quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Férias


Pois é, também já estávamos a merecer umas férias. O blogue já tem quase um ano e agora temos necessariamente que parar. Mas dia 5 cá estaremos novamente e até lá poderão haver boas novidades:

. Lançamento do Vega +
. Lançamento do crowdfunding do ZX Spectrum Next
. Novos lançamentos da Bum Fun Software, com algumas surpresas pelo meio

Quando regressarmos iremos actualizar todas as novidades!

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Johnny Reb II


Nome: Johnny Reb II
Editora: MC Lothlorien
Autor: David Bolton
Ano de lançamento: 1986
Género: Estratégia
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 2

Os jogos de guerra (estratégia) eram um nicho de mercado no qual apenas algumas editoras especializadas apostavam. Era o caso da Lothlorien, responsável por alguns dos melhores programas do género, nomeadamente este Johnny Reb II. E como o universo potencial de compradores era relativamente pequeno, essas empresas utilizavam um motor que lhes permitia construir de forma muito rápida os cenários para os seus jogos, poupando importantes recursos e permitindo lançar no mercado programas do género com bastante regularidade.

Em Johnny Reb II é recriada uma batalha da Guerra Civil Americana e assumimos o papel de um General da União ou dos Confederados (existe a opção de escolha do lado pelo qual queremos combater). Esta escolha vai influenciar a estratégia que vamos seguir, já que o lado da União adopta uma posição mais defensiva enquanto que o lado dos Confederados uma posição mais ofensiva.

As unidades disponíveis são aquelas que existiam na época, infantaria, cavalaria, artilharia e mantimentos. E cada uma dessas unidades poderá ter características diferentes e que vão influenciar positiva ou negativamente a sua performance. Assim, uma unidade veterana, com o moral em alta, bem equipada em termos de munições e em toda a sua força terá óbvias vantagens sobre unidades com características inferiores ou menos equipadas. E todos esses aspectos deverão ser tidos em conta quando enviamos as nossas unidades para o campo de batalha.


Johnny Reb II leva pontuação máxima no que toca à estratégia e que é um dos factores mais importantes neste tipo de jogos. A sua jogabilidade é também excelente sendo o jogo indicado para quem se quer estrear neste tipo de programas, já que os comandos são extremamente intuitivos e não somos obrigados a ler um manual com centenas de páginas. Como pontos menos favoráveis, alguma lentidão, mas que não é suficiente para retirar o brilho a este jogo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Sondagem: qual o melhor shoot'em'up para o Spectrum


Durante cerca de um mês estará a decorrer uma sondagem para apurar qual o que consideram como o melhor shoot'em'up para o Spectrum.

Se não concordarem com nenhuma das opções poderão colocar nos comentários outros nomes.

domingo, 9 de outubro de 2016

Farmer Jack in Harvest Havoc!


Nome: Farmer Jack in Harvest Havoc!
Editora: Cronosoft
Autor: Bob Smith, Lee du-Caine
Ano de lançamento: 2006
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Farmer Jack in Harvest Havoc! é a primeira parte de uma trilogia que nos coloca na pele do agricultor Jack e que teve sequência em 2008 com mais duas aventuras.

Nesta primeira parte e ao volante do seu tractor, Jack tem que recolher todos os frutos de cada um dos 100 ecrãs que compõem o jogo, ao mesmo tempo evitando ou tentando esborrachar os monstros que o perseguem, utilizando para isso as pedras que também fazem parte do cenário.

Estamos assim perante mais um clone de Boulder Dash, à semelhança de Tourmaline, que ainda há pouco tempo analisámos. Embora não atingindo o brilho destes, Farmer Jack é um jogo bastante decente, com uma jogabilidade acima da média e velocidade q.b. para tornar o jogo interessante.


Os gráficos não são aqui o mais importante, mas cumprem com a missão, até porque não teremos grande tempo para os apreciar, uma vez que estaremos sempre com um olho nos nossos perseguidores e outro nas pedras, não vão elas cair-nos em cima.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

El Mundo del Spectrum


O reputado site El Mundo del Spectrum vai lançar um livro dedicado à presença deste computador em Espanha. Vai também dar destaque aos jogos criados por nuestros hermanos.

