domingo, 9 de fevereiro de 2025

Softrum (MIA)

Nas cassetes do Ricardo Pinho (um dos criadores de City Connection), encontrámos mais um pequeno utilitário. Suspeitamos que possa ter sido criado pelo Emanuel Santos, mas rapidamente o iremos saber.

Poderão aqui descarregar as várias versões de Softrum.

JND: Micromania (P&B) - 07


Nesta edição da Micromania, publicada em 29 de Maio de 1988, fomos apresentados à Martina Flofh, outra personagem integrante dos JN Troopers. Estes são uma equipe de soldados, protagonistas de uma tira de banda de desenhada, com ambientação cyberpunk, que abriu várias edições da Micromania.


Também se conheceram os leitores premiados pelas melhores participações que, como já sabemos, eram compostas por pokes, dicas e ilustrações de mapas de jogos, como foram os casos de The Great Escape e Terramex, publicados na segunda página desta Micromania.

A digitalização de Miguel Brandão pode ser obtida neste link.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Hostages


Nome: Hostages
Editora: Infogrames
Autor: Philippe Agripnidis, Zydro, Fustor, Joe McAlby
Ano de lançamento: 1990
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui

Numa altura em que o ZX Spectrum iniciava o seu declínio comercial face à poderosa concorrência dos 16 bits, a companhia francesa Infogrames publicou – através de uma co-autoria entre a citada companhia com a equipa espanhola New Frontier – um dos melhores videojogos para as várias plataformas presentes na altura – era o ano de 1990. E entre as quais, somos brindados com uma magnífica conversão para o ZX Spectrum desse notável projecto sobre o terrorismo que foi “Hostages”. Um ano depois, a companhia publicava dois potentes e cirúrgicos exercícios de perícia e destreza que foram “ The Light Corridor “ e “ WellTris “. 

Após o carregamento do jogo, o jogador testemunha a abrir as “hostes” com um excelente menu animado, com uma bem delineada e precisa intro animada em simultâneo com uma passagem de texto sobre o argumento do jogo... e melhor: não só agradecemos a felicidade de disfrutarmos de um excelente - e ainda hoje original! – jogo, como temos a alegria de desfrutar de uma animação no final do jogo após a libertação dos reféns. Algo raro no historial do ZX Spectrum: podermos disfrutar num jogo de elevada qualidade, e simultaneamente assistirmos a boas animações na introdução e final da missão. 

Tudo nesse belo jogo apresenta-se com um equilíbrio integral técnico pouco vulgar no historial do ZX Spectrum, abrilhantado com um nível de entretenimento sempre elevado e duradouro – embora considerando ser um jogo específico de um entretenimento linear e híbrido entre os formatos de arcade com aventura... e com alguns padrões dos jogos de perícia – o que era já apanágio dos jogos publicados pela companhia francesa. 

A termos de apontar pontos menos positivos – embora sempre relativo – talvez se possa entender que o jogo seja algo repetitivo, assim como de curta duração. Depende naturalmente dos pontos de vista... e de gostos do jogador. Apesar disso, o resultado global é deslumbrante, com uma performance técnica de assombro e originalidade – aliás, à luz dos dias de hoje, ainda podemos “ver” essa cruzada imparável contra o terrorismo como um programa original e pouco imitado. 

Ao iniciarmos o jogo, temos a possibilidade de escolher um gradação militar, ao passo que somos informados de forma sublime com um mapa e a explicação textual da missão que temos de cumprir. Durante as duas fases do jogo, temos à nossa frente fantásticos pormenores subtis técnicos, bem detalhados dentro de um forte realismo – note-se as recriações das acções em terreno e combate de forças de elite, assim como os pormenores de execuções num estilo de agentes “sniper” – notável !. 

Que grande trabalho que os programadores espanhóis da equipa New Frontier realizaram. Nenhum jogador veterano do ZX Spectrum pode deixar de mergulhar nessa fantástica incursão, que permitiu dar um grande fôlego – e um sopro de dignidade técnica - ao Spectrum nos seus últimos anos comerciais.

