sexta-feira, 4 de maio de 2018

Agent Orange


Nome: Agent Orange
Editora: A'n'F Software
Autor: Icon Design
Ano de lançamento: 1987
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1

Agent Orange é o nome de um agente químico usado num passado distante (século XX), que tem a capacidade de eliminar as ervas daninhas que dão cabo da produção agrícola da Terra. E sendo a escassez de alimento a principal preocupação do nosso Planeta no momento em que decorre esta aventura, resolvemos alistar-nos na IARE (Intergalactic Agricultural Research Establishment), que mesmo não sendo o emprego que melhor remuneração nos poderia proporcionar, é aquele que concede maior prestígio. E assim, a bordo de uma nave equipada com equipamentos agrícolas e factores de produção, mas também armada com potentes lasers, tornamo-nos em agricultores voadores (flying farmers, no original).

O objectivo passa então por visitarmos oito planetas, e, em cada um deles, colocarmos as sementes que levamos na nossa nave e aguardar que estas germinem para as podermos colher. As plantas respeitam o ciclo da vida, ou seja, se as colhemos demasiado cedo, de nada valem, se as deixamos maturar sem serem colhidas, acabam por morrer. Assim, só quando estas se encontram esverdeadas é que estão prontas a serem colhidas. Depois de carregarmos a nossa nave, regressamos à nave-mãe, não só para escoar a produção entretanto colhida, mas também para proceder a eventuais reparações.


Mas a tarefa não é tão inofensiva como podem julgar. É que em cada um dos oito planetas encontram-se inimigos que tentam evitar que cumpramos com a nossa tarefa. À medida que vamos avançando nos planetas, os nossos adversários tornam-se mais chatos e perigosos. E só poderemos passar para um novo planeta quando todos os inimigos do actual forem eliminados.

Mas Agent Orange também tem um pequeno elemento de estratégia. A produção que vamos acumulando poderá ser trocada no planeta-mãe por naves melhor equipadas. E isso é fundamental quando vamos avançando nos novos planetas. Por um lado os nossos inimigos necessitam de serem atingidos com mais tiros até serem eliminados, por outro lado o seu número e a velocidade com que se deslocam também aumenta. Assim, periodicamente terão que adquirir uma nova nave se querem sobreviver nos novos planetas.


A tabela seguinte dá uma ideia daquilo que podem encontrar em cada planeta. Assim, a força indica o número de vezes que têm que atingir o vosso inimigo até o eliminarem, e as visitas recomendadas o número de vezes que deverão visitar cada planeta de forma a optimizarem os vossos ganhos e conseguirem adquirir melhores naves.


É que a nave-mãe não tem uma capacidade ilimitada, e quando esta enche, deverão voltar ao planeta-mãe para escoar o produto, trocando-o por créditos (dinheiro usado para compra de novas naves). Se a capacidade da nave-mãe for ultrapassada, não vai conseguir levantar voo ficando irremediavelmente presa nesse planeta. Daí que nos primeiros planetas, onde a vossa missão é menos complicada, deverão ser visitados mais vezes para se conseguir desde logo adquirir as melhores naves. Nos planetas mais complicados a visita destina-se apenas a eliminar os inimigos que por lá vivem, de forma a poderem avançar para o planeta seguinte. E no último planeta apenas têm que encher o depósito da vossa nave com o Agent Orange e regressar à nave-mãe, dando por finda a vossa missão.

O jogo está muito bem implementado e a ideia é bastante original. O principal problema é a falta de diversidade. Os planetas são todos muito semelhantes e a missão é sempre a mesma, pelo que ao final de algum tempo Agent Orange acabe por se tornar monótono. Assim, a longevidade (ou falta dela), é a principal pecha, e que evita que se esteja aqui perante um jogo de topo. De qualquer forma permite-vos passar umas boas horas de forma agradável, sendo o ideal para dias de chuva, quando andar na rua a cultivar a horta se torna impraticável.

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