sábado, 1 de junho de 2024

Aliens: Neoplasma II

Nome: Aliens: Neoplasma II
Editora: Sanchez Crew
Autor: Sanchez, ER, n1k-o
Ano de lançamento: 2024
Género: Acção
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Gamepad
Memória: 128K
Número de jogadores: 1
Descarga: Aqui

A tão aguardada sequela de Aliens: Neoplasma chegou. E corresponde exactamente àquilo que dela esperávamos, fazendo por inteiro jus aos pergaminhos de Alexander Udotov e da sua equipa (a Sanchez Crew). Claro que sendo a continuação de um jogo que fez enorme sucesso em 2019 (ver aqui a review), o factor originalidade quase que inevitavelmente sofre com isso, mesmo tendo em conta as muitas novidades que foram incorporadas neste novo trabalho. E estas começam logo no menu inicial.

Mas ainda antes de irmos às novidades, assinalamos que Aliens: Neoplasma foi desenvolvido para o ZX Spectrum 128K e para o Spectrum Next. A nossa análise diz respeito ao primeiro dos computadores, mas bem poderia ser para a versão do Next, pois a jogabilidade é tal e qual como a da versão 128K, apenas com as devidas diferenças ao nível gráfico ou sonoro (entre outras), aproveitando as maiores capacidades do mais recente Spectrum. No entanto, quem joga a versão do Next, certamente que irá ficar com o feeling da versão do Spectrum, e isso é algo que não podemos dizer de muitos dos novos jogos para este sistema.

O jogo é também enorme, muito maior que o primeiro. Sabendo-se que mais tarde ou mais cedo irá aparecer em formato físico, preparem-se para um enorme tempo de carregamento, dividido em três níveis e um adicional final, isto para quem conseguir completar o jogo. Além disso contempla versões em várias línguas, e, quem sabe, em Português muito em breve. Lembrem-se de Castlevania, da mesma equipa...

Vamos lá às novidades, a primeira delas ainda antes de carregarmos o jogo. Temos assim a possibilidade de seleccionar a versão de 50Hz ou de 60Hz, e isso nota-se na velocidade com que os ecrãs surgem. Além disso, após carregado o jogo, no menu inicial podemos seleccionar se queremos a passagem dos ecrãs com ou sem scroll. Preferirmos sem scroll, pois parece-nos menos confuso, mas isso depende obviamente do gosto de cada um.

Também no menu inicial podemos escolher se queremos música, ruído de fundo e sons FX. Mais uma vez, a nossa preferência vai para o mais simples, isto é, apenas FX, pois permite-nos estar mais atentos ao ambiente que nos rodeia. E concentração total é um dos requisitos para quem quer chegar ao fim de Aliens: Neoplasma II.

Quanto ao jogo propriamente dito, pois da história já aqui falámos, quem experimentou a prequela, vai sentir-se como peixe na água, já que a mecânica é muito parecida, pelo menos a partir do momento em que temos acesso a armamento pesado. É que antes de conseguirmos chegar ao armário das armas, apenas estamos na posse de uma chave de fendas e é com ela que temos que fazer miséria nos nossos inimigos. Encontramo-nos assim nesta primeira parte em modo furtivo (e assim vamos estar em algumas partes da aventura). Os inimigos humanos (haverá outros não humanos, bem mais perigosos), vão olhando, ora para um lado, ora para outro, e quando não estão virados na nossa direcção e se não pudermos usar ou não tivermos uma arma connosco, é tempo para avançarmos. Teremos que nos aproximarmo-nos deles rápida e sorrateiramente e enfiar-lhe a chave no pescoço. Repetidamente...

A partir do momento em que temos a metralhadora e as granadas, a coisa torna-se um pouco mais fácil e temos possibilidade de chegar a pontos que antes nos era vedado, ora porque os inimigos o impediam e não tínhamos possibilidade de os eliminar, ora porque ainda não tínhamos chegado aos vários terminais onde, além de entrarmos em conversação com Achilles (Aquiles, em Português), também desbloqueiam portas e servem como "save points". Há que os usar sabiamente, assim como as munições, pois essas são limitadas e existem obstáculos e inimigos que só à lei da granada se consegue derrotar.

À medida que vamos avançando nos níveis, os obstáculos vão sendo mais complicados, desde as plataformas móveis ou que desaparecem, até às portas avariadas que insistem em trucidar-nos, campos de força que nos eletrocutam, entre outras maldades. A mesma coisa se passa com os inimigos, pois seria inevitável que tivéssemos encontros de terceiro grau com os aliens. Mas o mais temível de todos é o próprio Achilles, e vamos encontrá-lo em três momentos, um dos quais em que teremos que o derrotar, se queremos completar a missão. 

Os dois ecrãs finais serão mesmo os mais difíceis do jogo, pois além de necessitarmos de dominar com mestria o uso da granada (poderemos lançá-la mais longe ou mais perto, consoante o tempo que temos o disparo pressionado), ainda temos que conseguir colocar Achilles num determinado local. Difícil, mas não impossível. E por falar em nível de dificuldade, temos três níveis, sendo que no mais fácil, os inimigos morrem e não reaparecem quando perdemos a vida.

Estamos ainda a pensar se dizemos a surpresa final. Não, não o vamos fazer, não vamos estragar a enorme surpresa de quem chega ao fim, embora isso até desse para mais dois ou três parágrafos de prosa. Diremos apenas que é um merecido prémio para quem conseguiu derrotar Achilles. Nós fizemo-lo em 3h 23m 31s na primeira vez que terminámos o jogo (da segunda vez conseguimos fazer em 57m 23s). Conseguirão fazer em menos tempo? Dica: não necessitam de estar a contar o tempo. 

Os cenários, tal como o primeiro episódio da saga, são deslumbrantes. Ou ainda melhores, pois têm agora mais variedade, com cenários diferentes consoante os sectores onde nos encontramos. A jogabilidade continua espantosa e agora, com três níveis a esgotarem totalmente a capacidade de memória do computador, o jogo é bastante mais longo, embora seja possível chegar ao fim em menos de uma hora. Como o sabemos? Cheguem ao fim...

Venha agora a prometida continuação, até lá vamos tentar derrotar Achiles nos níveis mais difíceis. É que este jogo é tremendamente viciante e um sério concorrente a El Bigotudo para melhor jogo do ano...

3 comentários:

  1. para já estão também no meu top. :)

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  2. Anónimo4/6/24 10:09

    Mas a versão .tap de 60Hz para o 128K só funciona no Next se quisermos jogar em modo spectrum clássico, certo?
    Pergunto isto porquer não estou a ver como é que um 128k normal poderia suportar 60Hz.

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    Respostas
    1. Ainda não experimentei a versão 60Hz, mas tinha exactamente as mesmas dúvidas. Deve ser apenas no Next, sim

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