quarta-feira, 31 de julho de 2019

A Folheca (MIA)


A Folheca, foi esse o nome dado pelos piratas portugueses à folha de cálculo lançada pela Microl em 1982 (The Spreadsheet). Muito antes de haver o Excel, já as folhas de cálculo eram utilizadas nas empresas, nem que para isso tivessem que ter na secretária um televisor, um Spectrum e um leitor de cassetes.

Estava numa das cassetes do José Gomes e pode aqui ser obtida.

The Spectrum Show: issue 25


E o tão ansiado novo número do magazine The Spectrum Show foi lançado. Poucos dias depois do episódio 86 da série ter saído, segue-se a versão "impressa". Ainda não tivemos oportunidade de a ler, mas decerto não irá defraudar as nossas expectativas.

Poderão aqui vir descarregar este pdf, bem como os restantes números.

Assemblador / Desassemblador


O nome do utilitário diz tudo, vinha em mais uma das cassetes do Nuno Miguel e provavelmente terá tido origem nacional. Há por ai muito programador desconhecido, e isto mesmo temos comprovado nas muitas cassetes com MIA's que temos adquirido ou que nos têm emprestado.

Assemblador / Desassemblador poderá aqui ser descarregado.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Capa e instruções para Herói


Em tempos já tínhamos deixado preservado para a comunidade Herói. No entanto, a capa e as instruções não estavam nas melhores condições, tendo alguns riscos e rasgões. Agora, graças a um contributor anónimo que tanto material nos tem arranjado, obtivemos a uma cópia deste jogo em estado "novo". Conseguimos assim preservar todo o material, podendo aqui ser descarregado. Imperdível para quem colecciona a Timex...

Billys Quest


Da fértil imaginação dos alunos do Bearsden Primary School chegou-nos mais um colorido platformer criado com recurso ao Arcade game Designer. Desta vez assumimos a pele de Billy, que tem como missão recolher algumas moedas e descobrir a saída de cerca de uma dúzia de ecrãs. E dizemos descobrir a saída, pois essa é mesmo a frase mais adequada. É que se a maior parte dos ecrãs não tem inimigos visíveis, nem por isso o caminho é menos tortuoso. Muitos blocos escondidos e até alguns becos sem saída deixando o nosso personagem irremediavelmente perdido, são algumas das maldades pelas quais teremos que passar se queremos cumprir com a aventura.

É inacreditável como alunos com 10/11 anos conseguiram interiorizar os conceitos da ferramenta AGD, coisa que muitos adultos, mesmo após longo estudo do manual e regras, não consegue. É caso para dizer que tiveram um bom professor...

Se entretanto conseguirmos ultrapassar todas as dificuldades, seremos brindados no fim com uma mensagem de reconhecimento pelos bons trabalhos efectuados. Mas até lá chegarmos, vamos ter que sofrer muito. Tenham então um "speccytacular" divertimento a tentar chegar ao fim de Billys Quest, para isso bastando vir aqui descarregar o jogo.

domingo, 28 de julho de 2019

Dead End


Nome: Dead End
Editora: NA
Autor: Miguel G. Prada, Javier Vispe
Ano de lançamento: 2019
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Já não é segredo para ninguém que temos uma predileção especial por quebra-cabeças e jogos de estratégia. Por mais simples que nos pareçam, somos sempre capazes de perder horas e horas a tentar encontrar a solução de todos os puzzles. E isto mais uma vez aconteceu com Dead End, o segundo jogo a entrar na competição BASIC 2020, patrocinada pelo conhecido programador Radastan.

O jogo tem um conceito muito semelhante a BoxeS e SokoBAArn, jogos que nos maravilharam em 2017, e mais recentemente Pushbot, do nosso amigo Dave Hughes. Não obstante é um remake de um jogo com o mesmo nome, Dead End, criado para o Macintosh por Wolfgang Thaller, entre 1993 e 1998.  Isto para dizer que não é por o jogo não ser original, que deixa de ser interessante. Muito pelo contrário, quando a ideia é boa e está melhor implementada, seja qual for a linguagem de programação, será sempre um projecto vencedor.


