Nome: The Time Machine
Editora: Sequentia Soft
Autor: Fran Kapilla
Ano de lançamento: 2021
Género: Aventura de texto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
The Time Machine deixou-nos com sentimentos ambíguos. Por um lado estávamos a gostar bastante da aventura que tínhamos em mãos. Por outro lado, encontrámos tantos bugs, que de certa forma arruinou muito do prazer que estávamos a ter com o jogo. A favor da equipa responsável por esta ambiciosa aventura, o facto de terem desenvolvido o jogo em apenas dois meses, e ainda em menos tempo a adaptação para inglês, o que explica alguns desses erros. Mas definitivamente deveriam ter sido efectuados mais testes, pois na fase 3 na versão inglesa, torna-se impossível completá-la (ou pelo menos assim parece). Também na fase 2 o jogo bloqueia quando o nosso amigo está defronte do pelotão de fuzilamento, tendo que se reiniciar.
É assim uma pena estes bugs, mas fica a certeza que o motor criado por Jari Komppa tem pernas para andar e que quando esses forem rectificados, de certeza que a aventura irá ganhar novo brilho. E não pensem que estamos a ser demasiado picuinhas, mas os dois (aparentemente) bugs que referimos no parágrafo anterior, são apenas alguns dos muitos que fomos encontrando, mas que neste caso em particular, torna a aventura injogável. Assim, a nota final que vamos dar reflecte esta situação, o que é uma pena, mas por uma questão de coerência até para os outros participantes da competição ZX-DEV, teremos que o fazer.
The Time Machine é então baseado numa obra famosa de H. G. Wells, um escritor que muito apreciamos, e que de resto inspira a personagem principal da aventura, que tenta ir ao futuro descobrir a cura para a sua mulher, que morreu em 1898. Se conseguir com a ajuda de dois amigos colocar a máquina em funcionamento (uma das boas ideias da aventura), é atirado em primeiro lugar para a I Grande Guerra. Se descobrir a forma de não ficar bloqueado (isto é, o programa "crashar") na segunda fase, e depois de um breve retrocesso no tempo (obrigatório para se terminar essa parte), vai então parar à II Grande Guerra e ao território da Resistência, onde tem que resgatar feridos sob o fogo da aviação nazi (outra boa ideia). A partir daqui, não sabemos o que acontece, pois ficámos bloqueados, aparentemente por um bug ou má concepção do jogo, sendo indiferente, pois o resultado é o mesmo.
O que também podemos dizer é que Time Machine tem muito potencial, pois os quebra-cabeças apresentados são muito estimulantes, com uma diversidade difícil de encontrar em jogos do género. Embora não se passe em tempo real, em alguns pontos temos que cronometrar os passos ao milímetro, doutra forma a "bomba" (ou máquina, como preferirem), explode-nos nas mãos...
A acção em cada fase também é substancialmente diferente das anteriores, contribuindo para a tal diversidade referida. Além disso, os textos absorvem-nos por completo na aventura, sendo que os gráficos que vão surgindo, estimulam ainda mais a nossa imaginação, além de serem bastante úteis (por exemplo, para percebermos quando estamos prestes a ficarmos sob fogo inimigo).
Esperamos agora que os bugs sejam corrigidos. Quem sabe não voltemos a esta aventura daqui a uns tempos, com a certeza que iremos apreciar mais o jogo.
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