Esta análise foi escrita pelo Paulo Silva (LeniFischer), membro do grupo ZX Spectrum Directo da Arrecadação, tendo-nos sido concedida autorização para a sua publicação em Planeta Sinclair.

Fishy Dick (MIA)


Fishy Dick (curioso nome a levar para a malandrice), há muito que estava reportado como perdido. No entanto, isso apenas motiva Steven Brown a procurá-lo com mais afinco. E claro, os resultados aparecem. Neste caso o jogo até foi preservado por Terry Reed, mas com o apoio de Steven Brown.

O jogo coloca-nos na pele de um pescador, que num lago tem que conseguir apanhar os peixes para conseguir amealhar dinheiro suficiente para levar para casa. Mas à medida que os peixes vão mordendo a minhoca (mais malandrice), o nível de dificuldade aumenta.

Poderão aqui descarregar Fishy Dick.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Totoloto (MIA)


Pois é, aqui temos mais um Totoloto, desta vez vem da Santoli e estava nas cassetes do tio do João Diogo Ramos. 

Esta versão é muito simples, mas a boa notícia é que encontrámos um segundo "Totoloto", bastante mais elaborado e profissional. Um destes dias irá aparecer por aqui.

Poderão aqui descarregar Totoloto.

Descobre a História Esquecida da TIMEX Portugal


Sabias que Portugal teve um papel crucial na revolução tecnológica global dos anos 70 e 80? A fábrica da TIMEX em Portugal não só produzia relógios, mas também computadores e outros equipamentos electrónicos inovadores, ajudando a levar o lendário ZX Spectrum para milhares de lares em todo o mundo!

Agora disponível online: O documentário que estreou na RTP a 29 de Janeiro já pode ser visto por todos - agora com legendas em Inglês! Descobre a história fascinante de como a TIMEX Portugal produziu computadores ZX Spectrum e os seus próprios TIMEX Computers para mercados como o Reino Unido, EUA, Portugal, Polónia, Argentina, entre muitos outros!

Se és apaixonado por retrocomputação, arqueologia informática, história e inovação, este documentário é imperdível! Vê aqui!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Dicionário (MIA)


Dicionário visa criar um dicionário Português - outra língua. Para isso, basta ir introduzindo as palavras, processo moroso, mas que teria sido interessante para algum aluno há 40 anos.

Poderão aqui descarregar este programa que sacámos das cassetes do tio do João Diogo Ramos.

EZ Code, Assembler, Devpak (FDD)


Partilhamos hoje mais uma disquete do Professor Noémio Ramos. Esta incluí vários programas de inestimável valor para os programadores, estando adaptadas para uso no FDD.

Poderão aqui descarregar o conteúdo da disquete.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Omnicopy 2.3


Omnicopy é dos programas Portugueses mais conhecidos, ou não fôssemos nós profissionais da pirataria. Mas esta versão, a 2.3, ainda não a tínhamos encontrado. Estava numa das cassetes do Ricardo Pinho e fizemos a devida preservação.

Poderão aqui descarregar esta variante de Omnicopy.

Maze Monsters (ZX81)


Maze Monsters é mais um pequeno jogo para o ZX81 que nos foi enviado por Steven Brown. Possivelmente será algum type-in de uma revista da época.

Poderão aqui descarregar Maze Monsters.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Manuscript (MIA)


 O Ricardo Pinho, um dos criadores de City Connection, também nos enviou algum material que fomos encontrando nas suas antigas disquetes. Um deles foi Manuscript, uma pequena curiosidade que agora deixamos.

Poderão aqui descarregar Manuscript.

Che Guevara


Que tal verem "El Che" a ser desenhado? É isso que o Zé Oliveira nos propõe em Che Guevara, em mais um dos seus pequenos programas.