Controlamos então um pequeno robô que se vê metido numa embrulhada das grandes. Foi deixado ao Deus dará num armazém, atafulhado com caixas por todo o lado, e tem agora que encontrar uma forma de chegar à porta de saída. Para isso tem que deslocar as caixas de forma a desimpedir o caminho. No entanto tem que seguir algumas regras importantes, doutra forma arrisca-se a não conseguir mover as caixas, ou pior, ficar encravado em qualquer lugar sem possibilidade de chegar à porta de saída.

A primeira das regras já era de esperar: o robô apenas tem força para empurrar um caixote de cada vez. Quer isso dizer que caso o caixote esteja ou fique adjacente a um outro, já não poderá ser movido nessa direcção.

A segunda regra é uma novidade relativamente aos outros jogos de referência acima mencionados. Assim, para o robô ter força para empurrar um caixote, terá que vir atrás dar um pequeno impulso. Isso implica que existam sempre duas casas desimpedidas antes do caixote para este poder ser movido. Apenas se seguirmos à risca estas duas regras teremos hipóteses de conseguir ver a mensagem seguinte, sendo-nos então creditado o número de movimentos que fizemos para completar cada um dos 10 níveis do jogo.


 Mesmo não havendo tempo ou número de movimentos limite para acabar os níveis, e até podendo cada um deles ser jogado sem necessidade de se ter terminado os anteriores, é necessário usar intensamente as nossas células cinzentas, em especial nos níveis mais avançados, que oferecem já desafios muito interessantes.

Claro que tendo sido criado em Basic, o som e os gráficos são minimalistas, mas isso até é o que menos interessa aqui. Ao menos não somos distraídos pela melodia ou sprites esplendorosos, podendo focarmo-nos apenas naquilo que mais interessa, a solução do problema.

Depois de B1n4ry!, Dead End vem elevar em muito a fasquia da competição Basic 2020. Não queríamos estar na pele de Radastan e dos restantes juízes que vão avaliar estes trabalhos, que para já são muito meritórios.

sábado, 27 de julho de 2019

The Spectrum Show: episode 86


Como é habitual no final de cada mês, Paul Jenkinson lançou mais um episódio da série The Spectrum Show. Imperdível, como sempre, e desta vez com um motivo de interesse adicional para todos os portugueses. Para saberem do que falamos, terão que ver o vídeo...

The Hut


Nome: The Hut
Editora: Zenobi Software
Autor:  John Wilson
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Faltava-nos analisar com mais detalhe The Hut, e, tal como prometido, avançámos para uma review mais completa. Em primeiro lugar, deve-se dizer que esta é uma mini, mas mesmo mini-aventura de John Wilson. Foi construída apenas em quatro horas, e isso nota-se claramente quando lhe pegamos. Não que esteja mal implementada, longe disso, e nesse aspecto até gostámos mais do que Bulbo and the Blue Dragon. Mas porque a resolvemos em menos de cinco minutos e cerca de uma dúzia de movimentos. Portanto, preparem-se assim para um jogo rápido. Ou não, depende da vossa capacidade de "observação"...

A história começa fora da cabana. Balrog tem uma tendência inata para se meter em complicações e resolve entrar na cabana, mas inadvertidamente tranca-se com a chave do lado de fora (a quem isso nunca aconteceu, mande a primeira pedra). Em tempos, numa aventura lançada há mais de 30 anos,  ficou preso num wc, portanto não é nada que não esteja já habituado, mas tem agora que arranjar forma de obter a chave de volta e abrir a porta, escapando desta situação humilhante...


Exercício mais simples parece não haver, mas a cabana está praticamente despida de adereços. Ou talvez não, e é aqui que entra a boa capacidade de observação, única forma de se chegar à chave. Existem também elementos supérfluos e há que fazer uma correcta triagem daquilo que é importante e acessório.

Talvez porque já tenhamos alguma prática nas aventuras de John Wilson, resolvemos este quebra-cabeças de forma muito rápida. Porventura alguns dos nossos leitores poderão ter mais dificuldades para a resolver. Não iremos ser "spoilers" e apresentar aqui a solução, mas caso tenham alguma dificuldade, basta entrarem em contacto connosco e daremos as dicas que necessitarem.

