemos considerar como o mais próximo possível de uma versão definitiva deste jogo.


Apareceu-me no lado B de uma cassete das edições latinas que veio com a revista Micro Pocket e descobri recentemente que já tem uma longa história.

A versão em português a que tive acesso, foi traduzida da versão espanhola, um type-in da revista RUN que já era ela uma tradução do original britânico Adventure de 1983, publicado como type-in no livro Over the Spectrum.

É um jogo simples, mas engraçado e são poucas as aventuras de texto em português, por isso interessou-me imediatamente, apesar de ter ficado um pouco desiludido com o trabalho de tradução do jogo.

Não só se nota que foi mal traduzido do espanhol, com frases mal construídas, expressões espanholas traduzidas literalmente que perdem o sentido, como visualmente estava algo desagradável, estando o texto na totalidade em letras maiúsculas e mal organizado ficando com palavras cortadas, etc..


Por tudo isto decidi reescrever o jogo, mantendo a história, mas corrigindo tudo o que já apontei e mudando alguns verbos e nomes de objetos, acrescentando alguns pormenores às descrições para melhorar a história, esperando agora que seja mais fácil a progressão.

Apesar disto, continuo infelizmente um pouco perdido no jogo e ainda não consegui chegar ao fim, por isso não posso garantir que tudo esteja a funcionar bem, pedindo aos nossos leitores que o testem, tentem chegar ao fim e se virem algo que soe mal ou que não funciona, me avisem para que o possa corrigir.

Deixo aqui o link, espero que gostem.

Tradução e revisão: Pedro Pimenta (2017)

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Novo podcast de El Mundo del Spectrum


Os nossos irmãos espanhóis do blogue El Mundo del Spectrum acabaram de lançar o novo podcast. São mais de seis horas de conversação, interessantíssimo, como é habitual. Mas o que torna este programa especial é que a partir do minuto 137 (medido no Winamp) podem ouvir a entrevista do João Diogo Ramos, um dos grandes estudiosos em Portugal da Sinclair e Timex, e mentor da página Collector's Bridge.

São quarenta minutos de entrevista, onde fala da Timex, Astor Software, Triudus, Rui Tito & Paulo Carrasco, da revista Espectro, entre outros temas. E claro, não podia faltar o Paradise Cafe!!!

Agradecemos também as referências a Planeta Sinclair e desde já damos os parabéns ao João Ramos pela excelente entrevista, ainda mais tendo sido em castelhano.

Poderão aqui aceder ao podcast.

Professional Toast Simulator


Nome: Professional Toast Simulator
Editora: NA
Autor: J. B.
Ano de lançamento: 2017
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

E tal como havíamos referido, começaram a ser lançados as primeiras brincadeiras Natalícias, isto é, pequenos programas ou jogos que mais não pretendem do que ajudar a passar uns curtos momentos, sendo que, acima de tudo, o que interessa é o seu sentido de humor. E sentido de humor é o que não falta a Professional Toast Simulator, do espanhol J.B., e que faz de nós um conviva que tem que brindar com os restantes convidados, numa espécie de mini-jogo que até poderá vir a ser aproveitado para algo de maior calibre.

Jogo e história mais simples não podia haver. Estamos assim numa festa e os convidados vão-nos propondo fazer brindes com eles. Nem sempre, pois por vezes propõem-nos dar objectos que para nós não têm qualquer interesse. E aqui reside a primeira parte da acção, teremos que seleccionar aqueles que efectivamente querem brindar connosco, doutra forma perdemos uma vida (temos três vidas inicialmente).

Depois de seleccionado o convidado correto, abre-se uma caixa que simula o brinde e teremos que acertar com o momento exacto do bater dos copos, pois não o fazendo, estes partem-se e outra vida se vai. Ao final de três actos falhados, somos expulsos da festa, através de um momento bem divertido, embora contrário ao espírito Natalício apregoado pelo jogo.


E Professional Toast Simulator resume-se a isso, um mini-jogo que exige reflexos rápidos e que é perfeito para aquelas noites festivas em que já estamos com um grão na asa. Assim, em vez de partirmos copos verdadeiros, vamos acumulando por aqui expulsões de festas, sem qualquer consequência a não ser um sorriso nos lábios.

O jogo é gratuito e pode aqui ser obtido. E esperem por mais alguns ainda antes da noite de Natal, pois Allan Turvey desafiou alguns amigos a criarem algumas brincadeiras para esta altura.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Reviews de DN, CM e A Capital


Enquanto os ingleses tinham revistas dedicadas apenas ao Spectrum como a Your Spectrum / Your Sinclair, Crash, Sinclair User, e os espanhóis tinham a Microhobby, os portugueses tinham que comprar as revistas que vinham de fora, normalmente bastante caras (a Your Sinclair chegou a custar 750 escudos, por exemplo, e a maior parte das vezes vinha mutilada, isto é, sem cassetes e outros extras). Ou então aproveitavam os jornais da época, sendo que três deles tinham rubricas regulares com reviews dos jogos de computador.

