quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Irmãos Feijoca


Nome: Irmãos Feijoca
Editora: NA
Autor: Dave Hughes
Ano de lançamento: 2018
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: NA
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1

Dave Hughes continua imparável. Além de responsável pela revista WOOT!, que todos os anos anima a nossa época natalícia, ainda tem tempo para ir lançando divertidos platformers. Bean Brothers é mais um jogo do género, mas que contém duas particularidades que desde já queremos referir.


A primeira é que o jogo encontra-se traduzido para a nossa língua. Planeta Sinclair fez mais uma "perninha" e ajudou o programador nas traduções. De facto, o mercado português e brasileiro começa a revelar-se cada vez mais interessante, com uma dinâmica de fazer inveja a muitos países onde o Spectrum até esteve mais fortemente implantado, o que nos deixa muito feliz (e espantados, se queremos ser justos).

O segundo ponto que distingue este jogo de outros do género, é o facto de assumirmos a pele de dois personagens, que apenas unindo esforços conseguem resolver os puzzles. Em certos aspectos a fazer lembrar Head Over Heels (com as devidas diferenças, claro). Essas personagens são Baz e Boz, mais conhecidos como os Irmãos Feijoca.


Irmãos Feijoca tem vinte níveis, correspondendo a cada um deles uma sala com diferentes puzzles para resolver, por forma a conseguirmos chegar ao portal de saída que nos leva para o nível seguinte,

Mais do que a precisão no local e tempo de salto, que também é necessário, teremos que analisar com atenção cada sala, descobrir o que cada alavanca faz, e delinear muito bem o caminho a fazer. Embora não havendo um tempo limite para resolver cada nível, pontualmente teremos que actuar muito rápido. Isso porque por vezes começamos os níveis em pontos de passagem dos inimigos, e teremos que desviar não uma, mas duas personagens em simultâneo, pois basta um delas ser atingida para termos que recomeçar essa sala.


Outras armadilhas vão também aparecendo, como por exemplo o célebre piso que desaparece, à boa maneira de Manic Miner, o que implica mais uma vez reacção e reflexos rápidos, por forma a não ficarmos bloqueados em pontos sem saída, ou a cairmos em armadilhas. Duma forma ou doutra apenas temos um remédio: recomeçar o nível.

Criado com o Arcade Game Designer, que começa já a ser usado com muita mestria por David Hughes, Irmãos Feijoca apresenta uma boa jogabilidade, com um nível de dificuldade perfeitamente ajustado à destreza de um jogador de nível médio, tornando o jogo difícil, mas não impossível, frustrante, mas sem levar à desistência prematura, muito embora suspeitemos que a figura do lado irá aparecer com mais frequência do que a desejável.


Os gráficos estão bem imaginados e o som é tem uma excelente melodia, mas também não interessava para o caso, pois iremos estar tão embrenhados na resolução dos puzzles, que nem teremos disposição para grandes musicais.

Parece-nos assim que este é um dos melhores jogos que Dave Hughes lançou até agora, constituindo sem dúvida um excelente divertimento e que nos vai agarrar até os vinte níveis serem resolvidos.

Irmãos Feijoca poderá ser obtido, quer na versão inglesa, quer na "nossa" versão, na revista digital Woot! 2018.

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