Assim, The Hut é uma pequena aventura que se resolve de forma muito rápida, mas que será do agrado de todos os que gostam de um bom quebra-cabeças.

Assalto à Embaixada (MIA)


Jose Manuel, nosso amigo espanhol da página El Trastero del Spectrum, foi o responsável por nos arranjar mais este lançamento da Timex no nosso país. Assalto à Embaixada é a tradução de Embassy Assault, que a Sinclair Research colocou no mercado em 1982, jogo que não fez grande história. Aliás, pouca gente se deve lembrar dele, de qualquer forma encontra-se agora recuperado para quem quiser completar a sua colecção da Timex.

Assalto à Embaixada pode aqui ser descarregado.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

A Capital: POKES & DICAS - 31 Julho e 7 Agosto de 1987


Sexta-feira, dia em que o ardina chega às nossas casas. Desta vez disponibilizamos os suplementos da última Sexta de Julho e da primeira de Agosto de 1987. O Verão no auge, era natural que não houvesse grandes jogos para serem falados, mesmo assim ainda existiram boas novidades...

A primeira é a análise de Alien Evolution. E confirma-se algo que era frequente na altura por parte dos britânicos (e americanos): não saberem que Portugal era um país independente, e não um estado de Espanha, sendo o jogo creditado aos nossos vizinhos por parte da imprensa inglesa. Suspeitamos que ainda hoje muitos não o sabem, mas tendo em conta que o Reino Unido e Portugal são os aliados mais antigos, não deixa de ser triste. Assim, Alien Evolution, da dupla algarvia Marco & Tito, tem honras de aparição no suplemento. Outros jogos com interesse são Stormbringer e Thing Bounces Back.



Continuam também a aparecer trabalhos caseiros dos jogadores portugueses, como a elaboração de mapas originais de muito bom nível, além de pequenos programas criados em Basic que apareciam na secção Linha a Linha.


Poderão assim vir aqui buscar os mais recentes suplementos, para a semana haverá mais...

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Saiu Dead End


E acabou de ser lançado o segundo jogo a concurso na competição BASIC 2020. Depois de B1n4ry!, que gostámos particularmente, surge agora Dead End, um quebra-cabeça no qual temos que ao longo de 10 níveis chegar à porta de saída no menor número de movimentos possível.

Programado por Miguel G. Prada e a parte gráfica da responsabilidade de Javier Vispe, a primeira impressão é muito boa. Tanto que fica prometida uma review completa para breve.

Definitivamente a fasquia desta competição está bastante alta... Entretanto poderão aqui descarregar mais este jogo.

JSW 128 VK3 e JSW 128 VL5


Nem sempre seguimos a  Jet Set Willy and Manic Miner Community com a atenção devida e por vezes escapam-nos lançamentos importantes, como foram os casos de JSW 128 VK3 e JSW 128 VL5, ambos de Norman Sword. O que vale é que páginas como a Spectrum Computing nos vão ajudando a manter actualizados. Há muito que esta página superou a World of Spectrum, tendo sempre informação e fóruns mais actualizados, e acima de tudo mais amigáveis, sem muita da "porcaria" que invadiu a World of Spectrum depois da saída de Martijn van der Heide. E infelizmente, a avaliar pelo nível dos moderadores dessa página, não existe esperanças que alguma vez regresse ao que foi no passado. Mas adiante, chega de desabafos...

Norman Sword lançou já cerca de um ano JSW 128 VK3. Esta versão de Jet Set Willy apresentava uma série de melhoramentos relativamente ao original, nomeadamente o dobro da velocidade, até 16 sprites por quarto, que também se podem movimentar na diagonal, e, claro, 128 quartos, dai o título da versão (o jogo continua a correr no modo 48K).

Para os muitos fãs da instituição em que se tornou o mineiro Willy, é mais que obrigatório, podendo aqui ser descarregado.


E como se não fosse pouco, perto do final do ano saiu a VL5, com ainda mais alterações relativamente ao original, desta vez mesmo estruturais. Assim, soa bem a única limitação ser o tempo limite para se recolher todos os objectos? Pois, em alguns quartos encontram-se portais que automaticamente gravam o jogo, e de cada vez que tocamos um inimigo ou obstáculo, em vez de perdermos uma vida, somos transportados para o último portal que visitámos. Simplifica sem dúvida a tarefa, mas não em demasia, pois teremos que voltar a apanhar os últimos objectos que recolhemos após o jogo ter sido gravado.

Existem ainda mais modificações relativamente ao original, mas para isso terão que experimentar esta versão, podendo aqui ser descarregada.

Bot Floater


O programa seguinte na lista dos jogos criados pelos alunos da escola primária de Bearsden é Bot Floater. No ecrã inicial somos informados da missão: temos que recuperar o dinheiro que nos foi roubado por uns quaisquer habitantes mauzões. Até aqui tudo normal, o problema é que mais uma vez fomos parar a um planeta estranho, com o nome 263750, e além dos obstáculos naturais, temos ainda que lidar com robôs e outras assombrações igualmente mortais.

A primeira coisa que reparámos foi no sprite da nossa personagem. Desta vez não tem uma forma humana, antes sim o de uma pequena nave flutuante (daí o nome do jogo, que é também o nome da nave), que deixa um rasto atrás de si. Apenas por isso vale a pena experimentar o jogo.

Este não é dos mais difíceis do lote, não obstante um dos níveis exigir muita perícia para ser ultrapassado. No entanto os cenários estão muito bem construídos, convidando sempre a fazer mais uma tentativa para se ultrapassar aquele obstáculo que deu cabo da nossa nave anterior.

É incrível a mestria com que estes "miúdos" de 10 anos desenvolveram os seus jogos, fazendo-nos desejar ter tido um professor assim nos nossos tempos de escola. Convidamos-vos assim a virem descarregar mais este jogo, podendo ser feito aqui.

 

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Parte da colecção Video Basic preservada


Jose Manuel, de El Trastero del Spectrum, partilhou em tempos connosco tudo o que tinha relacionado com software português ou traduzido para a nossa língua. Alguns fomos colocando ao longo do tempo, muitas edições da Timex fomos também completando com capas, instruções, etc. (não obstante alguns dos .tzx originais terem sido enviados por este nosso amigo), faltando ainda colocar algum material, nomeadamente este Video Basic da Edições Latinas. Isto porque ainda não se encontrava completo, faltando alguns números.

De qualquer forma não iremos aguardar mais tempo para o partilhar com os nossos leitores, mesmo que apenas estejam aqui os números 1 a 6, 8 a 14 e 17. Os restantes ainda estão em falta, talvez possamos encontrá-los entretanto.

Podem assim vir aqui descarregar os números que já temos preservados.

Sonda Espacial (MIA)


Nas cassetes que o Nuno Miguel nos emprestou, muitas delas gravadas em 1982/1983 (o seu primeiro computador foi um Spectrum 16K), encontrámos mais um curioso programa traduzido para a nossa língua. Faz parte do livro 49 Jogos Explosivos para o Spectrum, tendo alguns dos programas sido recuperados pelo Pedro Pimenta. E se agora isto parece demasiado básico, deve-se ter em conta que no primeiro período do Spectrum este tipo de jogos predominava, a maioria sendo trocados livremente pelos seus utilizadores, mas alguns, até, entrando no circuito comercial (pirata) do nosso país.

Sonda Espacial! pode aqui ser descarregado.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Chaos e Pixteen


Ainda recentemente tínhamos falado de Dmitry Krapivin (aka G0blinish), e demos com mais dois jogos deste autor lançados já este ano.

O primeiro, Chaos, fez-nos lembrar Grid I e Pipes, ambos lançados há cerca de um ano. é uma espécie de quebra-cabeças onde temos que orientar as peças por forma a ficarem ligadas. O maior problema são as teclas escolhidas, "WASD" + "QE" + Space, exigindo uma ginástica dedal desmesurável, tornando Chaos simplesmente injogável. Não quisemos assim arriscar uma tendinite e rapidamente pusemos o jogo de lado. De qualquer forma poderão ver por vós, sendo o jogo aqui disponibilizado.

