segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Mini Explorer XXXI
Nome: Mini Explorer XXXI
Editora: NA
Autor: Rafa Vico
Ano de lançamento: 2018
Género: Shoot'em'up
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
A equipa que desenvolveu Elon M. with Jetpack, remake de um clássico do Spectrum, desenvolveu simultâneamente Mini Explorer XXXI, neste caso remake de um obscuro (e mau) jogo lançado em 1988 pela editora espanhola Dro Soft, Explorer XXXI. E se no primeiro caso, seria quase impossível fazer um jogo tão bom como Jetpac, neste caso seria muito difícil fazer algo tão mau como o original espanhol. Não o fizeram, mas nem por isso estamos perante um bom jogo. Mas já lá vamos...
A história é praticamente a mesma, apenas com variações insignificantes. Assim, viajámos dos século XXXI para salvar o nosso planeta. A Terra atravessou uma catastrófica tempestade espácio-temporal com consequências desastrosas, pois a partícula inter-temporal RZ-800, que mantinha a nossa galáxia estabilizada desde o seu nascimento, foi catapultada para o passado. Se esta partícula não regressar ao tempo presente, toda a galáxia irá colapsar. Não temos outro remédio senão encontrá-la.
O original de 1988 era praticamente injogável, com sprites enormes, num jogo que se terminava em meia dúzia de minutos. Rafavico manteve a base ao nível dos cenários, mas teve o bom-senso de diminuir o tamanho dos gráficos, aumentando assim a jogabilidade. E também por isso o nome "Mini" no título do jogo. De resto, a mecânica de Elon M. with Jetpack está aqui presente, controla-se um pequeno robô, com a capacidade de voar através do seu jetpac. Os inimigos surgem às dezenas, mas estamos equipados com uma arma e basta um tiro para os mandarmos para outro século.
A acção desenrola-se da direita para a esquerda (tal como no original), surgindo alguns obstáculos pelo meio que terão que ser sobrevoados. Dar gás ao jetpac é também uma outra forma de conseguirmos escapar aos inimigos, mas temos que utilizar com alguma parcimónia, pois o combustível esgota-se rapidamente. Felizmente que assim que o deixamos de utilizar, os níveis são repostos.
Algo estranho e que a nosso ver facilita demasiado a tarefa é o facto de também a nossa energia ser reposta quando atingimos alguns inimigos. Assim, se nos colocarmos em algum ponto onde os inimigos não nos possam alcançar (depressa descobriremos esses pontos, até porque os robôs voadores não chegam ao chão), e porque existe um limite de inimigos no ecrã, rapidamente conseguimos recuperar a energia perdida eliminando os inimigos que não têm a capacidade de voar. Parece-nos que neste aspecto algo deveria ter sido melhor afinado, da forma que está, assim que descobrimos a manha, o jogo torna-se demasiado fácil.
Outra fragilidade, embora aqui o programador tenha optado por não desvirtuar o original (ao contrário do que fez em Elon M. with Jetpack), é a sua pequena dimensão. São apenas cerca de duas dezenas de ecrãs, a maior parte deles ultrapassados em poucos segundos, o que faz com que a longevidade seja muito fraca. E nem o facto de haver duas barreiras pelo caminho que apenas abrem após eliminar-se alguns inimigos, faz com que o desafio seja maior.
E é uma pena, pois pensamos que aqui Rafavico talvez pudesse ser um pouco mais ambicioso, aumentando o número de ecrãs, ou mesmo criando tarefas extra para serem cumpridas. É que os cenários até são bastante interessantes, a jogabilidade é razoável, com uma grande rapidez de acção apesar do número elevado de objectos no ecrã, e apenas peca por ser demasiado fácil e terminar-se em meia dúzia de minutos.
De qualquer forma, este é o segundo programa deste autor a entrar na competição ZX-DEV-MIA-Remakes, e não o desprestigia de forma alguma, apenas achamos que um pouco mais de ambição traria mais algum "sal" a este jogo. Da forma como está, é apenas mais um mini-jogo, podendo aqui ser descarregado.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário