sábado, 14 de dezembro de 2019

Alone in Darkmaze


Nome: Alone in Darkmaze
Editora: NA
Autor: Dmitry Krapivin
Ano de lançamento: 2019
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K / 128 K
Número de jogadores: 1

Agora que a competição Yandex Retro Games Battle 2019 terminou e os resultados foram divulgados, já podemos então avançar com as reviews. Como fazíamos parte do júri, não seria correcto estar a divulgar a nossa apreciação de cada um dos jogos antes dos resultados finais. Assim, os próximos dias irão ser bastante preenchidos em termos de análise dos jogos...

O primeiro do lote de 19 que foi a concurso é de Dmitry Krapivin, um dos mais profícuos programadores do Spectrum. Chegava a criar mais de um jogo por mês, embora a maior parte fossem bastante pequenos e apenas sofríveis. Teve agora oportunidade de desenvolver algo mais profundo e o resultado é agradável, pese embora algumas lacunas.

O estilo faz um pouco lembrar o mítico Fred, apenas que visto de cima e a preto e branco. O nosso personagem foi deixado num labirinto escuro e para podermos escapar temos que encontrar um artefacto especial. Logo à partida estão identificados os primeiros problemas que teremos que ultrapassar. Assim, escuro porque enquanto não corremos os corredores do labirinto, esses não se vêem, escondendo as possíveis saídas, mas também porque escondem os próprios monstros que as masmorras encerram.


Depois porque este labirinto é de facto labiríntico, se nos desculpam o pleonasmo. A maior parte dos corredores não vão dar a lado algum, mas é obrigatório corrê-los, pois só assim conseguiremos encontrar as chaves que abrem as portas que permitem o acesso a novos corredores.

Por fim, os monstros, como havíamos referido. São em número de oito, estão escondidos nos corredores, e assim que detectam a nossa presença, atacam-nos. Temos muito pouco tempo para reagir, pois surgem de partes que ainda não visitámos do labirinto, e por isso ainda sem visibilidade, querendo isso dizer que quando damos pelo monstro, já este se encontra muito próximo de nós e pouco tempo teremos para o atingir com a única arma ao nosso dispor: as bolhas. Estas são disparadas na direcção do monstro e depois de o atingir, terão que voltar a ser recolhidas, doutra forma perdemos a nossa única vantagem.


Algumas das lacunas são logo visíveis à vista desarmada (ou ao ouvido). Os gráficos são quase exclusivamente monocromáticos, e se bem que adequados ao tema de um labirinto escuro, no entanto não deixam de retirar alguma atractividade ao jogo. Por outro lado, a música (apenas no modo 128K) é demasiado repetitiva, e nem nos parece que seja a mais adequada à temática de Alone in Darkmaze. Talvez algo menos ambicioso fosse mais aconselhado, e poder-se-ia ao menos ouvir o barulho dos nossos passos.

No entanto não se pense que o jogo é desinteressante de todo. A sensação de claustrofobia e receio pelo desconhecido encontra-se lá, muito por força do caminho apenas ser revelado à medida que o vamos percorrendo. No entanto, depois de o terminarmos, e nem é preciso muitas tentativas para que isso aconteça (não é particularmente difícil), pouco incentivo temos para a ele voltar.

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