Quanto ao segundo jogo, Pixteen, traz de volta os vulgares puzzles nos quais temos que colocar as peças nos locais correctos para formar o quadro original. Existem 1.001 jogos do género e este não acrescenta nada de novo ao género, não obstante trazer 10 desafios. Pelo menos a configuração das teclas é mais funcional, utilizando o vulgar "QAOPM". O jogo pode aqui ser descarregado.

Mantém-se aquilo que sempre dissemos de G0blinish: desperdiça o seu tempo em inúmeros pequenos projectos, a maioria com pouco interesse, quando poderia dedicar o seu tempo a fazer um único jogo com mais "substrato".

36. Johnny Reb II

Novo "escape room" de John Wilson: From Out of the Snow


Afinal John Wilson não tem descanso (nem quer). Aproveitando uma discussão sobre os filmes de John Carpenter, presumimos que com Gareth Pitchford, criou uma nova mini-aventura bem ao jeito de "The Thing", filme de culto de 1982 do referido realizador de cinema.

Logicamente será mais um jogo para experimentar nos próximos dias, e entretanto temos já duas reviews preparadas para colocar no blogue de outros jogos de John Wilson. Fica prometido para breve.

Por falar em Gareth Pitchford, este descobriu recentemente uma aventura de texto portuguesa, Mad in Ca$hcais, que pontualmente temos vindo aqui a falar. Prometemos-lhe a tardução das instruções para inglês, e iremos fazê-lo...

Entretanto, podem vir aqui descarregar From Out of the Snow.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Bulbo and the Blue Dragon


Nome: Bulbo and the Blue Dragon
Editora: Zenobi Software
Autor:  John Wilson
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Segundo as palavras de John Wilson, Bulbo and the Blue Dragon deveria ter sido a última conversão para Spectrum de uma aventura feita originalmente para o formato Adventuron. Aliás, foi convertido para várias plataformas, incluindo CPC, C64, Amiga, Atari e MSX. Mas entretanto não resistiu e fez mais uma conversão (Escape to Murky Woods, cuja review detalhada ficará para outras núpcias).

Bulbo and the Blue Dragon, tal como The Hut (que ainda está na nossa lista de pendentes), é baseado nos populares "Escape Rooms", um jogo de equipa, no qual os concorrentes tentam descobrir pistas e desvendar mistérios e quebra-cabeças, por forma a conseguirem escapar de uma situação antes do tempo limite. Esta modalidade está agora na moda e não é de admirar que tenha passado também para os jogos electrónicos.

O objectivo neste jogo é então fazer com que Bulbo consiga ultrapassar um gigantesco dragão azul. para isso terá que encontrar uma forma de o matar e só depois poderá seguir a sua vida, dar a merecida reprimenda no ardina, que pelos vistos insiste em falhar a entrega da Gazzette. No entanto, e ao contrário das restantes aventuras de Bulbo, algumas dos quais temos vindo a elogiar em Planeta Sinclair, Bulbo and the Blue Dragon não nos encheu as medidas. Não pela temática, que nos agrada e bastante, nem pelos diálogos, sempre muito refinados, mas porque nem sempre a solução parece ser a mais intuitiva, e mais complicado se torna quando a língua inglesa não é nativa. É claro que este é um problema nosso, e provavelmente nem se aplica à maior parte das pessoas que vão explorar este jogo, mas não deixa de ser um pouco inibidor para quem se inicia nas artes das aventuras de texto.


Por exemplo, a certa altura temos uma faca "cega" em nosso poder. A única forma de a afiar é através de uma pedra. Conseguimos examinar a pedra, sabemos que a mesma é parte da solução, fundamental para se conseguir avançar, no entanto não conseguimos pegar a pedra, muito menos afiar a faca nela, enquanto não digitarmos um outro comando (e não obstante a mesma poder ser examinada). Algo aqui não está devidamente devidamente apurado, ou pelo menos na forma a que John Wilson nos habituou. Talvez o facto de terem sido feitas várias versões do jogo, de forma rápida, levasse a que não tivesse sido testado exaustivamente.

