segunda-feira, 29 de abril de 2019

Resultados finais ZX-DEV-Mia-Remakes


E temos o vencedor da competição ZX DEV. Sem surpresas, Aliens: Neoplasma venceu a competição, mas com uma pequeníssima margem do segundo, Redshift, e do terceiro, Old Tower.

Não obstante existiram algumas surpresas. Assim, Tiki Taca quedou-se pelo oitavo lugar. Apesar de termos gostado bastante deste remake, os jurados não foram da mesma opinião.  Também nos parece que Maze Death Rally-X, Cómeme el Chip e Ninja Gardening Simulator poderiam estar melhor classificados. De qualquer forma todos estão de parabéns, foi uma edição fantástica e percebemos perfeitamente a dificuldade do júri nesta selecção.

1. Aliens: Neoplasma - 13120
2. Redshift - 13058
3. Old Tower - 12996
4. Manic Pietro - 12847
5. Mister Kung Fu - 12660
6. Booty (the Remake)  -12210
7. Ninjakul 2: the Last Ninja - 11892
8. Tiki Taca - 11868
9. Sophia 2 - 11824
10. Maze Death Rally-X - 11549
11. ZX Larry - 11306
12. Cómeme el chip 11270
13. Droid Buster - 10750
14. Mini Explorer XXXI - 10644
15. Elon M. With Jetpack - 10569
16. DeadZone - 10512
17. PTM - 10332
18. Ninja Gardening Simulator - 10159
19. Misifu la Gatita - 9813
20. Witch - 9300
21. Max Pickles saga - 8831

Cantanhede, Capital do Spectrum

Neste passado sábado, Cantanhede foi a capital do Spectrum por um dia, frase dita por João Diogo Ramos, amigo e colaborador da Revista Espectro, mas também responsável pela exposição Load "", em cuja inauguração Planeta Sinclair esteve representado pelos seus membros André Leão e Pedro Pimenta.

A anteceder a inauguração esteve uma tertúlia que contou com as intervenções do João, onde este pode falar um pouco do Spectrum, apresentar os motivos que o levaram a criar esta exposição e dar uma ideia do que esteve por detrás da montagem do evento, que foi feita em tempo recorde (um mês). Sobe então ao palco André Leão, membro deste blogue, que aproveitou para fazer uma resumida abordagem à história dos videojogos para Spectrum, referindo alguns dos casos mais sonantes e também cobrindo os computadores, a imprensa e tanto a cena britânica como a espanhola de desenvolvimento de videojogos. Terminou com uma visão geral do panorama nacional, cobrindo imprensa, videojogos e demonstrando que se faz nos dias de hoje a nível da comunidade retro, destacando sempre os criadores como a EspectroTeam e o seu Varina ou Jaime Grilo, que também marcou presença na assistência.

Seguidamente pudemos contar com uma intervenção de Gonçalo Quadros, fundador da Critical Software que, não podendo estar presente na sessão, concedeu uma entrevista ao João cujo vídeo foi passado no evento.

Para finalizar, uma intervenção do Prof. Catedrático António Dias Figueiredo que nos fez um resumo da história da informática a partir da sua perspectiva e falou um pouco do seu envolvimento na criação do Projecto Minerva, essencial na segunda metade da década de 80 na divulgação da informática a nível escolar por todo o país.

Prosseguimos então para a exposição, onde não podemos deixar de referir o Spectrum gigante em esferovite, construído pela equipa do evento, que chamou desde logo a atenção dos visitantes, e uma sala "retro" à entrada do museu que nos convidava a uma viagem no tempo, simulando uma sala dos anos 80 com todos os móveis da época e claro, um Spectrum ligado a uma TV com o clássico nacional Alien Evolution.

Numa outra sala, guiados pelo curador da exposição, pudemos então ter acesso a diversos modelos fabricados pela Timex Portugal, clones do Spectrum fabricados no estrangeiro, diversos produtos fabricados pela Timex, Sinclair e outras curiosidades que permitem contar a história do Spectrum e das empresas que directa ou indirectamente a ele estiveram ligadas.

