Nome: Get Out of Mars
Editora: Noentiendo
Autor: Cristian M. Gonzalez
Ano de lançamento: 2021
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 / 128 K
Número de jogadores: 1
Já há bastante tempo que Cristian Gonzalez não dava um ar de sua graça. Aproveitou então a competição ZX-DEV Media & Demakes, para dar a conhecer à comunidade o seu novo jogo. Mas desta vez confessamos, ficámos um pouco desapontados. Não que o jogo seja mau ou não seja atractivo. Nada disso, simplesmente esperamos sempre o melhor deste programador e desta vez parece que o jogo foi feito um pouco à pressa para encaixar a tempo na competição, tanto que até encontrámos alguns bugs pelo meio, como passarmos de um ecrã para outro sem que houvesse ligação entre eles, alguns sprites corrompidos, e até aconteceu uma vez o jogo bloquear, ficando o nosso personagem em pleno vôo entre plataformas.
Mas vamos primeiro à história. Assim, em 2029 os primeiros colonos chegam a Marte, criando os alicerces da primeira base humana nesse planeta. Enquanto escavavam à procura de fontes de água e abrigos contra a radiação, os colonos encontraram formas de vida agressivas que destroem as fundações da base e danificam a nave espacial. O objectivo agora é ajudar os colonos (são 30, correspondendo ao número de vidas que temos), a recuperar as oito peças perdidas da nave, para que possamos regressar à Terra.
Assim que iniciamos a missão, notamos que os sprites são bastante pequenos, mas que além disso se movem de um modo pouco fluído, quase como se o jogo tivesse sido desenvolvido em Basic. Essa será mesmo a maior lacuna deste jogo (e pronto, já apontámos todos os pontos negativos, vamos agora focar-nos nos positivos, que são bastantes). As capacidades dos colonos são muito básicas e rapidamente percebemos que existem locais aos quais não temos acesso. Por enquanto...
Assim, temos que começar a explorar a base para conseguir encontrar os objectos que nos permitem melhorar as capacidades, removendo alguns obstáculos ou os próprios inimigos. Que objectos são então esses?
- Jetpac: permite ganhar amplitude horizontal no salto, tornando-se mais fácil abater os inimigos e chegar a novos locais.
- Botas: permitem um salto duplo, alcançando plataformas ou locais mais altos, ou até evitar alguns inimigos.
- Fato gelatinoso: permite caminhar durante alguns segundos sobre as substâncias tóxicas.
- Chaves: permite acesso a áreas restritas.
- Moedas: aumenta a riqueza, se e quando voltarmos para casa. Não é obrigatório apanhar.
- Amostras de xenoplasma: úteis para os cientistas compreenderem os seres alienígenas.
Temos ainda na nossa posse o poderoso Sinclair PDA2K, que nos dá informações valiosas, além de mostrar as peças que faltam, os power-ups que obtivemos, as chaves disponíveis, as moedas recolhidas e o número de colonos (ou de vidas) que nos restam. Além disso, existem pequenos ícones amarelos que dão alguma informação sobre os objectivos imediatos, assim como os check points, que permitem que sempre que se perca um colono, se recomece no último desses pontos alcançado.
Get Out of Mars não apresenta nada de novo que não tenhamos já viste noutros jogos, tendo até algumas semelhanças com Gandalf, do mesmo autor. Provavelmente até utilizará o mesmo motor. No entanto, apesar da música, que é um encanto, dos cenários imensamente atractivos (mesmo o ecrã ocupando apenas dois terços) e coloridos, estes não são em grande número, ao final de meia hora já se correu tudo, ou quase tudo. Terminar o jogo, isso já é outra história, e antes de se conseguir completar a missão com sucesso, vão ser precisas algumas horas até se descobrir todos os recantos escondidos da base de Marte.
Assim, não sendo o melhor jogo de Cristian, está a um nível bastante aceitável e é bastante divertido (a sua maior força), e se não fosse pelos vários bugs que fomos encontrando, e a pouca fluidez dos controles, a nota seria seguramente melhor.
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