Nome: The Quest for the Sacred Flame of Hestia
Editora: NA
Autor: Simon Allan
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Simon Allan já é um veterano do mundo do Spectrum, tendo publicado a sua primeira aventura há quase 35 anos. Mas ainda antes de ter lançado o seu primeiro jogo em 1985, trabalhou num esboço de um jogo que nunca chegou a sair, The Quest for the Sacred Flame of Talos. Simon pegou então nessa versão, reescreveu a história de tal maneira que poucas semelhanças tem com o original, e nasceu The Quest for the Sacred Flame of Hestia.
A história da busca pela Chama Sagrada de Hestia, tal como o nome o indica, desenrola-se na Grécia Antiga. Assumimos a personagem de Jason, príncipe herdeiro de Aelson de Lolcus, e somos convocados para uma reunião urgente com o nosso pai na sala do trono, no palácio. O assunto em discussão é a construção do novo templo em honra de Hestia. Esse vai ter uma grande lareira cuja chama sagrada irá ser usada para acender todas as lanternas à volta das muralha, mas isso terá que ser feito antes da próxima Lua cheia. Começa aqui a nossa aventura...
O jogo desenrola-se por fases, a primeira passada no palácio. Depois da reunião com o nosso pai damos conta da gravidade da situação. São-nos fornecidas algumas dicas por esse, mas é urgente encontramos o guarda, que tem um objecto muito útil para nos dar, assim como a nossa mãe, para nos colocar ao corrente da missão. Esta encontra-se no seu local preferido, mas só irá para lá depois de cumpridas algumas tarefas. Aliás, é necessário algum cuidado, uma vez que alguns objectos apenas ficam visíveis depois de se examinar ("exam") muito bem os cenários.
Se executarmos todas as tarefas no palácio, há que trotar então para o porto, entrando assim na segunda fase (aquela onde ainda nos encontramos). Esta segunda parte apresenta mais perigos, até porque saímos da segurança do palácio e vamos meter-nos em locais menos recomendáveis. Vamos também encontrar algumas personagens amigáveis, mas outras nem por isso, e se não temos cuidado iremos acabar apunhalados numa valeta. No entanto a interacção com todas (ou quase todas) as personagens é fundamental para se conseguir avançar na missão, pelo que convém dar à língua ("talk").
Se conseguirmos reunir todos os objectos necessários para embarcar para Argo, avançamos então para a terceira fase. Ainda estamos encalhados com uma certa escotilha ("hatch"), pelo que não sabemos que novos perigos vamos encontrar, mas é curiosa a forma que o programador arranjou para nos indicar se temos ou não os objectos necessários. Isto porque vamos encontrar muitos objectos pelo caminho, mas apenas alguns irão ser úteis para serem levados para Argo. Assim, de cada vez que tentamos embarcar, aparece uma mensagem dizendo que não estamos ainda preparados para embarcar. Ao início apareceu-nos a mensagem quatro vezes em simultâneo, e até julgámos estar perante um bug. Só depois percebemos que o número de vezes que a mensagem aparece, está directamente relacionado com o número de objectos em falta. Foi uma forma bastante engenhosa por parte de Simon de nos fazer perceber quais os objectos que realmente têm interesse, num exercício a fazer lembrar o Mastermind.
E isso ainda se torna mais relevante por duas razões: em primeiro lugar porque temos um número limite de objectos que podemos carregar, pelo que não podemos limitarmo-nos a recolher tudo o que vemos pelo caminho. Em segundo lugar porque existe um tempo limite para completar a missão (255 passos ou acções), pelo que convém dosear muito bem o número de movimentos que vamos fazendo.
Apesar de ainda não termos conseguido chegar ao fim, já podemos ter uma ideia muito aproximada do que vamos encontrar neste estimulante jogo. Sempre apreciámos este tipo de aventuras onde vamos progredindo por fases, a fazer lembrar Two Days to the Race, embora sem o sistema de passwords. Por falar nisso, Davide Bucci já está a trabalhar no seu novo jogo e não deverá demorar muito até estar completo.
Os textos são agradáveis, não muito longos e de forma alguma maçadores, e vão contribuindo para nos manter o interesse. Os desafios também nos parecem lógicos, mesmo sendo a primeira fase um pouco fácil demais, parecendo apenas um pequeno aquecimento para aquilo que se vai encontrar mais à frente. É assim um jogo bastante recomendável e que seguramente irá ser do agrado de todos os que gostam do género. Aguardamos agora apenas por uma pequena ajuda para abrir a escotilha e entrar definitivamente em Argo...
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