Numa outra secção estavam ligados o Spectrum 48K (original), o Vega, o Zx-Uno e também o Karabas 128 (clone russo do Pentagon) disponibilizados pelo Ricardo Saraiva que com jogos da época, como o High Noon, Chuckie Egg, Athena e The Sword of Ianna fizeram as delícias dos visitantes de várias idades. Ao nível dos periféricos, destaque para o DivMMC EnJOY! e vários tipos de joysticks.

Numa parede logo à entrada estavam dois cartazes com programas em Basic preparados pelo Filipe Veiga de propósito para o evento. Estes podiam (e foram) passados para um dos computadores ao dispor do público, permitindo visualizarem imediatamente o resultado do programa listado. E junto a esses cartazes estavam também posters gigantes de três capas de conhecidos jogos de Spectrum trabalhados pelo Paulo Teixeira, numa colaboração com a Game Stage.

Não podemos esquecer todos os amigos que decidiram dar o seu apoio através de um depoimento em vídeo, como o Marcus Garrett da Jogos 80 e Espectro, entre outros projetctos, Cleidson Lima do Museu Itinerante do Videojogo (Brasil), Javi Utopian criador do The Sword of Ianna, McLeod do projeto Zx-Uno, Alejandro do El Mundo del Spectrum, o criador IvanZX e ainda coleccionadores como Adam Ainsworth, Marc Kloosterman ou Andrew Munro.

Na nossa opinião, o evento foi excelente, pudemos contar com vários membros de destaque da nossa comunidade e a exposição estava muito bem desenhada, sendo acompanhada de legendas explicativas, com os itens dispostos de modo muito organizado e um visual moderno e bem trabalhado. Não vamos revelar mais, pois não queremos estragar a surpresa dos nossos leitores que ainda não passaram por Cantanhede para visitar a exposição.

Damos também os parabéns a todos os envolvidos, desde quem desenhou o logotipo da Geração Spectrum, o produtor dos vídeos de promoção ao evento, os designers que trabalharam o visual da sala de exposições e até a mascote, pois todos contribuíram para esta seja, na nossa opinião, a melhor e mais completa exposição do género que tivemos a nível nacional até hoje.

Mais acrescentamos que, nas palavras do vice-presidente da câmara de Cantanhede, "este não é ponto de chegada, mas o ponto de partida", significando que este é apenas o início da colaboração entre o projecto Geração Spectrum e a Câmara Municipal de Cantanhede.

La Casa, al Otro Lado de la Tormenta traduzido para inglês


Tal como prometido por Gareth Pitchford, e tal como também havíamos também noticiado, La Casa, al Otro Lado de la Tormenta encontra-se já traduzido para inglês. Foi realmente muito rápida a tradução, e isto vai-nos permitir finalmente pegar no jogo para avançar com uma review mais detalhada. Segundo o Luís Rato, especialista na matéria, esta aventura merece muito destaque...

Podem vir aqui buscar todas as versões.

domingo, 28 de abril de 2019

The Spectrum Show: episode 83


Como já se tornou habitual no final de cada mês, Paul Jenkinson colocou no ar o novo episódio de The Spectrum Show, série que nunca dispensamos de ver.

Rade Blunner, Ep 1: Weon Kolalski's Memories


Nome: Rade Blunner, Ep 1: Weon Kolalski's Memories
Editora:NA
Autor: IADVD
Ano de lançamento: 2019
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Confessamos que este lançamento nos apanhou de surpresa, uma vez que não o vimos antes anunciado em algum lugar, mas deambulando por um fórum espanhol que acedemos com menos frequência, encontrámos a estreia nestas lides do Spectrum por parte de IADVD. E a julgar pelo título, seguir-se-à uma segunda parte, o que tendo em conta que estamos perante um jogo bastante agradável, será uma boa notícia. E nem o facto de ter sido um motor que não é assim tanto do nosso agrado (muito por culpa dos saltos irreais que permite), nos retirou o prazer de levar Rade Blunner até ao fim. Mas comecemos com a história retirada do diário de Weon Kolalski's...

