domingo, 22 de julho de 2018

Doom Pit


Nome: Doom Pit
Editora: Monument Microgames
Autor: Alessandro Grussu
Ano de lançamento: 2018
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1

Doom Pit tem uma longa história, pois é um remake de um jogo nunca lançado comercialmente, Death Pit. Supostamente a Durrell deveria ter lançado o jogo em 1985, mas esta prestigiada software house considerou que não tinha qualidade suficiente, não obstante ter o selo do mítico Clive Townsend. Mais tarde, em 2007, o jogo foi recuperado e a versão encontra-se disponível na web. Na nossa opinião, mesmo Death Pit apresentando alguns problemas de jogabilidade, é melhor do que muita coisa que aparecia na altura. Problemas à parte, a Monument Microgames resolveu finalmente lançar comercialmente o jogo e não fez por menos, juntou-lhe Doom Pit, da autoria do profícuo Alessandro Grussu, que agora analisaremos.

Tal como no original, controlamos um arqueólogo numa perigosa expedição, com o objectivo de recuperar artefactos deixados por uma civilização antiga e misteriosa. Carregamos connosco uma pá que é também a nossa principal arma contra as criaturas perigosas que percorrem o local da escavação. A partir do nível dois (são três níveis no total) poderemos comprar uma espingarda para eliminar estas criaturas, com óbvias vantagens em relação à pá, pois consegue-se abater um inimigo com apenas um ou dois tiros, em vez de andarmos à pazada a estes, bastante consumidor de tempo e com reflexos ao nível da recompensa monetária que poderemos vir a ter. Este é mesmo o único ponto que não apreciámos tanto no jogo, pois este método de despachar os inimigos faz-nos lembrar a saga Seto Taisho, embora nos pareça também que o sistema de colisão ficou agora melhora afinado. Mas adiante...


Nem todos os inimigos poderão ser abatidos. As galerias subterrâneas são também percorridas por fantasmas de exploradores que por ali deixaram a vida, e estes terão que ser evitados a todo o custo. Para dificultar ainda mais a coisa, existem galerias inundadas com água, ou pior, com resíduos tóxicos (a partir do segundo nível), pelo que será aconselhável estarmos munidos de uma garrafa de oxigénio e de equipamento de protecção, pois esgotando-se o oxigénio, voltamos ao início do nível, agora com menos uma vida e despojados dos artefactos que entretanto tivermos apanhado.

Para obtermos os equipamentos de apoio, teremos que ter dinheiro disponível para os adquirir, e esse obtém-se entregando os artefactos que vamos recolhendo na tenda (seis, sete e oito, respectivamente para primeiro, segundo e terceiros níveis). Entra então aqui a questão do tempo que levamos a resolver cada nível, e que antes referimos, pois se este se esgotar, perde-se um importante bónus que nos permitirá adquirir mais e melhor equipamento para o nível seguinte.


Os objectos têm também um peso relativo, pelo que não conseguiremos percorrer todas as galerias de uma só vez, antes percorrê-las faseadamente, delineando muito bem o caminho que se vai fazer, por forma a se obter o bónus do tempo. Assim, também a questão estratégica é um factor relevante em Doom Pit. Só após recolhermos todos os objectos, poderemos passar ao nível seguinte.

A jogabilidade é agora bastante boa, sendo talvez o factor que mais se diferencia do original. Para melhor claro, tendo todos os problemas que existiam na versão original, desaparecidos. Mas graficamente nota-se também uma boa evolução relativamente a Death Pit. A mesma linha de cenários é mantida, mas com estes a serem agora melhor definidos (vejam o dragão, por exemplo). E nem o colour clash existente lhes retira brilho.

Por outro lado, a música também está em sintonia com os lançamentos mais recentes, com melodias a acompanhar a exploração das galerias. Mas ao final de algum tempo temos tendência a baixar o volume, pois o som acaba por nos retirar a concentração, em especial quando vemos o bónus de tempo prestes a chegar ao fim.


Apesar deste lançamento ter um preço elevado (perto dos 25 euros) e que irá desincentivar alguns a comprá-lo, a embalagem incluí além dos add-ons fantásticos habituais na Monument Microgames, os dois jogos. Sim, estamos perante uma edição dupla, como já havíamos anunciado antes. Além de que vão ficar com um pedaço de história do Spectrum o que desde logo é um forte motivo para adquirirem Death Pit / Doom Pit (se ainda não estiver esgotado).

Mas mesmo quem compra os jogos para efectivamente os jogar e não apenas para coleccionar, como é o nosso caso, tem muito para explorar em Doom Pit, e seguramente que vai ficar satisfeito com o que vai encontrar neste lançamento. Ainda por cima com versão traduzida pelo próprio programador, que se deu ao trabalho de colocar as instruções e menus em português.

Aconselhamos-vos pois a obterem o mais rapidamente possível Death Pith / Doom Pit, não irão de certeza ficar desiludidos. Para o encomendarem, se ainda for possível, deverão aqui vir.


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