quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Shangri-La


Nome: Shangri-La
Editora: NA
Autor: Luís Peres
Ano de lançamento: 2023
Género: Aventura de texto
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Em breve

Shangri-La é a segunda aventura desenvolvida por Luís Peres nesta fase pós Space 1999. E apesar de ter apenas um episódio (ao contrário de Eclipsia, que tem três), é talvez o jogo mais complexo criado por este autor, com um enredo soberbo, e com uma dinâmica ao nível das personagens difícil de igualar em trabalhos que utilizem o Graphic Adventure Creator como motor.

Mais uma vez a aventura tem contornos fantásticos e sci-fi, como é apanágio do Luís. Não temos a mínima dúvida que todas estas histórias e estes mundos que o autor tem criado, irão mais tarde ou mais cedo aparecer em obras literárias ou em BD. E, quem sabe, talvez apareçam em versão física. Vamos torcer para que isso aconteça (cabe também à comunidade dar o apoio e a motivação que este programador nacional merece).

Mas adiante, vamos então perceber a missão que vamos ter aqui em mãos. Desta vez encontramo-nos a bordo de um avião, cujo piloto devia andar a frequentar os Alcoólicos Anónimos. Ou talvez não, tendo em conta a forma como vai aos comandos do quadrimotor que sobrevoa a cordilheira dos Himalaias (ou alguma cadeia de montanhas do mesmo calibre). E rapidamente frita a mioleira, cabendo agora a nós conseguir controlar o avião (não é referido na aventura, mas somos um diplomata que pelos vistos também tem o brevet).

Se conseguirmos sair com vida do avião, temos logo de seguida outra missão espinhosa, que é a de sobreviver num ambiente inóspito, traiçoeiro, e, ainda por cima, com temperaturas de enregelar, capazes de atordoar o Abominável Homem das Neves.

Mas nas montanhas encontra-se um pequeno paraíso bem escondido da humanidade, Shangri-La, cuja população, mesmo tendo os seus problemas (e cabe a nós resolvê-los, única forma de irmos avançando na aventura), são bastante amigáveis. Até um certo ser que pensávamos ser um mito, iremos encontrar, e será mesmo peça chave para conseguirmos depois chegar até à civilização (se é que se pode chamar de civilização ao mundo Ocidental de hoje em dia). É que estas montanhas têm algumas características muito especiais e, sem entendermos exactamente tudo o que se passa (e passou) na região, não iremos conseguir escapar com vida.

As personagens vão surgindo de forma muito espontânea no local onde delas se espera, pelo menos inicialmente. É que depois, e conforme a acções que vamos tomando ao longo da aventura, estas deslocam-se de uns pontos para outros. Cabe a nós realizar as tarefas numa determina ordem, se queremos contar com a boa vontade dos locais. No final vamos ainda ter uma grande surpresa (e mais não dizemos).

Shangri-La foi construído com a mesma mecânica de Eclipsia (e possivelmente dos jogos seguintes - preparem-se, vem ai muita coisa, e corre o boato que a próxima é passada no Egipto). Mesmo a nível gráfico, existem semelhanças, com o ecrã duplo a fazer parte de praticamente de todos os cenáris que vão surgindo. 

De facto, este sistema, além de funcionar muito bem, permitindo ver dois diferentes locais ao mesmo tempo, é bastante atractivo, contribuindo para tornar o jogo mais apetecível, principalmente para quem não esteja habituado a aventuras de texto. O facto de se usar o GAC como parser, embora sendo bastante limitado ao nível da extensão dos textos que se pode colocar em cada ecrã, permite ter um interface gráfico mais bonito que a maior parte dos outros motores. É mesmo o mais indicado para quem se quer iniciar a jogar nestas lides. 

A trama também está bem esgalhada e, a tal dinâmica que referimos ao nível das personagens com quem interagimos, contribui para tornar este jogo ainda melhor que Eclipsia. Muito rapidamente entramos na história e queremos chegar ao paraíso, esteja ele onde estiver. Pelo menos nós levámos a aventura até ao fim, sempre com um sorriso nos lábios. Mas sempre bem agasalhados, pois as temperaturas não são as mais convidativas...

Mantenham-se atentos a Planeta Sinclair e à página do Luís Peres, pois brevemente iremos libertar mais esta aventura.

2 comentários:

  1. Haverá realizada alguma versão em PT?

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    1. Julgo que não, infelizmente é um nicho muito pequeno.

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