Kolalski era uma pessoa perfeitamente comum, que trabalhava num centro de reciclagem pertencente à companhia Rytell Corporation e ia desempenhando as rotineiras e chatas tarefas do dia-a-dia. Até que lhe apareceram os Rade Blunners (qualquer semelhança com Blade Runner não é pura coincidência). acusaram-no de ser um Lepricant e roubaram-lhe dezassete fotografias. Também o tentaram raptar, mas não o conseguiram. Entretanto, mais tarde, alguém enviou uma mensagem a dizer que as tão preciosas fotografias se encontravam no centro de reciclagem de lixo da Rytell. Kolaski (ou seja nós) decidiu então recuperar as fotografias e fugir da cidade, Mas o centro está infestado de inimigos (os Rade Blunners e os Octobots).


Este centro de reciclagem é também o único lugar onde são recicladas as máquinas da Koight-Vampff. E por alguma razão, quando Kolalski está perto delas, sente-se tonto e perde as forças. De qualquer forma tem um aliado secreto, que vai deixando pequenas figuras de origami que concedem mais uma vida (o limite máximo é de quinze). Para que o nosso personagem possa cumprir com a missão terá que recolher as dezassete fotografias roubadas, assim como eliminar os oitenta inimigos que rondam pelo centro.

A única forma de eliminarmos os inimigos é saltar em cima deles. Mas estes estão em constante movimento, pelo que nem sempre é fácil de acertar com o ponto certo de colisão. Quem já experimentou jogos criados com o La Churrera (MK1) sabe do que estamos a falar: saltos irreais, por vezes com a irritante tendência para nos levar para onde não queremos, e, neste caso particular, a nossa personagem também desliza, dificultando ainda mais a tarefa. Mas isto faz tudo parte do jogo, e também não levará muito tempo até nos habituarmos a este sistema de controlo.


A primeira coisa a fazer é explorar todos os recantos, pelo caminho eliminando tudo o que se mexa. Aqui surge outra dificuldade, os cenários estão demasiadamente preenchidos com mobiliário e maquinaria, e nem sempre é fácil encontrar os preciosos retratos. E além destes temos ainda que encontrar os cartões de acesso que permitem abrir as portas que se encontram fechadas, só então tendo possibilidade de entrar em novas salas. O centro de reciclagem tem ainda alguns elevadores, bastante úteis para chegar a pontos que de outra forma seriam inatingíveis. O habitual nos vulgares jogos de plataformas, portanto...

Como se pode ver nos ecrãs que disponibilizamos, cor é coisa que não falta e os sprites estão muito bem conseguidos. Se alguma coisa temos a apontar nesta vertente, só o facto, como já referimos, de haver uma tendência para as salas estarem demasiado preenchidas, provocando alguma confusão visual, ainda mais quando algumas das máquinas presentes (as Koight-Vampff) não podem ser tocadas.


Já na jogabilidade, Rade Blunner ganha pontos à restante concorrência criada com o motor La Churrera. Apesar de se deslocar de forma irrealista, os obstáculos e plataformas estão colocados de forma desafiante, mas sem provocar a frustração de se perder as vidas todas no mesmo ponto. Também não temos que fazer o mesmo caminho vezes sem conta, artifício usado por alguns programadores para aumentar a longevidade dos seus trabalhos.

E por falar em longevidade, estará talvez aqui a maior pecha deste jogo. Tendo apenas cerca de duas dezenas de ecrãs, e sendo as vidas concedidas de forma bastante generosa, não nos admiraríamos que à segunda ou terceira tentativa o terminem. Não é divertimento para muito tempo, mas enquanto durar, podem estar seguros que vão passar bons momentos.

