Nome: The Big Sleaze 2 1/2
Editora: NA
Autor: Mark Hardisty
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2018
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1
The Big Sleaze surgiu em 1987 pelas mãos da Piranha e foi das mais bem-sucedidas aventuras de texto de sempre. Foi ai que pela apareceu o personagem Spillade, detective particular, a quem nem o crachá falta, surgido da mente de Fergus McNeill, especialista em lançar para o mercado excelentes aventuras de texto.
Coube agora a Mark Hardisty a difícil tarefa de lançar uma sequela com qualidade que pelo menos se aproximasse do original. E o mínimo que podemos dizer é que conseguiu-o plenamente, mantendo ainda o estilo gráfico e literário da primeira aventura, com um humor e um calão típico Nova-iorquino, local onde se passa a acção.
A aventura inicia-se na casa do detective, ressacado e vestido ainda com as roupas do dia anterior, depois de (mais) uma bem regada noite a álcool, como é tónica neste tipo de literatura. Spillade é então contratado para resolver o caso de um roubo de pedras preciosas, e a partir daí tem que desenvencilhar-se nos locais mais obscuros e perigosos de Nova Iorque.
As dificuldades começam logo com o tipo de linguagem, isso para quem não tem o inglês como língua nativa, como é o nosso caso. É que o calão é profusamente utilizado, muito embora os comandos a utilizar sejam os normais neste tipo de jogos. Assim, depois de se habituarem a este calão (um bom dicionário de calão americano disponível é meio caminho andado para o sucesso), rapidamente começam a avançar na aventura, e por vezes a levar com chumbo, também.
Para nos ajudar, o programador deixou algumas instruções para os que testaram o jogo e que na altura em que o fomos descarregar, vinha incluído. Se propositadamente ou não, não o sabemos, mas ficam aqui algumas dicas:
- To escape the bed, rise!
- To interrogate, distract Valentine and channel la condifential
- Crowd like a distant star? Think like Copernicus
- Hang around in the bar and get inside information
- Cross characters palms with silver or try force
- The flower lady may sell more than one variety
- Don’t defuse danger
- Need things to buy? Think Mr Benn
- Look before you leap
Como podem verificar nos screenshots que aqui disponibilizamos, o grafismo segue muito de perto o original, e são o complemento perfeito para uma aventura muito negra, tal e qual um film noir de grande categoria.
Os (poucos) puzzles que já resolvemos também estão bem conseguidos, e apesar de ainda não termos conseguido avançar muito nesta aventura (isto vai ser trabalho para uma semana inteira), tudo aquilo que vimos agradou-nos sobremaneira, convidando-nos a continuar a tentar resolver o mistério do roubo das pedras preciosas. De facto, desde o início que entramos totalmente na atmosfera de The Big Sleaze, vivendo intensamente a personagem, um pouco à semelhança do que acontecia em algumas outras aventuras, com as da CRL e Melbourne House à cabeça (a trilogia de Tolkien, The Boggit, Bored of the Rings, etc.).
Este é um jogo que qualquer fã de aventuras de texto deverá obrigatoriamente experimentar, e não se esqueçam de ter a seis tiros sempre à mão, devidamente carregada.
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