Nome: Crown of the Mountain King
Editora: NA
Autor: Martin Vilcans
Ano de lançamento: 2021
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Comecemos pelo pontos negativos de Crown of the Mountain King. O primeiro, e talvez aquele que mais faz cair a nota deste jogo, que até tinha potencial para almejar outros vôos: a péssima escolha de teclas, sem possibilidade de serem redefinidas. "WAD" pode ser funcional para quem esteja habituado aos computadores modernos, mas experimentem a estar meia hora seguida numa máquina real a utilizar esta definição, e irão ver a tendinite com que ficam. Não se entende a escolha e, no nosso entender, consegue arruinar completamente uma experiência que tinha tudo para ser muito positiva.
Em segundo lugar, a falta de um objectivo visível e compensador para quem tenta ir até ao fim. Bastava colocar uma mensagem a congratular o jogador quando terminasse o desafio, dizendo por exemplo o tempo que levou a concluir a missão, e seria o suficiente para tornar a experiência muito mais gratificante. Da forma como está implementado, depois de fazermos o caminho até um ponto de não retorno, regressa-se ao início, apenas para se chegar à conclusão que nada acontece. Um pouco incompreensível.
Não deixa de se lamentar estas duas opções, que poderiam ser facilmente solucionáveis, mesmo tendo em conta que o jogo foi programado em dois dias (o que não deixa de ser notável), mas que, quer queiramos, quer não, condicionam em muito a avaliação final do jogo. É que apesar de ter gráficos muito simples, constituído maioritariamente por grandes blocos coloridos, e um som rudimentar, joga, e bem, os trunfos na mecânica de movimentação da nave, excelente, por sinal.
Esta, à semelhança de Coloco, ou mais recentemente Project: RE.VE.LATION, tem que se deslocar do ponto A ao ponto B, evitando tocar nas paredes. A força da gravidade impele-a para baixo, pelo que tem que usar os propulsores para a dirigir, tendo de levar em linha de conta com a inércia. Nos pontos intermédios, existem bases (uma barra branca), que permitem que a nave pouse em segurança, reabastecendo o combustível dos propulsores. Permite ainda fazer um momento de pausa, para depois voltar a fazer mais um trecho do caminho. Uma vez que foram concedidas vidas infinitas e quando se bate nas paredes, regressa-se à base intermédia de onde a nave saiu antes de bater, não existe qualquer necessidade em ser-se prudente. Se não se consegue à primeira, consegue-se à segunda, à terceira ou à centésima tentativa.
Assim, uma pena que o programador não tenha tido em conta os pormenores aqui assinalados, pois o jogo poderia tornar-se uma referência do género e de certeza que seriam solucionáveis muito rapidamente. Da forma como está, e apesar de captar inicialmente a atenção, rapidamente se chega ao fim e parte-se para algo mais gratificante, de preferência que não provoque tendinites.
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