Ao longo dos anos fomos coleccionando essas páginas (com maior ênfase as do DN - Som & Imagem - no período 1986/1987), que entretanto digitalizámos, estando nas condições possíveis, já que a idade o e o facto de algumas terem estado coladas num dossier não lhes deu grande saúde. De qualquer forma são quase quatrocentas reviews que vamos agora partilhar com os nossos leitores, numa prenda natalícia antecipada de Planeta Sinclair.

Podem aqui vir descarregar os recortes.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Egghead Goes to Town


Nome: Egghead Goes to Town
Editora: Cronosoft
Autor: Jonathan Cauldwell
Ano de lançamento: 2017
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Jonathan Cauldwell é dos personagens mais afamados da cena Spectrum, lançando programas com alguma regularidade desde final dos anos 80. Mas acima de tudo é conhecido por ser o criador do Arcade Games Designer, motor que tantos jogos tem permitido conceber nos últimos tempos, mesmo para aqueles que pouco percebem de programação.

E dez anos depois do último jogo da saga de Egghead (o famoso cabeça de ovo, nascido em 1989), surge o sexto episódio, Egghead Goes to Town, integrado como um perk da bem-sucedida campanha da Crash Annual 2018 - The next chapter, embora também possa ser adquirido a versão física via Fusion Retro Books. Já agora, e antecipando a análise do jogo propriamente dito, não podemos deixar de dizer que achámos o ecrã de carregamento brilhante, convidando a perder os cinco minutos da praxe a admirar esta obra de arte, e que aqui deixamos.


A história deste episódio remete para a campanha de crowdfunding da Crash, pois após a revista ter sido escrita, a equipa de colaboradores foi comemorar para o bar, tendo deixado em cima da mesa os artigos já redigidos. Entretanto o vento espalhou-os pela cidade, e como os responsáveis pelos mesmos já não estão em condições de os ir recuperar, pois já estão com uma valente piela, cabe a nós procurá-los. E começa aqui a nossa missão.

Devemos desde já dizer que com tanta novidade que ultimamente foi lançada (e antes do Natal mais algumas estão previstas), não tivemos tempo para explorar devidamente Egghead 6, isto é, ir até ao fim, pelo que corremos o risco da nossa análise de alguma forma ficar um pouco limitada. Mas aquilo que nos pareceu à primeira vista é que estamos perante um jogo que não foge à tradição dos restantes da saga, isto é, o típico platformer à la Jet Set Willy, com mil e um inimigos para evitar, cerca de uma centena de objectos para serem recolhidos, e a exigir o habitual timing de salto perfeito (e cuidado com as quedas). Pelo meio também existem laivos de aventura, já que existem pontos de tele-transporte que nos permitem aceder mais rapidamente a outros locais.


Uma das primeiras tarefas que deverão levar a cabo será mesmo fazer um mapa da cidade, doutra forma vão andar perdidos para cima e para baixo, e convém que se faça o caminho mais curto, pois algumas das armadilhas e inimigos são mesmo muito complicados de serem ultrapassados, fazendo jus à saga de Willy, que inspirou definitivamente Egghead.

À semelhança do que já acontecia com os anteriores episódios, um dos pontos fortes de Egghead é a sua jogabilidade, com uma fluidez muito boa e com um grau de dificuldade perfeitamente ajustado. Não sendo tremendamente difícil, é o suficiente para passarem muitas horas aqui agarrados até o conseguirem terminar.


Os gráficos são interessantes, mesmo que não sendo uma obra-prima. Mas cor não lhes faltas, não se notando colour clash. E está muito bem conseguido o efeito criado para sempre que perdemos uma vida, fazendo lembrar uma gemada a espalhar-se, o que até é bastante conveniente, dado a natureza do personagem principal.

Resumindo, Egghead 6 não acrescenta nada aos restantes episódios da saga, mas para quem gosta de jogos de plataformas, pode estar certo que terá aqui um bom motivo de interesse. mas para isso terá que desembolsar £ 9.99 mais portes, pois ao contrário do que é agora habitual, não é gratuito. E apenas por isso não leva uma nota superior.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Criador do ZX-Modules retira-se da cena.

De forma inesperada, Claus Jahn, o criador do ZX-Modules, anunciou o fim do suporte do seu software, bem como o encerramento da página oficial e do respectivo grupo de Facebook, dentro das próximas duas semanas. O ZX-Modules é um (aclamado) conjunto de ferramentas e utilitários para o Windows com vista a gerir e editar todo o tipo de ficheiros relacionados com o ZX Spectrum.

