Nome: Total Eclipse
Editora: Incentive Software
Autor: Major Developments
Ano de lançamento: 1988
Género: Aventura gráfica
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface 2
Número de jogadores: 1
A Incentive Software foi a reputada editora responsável pelo sistema Freescape. Este sistema não era mais que um motor 3D que permitia criar jogos e cujos gráficos eram compostos por blocos geométricos sólidos e que davam uma sensação perfeita a três dimensões, sendo Driller o primeiro dos jogos criados com recurso a este sistema, muito aclamado pela crítica em 1987. A partir daí a Incentive Software foi aprimorando o sistema, aumentando a velocidade da acção (um dos poucos defeitos deste sistema). Além disso as embalagens eram autênticas obras de arte, algumas com mapas em 3D, outras, como foi aqui o caso, com um poster muito bonito.
A própria história de Total Eclipse está ao nível de tudo o resto e remete-nos para o antigo Egipto. Há centenas de anos atrás o Sumo Sacerdote ficou aborrecido porque o seu povo revoltou-se e recusou-se a fazer mais sacrifícios a Re, o Deus-Sol. Como punição, lançou uma maldição sobre a população: uma pirâmide foi construída e na câmara superior foi colocado um santuário em honra do Deus-Sol, mas se alguma coisa alguma vez bloquear os raios do sol durante a luz do dia, a maldição ficaria activa.
Chegamos ao momento actual, 26 de Outubro de 1930, e dentro de duas horas haverá um eclipse total do Sol, fazendo com que a lua expluda, lançando para a Terra meteoritos enormes que perturbarão o equilíbrio ecológico, mergulhando a civilização na Idade das Trevas.
Está assim lançado o mote para a nossa missão. Acabámos de aterrar ao lado da pirâmide e temos de localizar e destruir o santuário para evitar que a maldição se abata sobre a Terra.
Esta aventura é então o delírios de todos os mapeadores. Além do inovador sistema Freescape, que já aqui falámos, a pirâmide é um autêntico labirinto, com passagens secretas, portas bloqueadas, buracos e muitos perigos que espreitam a todo o momento. Mas apesar disso, teremos que explorar todos os cantos e revirar todas as pedras, pois só assim nos é permitido encontrar os inúmeros tesouros e os Ankhs, peças que representam o símbolo da vida e que permitem desbloquear algumas entradas. Aliás, fica aqui a dica que o primeiro Ankh poderá ser encontrado junto ao avião que nos trouxe a este lugar.
A pirâmide possuí também 2 entradas. Apenas uma delas dá acesso à câmara principal, mas convém primeiro encontrar a segunda entrada para enriquecer os vossos bolsos.
Sendo humanos, devem ainda estar com atenção ao nível da água (não se esqueçam que estão no deserto, perante temperaturas altíssimas), devendo anotar os locais onde podem abastecer o vosso cantil. Mas também devem ir olhando para o vosso ritmo cardíaco, pois necessitarão de descansar de vez em quando ou correm o risco de sucumbirem com um ataque cardíaco.
Os gráficos, como podem ver pelas imagens, são espantosos, do melhor que se viu com o sistema Freescape. A velocidade da acção, mesmo tendo em conta o elevado detalhe gráfico, é bastante aceitável. O som quase inexistente, mas serve para tornar o ambiente ainda mais sinistro.
Como seria de esperar esta não é uma aventura para todos os jogadores. Não se entra imediatamente em Total Eclipse, sendo necessário uma boa ambientação ao cenário e a memorização de muitas teclas. Não raras vezes iremos sentir-nos desorientados, mas para isso têm a tecla F. No entanto, aqueles que perseverarem, terão aqui muitos dias de diversão até conseguirem dar com a solução e salvar o nosso planeta.
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