Nome: Donkey Kong 3
Editora: NA
Autor: Je7ebel
Ano de lançamento: 2022
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Sinclair
Número de jogadores: 2
Memória: 48 K
Link para descarga: Aqui
Donkey Kong 3 é uma conversão do jogo como o mesmo nome que saiu em 1984 nas célebres maquinetas Game & Watch. Nos anos 80, ter uma máquina destas conferia status ao seu possuidor, imediatamente entrando no top dos mais populares da escola. E agora, mais de 35 anos depois, o revivalismo está de volta, a avaliar pelos imensos ports que têm sido feitos, mas também pelos preços astronómicos que algumas desta máquinas atingem no mercado de antiguidades.
Confesso que não me recordo de Donkey Kong 3. Joguei muito Donkey Kong, mas a versão de 1982, e analisando as duas (fui espreitar a original de 1984), sem dúvida que a primeira é melhor. Talvez lhe falte variedade, mas vamos então ver como se porta esta conversão desenvolvida por Je7ebel, que até criou um manual contando a história, numa recreação livre de sua autoria.
Assim, Donkey Kong e Stanley digladiam-se numa estufa, usando as abelhas para defenderem o seu jardim, cada um empurrando as abelhas para o lado do rival. Cada personagem tem um pulverizador de inseticida, que permite três disparos, tendo depois que ser recarregado. Enquanto o personagem que controlamos trata da recarga do pulverizador, fica indefeso, à mercê dos disparos do adversário, que por sua vez vai empurrando as abelhas para o nosso lado. Quando estas atingem a nossa plataforma, somos mordidos e perdemos uma vida.
O ecrã de jogo assenta em três plataformas de cada um dos lados. Ao meio, as abelhas, que vão aleatoriamente voando para cima e para baixo. As gotas de insecticida vão caindo regularmente nos cantos, mas apenas podem ser apanhadas na plataforma do meio, e isso tem um impacto demasiado grande no jogo, pois tem como consequência imediata que nos posicionemos quase sempre nessa plataforma, por forma a mais rapidamente proceder às recargas. O disparo também é bastante sensível, fazendo com que rapidamente se esgote o conteúdo do insecticida. Assim, aquilo que se pretendia inicialmente, um exercício com alguma estratégia na escolha do melhor local para dispararmos, fica um pouco alienado, não só por aquilo que já referimos, mas também porque a rapidez com que as abelhas se deslocam, faz com que se torne pouco eficaz tentar prever o local onde vão momentaneamente poisar e ficar vulneráveis ao insecticida.
De qualquer forma, como conversão pura, ainda mais sendo em Basic compilado, ficou muito boa. O programador contemplou três níveis de dificuldade, mas, acima de tudo, a versão para dois jogadores é a cereja no topo do bolo. De facto, é um desafio perfeito para, na máquina real, colocar dois amigos a empurrar abelhas um para cima do outro. Mesmo que isso praticamente se resuma a um exercício de rapidez no gatilho e a alguma sorte para conseguir prever o local para onde as abelhas se vão mover (estatisticamente estão mais vezes no centro, como é óbvio)...
Assim, a nota de Donkey Kong 3 é prejudicada por se tratar de um jogo que na sua forma original tinha algumas lacunas, mas, por outro, beneficiada, porque em termos de programação, Je7ebel fez um excelente trabalho.
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