Poderão aqui visualizar online, ou aqui descarregar o programa.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Softcalc (MIA)


Temos mais um programa enviado pelo nosso amigo Jose Manuel, de El Trastero del Spectrum, e que aparentemente ainda não se encontrava preservado. Não sabemos bem o que o programa permite fazer, de qualquer forma partilhamos com a comunidade.

Poderão aqui descarregar Softcalc.

Isola (type-in)


Para quem gosta de jogos de tabuleiro, nomeadamente Damas ou Xadrez, tem em Isola uma boa oportunidade para conhecer um jogo um pouco diferente. 

Destina-se a dois jogadores, apenas, e foi desenvolvido por João Duarte em 1985, tendo depois sido publicado na Mini Micro's número 17. Íamos também jurar que já o tínhamos visto noutra publicação (talvez o MicroSe7e). De qualquer forma, está muito bem feito e dá para passar uns belos momentos.

Poderão aqui descarregar Isola, as instruções estão no ecrã de abertura.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Il Noma della Rosa


Nome: Il Noma della Rosa
Editora: Perpetum
Autor: Miloslav Bahna, Radoslav Javor, Noro Grellneth
Ano de lançamento: 1993
Género: Aventura
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48K
Número de jogadores: 1
Link para descarga: Aqui

Il Noma della Rosa é uma obra literária, e também cinematográfica muito conhecida. Baseada numa das obras de Umberto Eco preferidas deste escriba (juntamente com o Pêndulo de Focault e A Misteriosa Chama da Rainha Loana), remete-nos para o século 14, em plena época medieval, onde a pseudo ciência, a superstição e o receio da verdade eram a Lei, muito por força de uma Igreja profundamente corrupta, que dominava a seu belo prazer a populaça, muitas vezes aterrorizando-a com uma malvadez e crueldade terríveis (inquisição, cruzadas, etc.). Qualquer semelhança com os dias de hoje é pura coincidência. Ou talvez não, pois estamos a regressar à idade das trevas...

Curioso também que esta obra de Umberto Eco tenha dado origem em 1988 a uma aventura, que é considerada um dos expoentes dos videojogos da cena Espanhola. O seu nome, La Abadia del Crimen

Mas voltemos à aventura que aqui nos traz. Il Noma della Rosa, lançada em 1993 na Eslováquia, pelo Ocidente só muitos anos mais tarde se tornou conhecida. O facto de estar na língua dos seus criadores, impediu que tivesse alguma projecção em países como o Reino Unido, Espanha, ou até Itália, terra natal de Umberto Eco. Entretanto, e em boa hora isso aconteceu, o jogo foi traduzido para Inglês, permitindo a todos os mortais deliciarem-se com a qualidade gráfica deste jogo.


Para quem não conhece O Nome da Rosa, na obra assumimos o papel de Guilherme de Baskerville, um frei que tem como missão investigar os actos hereges que presumivelmente estão a acontecer num mosteiro Beneditino. No entanto, a realidade é muito mais terrível do que se pensava, pois em breve se vão dar uma série de mortes misteriosas. Cabe a Guilherme desvendar estes crimes hediondos e levar o responsável à justiça.

O jogo segue de perto a história, embora de forma muito superficial (é preciso notar que corre em apenas 48K, e com imagens e cenários muito trabalhados, provavelmente não se conseguiria aprofundar muito mais). Graficamente, como se pode ver nos ecrãs que aqui deixamos, tem pormenores riquíssimos. Aliás, sendo este um dos pormenores que capta logo a atenção do jogador, por outro lado, tanto detalhe acaba por também dificultar a vida. 

Não o tínhamos antes referido, mas esta é uma aventura diferente do habitual, pois é do género "point'n'click", quem sabe a primeira ou uma das primeiras a surgir no ZX Spectrum (nos 16 bits este género é muito mais frequente). Assim, não é fácil conseguir encontrar os objectos escondidos no cenário e, por vezes, é difícil recolhê-los. Há um truque eficaz para isso: movam o cursor (seta) ao longo do ecrã, enquanto têm a função "use" ou "look at" activada, e mais rapidamente conseguem descobrir os objectos e demais elementos com os quais é possível interagir.


