É sempre bom ver novos programadores a surgirem no panorama do ZX Spectrum, ainda mais quando nos trazem jogos tão agradáveis como este Johhny Danger y el Talismán de Fuego. O autor de tal proeza dá pelo pseudónimo de TxarlyBoy Games, e auguramos-lhe um futuro promissor na cena, ainda mais quando tem um jeito inato para as artes gráficas, a avaliar pelos cenários deste jogo.
Johnny Danger é então o equivalente a um Indiana Jones moderno, que tem, não uma, mas duas perigosas missões para cumprir (a condizer com o seu nome). A primeira delas passa por recolher as 18 peças de um talismã, para as levar para o Altar Sagrado do Templo Ancestral, cujas ruínas estão enterradas dentro de um vulcão prestes a entrar em erupção e que ameaça a região.
Depois de encontrar o altar, e partindo do princípio que conseguiu recolher todas as peças do talismã (se faltar alguma, lá terá que fazer o caminho inverso e encontrar a, ou as que estiverem em falta), é-lhe dado uma arma. Não um chicote, que pouca mossa faria nos inimigos, mas sim uma seis tiros, com 75 balas. Depois tem que fazer o caminho inverso e eliminar todos os inimigos, um por um (ou dois ao mesmo tempo, se tiver sorte). Convém dedo certeiro, pois apesar de termos 75 oportunidades para matar todos os monstros, e estes são das mais variadas formas e feitios, como poderão ver na página do autor, não existe grande margem para se falhar. E não é só porque os inimigos, se não forem eliminados, mais facilmente vêm ao nosso encontro, mas porque se deixarmos algum deles por levar chumbo e nos faltar as munições, não teremos oportunidade de terminar o jogo.
O jogo tem também uma curiosidade. Assim, por não termos uma arma à nossa disposição até conseguirmos terminar a primeira missão, esta parte é um pouco mais difícil que a segunda. Claro que além dos inimigos, que poderemos eliminar assim que tivermos a pistola, existem inúmeros obstáculos a contornar, nomeadamente as plataformas moveis, lava, água, plantas venenosas, etc., mas à partida a segunda missão fica mais simplificada.
Os cenários tremendamente coloridos encontram-se bem construídos, e apesar do caminho ser mais ou menos directo, teremos que atalhar em alguns pontos para conseguirmos chegar a todas peças do talismã. Quem está habituado aos jogos do MK1, irá sentir-se como peixe na água em Johnny Danger, e, se por vezes achamos que os jogos com estes motores são muito semelhantes entre si, quando são divertidos como é aqui o caso, rapidamente ultrapassamos essa sensação de déjà vu.
Podem então vir aqui descarregar à confiança este novo herói que dá pelo pomposo nome do João Perigoso. Não será altamente inovador, mas é divertido e motivante q.b. para manter o interesse até ao fim. Aguardamos agora pelos próximos jogos deste promissor autor. E não se esqueçam de fazer uma pequena doação... Podem também aqui ver o directo que Javi Ortiz, El Spectrumero, está a fazer neste momento, com honras de lançamento do jogo.
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