domingo, 16 de fevereiro de 2020
The Curse of Trasmoz
Nome: The Curse of Trasmoz
Editora: Poly.Play
Autores: Javy Fernandez
Género: Plataformas
Ano de lançamento: 2020
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: NA
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
No século 13, a cidade de Trasmoz foi excomungada pelas suas práticas pagãs e os seus habitantes foram amaldiçoados para todo o sempre... A população foi dizimada até se tornar uma cidade fantasma, e as doenças e todos os tipos de maleitas nas crianças, animais e nas colheitas, fizeram deste, um lugar abandonado, deixado ao Deus, dará precisamente pela mão deste. Até agora ninguém se atreveu a aproximar-se de Trasmoz, pois fala-se que perigosas criaturas da noite, bruxas e mortos-vivos, protegem o local administrado pelo maléfico mágico Mutamin, servo imortal do Diabo e mestre do castelo inacessível e da respectiva torre de vigia. Mas hoje é a noite dos mortos e a está Lua cheia novamente. Chegou a hora, tal e qual como diz a profecia: Quando a lua cheia coroa a noite de todos os santos, um herói corajoso quebrará a maldição para sempre e irá santificará o lugar com o fogo das almas errantes, quando estas forem libertadas. Como já devem calcular, fomos o escolhido para cumprir com esta missão perigosa. O objectivo será libertar Trasmoz da maldição antes que o sol nasça. Seremos bem-sucedidos?
A introdução dá longo a entender que nos estamos a meter em trabalhos. Os cenários lúgubres desenrolam-se ao longo de três fases e 23 níveis diferentes. Em cada um deles teremos que obrigatoriamente eliminar os zombies verdes que patrulham as plataformas. para isso teremos que nos chegarmos a eles, movimento sempre perigoso, e a golpe de espada tirar-lhes o sorriso. Quando isso acontece, deixam um objecto para trás, que permite depois ir alumiar as tochas, normalmente em número igual aos inimigos. Só após termos todos as tochas a crepitarem, é que temos autorização para passar de nível.
Cada cenário encerra múltiplos perigos. Em primeiro lugar os restantes inimigos, na forma de esqueletos que nos tentam atingir com as armas ao seu dispor, ou outras monstruosidades. Curiosamente, se os conseguirmos eliminar, também deixam um objecto para trás, permitindo dar fogo a mais uma tocha. O problema é que normalmente estão em lugares inacessíveis, pelo que mais vale estarmos focados nos zombies com cara de abóbora.
Mas as plataformas também constituem um problema, pois essas estão colocadas de forma a não facilitarem a vida ao nosso herói. Normalmente para se chegar até aos zombies ou às tochas, teremos que evitar uma série de inimigos, e por vezes até cair no vazio, para ir aparecer no topo do ecrã, muitas vezes em local indesejado, isto é, em cima de inimigos (pelo menos até se conseguir ganhar prática nesta passagem). Além disso, quando os zombies estão em plataformas diminutas, e como o nosso herói apenas maneja a espada quando está assente em poiso seguro, só com alguma prática se consegue cair no ponto desejado (sabendo que os zombies estão em movimento), e rapidamente desembainhar a espada para eliminar o inimigo.
Finalmente, o último obstáculo: o tempo. Cada nível tem um tempo limite para se passar, se se tiver em conta que os primeiros segundos são destinados a estudar-se o cenário, rapidamente chegamos à conclusão que não fomos particularmente abonados com esse factor. Mas também aqui, a prática e uma boa memória permitem que se consiga rapidamente seleccionar o caminho mais indicado para se chegar aos pontos de interesse, que é como quem diz, os zombies, e as tochas (por esta ordem).
Apesar de ter 23 níveis, o jogo não é propriamente longo, e ao final de algumas tentativas consegue-se chegar ao fim. E também não seria possível acrescentar mais níveis, pois o jogo, nos moldes em que está criado, ocupa a memória do 48K na totalidade. Já agora, na versão 128K consegue-se ouvir a bonita melodia criada por Beyker, e este é daqueles jogos que realmente necessita de uma música de acompanhamento.
Os gráficos são bastante coloridos, e embora não sendo extraordinários, são apoiados por cenários engraçados e que contribuem para a atmosfera sinistra. São convidativos os suficiente para que tenhamos a curiosidade de ver o que se encontra mais além, até porque realmente é uma missão do "além".
O sistema de colisão é generoso, e isso faz com que o nível de dificuldade seja um pouco menor. Existe mesmo um nível no castelo (imagem acima), em que conseguimos eliminar os inimigos apoiados numa plataforma diferente da nossa. Propositado, ou não, torna mais fácil a tarefa de ir depois recolher o objecto que permite alumiar a tocha.
The Curse of Trasmoz é assim um platformer eficaz e que tem o condão de nos entreter durante umas boas horas e mesmo, após finalizado, a ele voltarmos de vez em quando. Tem aquele toque de "vamos tentar mais uma vez", e no fundo é isso que define os bons jogos.
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Despercebido que sou, esse me passou "batido" na época.
ResponderEliminarBelo review! O enredo é magnifico! As melodias são maravilhosas.
O jogo é bem projetado. Os gráficos são simples mas eficientes. E a dificuldade é mediana. O que me atrai bastante.
Jogos extremamente difíceis acabam perdendo o proposito de um bom jogo. Esse proposito é entreter, divertir. E The Curse of Trasmoz se sai muito bem nesse sentindo. Jogo altamente recomendável
Muito obrigado, também gostei do jogo :)
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