Embora não tendo muitos ecrãs, contámos apenas nove, excluindo os que fazem parte da belíssima introdução, e da conclusão quando se cumpre a missão, e cerca de uma dezena de objectos (nem todos são necessários), nem sempre a sua utilidade é intuitiva. Isso acontece em especial quando é necessário manipular dois ou três objectos para se conseguir chegar a um resultado. Quem já leu a obra (ou viu o filme), claramente estará em vantagem, pois tem uma ideia aproximada dos passos que deverá dar, mesmo que baseados numa versão muito sintética do livro.

Também a forma de controlo do personagem e das suas acções, conjugando os ícones, com o uso do cursor nos cenários, poderá ser para o jogador um pouco estranho ao início. Mas depois de algum tempo, uma pessoa habitua-se. Um pouco aquilo que aconteceu com ZX Larry, embora neste último caso, o sistema de controlo  até estivesse menos afinado. Mas é tudo uma questão de hábito, o que até é muito adequado, pois o hábito também é uma veste muito usada no local onde a acção se passa. 

Embora Il Noma della Rosa seja uma aventura interessante, na nossa opinião poderia ainda ter sido melhor. Tivesse usado em pleno a memória do computador, isto é, os 128K, criando mais cenários e mais tarefas, e poderia ombrear com Where Time Stood Still pelo estatuto de uma das melhores do género. Mas é também preciso esquecer que embora tendo tido versão física, saiu no mercado do Leste, sendo portanto praticamente considerada como uma homebrew, tendo os seus autores poucos meios e estando muito longe dos recursos que as editoras ocidentais possuíam. É portanto um trabalho muito meritório e original que merece ser explorado.

JND: Micromania (P&B) - 06


A Micromania de 22 de Maio de 1988 introduziu o tema do PBM (Play By Mail) ou JPC (Jogar Por Correspondência). João Cruz, o editor da Micromania, explicou as regras deste tipo de jogo "multiplayer", muito similares aos tradicionais de jogos de mesa (nos géneros de War Games e RPG), mas que permitiam juntar jogadores separados geograficamente, através do envio de cartas com informações referentes às decisões de cada um deles em cada turno de jogo.

A condução do jogo era feita por um game master encarregue de gerir o estado da partida e a comunicação com os jogadores. Mesmo estes, de forma paralela, podiam trocar correspondência para definir estratégias ou estabelecer acordos diplomáticos. Em edições posteriores da Micromania, viríamos a saber que alguns destes jogos PBM/JPC dispunham de suportes informáticos para auxiliar os jogadores, inclusive, no próprio ZX Spectrum.

Além deste tema interessante, a Micromania publicou as primeiras contribuições "técnicas" dos leitores, com utilidades na forma de pokes e randomizes. Podem encontrar a digitalização de Miguel Brandão neste link.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

ZX SPECTRUM GAME HALL OF FAME 2025


O Museu LOAD ZX e seus parceiros, em linha com o seu contributo para o trabalho de preservação de software português para os computadores da linha Sinclair - liderado pelo Planeta Sinclair - pretende homenagear de forma mais permanente os principais jogos que marcaram o percurso de quem usou estes computadores.

A escolha do vencedor cabe ao público. Na primeira edição, realizada no ano passado, o jogo distinguido foi o CHUCKIE EGG. É uma iniciativa pensada maioritariamente para os nossos seguidores Portugueses, e por isso realizada na língua de Camões. Não está no entanto vedada a quaisquer participações por agora. 

