domingo, 17 de março de 2019

Dragonfire ZX


Nome: Dragonfire ZX
Editora: NA
Autor: Luca Bordoni
Ano de lançamento: 2019
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

As conversões dos jogos do Atari 2600 parece que vieram para ficar. Sinceramente não nos parece que faça muito sentido, pois regra geral os jogos para essa plataforma são fracos, sem que permita sequer aproveitar as capacidades do Spectrum. Vale apenas pela nostalgia, e embora as conversões que até agora foram feitas sejam competentes e bastante fiéis ao original, isso não faz com que sejam boas. E Dragonfire ZX não é diferente.

Não nos interpretem mal, o jogo não é mau, Luca Bordoni sem dúvida que domina o AGDX, mas parece-nos que talvez pudesse ter sido um pouco mais ambicioso e trazer alguns elementos novos a Dragonfire ZX, que por si só é bastante limitado. O principal problema é mesmo a sua longevidade, pois estamos perante apenas dois ecrãs que se repetem (talvez) até à exaustão, apenas a velocidade vai aumentando. E dizemos "talvez" porque a partir de certo ponto vamos parar a um ecrã vazio de tesouros, mas cuja porta de saída não aparece, sem possibilidade de se passar de nível (ver ecrã abaixo). Bug ou escapa-nos alguma coisa, fica a dúvida...


Comecemos então pelo segundo dos níveis, já que falávamos dele. Este começa na arrecadação e é visto de cima. O nosso personagem inicia a sua tarefa numa porta de entrada, poiso seguro, pois o enorme dragão anda de um lado para outro a vomitar bolas de fogo. Se estas nos atingem, perdemos uma vida. No ecrã acima não é visível, mas o objectivo é apanhar todos os tesouros que aparecem inicialmente, só então surge uma porta de saída que temos que alcançar, pelo que regressamos ao nível inicial, mas agora com uma velocidade crescente.

O primeiro nível é visto lateralmente e desenrola-se ao longo de uma ponte levadiça, entre as duas torres de um castelo. Entretanto, o dragão, que nesta fase não é visível no ecrã, atira-nos com bolas de fogo. Estas surgem aos pares, com muito pouco tempo entre elas, e de duas posições diferentes. Se vierem rente ao solo teremos que saltar sobre elas, por outro lado, se vierem rente à nossa cabeça, teremos que nos abaixar. Atingindo-se a torre do lado esquerdo, entramos na arrecadação, e todo o processo se repete.


Como conversão está perto da perfeição e até consegue divertir por uma partida ou duas. Mas não mais que isso, pois torna-se rapidamente monótono e o único objectivo passa por se tentar obter a maior pontuação possível. No fundo aquilo que acontecia em muitos dos primeiros jogos que apareceram para o Spectrum. No entanto, mais de trinta e cinco anos se passaram...

Parece-nos assim que Luca Bordoni, que até é bastante talentoso como já antes nos provou, desperdiça o seu tempo em projectos menores e que apenas terão um sucesso limitado e efémero. Não obstante, se já descarregaram Dragonfire ZX, também não perdem muito em o experimentar...

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