terça-feira, 17 de novembro de 2020

Chiquito: Pecador de la Pradera & Fistro Diodenar


Nome: Chiquito: Pecador de la Pradera & Fistro Diodenar
Editora: Polybius
Autor: Manu Sevilla
Ano de lançamento: 2020
Género: Acção
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K

Chiquito pode não dizer muito aos portugueses (na realidade nunca tinha ouvido falar nesta personagem), mas é alguém que diz muito a nuestros hermanos. Além de cantor de flamengo e humorista, foi também um actor e artista famoso de variedades, pelo menos no país vizinho. Faleceu em 2017, mas ainda deixa saudades, tanto que Manu Sevilla decidiu dedicar-lhe uma bonita homenagem na forma de um jogo para o Spectrum, baseado num programa particular e que podem ver no vídeo abaixo.


Sendo uma homenagem a Chiquito, seria de esperar que assumíssemos a sua pele, o que efectivamente acontece. Deixamos já aqui uma primeira nota, o sprite com a personagem está realmente muito parecido com o Chiquito real. E o objectivo é muito simples, do lado esquerdo estão empilhados numa coluna vários blocos com letras e do lado direito vai caindo, numa outra coluna, blocos com letras e outros símbolos, que deverão ser agarrados e levados para o bloco com a letra correspondente no lado esquerdo. Se a coluna do lado direito atingir o limite de peças (quando chega ao cimo), perde-se uma vida. Por outro lado, o caminho entre as colunas é perigoso, pois um canhão vai enviando torpedos, que se nos atingem, delapidam mais uma vida.

Mas o jogo exige também uma certa estratégia, pois os torpedos também têm uma outra utilidade. Assim, se pegarmos num bloco com uma letra que não têm correspondência no lado esquerdo, levando-a contra o torpedo, desaparece. Muito útil para não deixar acumular os blocos do lado direito.


O desafio não é nada fácil, pois a velocidade da acção e a própria velocidade com que os blocos vão caindo é estonteante. Experimentem estarem com atenção às letras que são necessárias para levar para o lado esquerdo, ao tamanho da coluna à direita, sempre com blocos a caírem, e aos próprios torpedos, e rapidamente se percebe que não se consegue dar conta de tudo ao mesmo tempo. Claro que os primeiros níveis são relativamente simples, pois as letras caem com uma frequência mais pausada e porque os próprios torpedos são em menor número. Mas a partir do quarto nível, a velocidade dispara, e só mesmo os mais habilidosos vão conseguir completá-lo, necessitando ao mesmo tempo de alguma sorte à mistura. Não é exercício para os mais nervosos, que rapidamente ficam com vontade de enviar o computador pela janela. De qualquer forma, se acharem que é fácil, experimentem então a versão Fistro Diodenar, contemplando mais inimigos, duplicando o nível de dificuldade.

Parece-nos assim que dos três últimos jogos desta equipa, e apesar da sua simplicidade, foi aquele que mais nos atraiu e que nos irá fazer voltar com mais regularidade. Ideal para se jogar em família, tentando competir pelo níveis. Só é pena não mostrar a pontuação, pois sem dúvida que iria aumentar o seu interesse. 

Uma nota final para a voz sintetizada de Chiquito e a melodia, muito bem conseguidas, fazendo aumentar a tensão do jogador.

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