quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Football Director II


Nome: Football Director II
Editora: D&H Games
Autor: Tony Huggard, John de Salis
Ano de lançamento: 1987
Género: Gestão desportiva
Teclas: NA
Joystick: NA
Número de jogadores: 1

Durante largos anos Football Manager foi o jogo de referência para quem queria assumir o papel de treinador de uma equipa de futebol. Até que em 1986, uma pequena editora que vendia essencialmente por mail order (correio), lançou no mercado um jogo que desde logo foi, merecidamente, um sucesso de vendas. Tal que levou ao lançamento um ano depois de uma sequela, que corrigia alguns dos pontos menos positivos do original.

Assim, em Football Director II já não temos que nos preocupar com aspectos corriqueiros como o prever a lotação da próxima partida, e que levava invariavelmente a gastos excessivos com policiamento, ou pior, tumultos nas bancadas e consequentes multas pecuniárias. Podemos assim focar-nos mais nos aspectos directamente relacionados com a gestão da equipa de futebol, muito embora continuemos a ter que gerir situações afectas a um director desportivo (daí o nome do jogo).

Temos assim todas as opções normais neste tipo de jogos, com um interface muito user friendly, e sem ter longos tempos de espera como em Football Manager (muito embora neste aspecto The Double seja melhor, pois é ainda mais rápido). Outro aspecto que merece algum reparo é o mercado de transferências, que funciona de um modo um pouco fora do vulgar. Temos assim que contratar olheiros (até 3), e depois todas as semanas seleccionar as equipas e tipo de jogadores que queremos ver. Só então poderemos fazer uma oferta por um jogador. Ao final de algum tempo torna-se aborrecido a repetição desta tarefa e perdemos a vontade de melhorar a equipa, apostando apenas na prata da casa, incluindo a equipa júnior (uma novidade neste tipo de jogos).

Uma outra fragilidade deste programa, e que só por isso impede-o de levar pontuação máxima, está relacionado com a excessiva dificuldade. O jogo tem 3 níveis de dificuldade, mas quando a nossa equipa atinge um determinado nível, automaticamente o nível sobe, sem que possamos fazer alguma coisa. Quer isso dizer que a nossa equipa pode estar bem classificada e de repente começa a vir por ai abaixo. Além disso, é virtualmente impossível conseguirmos ter receitas maiores que as despesas, tornando impossível adquirir jogadores no mercado.


Mas relativamente aos restantes aspectos, Football Director bate toda a concorrência e traz novos conceitos e ideias para o género. Necessitamos de usar intensamente as nossas células cinzentas se queremos ganhar jogos e ficarmos bem classificados. Começamos necessariamente mal o jogo, já que não temos uma equipa minimamente decente, no entanto, é bom que desde logo comecemos a obter resultados positivos, única forma de subir o moral da equipa e dos nossos jogadores começarem a subir o seu nível (trazendo depois como consequência a subida de nível).

Assim, para os aficionados dos jogos de gestão desportiva, esta é talvez a melhor aposta que poderão fazer. Apenas mais tarde surgiu Football Manager II, o único jogo a fazer séria concorrência a este Football Director II.

Sem comentários:

Enviar um comentário