Rade Blunner é então uma auspiciosa estreia para IADVD, pelo que ficamos agora ansiosamente a aguardar o segundo episódio.

sábado, 27 de abril de 2019

As Plantas (MIA)


As Plantas é mais um programa educacional lançado pela Astor em 1986, tendo inclusive concorrido ao concurso do MicroSe7e e obtido uma menção honrosa. Permite-nos conhecer em pormenor a constituição de uma planta e suas funções, através de algumas imagens bem conseguidas e informativas.

Depois de estudarem a matéria, é tempo de avançarem para os testes de avaliação de conhecimentos. Não valendo cábulas, obviamente.

As Plantas foi obtido pelo nosso colaborador Pedro Pimenta, que nos emprestou a cassete e encontra-se agora aqui disponível para a comunidade.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

A Capital: POKES & DICAS - 20 e 27 de Fevereiro de 1987


Finalizamos o mês de Fevereiro, disponibilizando os dois últimos suplementos em falta.

Uma das características das publicações desta semana são umas quantas análises, entre jogos a evitar e a não perder. Se bem que para alguns leitores estas avaliações possam ser muito discutíveis, especialmente ao jogo Dustin, que é uma crítica completamente errónea em relação à sua qualidade, uma vez que para nós é, sem duvida, um jogo a comprar, isto pelos padrões de classificação de A Capital.


Para além de análises a jogos temos duas abordagens a utilitários de desenho. Uma para o Atari ST, e ao bem conhecido The Artist II.


Suplementos disponíveis na nossa Dropbox.

Páginas do Correio da Manhã


Sexta-feira é dia de A Capital. No entanto, enquanto não temos o segundo bloco com o suplemento Pokes & Dicas digitalizado, e para que tenham alguma coisa para ler no fim-de-semana, disponibilizamos algumas páginas da revista do Correio da Manhã dedicadas à informática (maioritariamente Spectrum, mas também tem outros sistemas). É interessante ver que também  alguma imprensa menos provável tinha secções dedicadas aos computadores, casos do Correio da Manhã e até da Nova Gente.

Estes recortes estavam no dossier que o Jorge Gomes nos emprestou e que estão aqui disponíveis para a comunidade.

Game Day 2019 em Gondomar

Game Day 2019
Com os eventos de videojogos a multiplicarem-se por todo o país, temos mais um festival, o Game Day, no norte de Portugal, em Gondomar!

Ao longo dos dias 27 e 28 de Abril, neste evento organizado pelo município de Gondomar e de entrada livre, estará exposta a última tecnologia em videojogos e simuladores de corridas, decorrendo também inúmeras actividades e torneios para animar os visitantes! O Festival Nacional de Robótica 2019 também partilhará o mesmo espaço com o Game Day, sendo um motivo adicional para visitar o Pavilhão Multiusos de Gondomar!

RetroCoiso - organizador do espaço "retro"
Como o retro tem assumido uma presença cada vez mais acentuada nos eventos de jogos electrónicos, teremos uma área especialmente dedicada ao retro gaming, com a exposição de todo tipo de equipamentos, desde os microcomputadores de 8 e 16 bit às consolas e máquinas de arcade, da responsabilidade do conhecido grupo RetroCoiso, que não medirá esforços neste evento para juntar uma coleção muito diversificada de equipamentos! E como não podia deixar de ser o ZX Spectrum estará presente em todos os seus modelos e clones, periféricos e acessórios, antigos e modernos!

Uma das arcades que estará presente!
Ultimam-se os preparativos..
O "game dev" português estará também representado com o jogo Luckyshot West, um shooter top-down 2D, que a muitos trintões/quarentões lembrará o famoso Chaos Engine.


Finalmente, quiçá para interesse de muitos, o espaço retro terá também uma área de reparações, para quem quiser levar os seus equipamentos com problemas.

