sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Melhor jogo para os membros do Spectrum 4Ever

Os membros do maior grupo do facebook relacionado com o Spectrum tiveram oportunidade de eleger o melhor jogo para 2016, e que aqui enunciamos. Entretanto, também o Planeta Sinclair irá divulgar aqueles que para nós foram os melhores jogos do ano. Dia 1, às 00.00 horas, os resultados estarão aqui publicados.

Melhores jogos para Sinclair 4Ever:

5º lugar - Tourmaline

Se não é o melhor clone de Boulder Dash, anda lá muito perto. Gráficos e acção de grande nível fazem deste um jogo a não perder.



4º lugar - Snake Escape

Puzzle que converte de forma brilhante Lime Rick. Assumimos aqui o papel de uma cobra, que para chegar à apetecida maçã, tem uma tarefa mais difícil do que Adão.



3º lugar - Doubble Bubble

Assumimos o papel de uma bolha que tem quer resgatar a sua alma gémea através de um caminho recheado de inimigos e obstáculos. O jogo tem tanto de bom como de difícil.



2º lugar - Manic Mower - 24th Anniversary edition

Jogo inspirado em Advanced Lawnmower Simulator, brincadeira de 1 de Abril patrocinada pela defunta Your Sinclair, e que deu origem a Manic Mower, que na altura achámos monótono mas que pelos vistos caiu no goto das pessoas.



1º lugar - Merry Christmas From Horace

E o vencedor destacado do melhor jogo de 2016, segundo os membros do fórum Spectrum 4Ever, foi Merry Christmas From Horace, inspirado nas aventuras desse famoso personagem e que deu origem a um engraçado jogo, no qual temos que recolher as prendas de um descuidado Pai Natal.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Programas incluídos em WOOT! ZXMAS

Já aqui falámos de WOOT! ZXMAS Tape Magazine. E este magazine incluí jogos que já aqui tiveram a review alguns deles mesmo muito recentemente, como foram os casos de Crappy Crates, Pietro Bros. ou Merry Christhmas From Horace. Mas incluí também pequenos programas, que pela sua simplicidade ou por falta de qualidade não foram alvo de review mais aprofundada. A maior parte deles em Basic e que poderiam constar em qualquer revista dedicada à aprendizagem de programação.

Assim, a cassete inclui ainda:

1. Breakhouse

Mini jogo criado por Dennis Grachev, que junta puzzles com muita acção. Apesar da sua simplicidade e gráficos espartanos, merece uma espreitadela.

Pontuação global: 2


2. Christmaze

Mistura de Pacman com Cruising on Broadway, consegue manter o nosso interesse por 5 minutos.


Pontuação global: 1

3. Chunky Graphic Compressor

Interessante utilitário que permite converter as nossas telas para ficheiro.


Pontuação global: 3

4. Colin's Crimbo Caper

Jogo de plataformas, com parecenças com as aventuras de Monty e que não mantém o nosso interesse por 5 minutos, sequer.


Pontuação global: 1

5. Rally Xmas

Clone de Race Fun onde o carro é substituído por um frango, mas mais fraco ainda que o primeiro (que já não era grande coisa).


Pontuação global: 1

6. RPSP,drop!

O programa mais interessante do lote e que por si só mereceria uma análise mais aprofundada. Remete para o conhecido jogo popular Pedra, Papel e Tesoura.

Pontuação global: 3


7. Santa's Quick Drop

Assumimos o papel de Pai Natal e a nossa tarefa consiste em deixar cair os embrulhos nas chaminés. Apenas isto.

Pontuação global: 1



8. Spritemaker

Tal como o nome indica, programa utilitário que permite a criação de sprites para colocar nos nossos jogos. Apenas para programadores.

Pontuação global: 3


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Pietro Bros.


Nome: Pietro Bros.
Editora: NA
Autor: Cristian M. Gonzalez
Ano de lançamento: 2016
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Sinclair
Número de jogadores: 1

Já faz mais de 6 meses que fizemos a preview de Pietro Bros. (aqui) ou que disponibilizámos a demo (aqui). E Cristian Gonzalez não quis deixar acabar o ano sem nos dar a sua prenda de Natal, finalmente disponibilizando (gratuitamente) o jogo.

