Nome: Danterrifik II
Editora: Toku Soft
Autor: David Gracia
Ano de lançamento: 2020
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Memória: 128 K
Número de jogadores: 1
Depois de em Abril David Gracia nos ter trazido um dos mais difíceis jogos de que há memória para o Spectrum, Danterrifik, com um sucesso invejável, foi agora lançado o sucessor. O jogo é uma extensão do primeiro, com 25 novos níveis muito em linha do que tinha sido feito antes. Algumas novidades foram acrescentadas, como iremos ver, o que não mudou foi o nível de dificuldade, que continua a ser altíssimo. Demasiado alto para se tornar confortável em alguns níveis, na nossa opinião, provavelmente fazendo com que a maior parte dos jogadores desista antes de chegar ao final e ver todas as (novas) novidades que o programador criou.
Mas antes de começarmos a jogar, deveremos dar uma espreitadela pelo manual. Não que seja imprescindível para se perceber o jogo, mas sim porque é uma verdadeira obra de arte, saída da mente criativa de Lázaro Totem, brilhante artista gráfico, com trabalhos a fazer lembrar alguns dos apresentados por Rudy Ratzinger (:Wumspcut:). Macabros, sinistros, aterrorizantes, mas sem dúvida espetaculares, é o mínimo que se pode dizer das imagens contidas neste manual, ao qual não falta uma descrição detalhada de cada um dos inimigos, Corona vírus incluído, que por sinal aparece em alguns dos níveis.
O manual também apresenta uma síntese da história deste Danterrifik II. Assim, depois de uma primeira parte infernal na qual Dan, o nosso protagonista, acorda transformado num esqueleto em pleno cemitério (de noite, claro), rapidamente descobre que tem que fazer o caminho do Inferno para recuperar a sua alma, corpo e identidade. Depois de um caminho tortuoso, consegue atravessar o Purgatório e readquire a sua alma. Nesta segunda parte, Dan encontra-se perdido no labirinto da sua mente e tem que lutar para sobreviver a todos os perigos gerados pela sua loucura. O seu cérebro não o suporta e dirige-o para os caminhos do inferno, ocupado por inúmeros perigos satânicos e as alucinações surreais de Dan. Ou seja, os maiores receios de Dan são o Inferno e outros que teremos que descobrir.
Os objectivos de Danterrifik II são mais ou menos os mesmos da primeira aventura. Dan tem que em primeiro lugar recolher o comprimido que lhe permite manter um mínimo de sanidade, para depois alcançar o cérebro. Se bem se lembram, em Danterrifik tinha que recolher os frascos de sangue para depois ir até ao coração. Nada de novo a este nível, portanto.
A maior parte dos níveis têm também uma mecânica muito semelhante ao que apareceu na primeira aventura. Claramente inspirado em Manic Miner, inclusive no grau de loucura e de dificuldade insana, é necessário um tempo e precisão de salto levados ao patamar do pixel. Não faltam sequer os níveis em que existe o alter ego de Dan e que em vez de um personagem, teremos que mover dois em simultâneo. Se a tarefa com um já era difícil, agora imaginem com dose dupla. Mas curiosamente são estes os níveis que achámos mais interessantes.
Uma das novidades são os níveis com blocos escondidos ou invisíveis, ou que escondem os personagens. Assim, em alguns ecrãs os inimigos ficam escondidos e temos que literalmente adivinhar o local por onde passam para os podermos evitar. Pior ainda quando temos que atingir locais nos quais a escuridão reina e as plataformas não estão visíveis. É um verdadeiro salto no escuro...
Mas a novidade mais importante não está directamente relacionada com a mecânica dos níveis, mas com algo bem mais relevante. Assim, no menu inicial é possível selecionar-se o modo normal, no qual iniciamos a missão com 50 vidas, ou o modo de eternidade, e neste caso temos vidas infinitas. Dado o nível de dificuldade do jogo, faz todo o sentido, mas mesmo com esta benesse, passar alguns dos ecrãs requer dezenas de tentativas.
Os gráficos estão ao nível de Danterrifik, isto é, horríveis (no bom sentido claro), e a melodia ajuda a criar um ambiente de colocar os cabelos em pé. Quem não os tem (como é o meu caso), nem por isso vai poder relaxar. Há poucos momentos mortos no jogo e, em muitos casos, teremos mesmo que saltar em várias plataformas e tornear os inimigos de enfiada. Não existe tempo limite para cada nível, como em Manic Miner, mas existe a necessidade de temporizar os movimentos ao segundo (ou menos), única forma de conseguir passar muitas partes dos cenários.
Assim, quem gostou da primeira aventura, vai adorar esta, pois os níveis são ainda mais interessantes. Quem desistiu devido ao elevado nível de dificuldade, não será nesta segunda parte que vai obter a redenção.
Gracias por tu analisis de mi juego. Maravillosa labor haces con tu página analizando juego por juego. Un abrazo muy fuerte Andre.
ResponderEliminarMuito obrigado David, esperamos ansiosamente pelo próximo trabalho. Abraço :)
EliminarOs dejo con el Nuevo UPDATE, gracias por todo el apoyo.
ResponderEliminarhttps://tokuretro.itch.io/danterrifik-ii
Gracias :)
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