sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Forward to the Past


Nome: Forward to the Past
Editora: Sloanysoft
Autor: Dave Sloan, Nate Sloan
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Forward to the Past é a segunda incursão da família Sloan (pai e filho) no mundo do Spectrum, notando-se claramente a evolução relativamente ao primeiro jogo, Manic Mulholland, singela homenagem, quer a Manic Miner, quer a Mulholland Drive. Para primeira jogo, não estava nada mal, apenas pecando por ser um pouco curto e fácil demais. Forward to the Past corrige essas lacunas, apresentando agora a dupla programadora um jogo bastante mais composto, com um grau de dificuldade bastante maior (sem ser exasperante), e com muito mais salas para explorar, aumentando a sua longevidade. De resto, faz da simplicidade a sua principal arma, ideal para quem quer passar uns momentos divertidos sem ter que pensar em muito.

A história do jogo é muito realista, pois pega precisamente em Dave Sloan, que pretende voltar aos anos 80, uma época em que era mais criativo, imaginativo e tinha muito mais tempo livre para poder criar jogos para o Speccy (quantos de nós não têm esse desejo?). Porém, isso torna-se uma obsessão para Dave, que, com a ajuda de Nate, constrói uma máquina do tempo. Mas já Brian Greene o dizia, o tecido do tempo não é algo com que se deva brincar, e a coisa deu agora para o torto, pois pai e filho foram sugados pelo vórtice do tempo. Agora, só uma coisa os pode salvar, recolher os 42 cristais de Maguffinanium que permitem estabilizar o tecido cósmico.


Desta vez, e ao contrário do pimerio jogo, a principal fonte de inspiração do jogo não é o mineiro Willy. No entanto, vai beber muito a The Pyramid, um quase-clássico de 1983 da Fantasy Software, que deu origem a duas sequelas, Doomsday Castle e Backpackers Guide to the Universe, tudo num curto espaço de um ano.  De facto, mais do que um jogo de plataformas, estamos perante um puro e frenético jogo de arcada, com muito shoot'em'up à mistura. Os 42 cristais estão, como seria de esperar, muito bem guardados por uma panóplia imensa de inimigos, e se alguns podemos eliminar com o nosso laser, outros apenas podemos evitar.

As salas compõem um imenso labirinto, existindo inclusive algumas mais ou menos escondidas, que só explorando muito bem todos os recônditos e eliminando algumas paredes, se consegue aceder. Mas é necessário também cuidado, pois se temos o dedo demasiado leve no gatilho, além de eliminar alguns dos inimigos, vamos soltar outros, normalmente os imunes ao nosso laser (caso da caveira, por exemplo).

Nota-se assim um progresso relativamente ao primeiro jogo da dupla, com uma melhoria interessante ao nível gráfico, cenários bastante imaginativos (e por vezes psicadélicos), mas que convidam a levar a tarefa até ao fim. Assim, a continuar a evoluir dessa forma, em breve poderão alcançar uma obra-prima. Mas mesmo que não o façam, isso também não é importante, pois nota-se que fazem os jogos apenas por diversão. E divertidos eles são...

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