A história não poderia ser mais simples e é apenas uma desculpa para se fazer um remake de Mario Bros., jogo lançado pela Ocean em 1987 e que não deixou grandes saudades. Assim, Pietro e Luizo foram transportados para o mundo dos tubos, depois de comer alguns cogumelos estragados na pizza. Mas talvez os cogumelos tenham tido efeitos alucinogénos, a avaliar pelos inimigos que povoam os cenários, dizemos nós.

Um dos pontos fortes de Pietro Bros. é a opção para dois jogadores, simplificando um pouco a tarefa de eliminar os nossos inimigos. E a forma de os eliminar é bastante original: teremos que dar cabeçadas nos tubos para deixar os nossos inimigos atordoados e depois ir rapidamente abalroá-los para estes morrerem. Nos primeiros níveis as tartarugas fazem a sua aparição e é engraçado vê-las ficarem de costas para o chão, sem se conseguirem voltar. Embora a tarefa pareça simples o jogo torna-se complicado quando nos níveis mais avançados começam a aparecer muitos e mais rápidos inimigos.


No entanto Pietro Bros. apresenta também alguns pontos fracos que fazem diminuir a sua jogabilidade e de forma dramática a pontuação global deste jogo. Em primeiro lugar as teclas não têm uma resposta eficaz e a movimentação dos nossos personagens está longe de ser perfeita. É frequente ficarmos a saltar no mesmo ponto, sem nos conseguirmos movimentar, enquanto os nossos inimigos se aproximam. Por outro lado, o facto de não podermos escolher as teclas também não ajuda a diminuir o impacto da fraca resposta do teclado. Finalmente, o ecrã por vezes apresenta uma cintilação estranha, causando algum incómodo à vista.

Em suma, não foi ainda este o jogo que fez jus à fama de Mario Bros., que efectivamente já merecia uma conversão de grande nível.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Heroes Rescue


Nome: Heroes Rescue
Editora: Defecto Digital Studios
Autor: Javimetal
Ano de lançamento: 2016
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

O ano está prestes a terminar mas continua a surpreender-nos quase diariamente com novos jogos, alguns com uma qualidade acima da média, como é o caso de Heroes Rescue. Tendo sido criado com o Arcade Games Designer e tendo sido lançado também para o Armstrad CPC, a edição física do jogo pode ser adquirida aqui, custando 9 libras (permite também fazer o download gratuito, para quem não quiser desembolsar dinheiro).

Em Heroes Rescue entramos no território familiar de Manic Miner, sendo este clássico a sua principal influência. Assim, ao longo de 13 níveis de crescente dificuldade, temos que ir saltando de plataforma em plataforma, evitar os muitos inimigos que povoam cada um dos cenários, apanhar os balões ou diamantes (depende da perspectiva de cada um) e por fim chegar à plataforma onde se encontra o herói, que grita pela nossa ajuda.


Um dos pontos fortes deste jogo é o seu sentido de humor. No papel de Fry (personagem de Futurama), temos que ir salvando algumas personagens bem conhecidas da BD e do cinema (Simpsons, Marvel, Futurama, etc.).

O sistema de colisão é perfeito e a velocidade, quer nossa, quer dos nossos inimigos é a qb para conferir a Heroes Rescue uma muito boa jogabilidade e a ficar completamente envolvidos na sua atmosfera.

É assim um jogo a experimentar, sem qualquer reserva.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Moley Christmas


Nome: Moley Christmas
Editora: Your Sinclair
Autor: Gremlin Graphics Software Ltd (Shaun Hollingworth, Peter M. Harrap, Chris Kerry)
Ano de lançamento: 1987
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Moley Christmas foi a surpresa de Natal de 1987 da Your Sinclair que ofereceu uma mini-aventura de Monty aos britânicos, aos assinantes da revista, e a alguns felizardos que viviam fora de Inglaterra (infelizmente, na maior parte das vezes as cassetes não acompanhavam a revista para quem a comprava em Portugal, o que não foi aqui o caso, pois esta chegou mesmo ao nosso país).

