quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Future Race


Nome: Future Race
Editora: Kabuto Factory
Autor: Baron Ashler
Ano de lançamento: 2019
Género: Race'n'chase
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Saiu novo jogo para a competição BASIC 2020, da Bytemaniacos (patrocinada por Radastan), e com um tema surpreendente: um race'n'chase à boa maneira de ilustres antiguidades como Race Fun. Aliás, ainda não há muito tempo nos lamuriávamos pelos fóruns do Facebook, dizendo para quem nos quisesse ouvir, que tínhamos saudades de jogos deste género, e Baron Ashler fez-nos a vontade. Mas em primeiro lugar vamos à história de Future Race...

Num futuro não muito distante, as estradas tornaram-se um perigo real (para dizer a verdade, já o são, pelo menos em Portugal). Centenas de kamikazes participam e apostam nas corridas ilegais, as "Future Race", fazendo das estradas autênticos circuitos para darem asas aos seus veículos motorizados. Ninguém está isento de morrer vítima dessas corridas ou até de participar nelas. E nós, na pele de Suzume, um jovem piloto, fomos forçados pelas máfias locais que controlam as "Future Races" a participar numa dessas corridas diabólicas.


Como deu para perceber, fomos lançados às feras e temos agora que nos desenvencilharmos. Assim, ao volante de uma potente mota, temos que ir completando cada um dos níveis. Estes são constituídos por quatro fases (ver canto superior das imagens), e apenas chegamos ao fim se não deixarmos secar o tanque de combustível. Sim, ao invés de termos que cumprir as etapas num tempo limite, como acontece com a maioria dos jogos do género, o objectivo é apenas um: terminar a corrida.

Dito assim parece muito fácil, mas o que acontece é que naturalmente, e à medida que vamos fazendo quilómetros, o combustível vai-se gastando. Se andarmos mais lentamente, o consumo também é maior. No entanto, se andarmos sempre na mecha, corremos o risco de não fazermos as curvas ou de bater contra os outros concorrentes. E de cada vez que isso acontece, perdemos uma parte substancial do ouro negro.

Nos primeiros níveis a concorrência é pouca, e com maior ou menor dificuldade conseguimos chegar à meta com algum combustível. No entanto, a partir do terceiro nível, a concorrência começa a andar aos pares, e arranjar um espacinho para meter a nossa mota sem ir contra os outros, é o cabo dos trabalhos.


Obviamente que estamos a falar de um concurso exclusivo para jogos programados em Basic. Neste caso o seu autor utilizou o HiSoft Basic Compiler, pelo que milagres não existem. Não esperem assim pela fluidez de movimentos de um Super Hang-On ou um Enduro Racer. Logicamente que isso seria impossível. No entanto, e mesmo os movimentos sendo frame a frame, consegue-se ter uma razoável sensação de velocidade.

Por outro lado, os gráficos são bastante interessantes, tendo em conta a linguagem com que foram criados, sendo mesmo melhores que muitos jogos do género que apareceram nos anos 80 (e que utilizam código-máquina). Ao nível do som é que não é possível fazerem-se mais milagres, mas isso também é um pormenor.

Assim, tendo em conta o intuito do jogo e a forma como foi criado, é um exercício muito válido e que seguramente vai conceder uns bons momentos de diversão a quem o experimentar. Veremos é se têm mãozinhas para esta potente mota...

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