quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Super Master


Nome: Super Master
Editora: NA
Autor: Lúcio Quintal
Ano de lançamento: 1990 / 2018
Género: Puzzle
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

E possivelmente a última review que fazemos a um jogo de 2018, tal como aconteceu com o primeiro jogo de 2019, é produto nacional. O seu autor é Lúcio Quintal, bastante conhecido de todos aqueles que frequentam o fórum do ZX Spectrum Directo da Arrecadação como é o nosso caso. O nome do jogo é Super Master e tem uma particularidade engraçada: a primeira versão surgiu em 1990. Muitos anos depois, o Lúcio pegou nessa primeira versão, melhorando-a, surgindo agora a v2 (o jogo foi lançado nos últimos dias de 2018).

Como também já perceberam pelos screenshots que aqui deixamos, Super Master é baseado no muito conhecido Mastermind. Este jogo de tabuleiro (quem passou pelos anos oitenta, de certeza que o deverá ter), inventado por Mordechai Meirowitz em 1971, vendeu mais de cinquenta milhões de unidades em oitenta países, tendo-se tornado-se no mais bem sucedido (novo) jogo da década de setenta.

De forma muito simplista deixamos as instruções. Assim, o original tem pinos de seis cores diferentes, excepto o preto e branco (estes existem, sendo menores e tendo outras funções). Existem quatro buracos grandes em cada fileira, somando dez fileiras, umas abaixo das outra e ao lado delas existe um quadrado menor onde vão sendo anotados os resultados. O objectivo é tentar adivinhar a combinação certa, que se encontra escondida. Sempre que há uma cor certa no buraco errado, é colocado um pino branco, enquanto que o preto significa que há uma cor certa no lugar certo. Desta forma tenta-se chegar à combinação correcta por tentativa e erro. Parece fácil? Experimentem...


O Lúcio fez então algumas alterações relativamente ao jogo original. Em primeiro lugar, o quadrado maior do lado direito será o local onde vamos colocando os pinos, neste caso vamos escolhendo as sete cores possíveis (em vez das seis que existem na versão de tabuleiro). Depois, em vez de existirem quatro buracos, foram colocados cinco, aumentando substancialmente o nível de dificuldade. Por outro lado, concedeu-nos uma pequena ajuda, e agora, em vez de termos apenas dez hipóteses de acertar na combinação vencedora, estas aumentaram para doze.

O que se obtém é então um jogo que nos obriga a utilizar as células cinzentas. É necessário muita perspicácia, mas também alguma intuição e uma boa dose de sorte, uma vez que as primeiras tentativas são aquelas que vão definir o sucesso (ou não) da nossa empreitada. Por exemplo, no jogo que fizemos abaixo, tivemos logo a sorte de nas primeiras tentativas não acertarmos em qualquer número. Parece um contra-senso, mas isso permitiu-nos desde logo eliminar os números 1, 2 e 3 do tabuleiro, facilitando a tarefa nas jogadas seguintes.


Os gráficos são básicos mas funcionais (mais também não seria necessário), e som é coisa que não existe (talvez o Lúcio faça uma terceira versão com algum beep sempre que fazemos uma jogada, e já agora com um loading screen catita, a comunidade do fórum poderá ajudar nisso). Mas para quebra-cabeças e jogos de estratégia pura, como é aqui o caso, também não é importante a música, pelo contrário, poderia distrair-nos e dar-nos uma desculpa para o insucesso, pelo menos perante os nossos amigos.

Como mini-jogo gostámos da forma como o Lúcio concebeu o tabuleiro e criou esta variante de Mastermind. Mais difícil que o original, sem dúvida, mas também mais desafiante. Temos a certeza que todos aqueles que gostam do jogo original, volta e meia virão aqui realizar umas partidas. Quanto aos outros, será uma boa maneira de se iniciarem na arte do Mastermind. E sendo produto nacional, é obrigatório pelo menos experimentarem, podendo aqui descarregar o jogo gratuitamente, cortesia do programador, e a quem deixamos o repto: que tal convencer os autores a libertarem Nave, jogo no qual participou e que parece ser muito prometedor?

1 comentário:

  1. Muito obrigado André, pela review e pelas sugestões de melhoria. Sim, poderá ser produzida uma 3a versão, parametrizavel (principalmente isso), com som, ecrã de apresentação. Abraço. Lúcio

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