Apesar de Moley Christmas ter apenas 6 cenários ou níveis contém alguns dos personagens mais famosos da série. E também as temíveis plataformas com padrão aleatório que nos esborracham e que não há meio de evitar a não ser confiando na sorte. De resto, quem conhece as aventuras anteriores de Monty, não irá aqui ver nada de novo.

Quanto aos níveis, temos:
. Nível 1: começamos na sede da Gremlin Graphics e temos que apanhar todos os objectos e finalmente o disco com a próxima edição da Your Sinclair.
. Nível 2: na sala de masterização mais uma vez temos que apanhar todos os objectos e no final deixar que a bobine nos caia em cima.
. Nível 3: na sala de duplicação temos que tocar na bobine que vai permitir criar as oito cassetes que teremos que levar para os escritórios da Your Sinclair.
. Nível 4: Já em plena M1, temos que chegar à Your Sinclair levando as oito cassetes e evitando ser atropelado.
. Nível 5: estamos agora nos escritórios da Your Sinclair, e quem diria, está cheio de inimigos. Temos que apanhar todos os objectos e chegar à porta de saída.
. Nível 6: temos que levar quatro embalagens para os distribuidores, mas para isso temos que passar uma estrada muito movimentada (muitas parecenças com as aventuras do Horace) sem ser atropelado.


Sendo um jogo com distribuição gratuita, lançado em plena época de ouro do Spectrum, não se podia pedir muito. E a realidade é que Moley Christmas, apesar de ser pequeno, está muito bem implementado, com gráficos e som agradáveis, constituindo a aventura perfeita para o dia de Natal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Escape From the Holy Tower


Nome: Escape From the Holy Tower
Editora: NA
Autor: Jevilon, Metsuke
Ano de lançamento: 2016
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

Escape From the Holy Tower é mais um dos jogos espanhóis que têm estado na nossa lista e que por uma ou outra razão ainda não lhe tínhamos pegado. Isso para dizer que o jogo já tem cerca de dois meses (surgiu enquanto estávamos de férias), mas que não foi por falta de qualidade que foi colocado de lado. Antes pelo contrário, apesar de estarmos perante um puzzle low cost, consegue manter o interesse por mais que um bom par de horas.

O objectivo é muito simples: em cada ecrã (que corresponde a um nível diferente) temos que apanhar todos os pacotes lá deixados, após o que se abre uma entrada que nos permite atingir o ponto de saída para um novo nível. Mas até lá chegarmos temos que estabelecer uma estratégia isenta de falhas, pois pelo meio existem portões que apenas se abrem com uma chave (e o número de chaves está apenas à conta para se chegar ao ponto de saída), redemoinhos que roubam as chaves que temos em nosso poder, salas que após entrarmos nelas se fecham, pontos de não retorno, e outras armadilhas similares. Qualquer erro leva a que fiquemos bloqueados num ponto qualquer do cenário e tenhamos que recomeçar o nível.


Ambos os programadores contribuíram com cenários da sua autoria, aumentando a variedade e a longevidade de Escape From the Holy Tower. Por outro lado, o jogo oferece ainda um editor de cenários, permitindo-nos criar os nossos próprios níveis e fazer algumas maldades aos nossos amigos.

Os gráficos são fracos, som é coisa que não existe, mas o jogo tem o condão de, tal como a maioria dos puzzles, nos fazer sempre voltar para tentar passar mais um nível. Não sendo uma obra-prima, muito longe disso, está bem implementado e consegue manter vivo o interesse por bastante tempo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Rompetechos


Nome: Rompetechos
Editora: NA
Autor: IvanBasic
Ano de lançamento: 2016
Género: Aventura gráfica
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

Rompetechos é mais um jogo lançado por nuestros hermanos, baseado nas BD's de Francisco Ibáñez e conhecido em Portugal pelos livros de Salamão e Mortadela. E à semelhança de outros jogos baseados em termas relacionados com BD's e cartoons, é de uma aventura gráfica que se trata e com um tema bastante actual: fuga aos impostos.

Assim, para evitarmos ser penalizados pelas finanças e dado que não somos nenhum jogador de futebol de topo, teremos que encontrar uma carta, os selos, e a caixa de correio para enviar os documentos para a repartição de finanças. E para tudo isso temos apenas duas horas.