O Planeta Sinclair estará representando neste evento por um dos seus colaboradores então os leitores poderão esperar uma cobertura especial!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Trine Michelson's Hot Parts


Nome: Trine Michelson's Hot Parts
Editora: NA
Autor: Fahnn
Ano de lançamento: 2019
Género: Estratégia
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Com o ressurgimento do interesse no Spectrum, novos géneros de jogos voltam a ser lançados. Ainda há relativamente pouco tempo Jason Taylor trouxe-nos Motte and Bailey, e eis que aparece novo jogo de estratégia / gestão, mas este com contornos um pouco diferentes, se é que se pode dizer isso. É que a missão em Trine Michelson's Hot Parts é sermos bem-sucedidos na indústria porno.

Com uma temática destas, não admira que o jogo tenha passado praticamente despercebido junto da comunidade. As páginas mais conhecidas não se arriscam a divulgar o jogo, por forma a não ofenderem as almas mais sensíveis (isto é puritanas). Mas como por aqui achamos pouca piada a puritanos, daremos todo o destaque que o jogo mereçe. Aliás, o público nacional gosta é destas temáticas e não é por acaso que Paradise Café é o post mais visionado de sempre de Planeta Sinclair.

Mas voltando ao jogo, a ideia é então sermos bem-sucedidos na indústria porno e isso passa por produzir filmes que sejam depois também bem-sucedidos em termos de vendas. Sim, tal como na industria porno real, também é o dinheiro que aqui fala mais alto.


Assim que carregamos Trine Michelson's Hot Parts, podemos optar por ver os créditos tal como se de um filme se tratasse. Segue-se um menu inicial, que vai definir todas as acções que vamos tomando ao longo do jogo. E podemos mesmo seguir a ordem ai existente. Assim, começamos por escolher as actrizes (porque não actores, também?), com nomes baseados em caracteres reais. Claro que as mais reputadas são mais caras, mas também dão garantia de maiores audiências.

Segue-se as temáticas, e estas vão desde as mais soft, como a simples beijoquice, até às mais bizarras. Nota máxima para o programador e para a sua fértil imaginação, que consegue fazer com que qualquer um fique com um misto de vergonha e de prazer só de imaginar naquilo que para lá colocou. Depois podemos escolher os objectos e as personagens que vão encarnar no filme. Foi assim com enorme satisfação que começámos logo por escolher um filme com robôs sexuais (alguma conotação com a Vega +?) e anões. Nem vamos referir as muitas opções que por lá estão, será uma boa surpresa para quem tiver a coragem de carregar o jogo (deixem-se de puritanismos, nem que seja para umas boas risadas vale a pena experimentá-lo).


Depois de todas as opções seleccionadas (até opção para batota existe), avançamos então para a filmagem e promoção do filme, sendo-nos dado um budget para isso. Terminado o filme, é colocado no mercado para escrutínio dos críticos. Se as reviews forem favoráveis (como no caso acima), podemos contar com muitas visualizações e muito dinheiro em caixa, que nos vai permitir rodar o próximo filme de forma mais ambiciosa.

Em termos de mecânica de jogo, e mesmo sendo em Basic (o programador fez um bom trabalho, não se notando qualquer lentidão após selecção das opções), faz lembrar Software Star (Addictive Games, 1985), ou até The Biz (Virgin Games, 1984). Apenas contém texto, mas também ninguém esperaria certamente ter cenas do filme aqui escarrapachadas, não é?

A maior lacuna do jogo é mesmo tornar-se monótono ao final de algum tempo, tal como acontece com a maioria dos jogos do género. Depois de corremos as opções quatro ou cinco vezes, pouco incentivo temos para continuar. Mas isto é uma especificidade deste género de jogos, não um defeito de programação. De qualquer forma poderão aqui descarregá-lo em toda a sua glória, estamos seguros que vos irá conceder alguns momentos de puro deleite.

