domingo, 13 de janeiro de 2019
The Amethyst Dagger
Nome: The Amethyst Dagger
Editora: NA
Autor: Rafa Vico
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
E como diz o ditado, não há duas sem três. Depois de Elon M. with Jetpack e Mini Explorer XXXI, Rafa Vico lançou num curto espaço de tempo o seu terceiro jogo (saiu em Novembro, na altura passou-nos despercebido), The Amethyst Dagger, e este com um conceito totalmente diferente dos outros dois. Assim, em vez de um shoot'em'up, o que aqui temos é um platformer com nuances fora do habitual. Mas já lá vamos, primeiro a história...
Assumimos a pele de um aventureiro desempregado. As opções de trabalho são poucas dentro da nossa área de trabalho e quase todos os tesouros são descobertos por arqueólogos famosos ou ladrões descendentes de piratas. Mas surge então um nicho de mercado: o das adagas cobertas de pedras preciosas. Felizmente que ninguém se interessou por elas, e entramos então nós em cena. Algures nas Montanhas Púrpura está enterrado o Punhal de Ametista, concebido em quartzo verdadeiro. Cabe a nós procurá-lo, embarcando então nesta aventura, que mais não é que a continuação de "The Emerald Dagger", jogo de 1985 que serviu de base não só para este lançamento, mas também para os jogos "Rock Rain" da GP2X.
Assim, ao longo de quarenta níveis (quando terminamos o jogo, recomeça em cenários por onde já passámos), temos que alcançar a porta de saída. Esta, normalmente está num ponto mais elevado, e só conseguimos lá chegar depois da mesma ficar acessível através dos blocos que vão caindo do céu. Sim, leram bem, os blocos vão caindo do céu e vão construindo plataformas mais elevadas que nos permitem ir para os pontos mais altos do cenário. E aqui reside o principal factor que o diferencia de muitos outros jogos do género: o factor "sorte". Isto porque os blocos vão caindo de forma aleatória, e necessitamos de facto de alguma sorte para que estes não nos deixem encurralados entre as paredes, sujeitos depois a levar com um bloco em cima, tirando-nos uma vida.
E porque é que ficamos encurralado, perguntam-se? Porque o nosso salto é limitado em termos de altura e normalmente apenas conseguimos saltar para a plataforma imediatamente acima. Se acontece ficarmos num buraco com dois ou mais blocos de ambos mais elevados, então ficaremos sem possibilidade de escapatória, até levarmos com um bloco em cima, perdendo-se uma vida. E por vezes recomeça-se o nível levando logo com um bloco em cima, ou pior, voltando a cair no buraco. Este factor "sorte" é talvez o ponto fraco mais visível deste jogo, tornando a missão ingrata, para não dizer injusta.
Mas além de estarmos dependentes da ordem com que os blocos caem do céu e que nos permitem saltar para plataformas mais elevadas ou ficar encurralados, também temos que ter em atenção os pedregulhos, que se nos tocam deixam-nos momentaneamente atordoados e sujeitos a levar com um bloco em cima sem podermos fugir, assim como alguns passarocos, que fazem vôos picados sobre nós e quando nos atingem, empurram-nos para pontos que normalmente nos levam à morte.
Felizmente que nem tudo está contra nós. Pontualmente encontramos vidas extra (algumas em passagens secretas que temos que encontrar), e cerca de um quarto dos ecrãs não tem qualquer armadilha, o que também não parece fazer muito sentido, mas que pelo menos permite alguns momentos de pausa e descontracção.
Mas não se pense que o jogo é mau, nada disso. A jogabilidade é interessante, e tem aquele toque que nos leva sempre a tentar ir um pouco mais à frente e ver que perigos se encontram no ecrã seguinte. Mesmo sendo o rosa a cor predominante, os gráficos servem para o efeito, fazendo-nos lembrar Fred, jogo espanhol de 1984. E a música (apenas no modo 128 K), sendo semelhante aos restantes jogos de Rafa Vico, desta vez não nos caiu no goto. Optámos por jogar sem melodia, o que de forma alguma influenciou no prazer que retirámos do jogo.
Assim, não sendo uma obra-prima, até porque o factor "sorte" impede que se atinja um patamar mais elevado, consegue-nos divertir até completarmos os quarenta níveis necessários para se encontrar o punhal. A partir daí, já não tivemos paciência para continuar.
Quem quiser experimentar The Amethyst Dagger, poderá vir aqui buscar o jogo.
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