Nome: Souls Remaster
Editora: Retrobytes Productions
Autor: Atila Merino, Ivan Sanchez e Ignacio Prini
Género: Labirinto
Ano de lançamento: 2016
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Por vezes há coincidências engraçadas. Quis o acaso que a Retrobytes Productions tivesse lançado um novo jogo (The World War Simulator: Part II) e fossemos pesquisar o blogue a ele associado, dando com outro de 2016 que nos passou totalmente despercebido. Para dizer a verdade, Souls Remaster é uma versão melhorada de um jogo de 2013, Souls, que não nos tinha impressionado por ai além. Mas fomos então dar uma espreitadela, já que os gráficos eram muito prometedores, fazendo por vezes lembrar The Sword of Ianna.
E a primeira impressão não foi favorável. Tudo por culpa de um sistema de combate que na nossa opinião não é o mais feliz. Este baseia-se nos seguintes factores:
- Vida (vermelho): representa a força que temos e que permite suportar os golpes adversários
- Estamina: representa a resistência, quanto maior, mais golpes conseguimos executar num curto espaço de tempo (fundamental para vencermos os adversários)
- Magia: lança um feitiço que elimina o adversário
- Nível: representa o nosso poder, quanto maior, mais força, agilidade e energia temos
- Vida (rosa): força do adversário
Para se conseguir avançar nesta aventura (a fazer lembrar em tudo The Sword of Ianna) há que dominar estes cinco vectores. Tudo porque quando iniciamos a aventura, os nossos poderes encontram-se no nível um e apenas conseguimos dar conta de um inimigo de cada vez (e apenas dos mais fracos). De cada vez que eliminamos um inimigo, tomamos posse da sua alma (vai acumulando no lado direito do ecrã). Quando esta barra chega ao topo, subimos ao nível seguinte, aumentando o nosso poder e força, e permitindo dar cabo dos inimigos com maior facilidade.
E está aqui o segredo do jogo e que não percebemos imediatamente. É que de cada vez que matamos um inimigo, temos que voltar a um certo ponto (assinalado com uma espécie de garrafa em cima de uma base), e restabelecer a nossa força. Isso tem então três consequências. Em primeiro lugar a força volta ao máximo possível, tendo em conta o nível que nos encontramos. Em segundo lugar, sempre que morremos, será esse o ponto onde reiniciamos o jogo (em vez de voltar ao início). Finalmente, os inimigos que já eliminámos reaparecem. Teremos então que voltar a dar cabo de mais um inimigo, voltar a este ponto, e assim por diante até atingirmos um nível que nos permita fazer face aos inimigos sem grande dificuldade. Parece complexo, mas depois de apanharmos o esquema, é muito simples. Demasiado, até.
Depois de dominarmos esta parte e atingirmos um nível razoável (pelo menos quatro ou cinco, sendo doze o limite que provoca um reforço dos nossos poderes), poderemos então começar a explorar este mundo tenebroso, povoado de esqueletos, ratos e outros seres malignos.
Ao longo do trajecto temos que ir apanhando chaves, escondidas nas várias caixas, assim como mais magia. Esta só pode ser utilizada depois de encontrarmos o feiticeiro, até lá teremos que nos desenvencilhar à força da espada. É também necessário algum cuidado ao utilizarmos os feitiços, pois existem obstáculos no caminho (lápides) que só desaparecem com o uso de magia. E se os gastamos todos nos nossos adversários, corremos o risco de ficar bloqueado em algum ponto do labirinto.
Se formos bem-sucedidos, chegamos ao monstro do final do nível. Aqui, além de necessitarmos de ter os níveis de força bem recheados, necessitamos de mover-nos com muita rapidez e agilidade, tentando atacar as garras do monstro sem que esse nos atinja com os seus raios mortíferos. Escusado será dizer que convém que o nosso nível esteja no máximo, doutra forma seremos demasiado lentos e fatigar-nos-ermos demasiado rápido, sendo a morte do artista (ou do herói, como preferirem).
Os gráficos, como podem perceber pelas imagens que aqui deixamos, são excelentes, assim como o movimento do nosso personagem (não estranhem a lentidão nos primeiros níveis). No entanto, este sistema de combate necessitaria de ser afinado. Ao início é maçador ter-mos que estar constantemente a ir até aos ponto de restabelecimento da nossa força, por outro lado, quando atingimos um certo nível, torna-se demasiado fácil. Perante tudo isso, não faz sentido aqui falar em golpes ofensivos e defensivos, limitamo-nos a levar tudo à frente até o inimigo ser eliminado, sem sequer estarmos preocupados em sermos atingidos. No entanto, explorar este mundo é extremamente motivante (e viciante), e tal como em The Sword of Ianna, queremos sempre avançar mais um pouco para ver o que se segue.
Aconselhamos assim a experimentarem Souls Remaster (vale a pena perseverar), que apenas não leva nota máxima por o sistema de combate não ser o mais eficaz. O jogo é gratuito e pode aqui ser obtido.
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