quinta-feira, 24 de outubro de 2019

From Out of a Dark Night Sky: After the Dark


Nome: From Out of a Dark Night Sky: After the Dark
Editora: Zenobi Software
Autor:  John Wilson
Género: Aventura de texto
Ano de lançamento: 2019
Teclas: NA
Joystick:  NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

O final do primeiro episódio desta série iniciada em 1989, e que agora teve a continuação, já o dava a entender: a batalha apenas tinha começado. Aparentemente tínhamos destruído todos os casulos e erradicado a ameaça alienígena, mas as coisas não foram bem assim, e eis que nesta sequela andamos novamente às voltas com os agressivos seres verdes, que assim que nos topam, limpam-nos o sarampo.

A temática é um pouco diferente dos jogos a que estávamos habituados em John Wilson, mas nem por isso é menos interessante. Aliás, as paisagens de After the Dark fizeram-nos lembrar até um célebre jogo de estratégia de Julian Gollop, UFO, só que aqui não temos tropas para colocar no terreno, nem armamento sofisticado para dar conta das criaturas verdes, apenas o "old man", personagem principal desta aventura, e a sua experiência e engenho para utilizar os muitos objectos que vai encontrando ao longo da aventura, a maior parte deles "red herrings", apenas.

A aventura tem também outras nuances que a diferenciam dos jogos que conhecíamos de John Wilson. É sempre bom relembrar que apenas andamos nisto das aventuras de texto há relativamente pouco tempo, cerca de dois anos, e somos perfeitos ignorantes naquilo que a Zenobi lançou nos anos 80 e 90. Quando tivermos tempo, haveremos de lá ir, para já apenas, e por uma questão prática, fomos experimentar o primeiro episódio, que desde já recomendamos.


Assim, ao longo de mais de três dezenas de locais (quem disse que estávamos perante apenas uma mini-aventura?), constituindo um autêntico labirinto de estradas e caminhos pedestres, pântanos, valas, e ao qual não falta até uma casa abandonada e uma ponte que tem que ser desbloqueada para se poder aceder a novos locais, vamos descobrindo casulos e objectos, que poderão ou não ser úteis no cumprimento da nossa missão (já referimos os "red herrings"). O primeiro passo é fazer um reconhecimento da zona e o seu mapeamento, tendo ainda em conta uma dificuldade acrescida nesta tarefa: consoante o local de onde partimos, poderemos aceder ou não a um determinado destino. Alguns locais são apenas de ida, havendo barreiras naturais impossíveis de se transpor.

Este reconhecimento inicial é fundamental se queremos levar a missão a bom porto, pois o tempo está a contar. Esta é outra das novidades, existe um tempo limite, contado através do número de acções realizadas, findo o qual a aventura acaba (150 "turns", para sermos mais precisos). E por vezes aparece uma criatura verde que se nos descobre, bem, experimentem e vejam (uma dica: esperar é uma virtude). Não nos é portanto aconselhável examinar tudo o que vamos encontrando pelo caminho, há desde logo que fazer uma triagem daquilo que interessa e daquilo que é supérfluo.

Mas depois de fazermos a tal exploração inicial e fazer a destrinça dos objectos que são realmente necessários, começamos a obter resultados. Obviamente que até ai chegarmos tivemos inúmeros encontros indesejados e que recomeçar a aventura de cada vez que o tempo se esgotava, mas faz tudo parte do desafio proposto por John Wilson. Se estávamos à espera de algo fácil e imediato, podemos desde logo tirar o cavalinho da chuva, das aventuras que conhecemos deste autor, foi talvez aquela que mais dificuldades nos causou (e ainda causa). Não é assim a mais apropriada para iniciados, antes para os veteranos deste género de jogo, que irão aqui encontrar um desafio à altura das suas capacidades.

Nota adicional: como ainda não terminámos o jogo não actualizámos o mapa que deixámos há alguns dias.

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