quinta-feira, 6 de junho de 2019

Robot: the Impossible Mission


Nome: Robot: the Impossible Mission
Editora: NA
Autor: Simon Ferré
Ano de lançamento: 2019
Género: Labirinto
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1

Nesta primeira deambulação (completa) de Simon Ferré pelo Arcade Game Designer, pelo menos a acreditar naquilo que diz, consegue apresentar-nos uma aventura muito agradável. Todos sabemos que o AGD, se por um lado permite que quem não perceba de programação possa com alguma facilidade criar jogos, por outro, esses não variam muito na sua mecânica. Por isso os autores tentam criar pequenas variantes que lhes trazem algum "sal". E Ferré, sem trazer grandes inovações, consegue fazer com que o jogo tenha encontrado um espaço próprio, mesmo se por vezes nos traz à memória Droid Buster ou Astronaut Labyrinth.

Nesta missão impossível controlamos um pequeno robô que se encontra num lugar estranho, mas pelos vistos muito bem defendido, com guardas a patrulharem-no em todos os cantos. Os detalhes da sua missão são muito obscuros, a única coisa que sabe é que tem que encontrar a saída deste lugar. Mas ainda antes de iniciarmos a missão, poderemos escolher o nível de dificuldade. Aconselhamos a começarem com o nível mais fácil. Neste nível o robô perde pouca energia à medida que se vai movimentando (usa uma bateria), e os inimigos não o afectam (o robô tem imunidade total, ou quase, pois o fogo continua a causar dano). Pode parecer assim que a aventura se torna semasiado fácil, mas desenganem-se, pois o local é um enorme labirinto de 64 salas, algumas muito bem escondidas ou a necessitarem que antes se use um objecto para se poder ultrapassar os obstáculos que impedem a passagem.


Depois de de se fazer a devida exploração no nível mais fácil, podemos então passar para o médio. Aqui os inimigos já fazem mossa e a bateria também tem menor autonomia. Mas já tendo o mapa na nossa cabeça (e também no canto superior direito, um dos pormenores deliciosos deste jogo), o principal problema será mesmo escapar aos guardas e laseres embutidos nas paredes. Mas mesmo com cinco vidas a tarefa não é fácil, pelo que quem quiser aventurar-se pelo nível mais difícil, é bom que antes tenha passado pelos restantes.

Neste cenário futurista o robô vai encontrando alguns objectos, que sozinhos ou em conjugação com outros, permitem desbloquear algumas portas e outros obstáculos. Sem eles não avançaremos muito na aventura, pelo que será bom começar a procurá-los logo de início. E havendo 64 salas, com ligações nem sempre óbvias, é fundamental irmos consultando o mapa com regularidade. Algumas passagens são complicadas de serem encontradas, mas se olharmos para a disposição das salas no mapa, teremos algumas dicas do local onde se encontram os pontos de ligação.

Por outro lado, nem todos os pontos onde se pode usar os objectos que apanhamos estão indicados. Em alguns caso, apenas após a devida exploração dos cenários, encontramos forma e local de os utilizar. O autor do jogo não quis facilitar a vida em demasia, e achamos que fez muito bem, dizemos nós.


A jogabilidade é outro dos pontos fortes deste jogo. Assim, os desafios, mesmo sendo difíceis, são lógicos, e convidam sempre a tentar descobrir-se a solução, mesmo quando passamos longos minutos à procura de pontos de ligação para outras salas. No entanto, sentimos falta de uma pequena melodia, pois o silêncio reina neste mundo, apenas os passos e tiros dos nossos inimigos dão alguma alegria e esbatem um pouco a monotonia.

Os gráficos são funcionais, sem grandes rasgos, e nem sequer é utilizado o ecrã na sua totalidade (tealvez questão de memória?), mostrando que neste aspecto o autor ainda poderá progredir bastante. Aliás, o jogo também não tem um ecrã de carregamento à altura, pelo que haveria espaço para uma versão melhorada de Robot: the Impossible Mission. Acrescentava-se uma melodia catita, que não fizesse perder a concentração, encomendava-se um loading screen ao Andy Green, dava-se um retoque ou outro a alguns dos sprites, e este robô teria capacidade para alcançar outros vôos, já que o autor sabe aquilo que é necessário para se criar um bom divertimento...

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