Assim, por inépcia nossa, ou simplesmente por o jogo não estar limado o suficiente, sentimos alguma dificuldades em conseguir avançar, não convidando o novato neste tipo de jogos a chegar ao fim. Uma pena, pois os diálogos sempre bem humorados de John Wilson, assim como a sua habilidade na construção de aventuras envolventes e divertidas, poderiam pensar que esta sua última conversão viria a ser épica. Não o foi, pelo menos no nosso entender. Mas também não foi a última conversão, pelo que a história ainda poderá ter um final feliz.

Lost in Space


Lost in Space não nos apresenta uma história no ecrã inicial, ao contrário de alguns dos restantes jogos realizados pelos alunos da Bearsden Primary School. Mas também não é necessário, pois o título diz tudo. Estamos perdidos num qualquer planeta inóspito e apenas temos um objectivo: sobreviver.

São 20 os ecrãs que teremos que ultrapassar, sendo brindados a meio do percurso com uma mensagem de motivação. E bem vamos precisar dela, pois alguns dos ecrãs são diabolicamente difíceis, exigindo uma precisão no salto digna de fazer corar de vergonha Matthew Smith. De facto, Manic Miner e Jet Set Willy são a principal fonte de inspiração do(s) pequeno(s) programador(es) de Lost in Space. Será essa a razão pela qual até o ficheiro do jogo tem o nome de Matthew? Apostaríamos que sim...

Assim, todos os adeptos dos jogos de plataforma e que gostam de um desafio daqueles de arrancar os cabelos, vão gostar de Lost in Space. O jogo pode ser aqui descarregado, tal como os restantes criados pela criançada desta escola primária.

domingo, 21 de julho de 2019

B1n4ry!


Nome: B1n4ry!
Editora: NA
Autor:  4z1m0v
Ano de lançamento: 2019
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Está mais que provado que um jogo não necessita de ser programado em código máquina, ou num qualquer motor tipo AGD, nem sequer ter gráficos esplendorosos ou uma melodia e efeitos sonoros fenomenais para cativar o interesse. Também um jogo simples, programado em Basic, pode constituir um bom desafio, apenas sendo preciso uma boa ideia e que o jogo esteja bem implementado.

Tudo o acima descrito define B1n4ry!, um puzzle com cabeça, tronco e membros, que consegue prender a nossa atenção, pelo menos até terminarmos os sete níveis que o constituem. Sim, não são muitos níveis, mas se tivermos em conta que o jogo foi criado em meia dúzia de dias (ou menos), para fazer parte de uma divertida competição em Basic, apenas pelo prazer de se poder mostrar aquilo que é possível fazer nessa linguagem de programação, então o resultado é excelente.



E qual a ideia por trás de B1n4ry!? Muito simples, apenas juntar dois amantes, um roxo e outro azul, no coração que se encontra no topo do ecrã. Parece fácil, mas isso está longe da realidade. Primeiro porque quando movimentamos um dos amantes, o outro movimenta-se, mas numa direcção inversa (quando o movimento é horizontal). Quer isso dizer que ao movermos o personagem da esquerda, ao mesmo tempo vamos movimentando também o da direita. Se um se move para a esquerda, o outro move-se necessariamente para a direita, a não ser que tenha uma parede à frente. Aliás, entalar o personagem que não queremos controlar numa parede é meio caminho andado para conseguir depois juntar os dois no topo.

Por outro lado, existem obstáculos, desde a aranha, fatal ao toque (e atenção que apenas temos uma vida), às teias de aranha que fazem perder tempo precioso. Pois, o tempo é o principal inimigo, já que é muito curto, e, se não conseguirmos juntar os dois amantes antes do relógio chegar a zero, o jogo termina.

Também já o referimos, a implementação é muito boa, com um grau de dificuldade ajustado, e com uma movimentação muito suave dos sprites, quase não parecendo que estamos perante um programa criado em Basic. Vê-se que 4z1m0v domina sem dúvida o Basic (coisa que já sabíamos), mas acima de tudo sabe criar um jogo.

Todos os jogos que vão entrar na competição estarão aqui disponíveis gratuitamente para serem descarregados.

