sábado, 18 de outubro de 2025

BubbleBack: The Story of Forward to the Past 2


Nome: BubbleBack: The Story of Forward to the Past 2
Editora: SloanySoft
Autor: Dave Sloan, Nate Sloan
Ano de lançamento: 2025
Género: Plataformas
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1
Memória:  48 / 128 K
Link para descarga: Aqui

Há bastante tempo que devíamos uma review decente à família Sloan, isto é, Dave e Nate Sloan, pai e filho, duas figuras simpatiquíssimas da cena ZX Spectrum e que têm uma capacidade imensa de desenhar e conceber novos jogos com uma rapidez impressionante. O mais recente é BubbleBack: The Story of Forward to the Past 2, e apanhou-nos de férias pelos Balcãs. Mas assim que regressámos, fomos experimentar o jogo, e desde logo ficámos completamente cativados. Tanto que não conseguimos deixar de escrever uma análise mais aprofundada, mesmo tendo o Filipe já dado conta do lançamento deste jogo há cerca de duas semanas.

Temos também vindo a acompanhar a carreira desta dupla de programadores desde o seu início. E a evolução tem sido magnífica. Não só estão rodeados por pessoas como Lee Bee, que dão sempre um toque extra de classe, nomeadamente através de bandas sonoras épicas, mas também as competências próprias de Nate e Dave têm vindo a melhorar de jogo para jogo, atingindo em BubbleBack o seu ponto mais alto. 

Mas comecemos pela história deste jogo, sequela de Forward to the Past, e que nos coloca na pele no elemento mais novo da família Sloan, Nate.

Assim, após a tentativa falhada em 2021 de Dave viajar no tempo, surgiu um buraco no espaço-tempo contínuo. Isto permitiu que um Barão maléfico raptasse Dave e transformasse Nate num dragão-bolha, a fazer lembrar o herói de um célebre jogo da Taito, e que teve posteriormente uma conversão brilhante para o ZX Spectrum. Referimo-nos a Bubble Bobble, obviamente...

Cabe-nos agora a nós, no papel de alter ego de Nate, recolher 86 bolhas para quebrar o feitiço do Barão. Ists irá transformar Nate novamente numa criança, irá expulsar o Barão para os quintos do inferno e irá libertar Dave da gaiola, permitindo a Nate salvá-lo. Quem chegar ao ecrã "Save Dave", que traz desde logo à memória Donkey Kong, irá perceber exactamente aquilo que queremos dizer.

Aliás, cada ecrã em BubbleBack tem um nome, estando os cenários e grafismos directamente relacionados com a temática que lhe está subjacente. E todos são influenciados por algo que fez ou faz parte da vida de Nate e Dave, quer seja outros jogos (incluindo os criados por essa dupla), filmes, revistas, bandas de música, ou mesmo locais. É engraçado ver que também algumas dessas referências fizeram parte da nossa vida, como V, Arkanoid, Giant's Causeway (Irlanda do Norte), They Might Be Giants, House of Love ou Feargal Sharkey, apenas para assinalar aqueles que nos vieram agora de repente à memória. Vivemos a nossa juventude nos anos 80 e isso nota-se a todos os níveis.

São muitos os pontos de interesse de BubbleBack, mas aquele que gostámos mais, e sem qualquer desprimor para todos os restantes parâmetros deste brilhante jogo, é mesmo o já referido grafismo. Cada novo ecrã traz surpresas acrescidas. A diversidade é imensa, quase como se cada ecrã representasse um jogo, independente dos restantes. Os obstáculos foram colocados com bastante ponderação, de forma a que não existam becos sem saída ou o nosso herói fique irremediavelmente bloqueado. O colorido dos cenários dão-lhes uma vivacidade ainda maior. E depois, consoante a temática, há formas e mecânicas diferentes para se ultrapassar os inimigos.

Voltemos a Bubble Bobble... Lembra-se certamente que o herói desse jogo cuspia umas bolas que, quando atingiam os inimigos, envolviam-no, bastando depois tocar-lhes para eles serem eliminados. Isso também aqui acontece. Mas atenção, pois não funciona com todos os inimigos, e apenas com a experiência vamos perceber quando devemos cuspir as bolas, ou quando devemos desviar-nos dos inimigos.

A banda sonora tem também a qualidade habitual de Lee Bee. Parece um medley recheado de êxitos dos anos 80, não faltando sequer Back to the Future, curiosamente um filme o qual não vimos representado nos cenários deste jogo. Ficará certamente para uma próxima oportunidade, quase que apostamos...

BubbleBack: The Story of Forward to the Past 2 é um trabalho cativante, sem dúvida o melhor que Dave e Nate fizeram. Agarra-nos desde o primeiro ecrã e não descansamos enquanto não recolhemos as 86 bolhas, mesmo que isso implique voltar a passar por todos os ecrãs, apenas porque nos esquecemos de passar por um (sem recolhermos todas as bolhas, não terminamos o jogo). Foi isso que aconteceu connosco e foi um prazer voltar a fazer todo o caminho, até encontrarmos o ecrã que nos faltava. 

4 comentários:

  1. Respostas
    1. adorei o jogo. E nem sou muito de platformers :)

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  2. I cannot thank you enough for this review. That was absolutely lovely to read. 😃

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    1. Thank you, now I´m reading Break Space. Wonderful job... ;)

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