segunda-feira, 9 de julho de 2018
Dizzy and the Mystical Letter
Nome: Dizzy and the Mystical Letter
Editora: NA
Autor: Hippiman
Género: Aventura
Ano de lançamento: 2018
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 128 K (TR-DOS)
Número de jogadores: 1
E sem que nada o fizesse esperar, os russos pegaram no motor do Dizzy e lançaram uma nova aventura do ovo mais famoso do Spectrum. Dizzy and the Mystical Letter é o nome deste novo jogo, e apesar de não ter a profundidade de Crystal Kingdom Dizzy, podem contar com umas boas horas de divertimento.
Desde logo deixamos três avisos à navegação. O primeiro é que o jogo apenas corre em 128 K no modo TR-DOS. Assim, nos vossos emuladores terão que selecionar essa opção se quiserem usufruir desta aventura.
Em segundo lugar, em alguns dos emuladores o jogo tem vindo a dar problemas, indo abaixo sem motivo aparente. Ao longo de duas horas, e até chegarmos ao final da aventura, utilizámos o Speccy e o Spectaculator e nunca fez crash. Poderá ter sido sorte, ou poderá ser da versão que temos dos emuladores.
Por fim, a aventura está em russo. Quer isso dizer que não conseguimos usufruir totalmente do jogo, nomeadamente dos diálogos. Mas apesar disso, os puzzles, regra geral, são intuitivos, e nem que seja por tentativa e erro conseguem dar com a solução. Além disso, quem já antes experimentou as aventuras deste simpático ovo, não terá também grandes dificuldades em perceber a mecânica de Dizzy and the Mystical Letter.
Quem nunca antes teve contacto com Dizzy ou outros jogos semelhantes da Code Masters (Slightly Magic, por exemplo) o que aqui pode esperar é uma típica aventura, com muitas plataformas pelo meio, onde teremos que ir pegando em objectos e levá-los aos locais certos, única forma de desbloquear ou ultrapassar obstáculos e poder chegar a novos pontos do cenário.
Alguns dos puzzles são bastante imediatos, outros já exigem algum pensamento lateral. Além disso têm que explorar muito bem todos os cenários, pois por vezes a solução encontra-se fora do raio de acção visível.
Ao contrário de algumas das outras aventuras de Dizzy, não vos é exigida muita destreza de dedos. O programador, que fez aqui um belíssimo trabalho, optou por colocar as fichas na resolução dos puzzles, em detrimento da acção, e no nosso entender fez muito bem. Doutra forma iríamos ter apenas mais um vulgar jogo de plataformas.
Os gráficos, como podem observar nos screenshots que aqui apresentamos, a par da música, roçam a excelência. Tremendamente coloridos, não evitando o colour clash, contribuem para dar uma atmosfera muito interessante a Dizzy, convidando-nos sempre a tentar ultrapassar mais um obstáculo para ver o que vem a seguir.
No entanto, e este talvez seja o maior ponto fraco deste jogo, a aventura não é longa. Em pouco mais de duas horas conseguimos terminá-la, e por isso (e apenas por isso), não lhe damos o galardão de "Mega Jogo". Fica lá muito próximo, mas o que podemos garantir é que quem pegue em Dizzy and the Mystical Letter, não vai descansar enquanto não o terminar.
O nosso conselho é então: metam gasolina no carro e conduzam Dizzy por este mundo encantado. Não se vão arrepender...
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