Escrito por Manu Rico, Javi Ortiz, Alejandro Ibáñez, Juan Francisco Torres e Jesús Martínez e editado pela Dolmen Editorial, são 224 páginas que prometem trazer muitas e boas memórias. O preço de capa é de 23,90 € e estará à venda nas livrarias de Espanha e países da América do Sul, mas também será possível obtê-lo via correio, no site da editora.

Podem também visualizar um pequeno vídeo de apresentação do livro.


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Harbinger Convergence


Nome: Harbinger Convergence
Editora: NA
Autor: Apsis
Ano de lançamento: 2016
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Da mente de Apsis, autor de um dos melhores homebrews da cena Spectrum, Godkiller, volta a sair uma mega produção que mistura aventura, labirintos, plataformas e muito tiro neles.

O jogo tem duas partes totalizando cerca de 80 ecrãs recheados de acção. Aliás, o jogo é brilhante a todos os níveis, com uma apresentação fora de série. Basta olhar para  manual do jogo, que aqui deixamos, e que vos dá as dicas necessárias (algumas, apenas), para tentarem levar a cabo a vossa missão.

Fica também desde já um aviso, o jogo apenas corre em 128 K. Portanto, se o correrem num emulador, que é o mais provável nesta fase, não se esqueçam de activar essa opção.


Na primeira das missões (lado A) a nossa nave acabou de aterrar num local inóspito e temos que arranjar uma forma de entrar numa fábrica (onde decorre a segunda missão). Assim, ao longo das cavernas onde decorre esta primeira parte temos que ir ultrapassando os inimigos que bloqueiam o nosso caminho. Para já ainda é relativamente fácil ultrapassá-los, já que deslocam-se em padrões regulares, e é necessário apenas ter cuidado onde colocamos os pés, pois os pântanos que povoam estas cavernas são mortais.

Confessamos que ainda não percebemos bem a mecânica desta primeira parte, pois já corremos os cenários todos, tem alguns pontos que aparentemente são inatingíveis, chegámos inclusive ao ponto onde supostamente está a entrada para o complexo industrial, mas não vislumbrámos forma de lá entrar.


Na segunda missão estamos já dentro do complexo industrial (não necessitamos de completar a primeira missão para avançarmos para esta segunda parte). Mas aqui a tarefa é mais complicada. Primeiro porque alguns dos inimigos disparam contra nós, mas principalmente porque a fábrica é um labirinto enorme, com tele-transportadores pelo meio, e corremos o risco de ficar bloqueados em alguns pontos. Mas temos que correr todos os cenários, única forma de conseguirmos apanhar todos os objectos necessários para completar a missão.


Ainda não corremos todos os ecrãs, mas a avaliar pelos mapas que aqui deixamos, vai demorar algum tempo até alguém terminar o jogo. Ou talvez não, pois este é viciante e haverá sempre algum maluquinho que não descansará enquanto não o terminar (talvez seja aqui o caso).

Gráficos excelentes, jogabilidade muito acima da média, e desafios aliciantes são garantia de que estamos perante um dos melhores jogos de 2016.

Nota: o jogo ainda contém ainda bastantes bugs, estando o seu autor a trabalhar esta vertente. Esperemos que surja uma versão revista do mesmo em breve.



segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ghostbusters


Nome: Ghostbusters
Editora: Activision
Autor: James Software
Ano de lançamento: 1984
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Ghostbusters foi um mega sucesso da indústria cinematográfica e quando foi feita a conversão para o Spectrum tornou-se também num dos jogos mais bem sucedidos de sempre, apesar do elevado preço de lançamento na altura. Tanto que até deu origem a duas sequelas alguns anos depois, com sucesso bem mais modesto, até porque a febre dos caça-fantasmas já tinha passado.

O jogo mistura acção com algumas doses de estratégia, basicamente porque as escolhas que fazemos no início do jogo vão afectar o desenrolar do mesmo. Portanto é bom que façamos uma escolha conveniente da viatura que vamos adquirir, assim como os equipamentos da mesma. Aconselhamos a escolher inicialmente a 1963 Hearse ou a Station Wagon, pois são aquelas que permitem transportar mais equipamento.