The Revenge of Moriarty


Nome: The Revenge of Moriarty
Editora: NA
Autor: Gareth Pitchford
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Gareth Pitchford continua na senda da recuperação dos seus antigos trabalhos, em alguns casos dando-lhes uma nova "roupagem", noutros reestruturando-os completamente. E The Revenge of Moriarty nunca tinha visto sequer a luz do dia, pois apresentava alguns problemas de jogabilidade, além de um excessivo número de objectos. Esse número foi agora diminuído, contribuindo para tornar a aventura mais fluída, não obstante continuar a haver uma série de objectos cujo significado nos escapa (talvez sejam apenas "decoys").

O professor Moriarty é uma personagem dos dos livros de Sir Arthur Conan Doyle, aparecendo nas aventuras de Sherlock Holmes. É assim sem surpresa que assumimos o papel deste famoso detective. Este quer-se aposentar, mas existe algo que o atormenta, uma série de crimes não resolvidos. E para uma pessoa com as capacidades intelectuais de Holmes, apenas igualadas pelas de Poirot, isso é uma afronta. Mas começa então a ver um certo padrão nesses crimes, levando todos a uma pessoa: Moriarty. Holmes engendra então uma armadilha ao seu arqui-inimigo, trazendo-o até ao seu apartamento. Cabe a nós tratar de todos os preparativos, por forma a que sejamos bem sucedidos na missão. Caso contrário...


Apesar de ser uma mini-aventura, The Revenge of Moriarty constitui divertimento para muitas horas. Tem apenas quatro salas / locais, todas dentro do apartamento de Sherlock Holmes, mas objectos são pelo menos mais de duas dezenas, muitas vezes a terem que ser utilizados em simultâneo para que dai se possa extrair algo de útil. Mas acima de tudo o jogo tem bastantes quebra-cabeças, a maioria intuitivos, mas a exigir bastante perspicácia da nossa parte, doutra forma corremos o risco de ficar encravados em qualquer ponto.

Também existem algumas armadilhas mortais, se bem que estas sejam relativamente fáceis de serem ultrapassadas. Aliás, a jogabilidade é excelente, munindo-se Pitchford das "boas-práticas" nas aventuras de texto. Assim, se digitarem "look", por exemplo, é imediatamente feita uma descrição do local onde nos encontramos, sempre útil para não termos que memorizar tudo o que ai se encontra. Comando muito simples, mas por vezes esquecido noutros autores...

 
Além do jogo, Gareth Pitchford disponibilizou ainda algumas notas da altura em que criou a primeira versão de The Revenge of Moriarty, trinta anos atrás. E se as lermos com atenção (a caligrafia do autor nem é das piores), vamos encontrar dicas muito úteis que nos vão ajudar a resolver alguns dos enigmas. Mas isso é apenas uma pequena parte do que aqui se encontra...

The Revenge of Moriarty é então uma aventura indicada para todos aqueles que se querem iniciar no género. Puzzles desafiantes, mas lógicos, textos muito bem construídos, sem diálogos desnecessários ou maçadores, apresentando todos os condimentos para agradar a Gregos e Troianos. Atrevam-se por isso a preparar uma armadilha ao Napoleão do crime, Moriarty...

quarta-feira, 24 de abril de 2019

"Nova" aventura de Gareth Pitchford


Gareth Pitchford não nos dá descanso. Ainda andamos às voltas com The Revenge of Moriarty, para podermos apresentar uma review completa nos próximos dias, e já está "novo" jogo na calha. Desta vez é The Great Caravan Caper, que estava incluído como uma aventura autónoma em Microfair Madness (versão 128K, apenas), lançado em 1991.

Quem não o viu na altura, tem agora oportunidade de obter o jogo individualmente (standalone version, 2019), bastando vir aqui descarregar.

Puzzle Quebra-Tolas (MIA)


The Nowotnik Puzzle foi lançado em 1983 pela Phipps Associates, editora responsável por muitos lançamentos para o ZX 81 e para o Spectrum no seu primeiro período (até 1984). Depois desapareceu sem deixar rasto, mas a Microbyte (também conhecida por Microbaite), não se importou minimamente com isso, traduzindo o puzzle e colocando-o no nosso mercado com o sugestivo nome de Puzzle Quebra-Tolas. Chegou-nos à mão numa das cassetes que o Vasco Gonçalves nos emprestou, e não nos fizémos rogados: pirateámos a própria Microbyte.

