domingo, 13 de outubro de 2019

Eight Feet Under


Nome: Eight Feet Under
Editora: Pond
Autor:  Stefan Vogt
Ano de lançamento: 2019
Género: Aventura de Texto
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Quando há mais de um ano Stefan Vog lançou o aclamado Hibernated 1: This Place is Death, estávamos com uma viagem às costas, pouco tempo disponível para jogos que exigissem mais tempo, como é o caso deste, e não o conseguimos terminar. Mais recentemente, e também por causa do lançamento de Eight feet Under, fizemos questão de voltar a pegar em Hibernated 1, desta vez levando-o até ao fim, tendo então oportunidade de entender esta absorvente aventura em toda a sua plenitude. E levar-nos também a pensar que era jogo para ter o galardão de Mega Jogo, o qual não o obteve, e por este facto fazemos agora mea culpa. Esperemos ainda estar a tempo de ser perdoados pelo lapso...

Entretanto o jogo teve o reconhecimento merecido, e também por essa razão, uns meses mais tarde, Vogt lançou uma edição de luxo, cuja grande novidade foi a inclusão de um jogo de bónus no lado B, precisamente Eight Feet Under, que tivemos agora oportunidade de experimentar, levando-o até ao fim e dar-lhe o reconhecimento devido. E não se pense que por ser um jogo extra é um produto menor. Muito pelo contrário, são quatro partes, que embora não sendo particularmente grandes, se complementam na perfeição, tornando-a uma mega aventura. Mas façamos primeiro um enquadramento à história, pois é fundamental para se conseguir levar Eight Feet Under até ao fim. Isso e antes terminar Hibernated, razão para o termos feito em primeiro lugar...

Em Eight Feet Under vamos então finalmente perceber os eventos que aconteceram na nave alienígena através dos olhos de um protagonista inesperado: Vermin Extermination Unit 4, também conhecido como Vlad. É assim revelada a sequência de acontecimentos ao longo de quatro capítulos, divididos em duas partes (a segunda acessível através de uma password). Mas não se pense que não ficará uma história para contar, pois já está prometida a sequela de Hibernated 1, continuando a narrativa de Olivia. Para já vamos regressar a Vega, assumindo o papel de Vlad, tendo como missão salvar Olivia e Io dos perigos e segredos misteriosos que espreitam nas profundezas da nave infestada de alienígenas.


Relativamente a Hibernated, e segundo as palavras do autor, com as quais evidentemente concordamos, o jogo é menos narrativo e mais orientado para a resolução dos quebra-cabeças. Obviamente que será mais do agrado daqueles que pretendem imediatamente meter as mãos na massa e avançar na aventura, mas por outro perde-se um pouco a oportunidade de ter uma história tão ou mais absorvente que o primeiro episódio. No entanto, olhando para os dos jogos como um só, o que temos aqui é uma aventura grandiosa, com um ambiente sci-fi (do género abordado por ISS Emergency), fazendo a conexão com obras como Aliens ou The Thing.

São então quatro tomos, divididos da seguinte forma:
  • I. Closer to the Stars
  • II. The Queen of the Swamp Crawlers
  • III. Breaking Barriers
  • IV. Kingdom of the Sting Tail Scourges
Cada um deles traz diferentes ambientes e desafios, mas todos bastante equilibrados. Tanto que não conseguimos sequer dizer que gostámos mais de um em detrimento dos outros. O primeiro deles, Closer to the Stars, resume acontecimentos passados há 32.482 Gyan Cycles (medida de tempo utilizada). A missão é encontrar os robôs de manutenção que se encontram desaparecidos, reparar o transmissor de hiperespaço e proceder à descontaminação do convés. O segundo capítulo passa-se pouco tempo depois de termos finalizado a primeira das missões (32.476 ciclos atrás), e relata o desaparecimento dos "masters". Quanto aos dois últimos capítulos, estes decorrem já na era presente. É ai que descobrimos Olivia e Io, mas também que os antigos "masters" há muito desapareceram, excepto o navegador, e que estes não entendem sequer a nossa linguagem (expressamo-nos por código binário, e a certa altura dizemos o nome da editora nessa linguagem, o que de resto já acontecia no ecrã de carregamento de Hibernated). E se tudo correr bem, desenrola-se uma autêntica carnificina no último capítulo, gozando o nosso personagem com a situação, como há muito não o fazia.


De realçar ainda algumas diferenças relativamente a Hibernated, a principal sendo os comandos direccionais, que agora tomam a forma de fore (f), port (p), starboard (s) e aft (a). Dai que seja também conveniente ler as instruções (podem ser vistas aqui), para mais facilmente ficarem enquadrados em Eight Feet Under.

Assim, palavras como absorvente, estimulante e épico não são demais para descrever esta aventura (ou quatro mini-aventuras, como preferirem). Enquanto não chega Hibernated 2, podemos ir aguçando o apetite com Eight Feet Under. Mesmo sendo difícil e a exigir fluência ao nível da língua inglesa, depois de nos embrenharmos nesta nave, não descansamos enquanto não descobrirmos o que se passou. Além de que iremos passar uns bons momentos a exterminar seres alienígenas...

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