Rompetechos é o paraíso de todos aqueles que gostam de construir mapas, pois deambulamos pela cidade e pelos seus edifícios à cata dos documentos e sem esse mapa facilmente nos perdemos. Mas além de termos um tempo limite para executar a nossa tarefa e a cidade ser um autêntico labirinto, temos também que ter cuidado por onde andamos ou com quem falamos. É que ao mínimo descuido levamos uma valete bofetada, aumentando o slapsometer. Quando este atinge o limite, a nossa aventura naturalmente acaba.

Embora seja um jogo simples, com apenas três teclas (duas direccionais, uma de acção), e gráficos engraçados, estilo cartoon, naturalmente, há dois ou três aspectos que não gostámos. Assim, em primeiro lugar o ecrã é extremamente pequeno. Haveria espaço para o aumentar, nem que para isso se aumentassem os gráficos. Por outro, com apenas uma tecla para acção (que serve basicamente para tudo), de cada vez que a activamos e se não estivermos num ponto onde exista qualquer interacção com pessoas ou com o meio, o personagem pergunta as horas. Ao fim de dez vezes começa a ser irritante.


Pese embora essas lacunas, o jogo mantém o interesse, se bem que, tal como na maior parte dos jogos do género, depois de o terminarmos muito dificilmente voltamos a ele.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Ferret Buster


Nome: Ferret Buster
Editora: NA
Autor: Gabriele Amore
Ano de lançamento: 2016
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

E com o aproximar do final do ano, é altura para dar uma espreitadela em todos aqueles jogos que ficaram para trás. E era inevitável que aparecesse algum de Gabriele Amore, tal a cadência de jogos que mete cá para fora.

Ferret Buster não é um jogo novo na verdadeira acepção da palavra. É mais uma variante de Chunk Zone, que foi aqui analisado há cerca de 3 meses. O que quer dizer que mantém todos os defeitos desse, sem trazer nada de novo. Apenas a nossa viatura é diferente, de resto é mais uma perseguição à la Death Chase.


Já antes dissemos, seria mais proveitoso que Gabriele Amore em vez de lançar jogos a torto e direito se dedicasse de corpo e alma a um ou dois, apenas. Assim, o que fica é sempre a sensação que está a desperdiçar os seus dotes de programação com jogos inferiores.

domingo, 18 de dezembro de 2016

ZoomBlox


Nome: Zoomblox
Editora: NA
Autor: Fabrizio Zavagli
Ano de lançamento: 2016
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Quando Tetris apareceu a fasquia subiu muito e os puzzles ganharam uma nova dimensão. A partir daí apareceram inúmeros clones, alguns deles bastante originais, outros nem tanto, mas sempre com uma qualidade bastante acima da média dos jogos para o Spectrum. ZoomBlox enquadra-se nessa categoria e apesar de já ter uns meses, só agora tivemos oportunidade de o testar.

A mecânica é muito semelhante a outros puzzles nos quais o objectivo é fazer desaparecer as peças, sem que a última linha atinja o fundo do tabuleiro. Assim, quando seleccionamos 3 peças da mesma cor, estas são eliminadas. No entanto, apenas podemos seleccionar a última peça de cada uma das colunas, pelo que se não houver 3 peças da mesma cor ou escolhermos uma peça multicolor, se esta estiver disponível, então a linha avança, fazendo desaparecer as peças que estiverem marcadas (no máximo duas), abrindo espaço para mais peças, que se tivermos sorte permitirão fazer novas combinações. Mas há ainda uma nuance: as peças azuis, quando as fazemos desaparecer, fazem também avançar a linha (daí a carantonha).


Periodicamente, e consoante o nível em que estivermos a linha vai avançando, mais ou menos rápido, e quando chegar ao fundo o jogo está perdido.

Gráficos muito coloridos, se bem que simples, e som minimalista, não interferem minimamente com o prazer que retiramos de ZoomBlox, que é simplesmente viciante e que nos faz sempre voltar para tentar bater o nosso record. É assim um jogo a experimentar, sem qualquer dúvida.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

WOOT! ZXMAS Tape Magazine


R-Tape, como é conhecido no fórum World of Spectrum, conseguiu surpreender-nos a todos com o lançamento de um magazine em formato de cassete. Quando se pensava que este formato estava obsoleto, eis que surge WOOT! ZXMAS Tape Magazine, naturalmente dedicado ao Natal, ou não estivéssemos na época Natalícia...

