quinta-feira, 30 de março de 2017

Super Hang-On


Nome: Super Hang-On
Editora: Electric Dreams
Autor: Chris Wood, ZZKJ, Mevlut Dinc
Ano de lançamento: 1987
Género: Race'n'chase
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Super Hang-On foi um mega-sucesso nas máquinas de arcada, e não era de admirar, pois apresentava-nos um jogo bastante competente, e que além disso tinha um "mimo": o de jogarmos sentados no chassis de uma mota. Com tudo isso temeu-se que a conversão para as máquinas de 8 bits não corresse bem. Mas os receios foram infundados, pois Super Hang-On supera mesmo Enduro Racer num aspecto particular, o da longevidade.

De facto, enquanto que Enduro Racer apresentava apenas cinco trechos o que levava a que com maior ou menor rapidez, consoante a habilidade de cada um, terminássemos o jogo rapidamente, Super Hang-On apresenta dezenas de trechos espalhados por quatro níveis de dificuldade, correspondentes a cada um dos continentes. No fundo estamos perante quatro jogos diferentes, dois em cada lado da cassete.

Os iniciados deverão começar em África. São apenas seis trechos, e se os dois primeiros são relativamente fáceis de ultrapassar, quando chegamos ao terceiro as coisas começam já a complicar-se, pois as curvas são mais acentuadas e de cada vez que tocamos noutra mota ou nos espalhamos (quando somos projectados contra os obstáculos laterais), ou perdemos tempo precioso.


Quando tivermos chegado ao fim de África estamos então em condições de ir para a Ásia (dez trechos), com um nível de dificuldade um pouco superior. Segue-se a América com catorze trechos e finalmente a Europa com 18 trechos, onde o nível de dificuldade é máximo e ultrapassar o primeiro nível é o cabo dos trabalhos. Relevante é o facto de podermos iniciar cada um dos continentes sem termos terminado o anterior (para isso basta carregar o jogo ou ficheiro correspondente).


Ao nível da jogabilidade, gráficos e até som, Super Hang-On é muito semelhante a Enduro Racer, o que desde logo é sinal de que estamos perante uma conversão top e é garantia de que iremos deliciar-nos com este jogo durante muito tempo. Único sinal menos para um pequeno pormenor: quando andamos a uma velocidade mais lenta, muitas vezes somos abalroados por trás sem ter a mínima hipóteses de nos desviarmos, levando a que aquilo que até ai estava a ser uma corrida perfeita fique irreversivelmente comprometida.

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