quarta-feira, 22 de junho de 2016

Where Time Stood Still


Nome: Where Time Stood Still
Editora: Ocean
Autor: Denton Designs
Ano de lançamento: 1988
Género: Aventura
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Interface Two
Número de jogadores: 1

Where Time Stood Still, ou The Great Escape parte 2? Realizado pela mesma equipa responsável pela obra-prima que foi The Great Escape, surgiu um jogo com um conceito muito semelhante, embora este tivesse umas particularidades inovadoras. A começar pelo facto de podermos assumir a pele de qualquer um dos quatro personagens que tomam parte nesta aventura, Jarret, Clive, Gloria  e Dirk, cada qual com características e temperamentos próprios, e cada qual com um diferente papel no jogo. É possível acabá-lo (e pode-se chegar ao fim de várias formas), deixando morrer um ou outro personagem, mas não é de todo conveniente.

A história desta aventura é bastante interessante: o nosso avião despenhou-se num planalto nos Himalaias, num local onde o tempo parou (daí o título do jogo), e temos agora que arranjar forma de escapar. Para isso temos que chegar ao outro lado da montanha. O problema é que este planalto encerra muitos perigos, desde dinossauros (quando o jogo começa somos logo sobrevoados por um pterodáctilo), até canibais, ansiosos por nos colocarem dentro do panelão de água a ferver. Além disso, convém não esquecer que existem necessidades básicas que temos que satisfazer, como sejam, dormir, comer e beber água.


O grau de dificuldade é muito grande, ainda maior que em The Great Escape. Mas o jogo é tão absorvente, que dificilmente o conseguimos largar. Mesmo depois de conseguirmos chegar ao seu final (os pokes poderão dar uma ajuda), voltamos a carregá-lo, desta vez para tentar terminar de uma forma diferente.

Os gráficos, em 3D, são espantosos, do melhor que já se viu no Spectrum. Muito semelhantes a The Great Escape, monocromáticos, pois não há milagres com tão pouca memória, mas conseguem ser ainda melhores, o que nos parecia como improvável de acontecer. E com um terreno de jogo bastante maior.

As tarefas a serem realizadas são bastante lógicas, não obstante necessitamos de algum pensamento lateral e muita perícia com os dedos, pois existem situações em que temos que ser rápidos no gatilho.


É então difícil encontrar um ponto fraco neste jogo e não foi por acaso que todas as revistas da época lhe deram pontuação máxima e o elegeram como um dos jogos do ano.

Deixamos ainda uma nota final para o facto de não valer a pena correrem o jogo num 48 K, pois este foi um dos primeiros a serem concebidos apenas para o irmão maior do Spectrum (128 K). E os programadores bem esticaram essa memória até ao seu limite.

3 comentários:

  1. Para mim o melhor jogo de Spectrum, talvez o primeiro jogo de mundo aberto. A ponte que se parte, salvar o Clive, o pântano e o seu polvo, a mão, o dinossauro,cemitério,altar do sacrifício, canibais, cataratas lindas, explodir rochas, um jogo lindo que me consumiu muitas horas á muitos anos atrás. Boa descrição do André Leão, parabéns.

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    1. Obrigado. Um jogo excelente, pena que na altura era apenas para 128K. Só muitos anos mais tarde consegui finalmente usufruir dele :)

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    2. Nuno Rosa12/6/20 15:18

      De nada. Tive a sorte de ter um 128k +a que me permitiu usufruir dessa pérola.
      Nuno

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