Nome: Grand Prix Riders
Editora: Vinsoft
Autor: Vincent Vity, David Bland, Shaw Brothers
Ano de lançamento: 1989
Género: Gestão Desportiva
Teclas: Não redefiníveis
Joystick: Não
Memória: 48 K
Número de jogadores: 1
Descarga: MIA
É possível fazer-se uma review de um MIA? Aparentemente sim, pois estamos a analisar um jogo que ainda está dado como perdido...
Grand Prix Riders foi lançado pela Vinsoft, uma editora que no final dos anos 80 lançou uma série de pequenos jogos que não obtiveram reconhecimento por ai além. As próprias edições são bastante arcaicas, revelando a modéstia da casa fundada por Vicent Vity. No entanto, lançou as bases para que programadores como David Bland ou os Shaw Brothers, além do próprio Vincent, entrassem em mais altos vôos nos anos seguintes. Pena já estarmos nessa altura no ocaso do ZX Spectrum, pois talento não lhes faltava. Quem sabe possam agora regressar a este mundo, pois com o actual ressurgimento do ZX Spectrum, talvez venham finalmente a ter o devido reconhecimento.
Pegámos então em Grand Prix Riders. O jogo tem algumas (muitas) semelhanças com Motorcycle 500, Grand Prix Challenge ou Knockout. Não admira, pois são os mesmos programadores e a temática é sempre semelhante. No entanto, se compararmos com Motorcycle 500, este jogo é bastante mais arcaico. Também, sendo vendido a £2.99 (ou £3,99, consoante as casas), não se poderia pedir muito mais.
Tudo está centrado à volta de dois menus, nos quais temos que ir tomando as decisões estratégicas. Não são muitas, pelo que se consegue fazer um campeonato inteiro (12 corridas) em menos de uma hora.
A primeira coisa a fazer é a escolha do patrocinador. Surgem várias opções, tendo que se ter dedo rápido no botão de disparo para se conseguir seleccionar aquele que oferece mais dinheiro. Mas o dinheiro não é suficiente para se comprar uma mota em condições, pelo que o passo seguinte será obter-se um empréstimo. Permite-nos então adquirir a mota, contratar (e pagar) os mecânicos, e o restante equipamento para a mota.
Convém então seleccionar-se a estratégia que queremos seguir. Apenas temos três conjuntos de opções, sendo conveniente, nos primeiros tempos, enquanto não adquirimos experiência e tarimba na condução, conduzir de forma relaxada e jogar limpo. É estranho, mas sempre que tentamos jogar de forma menos limpa e a puxar pela mota, esta despista-se. Talvez seja um sinal para sermos desportistas e jogarmos com "fair play".
Uma coisa estranha que notámos durante o jogo: na primeira corrida da época, excepto no nível impossível, seja qual for a táctica escolhida, não acabamos a corrida. Não tem grande importância, pois nas corridas seguintes a coisa fica encarrilada e lá as vamos terminando, melhor ou menor posicionados.
Segue-se então a fase da corrida. Para isso, convém previamente ver o número de voltas e as condições climáticas (não que isso pareça ter qualquer influência, tal como muitas das restantes opções), fazer uns treinos para se conseguir ser mais eficiente, e começar a correr. Começar a correr é forma de expressão, pois apenas se vê um gráfico com as posições dos corredores de duas em duas voltas. Finda a corrida, vamos parar ao menu inicial e voltamos a correr as várias opções para preparar a corrida seguinte.
Outra coisa estranha, depois de terminarmos a primeira época, as pontuações não recomeçam do zero. Dá ideia que os programadores esqueceram-se ali de fazer algumas afinações.
O jogo acaba por ter interesse para quem quer dar os primeiros passos neste género de jogos. Não chega aos calcanhares de um Formula One, nem mesmo de Brum Brum, mas é muito simples e rapidamente se termina uma temporada. Típico jogo de categoria budget, é uma pena ainda continuar perdido. Ou será que não?