Hoje revelamos os nomeados para a edição de 2025:

BACK TO SKOOL
Editora: Microsphere
Autor(s): David S. Reidy; Keith Warrington
Ano de lançamento: 1985
Género: Aventura


BOMB JACK
Editora: Elite Systems Ltd
Autor(s): Paul Holmes; Andy Williams; Karen Trueman
Ano de lançamento: 1986
Género: Plataformas


ELITE
Editora: Firebird Software Ltd
Autor(s): David Braben; Ian C.G. Bell; Philip Mochan; Ricardo J.M. Pinto; Dominic M.N. Prior; Mark Wighton; Tim Boone
Ano de lançamento: 1985
Género: Estratégia


GHOSTS 'N GOBLINS
Editora: Elite Systems Ltd
Autor(s): Keith Burkhill; Nigel Alderton
Ano de lançamento: 1986
Género: Ação


GREEN BERET
Editora: Imagine Software Ltd 
Autor(s): Jonathan M. Smith; F. David Thorpe
Ano de lançamento: 1986
Género: Acção


THE LORDS OF MIDNIGHT
Editora: Beyond Software
Autor(s): Mike Singleton
Ano de lançamento: 1984
Género: Estratégia


MYTH
Editora: Rainbird Software Ltd
Autor(s): Magnetic Scrolls Ltd
Ano de lançamento: 1989
Género: Aventura de texto


SABOTEUR!
Editora: Durell Software Ltd
Autor(s): Clive Townsend
Ano de lançamento: 1985
Género: Ação


TARGET: RENEGADE
Editora: Imagine Software Ltd
Autor(s): Mike Lamb; Dawn Drake; Simon Butler; Jonathan Dunn; Gari Biasillo
Ano de lançamento: 1988
Género: Beat-em-up


O jogo eleito terá uma representação física no Museu. A votação decorre até sábado, 8 de Fevereiro. Votem no vosso favorito e ajudem-nos a eleger o jogo que merece esta distinção! O vencedor será anunciado no GOTY.

Podem consultar o regulamento aqui.

S.C.I.O.N.


Nome: S.C.I.O.N.
Editora: Bitmap Soft
Autor: Tom Potter
Ano de lançamento: 2025
Género: Labirinto
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128K
Número de jogadores: 1
Descarga: Em breve

Depois de um primeiro trabalho muito meritório (ver aqui Knightmare), Tom Potter está de regresso, agora com um jogo substancialmente diferente. Assim, da aventura, passamos agora para um típico jogo onde os labirintos tomam a primazia e onde o sentido de orientação do jogador é talvez a característica mais importante para se conseguir levar avante a missão.

Por falar em missão, comecemos por ai. Assim, S.C.I.O.N. é uma agência intergovernamental ultrassecreta dedicada a erradicar e derrotar organizações criminosas. De entre os agentes, foi escolhido um que, pelas suas competências, é o eleito para se juntar à força de elite da agência. É o melhor dos melhores e é bom que o seja, pois os desafios que irá enfrentar não serão fáceis.

Entretanto, a Divisão de Informações está cada vez mais preocupada com as atividades do nefasto sindicato do crime conhecido como The Morticians, liderado pelo génio do crime Maz Mort. Foi descoberta a localização do seu covil secreto num sistema de grutas subterrâneas, numa ilha remota do Oceano Pacífico. A nossa missão será penetrar na base e localizar o reactor que alimenta a base inimiga. Uma vez lá dentro, temos que encontrar uma forma de sobrecarregar o núcleo do reactor e escapar para um local seguro antes que a base seja destruída. Felizmente não estamos sozinhos na missão. Através do relógio de pulso, temos acesso a um pioneiro  dispositivo de comunicação que nos permite entrar no sistema informático da agência, para solicitar reabastecimento e atualizações absolutamente essenciais para se ter sucesso na missão. Este mesmo aparelho irá transmitir mais instruções assim que a missão se inicia...