O Planeta Sinclair lamenta a saída (aparentemente) definitiva de um membro activo da comunidade, bem como o término de suporte ao ZX-Modules cujos utilitários têm sido de extrema utilidade para muitos membros da comunidade. 


Podemos revelar que a versão ZX Spectrum do logótipo do Planeta Sinclair foi trabalhada no ZX-Paintbrush, uma ferramenta de edição gráfica  que arriscamos afirmar como sendo a mais completa das ferramentas que trabalham com o formato ".SCR".

Utilitários como o ZX-Blockeditor, o ZX-Preview, o ZX-Assembler entre outras funcionalidades, tornam este ZX-Modules indispensável para muitos membros da comunidade.

Embora estejamos certos que a saída de um autor de ferramentas terá impacto na comunidade, desejamos muito sucesso e felicidades a Claus Jahn, e enquanto este não encerra a sua presença virtual, aconselhamos os leitores a descarregarem os excelentes utilitários da página oficial do ZX-Modules, ou através de Planeta Sinclair, podendo aqui ser obtido.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Gerry Anderson´s UFO


Nome: Gerry Anderson´s UFO
Editora: NA
Autor: Francesco Forte
Ano de lançamento: 2017
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

De Itália chega um estranho jogo criado no Arcade Games Designer e composto por várias fases, baseado na série dos anos 70 de Gerry Anderson (UFO).

O ano é 1984 e a SHADO (Organização Suprema de Defesa da Sede Principal) já frustrou vários ataques de alienígenas misteriosos, provenientes de um planeta distante, cujo objectivo é raptar os terrestres e extrair os seus órgãos para transplantes por razões não totalmente esclarecidas. No entanto, as incursões de ovnis não foram relatadas durante alguns meses e pensou-se que que os alienígenas tinham desistido dos seus planos. Mas de repente, um grande número de ovnis aparece no sector NML 12 (atrás da Lua) para lançar um ataque em massa contra a SHADO. Querem atravessar as defesas da base da Lua, aterrar perto da sede da SHADO, atrair e destruir o máximo possível de veículos desta e, finalmente, voltar a entrar no sector NML 12.

O nosso papel é então controlar os veículos da SHADO para repelir o ataque alienígena e destruir pelo menos cinquenta ovnis. Os alienígenas, por seu lado, terão que fazer o mesmo para neutralizar a SHADO por um longo tempo. O lado vencedor será quem primeiro atingir a marca dos cinquenta hits. O jogo encontra-se então dividido em três fases: a base da Lua, a floresta e a fuga dos ovnis sobreviventes.

  • Base da lua
Aos quatro de cada vez, os ovnis tentam atravessar a Lua e chegarem à Terra. Cada nave da SHADO tenta derrubar o ovni e voltar a entrar na base através do túnel apropriado. A base pode lançar três naves de cada vez. Os ovnis evitam colisões com as naves da SHADO, mas se chegarem muito perto, terão uma grande chance de as destruir. É muito importante destruir o maior número possível de ovnis para termos mais reforços nas fases seguintes.


  • Floresta
Os ovnis que ultrapassaram as defesas da Lua, escondem-se agora na floresta e os veículos da SHADO devem encontrá-los e destruí-los. Mas os ovnis são muito perigosos e têm a vantagem de poder ouvir os veículos da SHADO a aproximarem-se. Quando se confrontam, decorre então uma batalha entre os dois adversários.

A meio da floresta existe também um lago e nele pode estar escondido um ovni. Teremos que o abater com cargas de profundidade.

Se destruirmos todos os ovnis, voltamos à primeira fase para novo round, caso contrário, os ovnis sobreviventes descolam e entramos na terceira fase.


  • Fuga dos ovnis sobreviventes
A nave SKY 1 tenta destruir os ovnis sobreviventes, utilizando para isso o seu laser, sendo este nível muito semelhante ao primeiro. No final desta fase, o jogo regressa ao inicio.


O que temos aqui é uma ideia complexa e que poderia originar um excelente jogo. No entanto a implementação do mesmo deixa algo a desejar. Os níveis um e três são praticamente injogáveis, tal a rapidez da acção, o que faz com nem nos apercebamos do que se passa no ecrã. Por outro lado, no segundo nível escapa-nos um pouco o sentido daquilo que teremos que fazer.

A nível gráfico e sonoro é também tudo muito básico, sinal que o programador ainda tem que melhorar esta vertente em jogos futuros.

De qualquer forma, para primeiro jogo, parece-nos que existem aqui ideias interessantes a serem exploradas e que com um pouco mais de experiência, Francesco estará apto a criar jogos com mais substrato.

UFO é gratuito e pode aqui ser obtido.