Quanto aos equipamentos, estes incluem:

  • equipamento de deteção: detectores de energia e intensificadores de imagem para os fantasmas "Slimer", e o sensor aproximação do temível "Marshmallow".
  • Equipamento de captura: isca para os fantasmas que quando se juntam formam o "Marshmallow" e é fundamental para o travar, armadilhas para os fantasmas (convém logo termos 3 ou 4) e o recipiente de vácuo para fantasmas, única forma de os apanharmos quando nos deslocamos para o local dos incidentes)
  • Equipamento de armazenagem: depósito para fantasmas, para evitarmos ter que ir ao quartel general recolher mais armadilhas. Este equipamento não é fundamental de início, embora permita poupar algum tempo precioso.


Depois da escolha do veículo e do equipamento, aparece-nos um mapa do centro de Nova Iorque. É aqui que se desenrola a acção, pois periodicamente os edifícios ficam assombrados (começam a piscar), e convém lá nos deslocarmos para caçar o fantasma. É também neste mapa que aparece o "Marshmallow", que convém deter a tempo se queremos ser bem sucedidos na nossa tarefa.


Quando nos deslocamos para os edifícios, surgem então dois cenários. No primeiro aparece uma imagem da nossa viatura vista de cima, no caminho para o edifício. Pontualmente aparecem fantasmas que podemos ir capturando se por acaso tivermos o recipiente de vácuo. Quando chegamos ao edifício, e pressupondo que o mesmo está assombrado, surge-nos o fantasma a passear pelo ecrã. Temos então que colocar a armadilha no meio, posicionar os nossos dois caça-fantasmas e os seus lasers em cada um dos lados da armadilha (com uma certa distância para o lasers não se cruzarem) e activar a armadilha quando o fantasma está nas imediações. Se tivermos sorte, caçamos o fantasma e recebemos alguns dólares do Presidente de Câmara. Senão, lá se vai um caça-fantasmas à vida e teremos que voltar ao quartel general, perdendo tempo precioso.


Quando tivermos ganho dinheiro suficiente com as nossas capturas (isto é, mais do que aquele com que iniciámos a nossa aventura), e a chave e o guardião se juntarem no templo "Zuul", chegaremos ao cenário final, onde teremos que fazer entrar no edifício dois dos três caça-fantasmas que temos ao nosso dispor, única forma de ganhar o jogo.

O grande ponto forte deste jogo é a variedade de cenários envolvidos, tornando-o num conjunto agradável. Nenhum dos sub-jogos que o compõem, por si só, daria um jogo, mesmo de categoria budget, atractivo. Assim, não sendo uma obra de génio, mantém o interesse por mais que umas boas horas.

sábado, 1 de outubro de 2016

Mysterious Dimensions


Nome: Mysterious Dimensions
Editora: Hooy-Program
Autor: Yerzmyey
Ano de lançamento: 2016
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston
Número de jogadores: 1

Do mesmo autor de Crapbert Buttslut in the Motherfukkin' Damn Stone Circle of the Devil (talvez o título mais hilariante de sempre), surge Mysterious Dimensions, jogo um pouco mais sério mas que não deixa de mostrar o forte sentido de humor negro deste programador.

Estamos assim perante um típico jogo de plataformas, criado através da aplicação Arcade Game Designer, onde temos que ir saltando de obstáculo em obstáculo, evitando inimigos e recolhendo diversos itens ao longo do caminho (para aumentar o nosso score). No ecrã final de cada nível (e temos 4 níveis com 11 ecrãs em cada), temos também uma chave para recolher e que nos permite abrir a porta para uma nova dimensão.


Mysterious Dimensions tem uma jogabilidade acima da média, mas não nos parece ter sido boa ideia conceder inicialmente 99 vidas. É que apenas com 44 ecrãs para ultrapassar, um grau de dificuldade apenas mediano, não ficaríamos admirados se logo na primeira tentativa terminassem o jogo, que foi precisamente o que nos aconteceu, como aliás podem comprovar na imagem abaixo que apresenta o ecrã final do jogo.


Os gráficos e som são razoáveis e não fosse um grau de dificuldade tão baixo e teríamos dado melhor classificação a Mysterious Dimensions. Talvez surja no futuro uma versão melhorada deste jogo que permita colmatar estas lacunas.