Quem quiser o jogo pode aqui vir descarregá-lo.

Anttown (MIA)


O ano passado disponibilizámos a versão portuguesa de Ant Attack (O Ataque das Formigas). Agora, graças ao Afonso Gageiro, conseguimos chegar à versão de nuestros hermanos, que também eram pródigos em questões de pirataria. O loading screen é substancialmente diferente, mas tudo o resto é igual, não deixando, no entanto, de ser mais uma curiosidade engraçada.

Poderão aqui descarregar esta versão.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Andy Ford lança versões reduzidas de Manic Miner e Jet Set Willy


A primeira delas (de Manic Miner), adequadamente renomeada de MM 10, leva-nos para o jogo original de Matthew Smith, mas apenas com dez níveis: Central Cavern, Eugene's Lair, Attack of the Mutant Telephones, The Alien Kong Beast, Ore Refinery, Skylabs' Landing Bay, The Warehouse, Amoebatrons' Assault, Solar Power Generator e The Final Barrier.

Mas o jogo tem mais algumas novidades, desde logo incorporando três níveis de dificuldade. Quem quiser experimentar esta versão, pode aqui fazê-lo.


O segundo dos jogos é uma versão mini de Jet Set Willy, com apenas vinte e cinco salas e cem objectos para apanhar, por isso mesmo chamado de Jet Set Willy 25-100. O conceito é semelhante ao de MM 10, ou seja, visa facilitar um pouco a tarefa aos jogadores.

Esta versão contém outras pequenas diferenças, mas nada de muito relevante. Quem a quiser experimentar, pode descarregá-la aqui.

Rade Blunner lançado


IADVD lançou o seu primeiro jogo, Rade Blunner, utilizando o motor La Churrera. "O", "P" e "Espaço" é tudo o que necessitam para o jogar. Ainda não tivemos oportunidade de o experimentar, mas iremos seguramente fazê-lo nos próximos dias e colocar depois uma review detalhada, dando também informação sobre algumas das inovações contempladas pelo autor no jogo.

Entretanto, quem quiser descarregar o jogo, pode fazê-lo aqui. E aqui têm mais informação que podem consultar sobre este lançamento.

49. Rana Rama

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Diversos type-ins recuperados


Graças ao Jorge Gomes, que no emprestou um dossier com muito material do Spectrum de final dos anos oitenta, conseguimos encontrar alguns type-ins que deveriam fazer parte de um jornal nacional dedicado aos computadores. São apenas seis os jogos preservados, O Sacrifício, Freddy, A Noite das Bruxas, A Cova da Pulga, George e o Meteorito e Evasão das Profundezas, mas algum deles parecem já ter alguma complexidade. Aliás, um deles (George and the Deadly Meteor) saiu mesmo na Outlet, revista electrónica dos anos noventa (começou em 1987, terminou em 1999).

Necessitamos agora da ajuda da comunidade, até porque o tempo já nos começa a faltar:
  1. Identificar o nome da publicação e eventualmente fazer-nos chegar mais artigos
  2. Ter a paciência para teclar os jogos, quem sabe não aparece ai alguma surpresa
Poderão aqui descarregar as páginas agora recuperadas...

domingo, 21 de abril de 2019

Balões (MIA)


Muito antes da Ocean ter lançado Pang, já existia um jogo semelhante criado para o TC 2068. Obviamente que muito mais básico, mas o conceito é igual. E agora, graças ao Vasco Gonçalves, conseguimos recuperar esta preciosidade.

Quem o desejar pode vir aqui descarregar. Não se esqueça é que sendo um jogo criado especificamente para o TC 2068, não funciona no modo ZX.