A cassete está recheada de prendinhas apetitosas que nos vão fazer passar uns bons momentos. Incluí reviews de alguns dos jogos mais emblemáticos de 2016 (todos revistos em Planeta Sinclair), quizs, telas recheadas com motivos bem conhecidos dos gamers, cartoons, música e outras surpresas.


O interface é bastante simples, como poderão ver acima. Basta escolher a opção pretendida e imediatamente terão acesso aos add-ons ai incluídos. De destacar as bonitas telas, onde terão que descobrir quais os heróis ou jogos representados (figuras abaixo).



Mas além disso a cassete incluí uma série de jogos, utilitários e demos do último ano, em alguns casos versões que foram recentemente melhoradas e que só por isso vale a pena fazer o download da cassete, até porque a mesma é gratuita.


Acedam aqui à cassete e aos conteúdos nela incluídos. Não se vão arrepender.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

In the Walls of Eryx


Nome: In the Walls of Eryx
Editora: Monster's Legs Productions
Autor: Kevin McGrorty
Ano de lançamento: 2016
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

In the Walls of Eryx é o segundo jogo a sair num curto espaço de tempo. E este é mais interessante do que o que analisámos há umas horas, pois apesar de ter também sido criado através do Arcade Game Designer, apresenta um aspecto mais profissional e podendo mesmo ter vindo a ser reconhecido na época dourada do Spectrum, caso tivesse saído nessa altura, como um budget muito competente (o jogo é gratuito, diga-se). É também muito difícil catalogar In the Walls of Eryx, pois apresenta elementos conotados com os jogos de acção, estratégia, labirinto ou até puzzles. Optámos pela primeira, pois parece-nos aquela que é mais abrangente.

O jogo é inspirado num pequeno conto de H.P. Lovecraft e Kenneth J Sterling's e segue a história de Private Stansfield, que despenhou a sua nave nas montanhas de Vénus, e agora, para poder escapar, tem que encontrar 6 pedras preciosas pois apenas estas permitem abrir algumas portas que se encontram trancadas e que permitem fazer avançar o personagem no seu caminho para a liberdade.


Mas o caminho é longo e recheado de perigos e inimigos. Homens-lagarto (verdes, como seria de esperar) perseguem-nos, se bem que o seu QI seja muito baixo (e é o que nos safa). Moscas que patrulham o caminho são outros dos inimigos mais comuns, e que neste caso teremos que contornar. No entanto, o mais estranho são mesmo as plantas alucinogénias, que criam vários cópias da nossa personagem e que, como seria de esperar, nos deixam completamente confundidos. Para piorar a situação, e dado que estamos em Vénus, as nossas reservas de oxigénio são limitadas e temos que ir recolhendo as garrafas de O2 que se encontram pelo caminho.

Para nossa ajuda, apenas existe uma arma que cria um incêndio, eliminando os nossos inimigos quando estes lhe tocam. Mas tem que se usar de forma muito ponderada, pois a arma só tem carga para seis utilizações.


Os gráficos estão bem desenhados, o som é praticamente inexistente (limita-se a assinalar as colisões), e o movimento do nosso personagem, se bem que pareça lento inicialmente, rapidamente verificarão que é q.b. para que consigamos passar os cenários. Fossem as movimentações, quer do nosso personagem, quer dos nossos perseguidores mais elevada e ficaria praticamente injogável. Assim sendo, jogar In the Walls of Eryx torna-se um exercício bastante recompensador.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cyber Mania


Nome: Cyber Mania
Editora: NA
Autor: Payndz
Ano de lançamento: 2016
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Número de jogadores: 1

Como se esperava a época Natalícia continua a trazer muitos jogos. Apareceram mais dois de uma assentada, sendo o primeiro deles Cyber Mania. Criado através do Arcade Game Designer, é o primeiro jogo feito por Payndz, e, apesar de ter alguns pontos a melhorar, louva-se o seu esforço. Ainda por cima sendo gratuito não se pode pedir muito mais, não é?