O jogo é composto por seis níveis com graus diferentes de dificuldade. À medida que vamos avançando, os inimigos vão-se tornando mais perigosos, os corredores da base vão-se tornando mais apertados (dificultando a nossa movimentação), e como os agentes inimigos e outras aberrações estão constantemente a surgir, rapidamente a energia do nosso agente vai sendo delapidada. Estar sempre em movimento é uma boa táctica, pois isso permite fugir à maior parte dos inimigos (aqui, o nosso sentido de orientação é fulcral para não ficarmos atascados em algum beco sem saída). No entanto, existem momentos em que temos inevitavelmente que parar e eliminar alguns dos adversários. Quando morrem, por vezes deixam alguns créditos à mão, e são esses que depois nos vão permitir ir às compras, obtendo defesa e armamento mais potente, ou, quando estamos prestes a ficar sem energia ou munições, renovar os stocks. Há que ponderar muito bem aquilo que se vais comprar, não vá faltar o dinheiro para algo essencial mais à frente.

O elemento exploratório também é aqui fortemente chamado. Não só alguns add-ons se encontram nos corredores da base (bombas, escudos, energia extra, munições, vidas extra, uma bolsa com créditos - muito útil para se conseguir comprar os itens de maior valor), mas também as obrigatórias chaves que permitem aceder a novas partes do labirinto. Sem essas chaves, o nosso agente não irá longe, condenado a uma morte inglória às mãos dos seus adversários, que vão sempre rejuvenescendo, muitas vezes nos lugares mais complicados.

Cada nível tem também uma missão diferente, diversificando ainda mais este jogo. Desde encontrar prisioneiros, até destruir torres e agentes inimigos, as tarefas vão sempre variando. Em dois dos níveis, depois de concluirmos a tarefa principal, temos ainda uma segunda missão, na qual temos que conseguir chegar a um determinado ponto específico num tempo muito curto. Lá está, é bom que se tenha um bom sentido de orientação, senão estaremos condenados a vaguear eternamente até ficarmos sem energia.

Este é daqueles jogos que vai crescendo dentro de nós à medida que vamos avançando nos níveis. Começa de forma bastante modesta, onde começamos por estranhar o scroll e o ressurgimento constante dos inimigos, mas conforme vamos atingindo os objectivos, o apetite pelo que vem a seguir leva-nos a tentar avançar e avançar. O facto dos cenários e inimigos serem diferentes entre níveis, ajuda a cativar-nos. 

Mas o mais surpreendente é que o jogo foi criado através do MPAGD. Quem dizia que não se conseguia ter jogos com scroll com esse motor, atente bem a S.C.I.O.N.. Reconhecemos que não é totalmente fluído, o que não admira, pois o motor não estaria preparado inicialmente para essa funcionalidade, mas com a rapidez com que tudo se processa, rapidamente nos esquecemos dessa limitação e as coisas rolam sem grandes interrupções.

S.C.I.O.N. é assim um jogo muito interessante, diferente daquilo a que estamos habituados com motores como o AGD, custando a acreditar que Tom Potter ande há tão pouco tempo nestas lides. É também bom ver a versatilidade que se está a conseguir retirar destes motores de criação de jogos, sendo que trabalhos como estes, ou os da Furillo Productions com o La Churrera, são um claro incentivo aos programadores para "pensarem fora da caixa" e experimentarem coisas novas. O futuro encontra-se bem entregue a pessoas como Tom Potter...

Erinia em versão em língua Inglesa


Depois da versão original de Erinia ter sido lançada em 2020 (ver aqui), ter sido convertida com o DAAD em 2023 (ver aqui), e no ano passado ter saído a versão Enhanced (ver aqui), agora também todos aqueles que não dominam a língua inglesa podem ter o privilégio de experimentar esta deslumbrante aventura criada por Dareint.

Poderão assim vir aqui descarregar a aventura, tem um custo de 4 usd, mas além de ter material adicional que vai ajudar a criar-lhe o ambiente apropriado, oferece também os ficheiros para se poder utilizar em vários sistemas. Digam lá que não é um luxo?