Dave Hughes lança pequena brincadeira


Dave Hughes tem andado discreto nos últimos meses, pois a sua ultima aventura já tem mais de seis meses, tendo sido até um jogo que traduzimos para português, Irmãos Feijoca. Mas isso não quer dizer que ande parado, pois já não conseguimos passar sem a revista Woot!, e tudo indica que este ano também nos irá fazer companhia na época Natalícia.

Entretanto Dave tem um colega que planeia a sua reforma, Andy, e preparou-lhe uma pequena brincadeira: uma mini-aventura criada em AGD, com apenas um ecrã. Mas se pensam que a tarefa é fácil, experimentem a tentar apanhar o cheque do salário e a escapar sem ser apanhado pelos isótopos e demais componentes que andam à solta. Se Andy conseguir chegar ao fim, Dave preparou-lhe outra surpresa. Mas será que a vai conseguir ver?

Poderão aqui descarregar Andy's Escape, boa sorte, pois Andy bem vai precisar dela para se poder aposentar...

sábado, 20 de julho de 2019

Grussu acaba de lançar Ad Lunam


Para celebrar os 50 anos da chegada do homem à Lua, Alessandro Grussu lançou Ad Lunam. Este jogo é substancialmente diferente dos restantes deste profícuo programador, primeiro porque foi criado em Boriel Basic, depois porque é um jogo puro de gestão / estratégia.

A ideia é vencermos a corrida espacial, para isso escolhendo-se o lado americano ou o lado soviético. Sim, o jogo é passado numa altura em que a União Soviética ainda existia (inicia-se na Primavera de 1955). Temos assim aqui um desafio muito ao nosso gosto.

Tenham em atenção que esta é apenas uma versão provisória do jogo, podendo conter alguns bugs. A versão final irá ter som, algum grafismo, possibilidade de save/load, expansão da IA, eventos inesperados, comentários traduzidos para inglês, etc.. Quando essa sair, faremos a review completa.

Ad Lunam poderá ser aqui descarregado.

Invasion of the Cloud People


São imensos os jogos que todos os meses saem para o Spectrum e nem sempre temos tempo para fazer uma review detalhada ou completa. Guardamos essas para os jogos mais extensos ou mais mediáticos, não querendo isso dizer que alguns dos outros não merecessem tratamento mais personalizado, ou que tenham menor qualidade, mesmo sendo escritos em Basic (ultimamente temos tido excelentes exemplos de bons jogos programados exclusivamente nessa linguagem).

Isto tudo para nos desculparmos de alguns dos jogos que apareceram nos últimos tempos apenas terem uma menção mais breve, como é o caso daqueles criados pelos alunos da escola primária de Bearsden, algumas aventuras de texto (sempre bastante consumidoras de tempo, factor demasiado escasso), ou este Invasion of the Cloud People, primeiro jogo de Thomas TJ Ferreira, americano que até tem um apelido bem português e que é bem activo nas redes sociais. Já se encontrava há algum tempo nos nossos "pendentes" e arranjámos agora um tempinho para o experimentar.

O jogo tem algumas particularidades interessantes, logo a começar pelo manual que o acompanha, mas sobretudo por um ficheiro adicional com as instruções, muito ao estilo de alguns jogos do Spectrum do período 83/84. Ficamos então a saber que a nossa missão é salvar os habitantes da Terra, invadida pelo pessoal das nuvens ("cloud people"), que andavam escondidos na forma de tempestades e agora resolveram sair da casca. Para isso temos que apanhar pelo menos 20 pílulas azuis, pelo que então se abre o portal de saída para o nível seguinte, ao mesmo tempo evitando-se tocar ou ser tocado por tudo o resto, incluindo o raio e o tornado.

Sendo programado em Basic, obviamente que é lento, parecendo alguns dos type-ins que surgiam nas revistas nos primeiros tempos do Spectrum. Mas isso pouco importa, o jogo é divertido, está bem apresentado e é um primeiro trabalho muito meritório de Thomas Ferreira. Pode ser descarregado aqui, na página da Spectrum Computing, guia de referência de tudo o que tenha a ver com o Spectrum. Por outro lado, quem desejar também a versão .sna, mais rápida que a versão .tap, pode fazê-lo aqui na própria página do autor.