Em Cyber Mania assumimos o papel de uma figura com aspecto alienígena e que ao contrário do que é habitual nas histórias com ET's, tem que salvar os humanos dos robots que andam erraticamente pelo ecrã. A acção é um pouco semelhante a Pacman, pois deambulamos por um labirinto a tentar alcançar os humanos, antes que os robots nos apanhem. Após os primeiros níveis, alguns dos robots têm capacidade para eliminar os humanos, que tem como consequência imediata que percamos os bónus (pontuação e o escudo protector, que podemos activar sempre que salvamos um humano).

Como os robots andam erraticamente pelo cenário, por um lado permite-nos ir escapando mais facilmente deles, já que não somos alvo de perseguição selectiva, mas por outro os seus movimentos são imprevisíveis, anulando quaisquer tentativas de se estabelecer uma estratégia para apanhar os humanos (que também deambulam erraticamente pelo ecrã).


Apesar de ser um jogo extremamente simples em todos os aspectos, incluindo os gráficos e som, tem uma grande pecha e que limita muito a sua jogabilidade: para podermos mudar de corredor teremos que estar perfeitamente alinhados com as portas de entrada. E como o nosso personagem não tem um movimento contínuo, em situações de perseguição e stress invariavelmente batemos nas paredes, não conseguindo mudar de corredor e sendo apanhado pelos robôs ou deixando o humano escapar. E como a velocidade do jogo é estonteante (talvez fosse aconselhado baixar um pouco a rapidez da acção), acaba por se tornar um jogo frustrante.

Assim, para primeiro trabalho não está mal mas há aspectos importantes a melhorar.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

R-Type


Nome: R-Type
Editora: Electric Dreams
Autor: Bob Pape, Mark A. Jones, Robert L. Hylands
Ano de lançamento: 1988
Género: Shoot'em'up
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Terminou muito recentemente a sondagem de Planeta Sinclair para sabermos qual o shoot'em'up preferido dos leitores e foi sem surpresa que R-Type foi o jogo mais votado.

De facto, R-Type é o shoot'em'up. É aquele que serve de referência para qualquer jogo do género. É perfeito em todos os aspectos e é considerado muito frequentemente como o melhor jogo de sempre para o Spectrum.

A história é igual a tantas outras neste tipo de jogos: temos que libertar o Universo de uma raça inimiga opressora. Para isso temos que sozinhos, na nossa nave, abater tudo o que esteja ao nosso alcance para chegarmos ao final de cada um dos oito difíceis níveis e defrontar uma nave-mãe com uma dimensão brutal (por vezes ocupa quase metade do ecrã).


R-Type desenrola-se horizontalmente o que beneficia este tipo de jogos, aumentando a área disponível e favorecendo o próprio scroll. A acção é frenética e exige de nós atenção máxima e dedo rápido no gatilho (memorizar de onde vêm as vagas de inimigos também é conveniente). E à medida que vamos avançando, vamos obtendo alguns add-ons (reflection laser, anti aircraft laser, ground laser, homing missiles, extra speed e shield orbs) essenciais para conseguirmos chegar ao final do nível e abater a nave-mãe.

Mas o melhor add-on é mesmo o primeiro que se obtém, o the force. Este objecto pode ser acoplado ou descolado da nossa nave a nosso belo prazer, e além de permitir um poder de fogo duplo, quando toca nos nossos inimigos causa também mossa. Sem o the force não iremos muito longe.


Ao nível gráfico R-Type é também do melhor que se viu nos 8 bits. Atentem por exemplo nas naves-mãe, no seu nível de detalhe, e ficarão extasiados. As cores são fenomenais, sem qualquer colour clash e provando que não é por um jogo ser monocromático que se torna mais rápido ou fluido. Por outro lado, o som, tal como tudo o resto, é no mínimo excelente.


A Software Studios, responsável por pérolas como Aliens, Super Hang-On ou Power Drift, mas também flops como Big Trouble in Little China ou Howard the Duck, está inteiramente de parabéns com esta conversão. Dificilmente se conseguiria fazer melhor. Uma pena apenas que este jogo não esteja ainda disponível gratuitamente.